sábado, outubro 29, 2011

Os cortes que se têm de levar a cabo para evitar que o nível de vida continue a diminuir, num mundo cuja capacidade de produção, graças a uma evolução tecnológica exponencial, continua a aumentar

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As cabeças a serem conduzidas ao cepo passam por banqueiros (todos), por políticos (praticamente todos), por jornalistas de opinião e comentadores mediáticos (a grande maioria), por empresários corruptos (muito mais do que se imagina), e por boa parte dos responsáveis da Procuradoria-Geral da República e do Tribunal de Contas.


A verdadeira mudança, que já peca por tardia, passa por fazer com que as sanguessugas e respectivos apêndices percam literalmente a cabeça.

Na imagem, uma sanguessuga, de cabeça erguida, observa uma população pouco satisfeita com o andar da carruagem
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quinta-feira, outubro 20, 2011

Aos Indignados cujo agastamento se esfuma em cartazes, palavras de ordem, batatada com a polícia, cantigas de intervenção e acampamentos inúteis...

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Convém recordar: Daniel Proença de Carvalho


Proença de Carvalho é o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago. O advogado é presidente do conselho de administração da Zon, é membro da comissão de remunerações do BES, vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD e presidente da mesa na Galp Energia. E estes são apenas os cargos em empresas cotadas, já que Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas. Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros. Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.

Este é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


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Convém recordar: José Pedro Aguiar Branco


O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar Branco e agora ministro da defesa é um dos "campeões" dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado), da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009, Aguiar-Branco recebeu 8 080 euros, ou seja, 4 040 por reunião.

Este é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...

E agora é Ministro da Defesa.


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Convém recordar: António Nogueira Leite


Segue-se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos. O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5 300 euros por reunião.

Este é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


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Convém recordar: António Lobo Xavier


Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado (não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.

Este é um dos indivíduos que vai rotineiramente à televisão explicar aos portugueses a necessidade de sacrifícios e de redução de salários...


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Comentário

Quando virem os indivíduos acima (e outros como eles) falarem em «cortes inevitáveis», meditem seriamente no tipo de cortes que são, de facto, necessário executar... E em que pescoços...


Porque nesse tipo de cortes há que cortar rápida, certeira e decididamente!
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segunda-feira, outubro 17, 2011

O colossal roubo perpetrado pelos Bancos às famílias, às empresas e aos Estados, admiravelmente explicado por três professores de economia monetária e financeira

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Um pequeníssimo excerto do livro "Política Monetária e Mercados Financeiros", escrito em linguagem perfeitamente acessível e que toda a gente deveria ler. Porque, para entender a forma como os Bancos nos roubam, explicação mais simples do que esta é impossível:




Comprei há meses um excelente livro - Política Monetária e Mercados Financeiros - que me foi aconselhado por um jornalista do Diário Económico. O livro, síntese da experiência de ensino ao longo dos últimos dez anos, dos autores Emanuel Reis Leão, Sérgio Chilra Lagoa e Pedro Reis Leão, na área da economia monetária e financeira, está escrito de forma inteligível e evita os excessos de gíria que normalmente atafulham as obras dedicadas a estes temas tornando-as totalmente crípticas aos leigos.

O livro começa praticamente pelo processo de criação de moeda e, coisa espantosa, explica-nos, de forma muito simples, a forma como os bancos comerciais perpetram diariamente um roubo de proporções inimagináveis às famílias, às empresas e aos Estados.



A criação de massa monetária

De seguida, passaremos a explicar a criação de depósitos resultante da concessão de crédito pelos Bancos Comerciais (ou de 2ª ordem), por exemplo o Millenium BCP, o BPI, o Santander Totta, o BES, etc., ao sector não monetário da economia - Famílias, Empresas [não financeiras] e Estado:



Concessão de crédito por um banco cria nova moeda na economia

Suponha-se que um Banco-A concede crédito a uma família no valor de 100.000€. Esta operação pode ser registada da seguinte forma:

Isto é, o Banco-A credita a conta de depósitos à ordem da família no montante de 100.000€ (algum funcionário do Banco-A altera os números que estão registados informaticamente na conta à ordem da família, somando 100.000€ ao valor que lá se encontrava anteriormente). Isto significa que, como resultado desta operação de crédito, passam a existir na economia mais 100.000€ de depósitos à ordem. Uma vez que os Depósitos à Ordem fazem parte da massa monetária, a operação de crédito fez aumentar o stock de moeda existente na economia.

A operação de concessão de crédito é realizada pela área comercial do banco. O facto de, como resultado dessa operação, terem surgido mais 100.000€ de Depósitos à Ordem no passivo do Banco-A, obriga a sua área de tesouraria a tomar medidas para que o banco continue a possuir reservas suficientes para:

(a) Satisfazer eventuais pedidos de conversão de Depósitos à Ordem em notas e moedas físicas pela família,

(b) Fazer face a eventuais cheques que a família venha a usar e,

(c) Cumprir as obrigações legais em termos de reservas (as Reservas Legais de 2% da Zona Euro).

Podemos perguntar se o montante de reservas adicionais que a área de tesouraria do banco vai ter de adquirir é próximo dos 100.000€ ou não. A resposta é não. O montante de reservas necessário para suportar o acréscimo de Depósitos à Ordem é comparativamente reduzido. Senão vejamos.

A exigência referida em (a) diz respeito ao facto de a família poder solicitar a conversão de parte ou da totalidade dos 100.000€ em notas e moedas. Suponhamos que a família decide levantar 1000€. Ora, é natural que a família gaste estas notas e moedas no valor de 1000€ a comprar algo que o comerciante que vier a receber estas notas e moedas volte a depositá-las no banco. No caso de o banco com o qual o comerciante trabalha não ser o Banco-A mas sim o Banco-B, devemos ter em conta que existirá provavelmente uma situação simétrica de outra família que solicitou 100.000€ ao Banco-B, que levantou 1000€ e os usou para pagar a um comerciante que tem conta no Banco-A. Sendo assim, em média, a quantidade de notas e moedas que sai de cada banco é aproximadamente igual à que entra.

Isto não significa que o Banco-A não necessita de notas e moedas para este fim. De facto, mesmo no caso do comerciante a quem a família paga também tem de ter conta no Banco-A, existirá sempre algum tempo durante o qual as notas e moedas estarão fora do banco e, por isso, este é obrigado a possuir notas e moedas parta o efeito. Por outro lado, no caso de o comerciante ter conta no Banco-B, não há garantia de que o outro comerciante, que tem conta no Banco-A (comerciante da situação simétrica), venha a depositar notas e moedas no Banco-A exactamente no mesmo montante. Por esta razão, a área de tesouraria do Banco-A terá de obter alguma quantidade de notas e moedas. Em resumo: em qualquer dos dois casos existe necessidade de alguma quantidade de notas e moedas, embora não muito elevada. Admita-se que, por experiência, o Banco-A sabe que necessita de cerca de 0,5% do montante de Depósitos à Ordem criado em cada empréstimo para fazer face a este tipo de exigência. Sendo assim, o crédito de 100.000€ faz com que a área de tesouraria do Banco-A decida ir procurar 500€ de reservas de cobertura adicionais para responder à exigência mencionada em (a).


A exigência referida em (b - fazer face a eventuais cheques que a família venha a usar), refere-se ao facto de a família poder escrever um cheque, por exemplo no valor de 99 000€, e entregá-lo como pagamento de algum bem ou serviço. Se o comerciante que recebe o cheque possuir conta num banco que não o Banco-A, por exemplo no Banco-C, quando este banco recebe o cheque que o comerciante lá deposita, leva-o à compensação no Banco de Portugal. Com base nesse cheque, o Banco de Portugal moverá 99 000€ da conta de depósito do Banco-A no Banco de Portugal para a conta de depósito do Banco-C no Banco de Portugal. Para estar preparado para esta eventualidade, o Banco-A tem que possuir reservas suficientes na sua corta no Banco de Portugal.

Um raciocínio idêntico ao feito para o caso da exigência de tipo (a) mostra-nos, no entanto, que o montante de reservas necessárias para este efeito não é muito elevado. De facto, tenderá a existir uma situação simétrica, de uma família que obteve um crédito de 100.000€ junto do Banco-C, que passou um cheque no valor de 99 000€ a um comerciante que depositou o cheque no Banco-A. Ao levar este cheque à compensação junto do Banco de Portugal, o Banco-A consegue assim reaver as reservas que perdera para o Banco-C. O Banco-A deve no entanto precaver a possibilidade de desfasamentos entre o montante que recebe e o montante que tem que pagar, facto que o leva a ter reservas preparadas na sua conta junto do Banco de Portugal. Admita-se que, por experiência, o Banco-A sabe que necessita de possuir 1% do crédito concedido para fazer face a este tipo de desfasamentos. Neste caso, o crédito de 100.000€ obriga o banco a obter 1000€ adicionais de reservas de cobertura.


Finalmente, a exigência referida em (c - cumprir as obrigações legais em termos de reservas), decorre do facto de os Depósitos à Ordem fazerem parte da base de incidência. Assim sendo, o crédito de 100.000€ implica um aumento na base de incidência e consequentemente no montante de reservas necessário para cumprir os requisitos de reservas legais. No entanto, sendo a taxa de reserva legal de 2% na Zona Euro, o montante de reservas que o banco precisa para este fim é também comparativamente reduzido: o Banco-A irá necessitar de 0,02 x 100.000€ = 2000€ de reservas para poder cumprir os requisitos legais.


A conclusão a tirar é que, para fazer face às exigências referidas nas alíneas (a), (b), e (c), o Banco-A necessita apenas de 3.500€ ( 500€ + 1000€ + 2000€ ) em reservas adicionais. Ou seja, para fazer face às exigências referidas em (a), (b), e (c), o Banco-A apenas necessita de um montante comparativamente reduzido de reservas adicionais (reduzido quando comparado com o valor do empréstimo, que foi de 100.000€ e que criou massa monetária também no valor de 100.000€). Se estendermos este raciocínio ao sistema monetário como um todo, chegamos à conclusão de que, para o conjunto da economia, a massa monetária é muito superior à base monetária. Esta ideia é traduzida quantitativamente pelo conceito de multiplicador monetário.

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Stock de moeda e operações de crédito bancário

Como vimos, a operação de crédito do Banco-A à família provocou o aparecimento de Depósitos à Ordem - e portanto de moeda que não existia antes - no montante de 100.000€. Vamos agora fazer uma afirmação mais forte: nas economias modernas, a principal fonte de criação de moeda é a concessão de crédito pelos Bancos Comerciais às famílias, às empresas e ao Estado. Repare-se que uma coisa é dizer que uma operação de crédito bancário cria moeda; outra, bem mais forte, é dizer que a maior parte da moeda que existe numa economia nasceu de operações de crédito bancário efectuadas até ao presente.

Note-se que, para que ocorra criação de moeda, a operação de crédito tem de ser de um banco para um agente do sector não monetário; caso contrário, não ocorrerá criação de moeda. Por exemplo, quando uma empresa emite obrigações que são compradas por famílias, as famílias estão a conceder crédito à empresa, mas esta operação não cria nova moeda - implica apenas uma transferência de Depósitos à Ordem já existentes das famílias para a empresa. Outro exemplo: quando um banco concede crédito a outro banco ocorre uma mera transferência de reservas de um banco para outro e nenhuma moeda é criada no processo. Terceiro exemplo: quando uma instituição financeira não monetária (por exemplo, uma locadora) concede crédito a uma empresa, não há criação de depósitos à ordem - ocorre uma mera transferência de depósitos à ordem da locadora para a empresa.

Repare-se também que quando a família paga um crédito que pediu anteriormente (e os juros) fá-lo por débito da sua conta de Depósitos à Ordem e, portanto, esse pagamento destrói depósitos e, assim, moeda. Consequentemente, pode dizer-se que nas economias modernas, a moeda está constantemente a ser criada e destruída: é criada quando os bancos concedem crédito ao sector não monetário e é destruída quando os agentes que pediram crédito aos bancos fazem o pagamento do empréstimo e juros correspondentes.


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Em suma

Um banco concede crédito a uma família no valor de 100.000€ para a compra de uma casa, creditando a conta de depósitos à ordem dessa família no montante de 100.000€.

Para essa operação, um funcionário do banco altera os números que estão registados informaticamente na conta à ordem da família, somando 100.000€ ao valor que lá se encontrava anteriormente.

Esse dinheiro não existia antes em lado nenhum. O banco cria-o a partir do nada digitando essa quantia no teclado de um computador.

Como resultado desta «operação de crédito», passam a existir na economia mais 100.000€ de depósitos à ordem. Uma vez que os depósitos à ordem fazem parte da massa monetária, a operação de crédito fez aumentar o stock de moeda existente na economia.

Ao fim de 30 anos, a uma taxa de juro de 5%, a família pagou ao banco um total de cerca de 255.000€, dos quais 155.000€ são juros.

Resumindo, o banco inventou 100.000€ que emprestou com juros a uma família, e esta, ao fim de 30 anos, entrega os 100.000€ inventados pelo banco mais 155.000€ em juros, estes bem reais. A família foi espoliada pelo banco em 155.000€ de juros sobre um capital que o banco inventou e lhe «emprestou».

Esta fraude sem nome acontece quotidianamente em todos os empréstimos dos bancos comerciais às famílias, às empresas e ao Estado. Haverá roubo maior na história da civilização?


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Ouçamos igualmente as palavras de Murray N. Rothbard [Professor de economia e liberal da Escola Austríaca] quando fala da gigantesca fraude bancária que os bancos comerciais têm vindo a praticar até aos nossos dias:

Murray N. Rothbard

"Desde então, os bancos têm criado habitualmente recibos de depósitos, originalmente notas de banco e hoje depósitos, a partir do nada [out of thin air]. Essencialmente, são contrafactores de falsos recibos de depósitos de activos líquidos ou dinheiro padrão, que circulam como se fossem genuínos, como as notas ou contas de cheques completamente assegurados."

"Os bancos criam dinheiro literalmente a partir do nada, hoje em dia exclusivamente depósitos em vez de notas de banco. Este tipo de fraude ou contrafacção é dignificado pelo termo reservas mínimas bancárias [fractional-reserve banking], o que significa que os depósitos bancários são sustentados apenas por uma pequena fracção de activos líquidos que prometem ter à mão para redimir os seus depósitos."




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Os bancos comerciais praticam essencialmente dois grandes tipos de fraude

1 – Quando lhes é pedido um empréstimo, os bancos criam dinheiro a partir do nada sob a forma de depósitos bancários, e cobram juros desse «dinheiro» que possui uma existência apenas contabilística.

Estas «operações» são tornadas possíveis porque os bancos comerciais funcionam em circuito fechado - o dinheiro levantado num banco é depositado noutro, e actuam sob a batuta dos bancos centrais, na sua maioria privados ou geridos por privados, que determinam as taxas directoras e regulam os movimentos financeiros entre os bancos comerciais.

2 – Os bancos facilitam ou dificultam a concessão de crédito, diminuindo ou aumentando as taxas de juro e os spreads, e levando, deste modo, a períodos inflacionários e depressões económicas que conduzem empresas e famílias à pobreza e à falência, e de cujos bens se apropriam por uma fracção do seu real valor.
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quarta-feira, outubro 12, 2011

São os esbirros a soldo da Grande Finança Internacional que têm de ser afrontados individualmente pelos cidadãos, estejam eles nos sofás dos seus gabinetes, no restaurante, no barbeiro ou estirados numa toalha à beira mar

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O sorriso desdenhoso do Poder face à já habitual ineficácia das manifestações populares



Há muito que ficou demonstrado serem totalmente ineficazes as grandes manifestações, as palavras de ordem, os cartazes, as faixas, as canções de protesto, a pilhagem de lojas, o incendiar de automóveis e os confrontos com a polícia (tão, ou mais, desgraçada que o resto da população). Perante a inutilidade deste tipo de acções, o Poder limita-se a sorrir com desdém: palavras, leva-as o vento, e a violência gratuita só divide ainda mais as pessoas.

Contra a agressão direta às pessoas, por parte da Grande Finança Internacional, de que fala Paula Gil, integrante do Movimento Doze de Março, só existe uma resposta possível: uma agressão directa e dirigida pessoalmente contra os lacaios que estão ao serviço dessa mesma Grande Finança Internacional. Os escroques ao serviço do Grande Dinheiro encontram-se profusamente infiltrados no Poder Político, Económico, Mediático e Judicial, travestidos de ministros, deputados, gestores, empresários, jornalistas, comentadores, advogados e juízes. Há que aprender a identificá-los e a justiçá-los com determinação.

Nunca é de confiar numa justiça que, através dos seus parlamentares a soldo, cria alçapões e escapatórias que permitem a todos os figurões escaparem à justiça (não há um único figurão preso em Portugal), mas que não tem qualquer pejo em meter na cadeia um tipo que rouba dois hambúrgueres no Pingo Doce ou é apanhado com dez gramas de haxixe no bolso.

E, para os que ainda tenham dúvidas sobre as acções a tomar, não esqueçam que um país com um sistema judicial apodrecido, não pode, jamais, ser considerado um Estado de Direito.


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RTP – 11.10.2011

O protesto divulgado pelo site com o nome "United for Global Change" (Unidos para a Mudança Global), afirma que "na América, Ásia, África e Europa, a população está a preparar-se para reivindicar os seus direitos e exigir uma verdadeira democracia, num protesto global, não violento".

"Unidos numa só voz, vamos dizer aos políticos e às elites financeiras que cabe ao povo decidir o seu futuro", frisam os organizadores que acrescentam: "No dia 15 de outubro, vamos encontrar-nos nas ruas para revelar as mudanças globais que queremos. Vamos demonstrar falar e organizar pacificamente até que nos escutem".

"Está na hora de nos unirmos. Está na hora de nos escutarem", remata o comunicado lançado na net que apela aos cidadãos de todo o mundo para que participem neste protesto.

Segundo o site, sábado ocorrem protestos em mais de 70 cidades norte-americanas, entre as quais Washington, Los Angeles, Chicago, Miami e Dallas.


"Ocupa Wall Street" deverá estender-se no tempo

O protesto dos indignados em Nova Iorque, que já entrou na quarta semana consecutiva, está para durar, depois do "mayor" nova-iorquino ter revelado que "os manifestantes podem ficar por tempo indeterminado, desde que cumpram a lei".

"A questão de fundo é que as pessoas querem expressar-se, e enquanto obedecerem à lei, nós autorizamo-las. No entanto, serão tomadas as medidas supostas em caso de infrações", revelou Michael Bloomberg.

Em Nova Iorque, a polícia já gastou cerca de 1,4 milhões de euros, sobretudo em horas extraordinárias, com o policiamento à zona de Zuccotti, onde está instalado o acampamento.

Mas nos Estados Unidos, os protestos não se cingem só a Nova Iorque, também em Washington os indignados conseguiram uma extensão de quatro meses para acampar junto à Casa Branca. Em Boston, centenas de estudantes universitários protestaram contra o sistema educativo.


Manifestações em Portugal

Em Lisboa, o protesto vai começar às 15h00 com uma manifestação que começará na Praça Marquês de Pombal com rumo à Assembleia da República, onde às 18h00 vai decorrer uma assembleia popular, na qual vai ser apresentada uma "auditoria cidadã à dívida pública".

"Neste momento estamos a pagar por algo que não sabemos de onde vem (...) nem a quem devemos", afirmou à Lusa Paula Gil, dirigente do movimento 12 de março (M12M), uma das quase 30 organizações que convocaram o desfile em Lisboa.

"Terminar o desfile no sábado na Assembleia da República é simbólico e pretende lembrar aos deputados de que a voz dos cidadãos tem de ser ouvida. As políticas têm que ser discutidas com as pessoas", acrescentou.

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Além de Lisboa, em Portugal o protesto realiza-se também na Praça da Batalha (Porto), Praça Velha (Angra do Heroísmo), Avenida Central (Braga), Praça da República (Coimbra), Praça do Sertório (Évora) e Jardim Manuel Bivar (Faro).


Espanha foi dos primeiros países a aderir

Os indignados espanhóis foram os primeiros a aderir ao movimento, em maio passado, e no próximo sábado vão reunir-se no centro de Madrid, tal como fizeram da jornada de protesto do passado dia 19 de junho que conseguiu reunir cerca de 200 mil pessoas de todo o país.

"Estamos muito contentes que Nova Iorque tenha conseguido uma grande visibilidade", revelou à APF, o porta-voz da plataforma espanhola "Democracia Real Já!", a organização que teve na origem o surgimento do movimento dos indignados espanhóis contra o desemprego e a crise.

"Isto mostra que está é uma questão que não diz só respeito a Espanha, mas sim ao mundo inteiro, porque a crise é global, os mercados operam à escala global", frisoou Jon Aguire Such, que acrescentou que "unidos sob uma única voz vamos dizer aos políticos e às elites financeiras que eles servem, que agora somos nós, o povo, a decidir o nosso futuro".


Bélgica e Suíça também recebem protestos

As cidades suíças de Zurique, Genebra e Basileia também vão receber indignados que vão protestar contra o poder do sector bancário. Um milhar de pessoas são esperadas no próximo sábado na Paradeplatz de Zurique, a praça emblemática da finança helvética, onde se encontram as sedes dos bancos USB e Credit Suisse.

"Os bancos contam mais que os cidadãos. Não deveria ser assim. Temos de corrigir a situação", afirmou um dos organizadores do protesto dos indignados na Suíça.

Em Bruxelas já estão desde o passado sábado cerca de 200 ativistas indignados originários de Espanha e França.


Protestos em Israel

Telavive é uma das cidades que consta do mapa do movimento global do próximo sábado. O manifesto para a marcha em Israel alerta contra aquilo que os organizadores consideram "os perigos do sistema capitalista".

Segundo uma ativista israelita, "está agendada uma marcha que vai culminar na praça do museu de arte de Telavive onde vão ser transmitidas num ecrã gigante e em tempo real as manifestações em outras frentes mundiais".


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RTP – 08.10.2011

Paula Gil, integrante do Movimento Doze de Março (M12M), uma das 30 organizações convocantes da manifestação, declarou à Agência Lusa a sua convicção de que é necessária uma auditoria da dívida porque "neste momento estamos a pagar algo que não sabemos de onde vem (...) nem a quem devemos".

Essa dívida nebulosa tem vindo a justificar, segundo aquela dirigente, a criação de uma "situação insustentável, de agressão direta às pessoas, em que o Estado se comporta como se o seu primeiro objetivo fosse a proteção dos credores e dos mercados e não a proteção das pessoas".

Paula Gil deu também a conhecer na entrevista à Lusa o acordo existente para fazer concluir a manifestação de 15 de outubro em frente à Assembleia da República e mostrou-se optimista, afirmando que a manifestação já tem a seu favor o ter conseguido criar uma convergência de numerosas organizações que se "juntaram em torno de uma mobilização contra a situação em que vivemos". E apelou à participação de partidos e sindicatos, "porque neste momento estamos todos a ser atacados".



Comentário

Não foi por acaso que dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%) para pagar uma dívida nebulosa que não sabemos de onde vem (...) nem a quem devemos, o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".

E também não é por acaso que o Banco Central Europeu está proibido, pelos próprios estatutos, de emprestar dinheiro aos Estados, mas fá-lo a 1% aos Bancos Comerciais, que, por sua vez, o emprestam a juros usurários aos Estados Nacionais a 5, 6, 7 e mais por cento. Um negócio das arábias para o Poder Financeiro Internacional, de que os bancos comerciais portugueses não passam de meros balcões.


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Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, este explicou destemidamente de que forma o Poder Financeiro controla os Estados e as populações:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


Já chega de gatunagem dos que controlam o Dinheiro e o Poder. Basta!
Há que cortar rápida, certeira e decididamente o mal pela raiz!
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terça-feira, outubro 04, 2011

Município de Oeiras – A forma ignóbil como um pasquim [a Revista SÁBADO] engendrou uma estória infamante que mete saias, aventais, esquadros e compassos…

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Câmara Municipal de Oeiras


Wikipédia - Muitos sabem que a Maçonaria (forma reduzida e usual de franco-maçonaria) é uma sociedade discreta, e, por discreta, entende-se que se trata de acção reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam de carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.

Portanto a maçonaria é uma sociedade fraternal que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. As suas principais exigências são que o candidato acredite num princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição, eliminando os seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.

Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autónomas, designadas, como são mais conhecidas e correctamente designadas por lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."


Símbolos da franco-maçonaria




Emanuel Martins disse ao Expresso que não era irmão maçon de Isaltino Morais. Mas é!

Emanuel Martins, candidato do PS à Câmara de Oeiras

O vereador socialista em Oeiras disse ao Expresso que não se revê nem no retrato de capanga de Isaltino nem no de seu amigo pessoal. Mais: Emanuel Martins negou ainda os laços de irmandade maçónica que o ligam ao autarca de Oeiras: "Não me cansarei de dizer que também não sou o seu irmão maçon na Grande Loja Legal de Portugal (GLLP)."

A SÁBADO sabe, no entanto, que Emanuel Martins é maçon da GLLP. Confrontado com o facto, o socialista recuou: "Não fui bem citado no Expresso. O que eu disse foi que não o convidei para a maçonaria, nem o contrário aconteceu com o dr. Isaltino Morais."

Um dos documentos internos maçónicos a que a SÁBADO acedeu, mostra que Emanuel Martins era maçon da Loja Mercúrio, onde foi posteriormente iniciado o presidente da Câmara Municipal de Oeiras. Esse facto originou na altura uma forte polémica interna na GLLP porque vários maçons não foram informados da iniciação de alguém que estava a ser investigado por suspeitas de corrupção.

Emanuel Martins – que, recorde-se, foi acusado pela ex-secretária de Isaltino de tentar pressioná-la para alterar o seu testemunho no julgamento do presidente da Câmara de Oeiras – esteve em várias reuniões maçónicas da loja Mercúrio. Numa dessas ocasiões, a SÁBADO esteve à porta da sede da GLLP, em Alvalade, Lisboa, tendo assistido à chegada separada dos dois políticos para uma reunião onde iriam decorrer várias iniciações de novos maçons. Isaltino Morais chegou mesmo ao local num BMW registado em nome da Câmara de Oeiras e conduzido por um motorista da autarquia.

Comprovante de Emanuel Martins na Grande Loja Regular de Portugal



Em suma: a Justiça pode ser cega mas de parva não tem nada


Jornal Expresso - 3 de outubro de 2011

Isaltino Morais pediu hoje que a juíza do Tribunal de Oeiras Carla Cardador seja afastada do processo-crime em que é arguido, depois de na semana passada ter ordenado a sua detenção e libertação, revelou fonte ligada ao processo.

[...] Isaltino Morais foi detido na quinta-feira às 20h00 e libertado 23 horas depois. A detenção foi feita ao abrigo de um despacho do Tribunal de Oeiras que considerou que a sua condenação transitara em julgado, mas a sua defesa alegou que havia um recurso pendente no Tribunal Constitucional ao qual foi atribuído efeito suspensivo. Este argumento foi posteriormente aceite pelo Tribunal de Oeiras, que decidiu libertar o autarca.

O 'caso Isaltino' teve início há mais de oito anos, quando o Ministério Público investigou o autarca, por suspeitas de ter contas bancárias não declaradas na Suíça e na Bélgica.

Foi condenado em 2009 a sete anos de prisão e a perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais. Posteriormente, a pena foi reduzida para dois anos pelo Tribunal da Relação, decisão que motivou diversos recursos.


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