sábado, agosto 29, 2009

Quão Judia é Hollywood?

Joel Stein, jornalista do Los Angeles Times, intenta desmistificar, de forma humorada, o boato do controlo da indústria cinematográfica americana pelos Judeus:


Los Angeles Times

Uma sondagem indica que a maior parte dos americanos não pensa que 'Os Judeus controlam Hollywood.' Mas eis um judeu que não concorda:

[Tradução minha]


Nunca estive tão preocupado na minha vida com uma sondagem. Apenas 22% dos Americanos acreditam hoje que "as indústrias do cinema e da televisão são controladas quase totalmente por Judeus," enquanto em 1964 essa percentagem se cifrava em 50%. A Anti-Defamation League [(ADL) Liga Anti-Difamação - organização sedeada nos Estados Unidos que afirma "combater o anti-semitismo e todas as formas de intolerância" enquanto "defende Israel junto dos políticos, dos Media e do público e a segurança de Israel e dos Judeus em todo o mundo"], que publicou os resultados da sondagem no mês passado, vê nestes números uma vitória contra os estereótipos. Na realidade, significam apenas como a América se tornou estúpida. Os Judeus controlam completamente Hollywood.

Quão profundamente Hollywood é controlada pelos Judeus? Quando os directores dos estúdios publicaram um anúncio de página inteira no Los Angeles Times há algumas semanas a exigir que a Associação Profissional de Actores [Screen Actors Guild] aceitasse assinar um acordo de trabalho, a carta estava assinada pelo presidente da News Corporation - Peter Chernin (Judeu), pelo presidente da Paramount Pictures - Brad Grey (Judeu), pelo principal executivo da Walt Disney Co. - Robert Iger (Judeu), pelo presidente da Sony Pictures - Michael Lynton (surpresa, Judeu Holandês), pelo presidente da Warner Bros. - Barry Meyer (Judeu), pelo principal executivo da CBS Corp. - Leslie Moonves (tão Judeu que o seu tio-avô foi primeiro-ministro de Israel), pelo presidente da MGM - Harry Sloan (Judeu) e pelo principal executivo da NBC Universal - Jeff Zucker (mega-Judeu). Se algum dos irmãos Weinstein tivesse assinado, este grupo, não só teria o poder de parar toda a produção de filmes como de formar uma minyan [quórum de dez ou mais homens adultos judeus que são necessários para a execução de diversas rezas e cerimónias no Judaísmo], com suficiente água Fiji à mão para levar a cabo um mikvah [baptismo judeu].

A pessoa com quem os directores dos estúdios estavam a barafustar nesse anúncio era o presidente da Associação Profissional de Actores, Alan Rosenberg (vejam se adivinham). A dura réplica ao anúncio foi escrita pelo super-agente do entretenimento Ari Emanuel (Judeu com pais israelitas) no Huffington Post, que é propriedade de Arianna Huffington (não Judia e nunca trabalhou em Hollywood).

Os Judeus são tão dominantes, que tive de procurar afincadamente para encontrar seis Gentios [não-Judeus] com posições relevantes em companhias de entretenimento. Quando lhes telefonei para falar do seu extraordinário progresso nas negociações, cinco deles recusaram falar comigo, aparentemente com medo de insultar os Judeus. O sexto, o presidente Charlie Collier da AMC, descobri que era Judeu.

Como Judeu orgulhoso, quero que a América conheça o nosso mérito. Sim, nós controlamos Hollywood. Sem nós, vocês passavam o dia a mudar de canal do "The 700 Club" [um talk show cristão] e o "David e Golias" na televisão.

Portanto, chamei a mim a missão de tornar a convencer a América de que os Judeus controlam Hollywood lançando uma campanha de relações públicas, porque é aquilo que sabemos fazer melhor. Estou a ponderar a utilização de vários slogans, incluindo: "Hollywood: mais Judia que nunca!"; "Hollywood: se gosta de TV e de cinema, então você gosta de Judeus."

Abe Foxman - Anti-Defamation League (ADL)

Telefonei ao presidente da ADL, Abe Foxman, que estava em Santiago, no Chile, que me disse, para meu espanto, que não estava a caçar nazis. Foxman rejeitou a minha afirmação, afirmando que o número de pessoas que pensam que os Judeus controlam Hollywood é ainda muito grande. A sondagem da ADL, salientou, mostrou que 59% dos americanos julgam que os executivos de Hollywood "não partilham os valores religiosos e morais da maioria dos americanos," e que 43% pensam que a indústria do entretenimento está a levar a cabo uma campanha organizada para "enfraquecer a influência dos valores religiosos neste país."

É um boato sinistro, disse Foxman. "Significa que eles pensam que os Judeus se encontram em Canter's Deli [pastelaria famosa de Hollywood] às sextas-feiras de manhã para decidir o que é melhor para os Judeus." O argumento de Foxman obrigou-me a reconsiderar: tenho de tomar o pequeno almoço mais vezes em Canter's Deli.

"É uma frase muito perigosa, 'Os Judeus controlam Hollywood.' A verdade é que existem muitos Judeus em Hollywood," disse ele. Em vez de "controlo," Foxman preferiria que se dissesse que muitos executivos da indústria "são judeus," tal como "os oito maiores estúdio de cinema são controlados por homens que por acaso são judeus."

Mas Foxman afirmou estar orgulhoso dos feitos dos Judeus Americanos. "Penso que os Judeus estão representados desproporcionadamente na indústria criativa. Estão também representados desproporcionadamente na advocacia e na medicina," disse. Foxman argumenta que tal não significa que os Judeus façam mais filmes pró-Judeus do que mais cirurgia pró-Judaica. Embora noutros países, como já reparei, não se pratiquem tantas circuncisões.

Compreendo as preocupações de Foxman. E talvez a minha vida passada numa concha formada por New Jersey-New York/Bay Area-Los Angeles me tenha tornado ingénuo. Mas não me interessa se os Americanos pensam que estamos a controlar as notícias nos Media, Hollywood, Wall Street ou o Governo. Só me interessa saber que os continuamos a controlar.


********** C'EST BIEN VRAI **********

O filme «A Lista de Schindler», de Steven Spielberg, é baseado no livro de Thomas Keneally, do mesmo nome, que é claramente apresentado como uma obra de ficção e considerada pelo Biblioteca do Congresso americano como tal. Desta novela, o escritor Steven Zaillian criou o roteiro a partir do qual Spielberg realizou o filme – Que nos é dito actualmente que se trata virtualmente de um documentário do que realmente se passou. A Universal Pictures anunciou o filme como baseado "numa história verdadeira".

Isto é correcto até certo ponto. Houve de facto um Oskar Schindler que foi casado com uma mulher chamada Emilie. Também existiu um Amon Goeth, uma fábrica com o nome de Deutsche Emailwaren Fabrik e um campo de nome Plaszow. Quase tudo o resto é inventado ou alterado de forma a preencher as necessidades da história. Um bom exemplo é que enquanto no filme «A Lista de Schindler», o «herói» acaba completamente pobre, na realidade, Schindler estava cheio de dinheiro quando se escondeu no fim da Guerra.
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quarta-feira, agosto 19, 2009

George Orwell - 1984: Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado...


Viktor R. Knirsch: "É um direito e uma obrigação de todos os que procuram a verdade para as suas dúvidas, investigar e considerar todas as provas disponíveis. Se aqueles cujas alegações são questionadas têm a verdade do seu lado, eles responderão pacientemente a todas as questões. No entanto, se aqueles que exigem crédito estão a mentir, então eles irão requerer um juiz."


Revisionismo é uma palavra que tem tido muitas interpretações. Um dos seus primeiros e mais importantes significados foi aplicado à revisão da doutrina marxista, elaborado por Eduard Bernstein e Karl Kautsky no fim do século XIX, e frequentemente associado à social-democracia. Noutra das suas acepções mais comuns, a expressão revisionismo assenta nas iniciativas de investigadores independentes com o objectivo de incluir e salientar uma maior participação do mundo oriental na história universal. O termo revisionismo tem, por vezes, um sentido pejorativo, indicando uma tentativa de "reescrever" a História através da estratégia de diminuir a importância ou, simplesmente, ignorar determinados factos. Um outro exemplo recorrente do uso pejorativo do revisionismo consiste em associá-lo ao Holocausto Judeu, a que alguns dão o nome de negacionismo.

A palavra "Revisionismo" deriva do Latim "revidere", que significa ver novamente. A revisão de teorias é perfeitamente normal. Acontece nas ciências da natureza bem como nas ciências sociais, às quais a disciplina da história pertence. A ciência não é uma condição estática. É um processo para a criação de conhecimento através da pesquisa de provas e evidências. Quando a investigação decorrente encontra novas provas ou quando os investigadores descobrem erros em antigas explicações, acontece frequentemente que as velhas teorias têm que ser alteradas ou mesmo abandonadas.

Revisionismo significa uma investigação crítica baseada em teorias e hipóteses no sentido de testar a sua validade. Os cientistas precisam de saber quando existem novas provas que modificam ou contradizem teorias mais antigas; na realidade, uma das suas principais obrigações do cientista-historiador é testar concepções tradicionais e tentar refutá-las. Apenas numa sociedade aberta, na qual os indivíduos são livres de desafiar teorias correntes, é possível certificar a validade dessas mesmas teorias, e confirmarem se estão ou não a aproximar-se da verdade.

Assim como com outros conceitos científicos, os conceitos históricos estão sujeitos a considerações críticas. Isto é especialmente verdade quando novas provas são descobertas.

Quando estamos a lidar com o passado recente, até uma pequena parte de uma nova prova ou descoberta pode alterar profundamente a nossa visão. Por exemplo, os historiadores estão actualmente num processo de revisão da tradicional suposição de que os Europeus descobriram a América justamente à cinco séculos atrás. Recentes descobertas arqueológicas mostram não só que os Vikings alcançaram a América no séc. X, como também já viviam humanos com características Europeias no continente Americano há dez mil anos atrás.

Quanto ao passado recente, a tese da verdade suprema "a história é escrita pelo vencedor" mantém-se; mas o vencedor raramente é objectivo. A revisão da história dos vencedores não é normalmente possível até que a confrontação dos vencedores com os vencidos tenha deixado de existir; e por vezes este confronto dura séculos. Já que a historiografia tem uma importância monetária insignificante, quase todos os institutos históricos são financiados pelos seus respectivos governos. Institutos históricos livres e independentes são praticamente inexistentes. Na história contemporânea, na qual cada governo possui grandes interesses políticos, deve haver cepticismo em relação à historiografia oficial dos países.

Para os não-Judeus, o Holocausto é um evento histórico e não um assunto religioso. Como tal, está sujeito ao mesmo tipo de pesquisa e exame de qualquer outro acontecimento do passado, e por isso a concepção do Holocausto deve estar sujeita à investigação crítica. Se novas provas necessitam de uma modificação na concepção do Holocausto, então impõe-se uma alteração. O mesmo acontece quando se prova serem falsas antigas concepções. Não pode ser censurável questionar a precisão de afirmações científicas e tentar negar a sua validade. Portanto, não é censurável uma aproximação céptica das concepções que prevalecem sobre o Holocausto, se tal for feito objectivamente.

A maioria das pessoas sabe que os poderes existentes actualmente, particularmente na Alemanha, opõem-se a qualquer aproximação crítica ao Holocausto. Na realidade, o actual governo Alemão processa legalmente essas aproximações. O governo Alemão pretende, obviamente, manter a actual ideia do Holocausto com todo o seu poder oficial sob o seu controle. Umas das razões para isso são os massivos interesses políticos e financeiros de alguns grupos, descritos detalhadamente pelo professor norte-americano de ciência política N. G. Finkelstein no seu livro, "A Indústria do Holocausto". E o Prof. Raul Hilberg, um dos principais especialistas no Holocausto, declarou repetidamente que essa superficialidade e esse controle de qualidade inadequado são o grande problema no campo da investigação do Holocausto.

Os políticos Alemães sabem muito bem que a Alemanha seria sujeita a tremendas pressões se permitisse qualquer consideração crítica ao Holocausto Judeu. Na realidade, está em risco a credulidade de todos os que construíram o seu mundo sob a fundamentação moralista do "Holocausto", assim como daqueles que enfrentariam uma completa falência moral e social se encarassem as suas dúvidas. Existem profundas razões psicológicas e egoístas que tornam impossível a muitos intelectuais tomarem em consideração as dúvidas sobre o Holocausto, até para si próprios.

Existem grupos extremamente poderosos que estão determinados a esconder todas as considerações críticas do Holocausto. Por todo o mundo, os media maltratam completamente aqueles que expressam dúvidas sobre a versão ortodoxa do Holocausto. Nos países de expressão Alemã, expressar publicamente dúvidas sobre o Holocausto é uma ofensa punida com penas de prisão. Só isto deveria ser suficiente para estimular a suspeita de qualquer pessoa que tenha a capacidade de pensar de forma crítica. Isso dever-nos-ia fazer questionar sobre o porquê duma tal necessidade drástica em manter inquestionável este «episódio» após a Segunda Guerra Mundial.

O padre Católico Viktor R. Knirsch (na foto) de Kahlenbergerdorf, Áustria, faz algumas observações sobre este assunto:

"É um direito e uma obrigação de todos os que procuram a verdade para as suas dúvidas, investigar e considerar todas as provas disponíveis. Sempre que estas dúvidas e investigações forem proibidas; sempre que as autoridades exigirem uma crença inquestionável – tal representa uma prova de uma arrogância rude, que faz despertar as nossas suspeitas. Se aqueles cujas alegações são questionadas têm a verdade do seu lado, eles responderão pacientemente a todas as questões. Certamente que eles não continuarão a ocultar as evidências e os documentos que pertencem à controvérsia. No entanto, se aqueles que exigem crédito estão a mentir, então eles irão requerer um juiz. Por este gesto, vocês ficarão a saber o que eles são. Quem diz a verdade é calmo e sereno, mas aquele que mente, exigirá a justiça mundana."
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segunda-feira, agosto 10, 2009

André Rogerie - um corrupio entre campos de extermínio nazis e blocos hospitalares em Auschwitz

André Rogerie tinha 21 anos quando foi preso pela Gestapo, a 3 de Julho de 1943, quando tentava juntar-se às tropas francesas no Norte de África. André Rogerie esteve sucessivamente prisioneiro nos campos de concentração de Buchenwald, Dora, Maidanek, Auschwitz, Gross-Rosen, Nordhausen e Harzungen.

Em 1945, escreveu uma obra intitulada "Vivre c’est Vaincre" [Viver é Vencer]. André Rogerie escreveu este livro porque, já desde 1943, estava convicto de que era necessário fazer saber ao mundo o que ele passou e viu nos campos de concentração.

No prefácio da reedição do seu livro, em 1988, escreveu: "Tendo assistido pessoalmente ao que se chama hoje «Holocausto», creio ser o meu dever, como testemunha ocular, imprimir novamente este documento histórico para que aqueles que procuram a verdade sobre este período encontrem um testemunho autêntico". Contra os negacionistas, André Rogerie traz-nos o testemunho de um deportado que observou o genocídio dos Judeus.

Tendo subido ao posto de General, André Rogerie recebeu em 1994 o prémio "Mémoire de la Shoah" [Memória do Holocausto Judeu] da Fundação Bushmann. A 16 de Janeiro de 2005, no Hôtel de Ville em Paris, por ocasião da comemoração da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, André Rogerie foi, a par com Simone Veil (a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu [1979-1982]), um de dois sobreviventes dos campos a testemunhar.

André Rogerie foi deportado para Dora, adoeceu, foi considerado inapto para o trabalho e, depois de algumas peripécias, chega a Auschwitz-Birkenau em Abril de 1944, nessa altura ele não pesa mais de quarenta quilos.

«Os prisioneiros com fatos às riscas estão lá para nos receber. É um comando especial. Em geral são muito simpáticos, ajudam-nos a descer e depois a subir para os camiões. Estamos muito cansados, chegamos extenuados e a ajuda que nos deram não foi inútil» (pág. 63).

André Rogerie depois de passar pela desinfecção vai para um bloco de quarentena. Ao fim de cinco semanas, pesa 43 kg. Ao ver o seu estado de magreza, o médico envia-o para o campo-hospital (pág. 69): «fomos colocados num bloco muito simpático. O chão está coberto com um pavimento, há janelas, as camas estão espaçadas umas das outras, os cobertores são bons. A sopa é abundante e pela primeira vez desde há uns tempos eu comia o suficiente» (pág. 69).

Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, «reservado às doenças de pele» (pág. 70). «Todos os dias, o suplemento de sopa é distribuído àqueles que estão mais magros […] vou portanto para a fila (sempre em camisa) para o meu suplemento». «Em poucos dias, voltei a ter cinquenta quilos. Graças às pomadas do doutor Landemann, a minha pele está completamente sarada» (pág. 71).

No dia em que devia finalmente sair do hospital para trabalhar, André Rogerie ficou com febre: «Os médicos auscultaram-me uns após outros e desconfiaram que eu tinha malária. O doutor Herz recolheu uma amostra do meu sangue para que fosse estudada no microscópio […] o laboratório respondeu na manhã seguinte a dizer que a malária não foi detectada. Eu tenho o sangue muito puro […]. Continuo portanto a viver no bloco 15 com a minha pequena febre semanal […]. Pouco a pouco, graças aos bons cuidados de Piccos, a agulha da balança sobe e em Julho eu já peso 56 quilos» (pág. 72).

«Eis que, ainda por cima, eu contraio uma doença do couro cabeludo que é tratada por depilação. É necessário rapar todo o cabelo, pêlo a pêlo. Para isso, sou levado para o campo das mulheres para ir ao aparelho de raios X, porque não falta nada em Birkenau».

Pouco depois, André Rogerie seria inscrito num comando de trabalho de Auschwitz.


Comentário

Poucos deportados terão tido tanta sorte como o prisioneiro André Rogerie. Não só passou incólume por sete campos de extermínio - Buchenwald, Dora, Maïdanek, Auschwitz, Gross-Rosen, Nordhausen e Harzungen, como, dentro do campo de extermínio de Auschwitz, correu quase todos os blocos hospitalares do campo:

André Rogerie depois de passar pela desinfecção foi para um bloco de quarentena. Cinco semanas depois o médico envia-o para o campo-hospital. Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, reservado às doenças de pele. Ao contrair uma doença no couro cabeludo tem de ir ao aparelho de raios X que fica situado no campo das mulheres.

Esta roda-viva pelos diversos blocos hospitalares de Auschwitz não é alheia à recuperação física de André Rogerie. Chegado a Auschwitz, em Abril de 1944, não pesando mais do que 40 kg, ao fim de cinco semanas já pesa 43 kg, atingindo pouco depois os 50 kg e em Julho do mesmo ano os 56 kg. Pouco tempo depois, André Rogerie já estava suficientemente robusto para ser integrado num comando de trabalho.

Em face da existência de tantos blocos hospitalares no campo de extermínio de Auschwitz, é difícil discordar de André Rogerie: «não falta nada em Auschwitz-Birkenau».
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sexta-feira, agosto 07, 2009

Anne Frank - um exemplo da incompreensível rotação dos prisioneiros judeus pelos diversos campos de extermínio nazis

A história de Anne Frank começa na Alemanha dos anos 20. Os seus pais, Otto Frank e Edith Holländer casaram-se numa sinagoga no dia 12 de Maio de 1925. Nove meses depois, no dia 16 de Fevereiro de 1926, a primeira filha do casal, Margot, nasceu em Frankfurt am Main. No dia 12 de Junho de 1929, nasceu Annelise Frank (Anne Frank).

Em 1933, com a subida ao poder de Adolf Hitler, a família Frank decidiu mudar-se para a relativamente segura Amesterdão, na Holanda. Para tanto, no verão desse ano, Edith, Margot e Anne Frank foram morar com a avó materna Holländer, em Aachen, enquanto o pai, Otto Frank, partiu para Amsterdão para organizar as coisas. No dia 5 de dezembro de 1933, Edith e Margot, a mãe e a irmã de Anne Fraank, mudaram-se para Amesterdão. Em Fevereiro de 1934, Anne Frank juntou-se aos pais em Amesterdão.

No verão de 1937, a família Van Pels trocou Osnabrück na Alemanha, por Amesterdão. No dia 1 de Junho de 1938, Otto Frank em parceria com Hermann van Pels inaugurou a Pectacon B.V., especializada na produção de ervas utilizadas no tempero de carne. No dia 8 de Dezembro do mesmo ano, Fritz Pfeffer trocou a Alemanha pela Holanda. Em Março de 1939, a situação dos judeus na Alemanha começou a ficar intolerável.

Mesmo com muitos membros do Partido Nazi presentes no seu território, a Holanda tratava muito bem os seus refugiados judeus e os Frank sentiram-se seguros juntamente com seus vizinhos judeus.

No dia 5 de Julho de 1942, Edith Frank recebeu um documento registrado convocando Margot Frank para ir para o campo de trabalhos forçados de Westerbork, na Alemanha.

Diante de tal facto, Otto Frank, o pai de Anne Frank, decidiu antecipar a ida da família para o esconderijo localizado em Prinsengracht, 263 (local onde funcionava seu escritório e que desde o ano anterior estava sendo preparado para se tornar esconderijo da família caso fosse necessário).

A 13 de Julho de 1942, a família Van Pels, Hermann, Auguste e Peter, mudou-se para o Anexo Secreto. No dia 16 de Novembro, Fritz Pfeffer chegou ao esconderijo como o oitavo clandestino.

Durante dois anos os moradores do Anexo Secreto fizeram parte de uma grande família, morando num confinado espaço e vivendo sob o constante medo de serem descobertos pelos nazis e pelos seus simpatizantes. Foi durante este período que Anne Frank escreveu o seu famoso diário.

A 4 de Agosto de 1944 o Anexo Secreto foi invadido de surpresa pela polícia nazi e os moradores foram presos.


Depois de presos, os oito moradores do Anexo Secreto foram levados para uma prisão em Amesterdão e no dia 8 de Agosto foram transferidos para Westerbork, um campo de triagem para judeus no norte da Holanda. A 3 de Setembro de 1944 foram todos deportados para Auschwitz (Polónia), onde chegaram no dia 6 de Setembro de 1944. À chegada ao campo de concentração de Auschwitz, Anne Frank e os outros sete residentes do Anexo foram poupados à morte nas câmaras de gás.


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A família Frank


Otto Heinrich Frank, pai de Anne Frank, foi o único dos oito moradores do Anexo a sobreviver, sendo libertado de Auschwitz pelo Exército Vermelho no dia 27 de Janeiro de 1945. Otto Frank morreu em Basileia, Suiça, no dia 19 de Agosto de 1980 com 91 anos.





Edith Hollander Frank, mãe de Anne Frank, morreu com 44 anos na enfermaria de Auschwitz-Birkenau, no dia 6 de Janeiro de 1945, vítima de inanição.



Margot Frank, a irmã mais velha de Anne Frank, foi transferida, por volta de 28 de Outubro de 1944, com Anne Frank e Auguste van Pels de Auschwitz para Bergen Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha), onde morreu com 18 anos, possivelmente no final de Fevereiro de 1945, vítima da epidemia de tifo que matou milhares de prisioneiros no local. O seu corpo foi provavelmente enterrado nas valas comuns de Bergen Belsen.

Anne Frank foi transferida, por volta de 28 de Outubro de 1944, com a irmã e Auguste van Pels de Auschwitz para Bergen Belsen onde morreu com 16 anos, possivelmente no final de Fevereiro ou início de Março de 1945, vítima de tifo. Provavelmente o seu corpo também foi enterrado nas valas comuns do campo que foi libertado por tropas inglesas a 12 de Abril de 1945.



A família van Pels



Hermann van Pels morreu nas câmaras de gás de Auschwitz, de acordo com o único testemunho de Otto Frank, Hermann, em Outubro ou Novembro de 1944, com 55 anos. Pouco depois as câmaras de gás foram desactivadas.




Auguste van Pels, esposa de Hermann van Pels, foi transferida de Auschwitz com Anne e Margot, por volta de 28 de Outubro de 1944, para Bergen Belsen. Em Fevereiro de 1945 foi transferida para Buchenwald, depois foi transferida para Theresienstadt em 9 de Abril de 1945, e aparentemente foi transferida para outro campo de concentração depois disso. É certo que não sobreviveu, mas não se sabe a data de sua morte.


Peter van Pels, filho dos Pels, foi forçado a participar da marcha da morte de Auschwitz a 16 de Janeiro de 1945 até ao campo de concentração de Mauthausen, Áustria, onde, segundo a Cruz Vermelha, morreu no dia 5 de Maio de 1945, com 18 anos, três dias antes do campo ser libertado pelas tropas americanas.




Fritz Pfeffer


Fritz Pfeffer foi transferido de Auschwitz para Sachesenhausen e novamente transferido paro o campo de concentração de Neuengamme, onde morreu no dia 20 de Dezembro de 1944, com 55 anos, com uma inflamação nos intestinos.




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Em suma

Dos oito prisioneiros judeus, principais personagens do diário de Anne Frank, apenas três permaneceram em Auschwitz com sortes diferentes:

1 - Hermann Pels foi «gaseado» em Auschwitz segundo o «único testemunho» de Otto Frank (o pai de Anne Frank).

2 - Edith Frank, mãe de Anne Frank, morreu na enfermaria de Auschwitz vítima de inanição.

3 - Otto Frank, pai de Anne Frank, sobreviveu a Auschwitz, sendo libertado pelo Exército Vermelho.


Os outros cinco elementos foram todos transferidos, alguns por diversas vezes:

4 e 5 - As irmãs Margot e Anne Frank foram transferidas de Auschwitz para o campo de concentração de Bergen Belsen, onde morreram de tifo.

6 - Peter Pels foi transferido de Auschwitz para Mauthausen onde morreu três dias antes do campo ser libertado pelas tropas americanas.

7 - Fritz Pfeffer foi transferido de Auschwitz para Sachesenhausen e depois para Neuengamme, onde morreu com uma inflamação nos intestinos.

8 - Auguste Pels foi transferida de Auschwitz para Bergen Belsen, depois para Buchenwald, depois para Theresienstadt, e aparentemente para outro campo de concentração depois disso. Pensa-se que não terá sobrevivido.


Questão

Se o objectivo dos nazis era exterminar judeus, como se explica que deste grupo de oito judeus que se encontravam em Auschwitz, o local de extermínio nazi por excelência, apenas um foi «gaseado», segundo o «único testemunho» de Otto Frank? E porque andaram os outros a saltar de campo em campo (tendo a senhora Auguste Pels passado por cinco campos de extermínio diferentes)?
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segunda-feira, agosto 03, 2009

Sócrates, a pretexto de um incentivo à natalidade, propõe-se financiar encapotadamente a banca em 150 milhões de euros por ano



"A proposta do PS de oferecer 200 € a cada recém-nascido, que não dariam nem para fraldas, ficarão no banco até o jovem ter 18 anos (aí receberá 500 €), como se a preocupação dos pais não fosse no pós-parto mas quando a criança atinge a maioridade. É com este bom senso que o PS prefere esse cheque à melhoria da rede pública de infantários ou um abono de família mensal de nível europeu (150 €)."

"Já a banca arrecada 200 € por cada nascimento. Anualmente, corresponde a 150 milhões. Ao fim de 18 anos, os zeros da quantia não cabem nesta crónica. O que parecia uma política social é, afinal, um financiamento encapotado à banca. O PS defende que a proposta é um incentivo à poupança. Mas esquece-se de dizer de quem. O amealhar é dos bancos, embora a crise não lhes faça mossa. As quatro maiores instituições bancárias privadas portuguesas ganharam mais 17,4% neste primeiro semestre do que em 2008. Quatro milhões de euros de lucros por dia."

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