segunda-feira, novembro 20, 2006

Marcha para a guerra: NATO - SCO

Formação de uma Aliança Militar na Eurásia?

Desde Agosto de 2006 que a Rússia, a China, o Casaquistão, o Uzbequistão, o Tajiquistão e o Quirguistão têm efectuado conjuntamente manobras militares e exercícios anti-terrorismo. Estas operações foram supervisionadas pela Shanghai Cooperation Organisation (SCO) e/ou Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) (com o envolvimento da Comunidade de Estados Independentes (CIS). Estas manobras militares foram efectuadas na mesma altura em que o Irão esteve também envolvido em importantes manobras militares.

A expansão da SCO e a total inclusão do Irão como membro de pleno direito foi contestada pela Comissão de Helsínquia (a Comissão de Segurança e Cooperação na Europa) num inquérito (em 26 de Setembro de 2006) quanto ao impacto da SCO sobre os objectivos anglo-americanos e a influência dos EUA na Ásia Central.

Afirmou-se que a expansão da SCO seria pouco provável porque a "missão económica da SCO parece estar mal definida" e que a organização não parece disposta a admitir novos membros que podem acabar por competir com a Rússia e a China pelo controlo da Ásia Central. Também foi assinalado durante as audiências da Comissão de Helsínquia que "eles [os membros da SCO] estão interligados por um conjunto partilhado de interesses de segurança e um conjunto partilhado de riscos previstos".

"Interesses de segurança e riscos previstos" são subentendidos para a crescente ameaça de intrusão anglo-americana nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.

As manobras militares efectuadas na ex-União Soviética e na Ásia Central foram dominadas pela Rússia e pela China. Foram efectuadas sob o disfarce de combate ao "terrorismo, ao extremismo e ao separatismo". O terrorismo, o extremismo e o separatismo são áreas críticas de cooperação para todos os estados membros. Qual é a agenda oculta? Estarão estas manobras militares relacionadas com os preparativos dos EUA para a guerra?

O terrorismo, o extremismo e o separatismo são alimentados pelas operações dos serviços secretos anglo-americanos, que incluem sabotagem e ataques terroristas feitos por Forças Especiais. O incitamento de tensões étnicas, ideológicas e sectárias e as movimentações separatistas têm sido uma marca tradicional da estratégia anglo-americana no Médio Oriente, nos Balcãs, na Índia, no Sudeste Asiático, na ex-União Soviética e em África.

Quanto à manipulação e criação do extremismo, o Afeganistão é testemunho desta estratégia. Foi no Afeganistão que os ISI paquistaneses e os Estados Unidos ajudaram a criar os talibãs para lutar contra a União Soviética. Os Estados Unidos, o Paquistão e a Arábia Saudita também contribuiram para apoiar movimentos extremistas na ex-União Soviética. Esta é uma das razões por que o governo iraniano se manteve silencioso quanto à ajuda ou ao reconhecimento de movimentos separatistas ou ideológicos baseados na religião no Cáucaso e na ex-União Soviética, incluindo a Tchechénia.

14 comentários:

Unknown disse...

Um chorrilho de inanidades.

Basta salientar uma, para que os leitores se apercebam da asneira pegada que é este post:

Os talibans nunca lutaram contra a União Soviética. Aliás foram formados 4 ou 5 anos depois da queda do Muro de Berlim, com o apoio de estados muçulmanos. Os EUA estavam a milhas dessa questão... tinham abandonado o Afeganistão logo após a retirada do Exército Vermelho.

O resto do post tem a mesma credibilidade: nenhuma!

Anónimo disse...

"Os EUA estavam a milhas dessa questão"

The Taliban was a construct of the CIA and was armed by the CIA, ISI and the Saudis as a counter to a resurgent Russian-backed communist party and an antidote to the civil war in Afghanistan. Pakistan supported the Taliban in conjunction with the CIA who were arming it right up till 2000. The Taliban were visiting Governor Bush’s ranch in Texas.

Anónimo disse...

Alguém pensa seriamente que a China ou a Rússia acreditam que os Estados Unidos tencionam invadir aqueles países num futuro próximo? Sim, eu sei que os governos dos dois estados dizem às respectivas opiniões públicas que a América é um estado imperialista assassino. Mas duvido que algum daqueles governos acredite nisso. E se não acreditam então a Organização de Xangai não funciona como contrapoder nem tem esse objectivo em vista.

Anónimo disse...

Claro, todos os males do mundo são culpa da América!! Os Russos e os Chineses, esses grandes democratas, só praticam genocídios e invadem países na Asia Central porque os mauzões dos americanos estão lá a meter o nariz!

Diogo disse...

Meu caro Alves:

Não direi que Russos e Chineses sejam grandes democratas. Mas que a administração americana está lá a meter o focinho e as garras não tenha dúvidas. Ou não estivessem lá concentrados (Cáspio e Médio Oriente) 70% de todas as reservas de gás e petróleo do mundo. E sabe o meu amigo a nacionalidade das grandes petrolíferas?

Anónimo disse...

Rússia, Irão, Coreia do Norte, Venezuela? Qual é que marcha primeiro? Ou são todos de uma vez?

Anónimo disse...

Os Estados Unidos representam uma ameaça maior à estabilidade mundial do que o Irão ou a China? É absurdo!

Diogo disse...

«É absurdo»?

Na Revista Visão: Mais perigoso que Bush... só Bin Laden

Uma sondagem publicada no diário inglês The Guardian, mostra que para três quartos dos britânicos, George W. Bush representa um grande perigo para a paz do mundo, apenas ultrapassado pelo líder da Al-Qaida, com 87 por cento. Apenas 69% dos britânicos ouvidos no estudo acham que Kim Jong-il, que acaba de efectuar um teste nuclear, representa uma ameaça à paz no mundo. Seguem-se na lista o líder do Hezbollah xiita libanês,Hassan Nasrallah (65%), e o presidente iraniano, Mahmud hmadinejad, com 63 por cento.

Para a maioria dos entrevistados nos quatro países, a política externa seguida pelos Estados Unidos depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 tornou o mundo menos seguro e apenas os israelitas consideram que a intervenção norte-americana no Iraque se justificou.

Anónimo disse...

Tanto Bush, tanto Bush! E o palhaço do nazi anti-semita do Irão que quer apagar Israel do mapa?

Unknown disse...

Oh sodocleto, uma sondagem não prova um facto...prova apenas que uma determinada percentagem de pessoas acredita num facto.

Se tudo fosse assim tão fácil, estava provada a existência de Alá....na verdade qualquer sondagem no mundo islâmico "provará" isso com maiorias estalinistas.

Os seus "argumentos" são tão falaciosos que por vezes parecem produzidos por um zelota em missão, ou por um puto de 17 anos, convencido que sabe tudo o que há para saber.

Se o absurdo fosse música, o sofocleto era o homem dos 77 instrumentos.

Unknown disse...

Cara Adriana, este Blog é, basicamente, uma espécie de montra antropológica onde é possível ver ao vivo especimenes que julgávmos soterrados nos destroços do muro de Berlim.

Comunistas serôdios, antiamericanos fanáticos, anti-capitalistas, anti-liberais, enfim...anti qualquer coisa.

Ver esta gente a falar de democracia, é como assistir a uma reunião de mulahs a reivindicarem mais direitos para as mulheres, ou uma manifestação de jihadistas a discutirem como é má a luta no caminho de Alá.

Rima, mas não faz sentido.

Mas dá uma certa alegria ver esta gente...aqui ao menos falam e são livres de escreveram as asneiras que lhes apetece, para a gente se divertir e dar graças por não ser como eles.

Se não tivessem este tipo de escapes, andavam para aí a "fazer a revolução" aos tiros, como aconteceu ainda não há muito tempo por essa Europa fora.

Diogo disse...

Adriana e Lidador:

No «Trinos de Dissidência»:

Mesmo que as palavras de Mahmoud Ahmadinejad tenham sofrido uma metamorfose de "This regime occupying Jerusalem must vanish from the page of time" para "Israel must be wiped off the map". Mesmo que o bandido tenha sido eleito com 61% dos votos por sufrágio universal ( sim, no Irão as mulheres também votam ). Mesmo que o seu "anti-semitismo" lhe permita partilhar o país que governa com cerca de 25 mil judeus reconhecidos pelo Estado. Mesmo que o pedido para que a partilha de documentos que possibilitem o estudo do genocídio a que a história decidiu chamar holocausto, tenha sido interpretado como uma negação do mesmo.

Anónimo disse...

E ainda bem que lá metem as garras! É preferível ter o petróleo na mão deles do que nos da Gazprom ou da OPEP!

Unknown disse...

Sim, Sofocleto, trinas muito bem, mas infelizmente não sabes o que trinas.
Mas trinas, o que não abona lá muito em teu favor.

Para melhorar a tua cultura geral nestas matérias, talvez tenhas ouvido falar já da novilíngua...se não ouviste, talvez te convenha ler o "Big Brother" de Orwell.

A coisa é assim:

Os aiatolas nunca pronunciam o nome de Israel.
Chamam-lhe "regime sionista". Toda a comunidade internacional sabe isso, menos os Sofocletos que trinam.

Há outros exemplos de novilíngua..por exemplo, chamar "anti-sionismo" ao ódio aos judeus.
Ou a República "Democrática" da Coreia do Norte, herdeira dessa também "democrática" República "Democrática" Alemã.

A novilíngua é assim, cheia de paradoxos linguísticos.

Tal como tu, que tanto alabas a "democracia" dos aitolas, mas nem pensas pôr lá o cu.
Olha quem...