segunda-feira, setembro 05, 2005

New Orleans ou Bangladesh?

Todas as imagens que nos chegam de New Orleans e arredores, mostram-nos uma América que muitos julgariam não existir.

Estas imagens, de gente pobre, afro, mal vestidos, pilhando armazéns de comida, de velhos esqueléticos e bebés ramelosos, parecem as que normalmente vêm de países africanos ou do Haiti ou sítios parecidos. Agora, da poderosa América, da “dream land”, quem pensaria que aquilo existiria? Poucos, seguramente.
Mas não julguem que aquilo só existe no sul. Não… até mesmo em New Iork os vagabundos sem casa são aos milhares, de todas as idades e sexos. É tal qual se vê nos filmes, acreditem.
A América toda poderosa, temente a deus, sacrifica milhões dos seus cidadãos em nome de uma estranha liberdade em que só quem tem dinheiro pode ir receber tratamento aos hospitais ou ter filhos a estudar.
Acham que o flagelo do trabalho infantil é só na Índia, no Paquistão ou nos têxteis do Vale do Ave? Acham que trabalho escravo, sem horário de trabalho, sem segurança social e à mercê de todas as tropelias do patrão é só no Brasil ou na China? Se acham, estão enganados… é também lá, na terra do Tio Sam.
A América que o Katrina destapou é essa terra de desigualdades gritantes, escondidas até agora, entaipadas pelo marketing político. É a terra da segregação racial, do espezinhamento social, da pena de morte. Uma terra de políticas odiosas.

3 comentários:

Biranta disse...

Amigo marujo!
Gostei deste seu post, como é costume.
Mas desculpe-me o reparo:
-vêem é a terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo VER.
Quando se trata do verbo VIR, escreve-se vêm.

Anónimo disse...

Pode-se, assim, ver bem como é que os EUA defendem os direitos humanos na sua casa. E acreditar piamente que, quando intervêm militarmente noutros países, é para fazer respeitá-los.
VIVA A AMÉRICA!

Anónimo disse...

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