quinta-feira, julho 07, 2005

Good job, Mr.Bliar and Mr. amBush




A Al-Qaeda ataca de novo!

FABRICANDO UM INIMIGO - 5 de Fevereiro de 2003 - por Michel Chossudovsky

Um dos principais objectivos da propaganda de guerra é "fabricar um inimigo". Como o sentimento anti-guerra cresce e a legitimidade política da administração Bush escasseia, as dúvidas quanto à existência deste "inimigo externo" devem ser afastadas.

Neste contexto, a propaganda pretende afogar a verdade e matar a evidência de que a Al-Qaeda de Osama bin Laden foi fabricada e transformada em "Inimigo Número Um".

A prisão em massa de indivíduos com origem no Médio Oriente a partir de 11 de Setembro de 2001 sob acusações inventadas não é motivada por considerações de segurança. Sua principal função é proporcionar "credibilidade" ao medo e à campanha de propaganda. Cada prisão, amplamente publicitada pelos media empresariais, repetida dia após dia, "dá um rosto" a este inimigo invisível. Serve também para disfarçar o facto de que a Al-Qaeda é uma criatura da CIA. O "Inimigo Número Um" não é um inimigo e sim um instrumento.

Por outras palavras, a campanha de propaganda executa duas importantes funções.

- Primeiro, deve assegurar que o inimigo seja considerado uma ameaça real.

- Segundo, deve distorcer a verdade — isto é, deve ocultar "o relacionamento" entre este "inimigo fabricado" e os seus criadores dentro do aparelho de inteligência militar.

Assim, a natureza e a história do Al-Qaeda de Osama bin Laden e as brigadas islâmicas desde a guerra soviético-afegã devem ser suprimidas porque se chegar a um público mais vasto a legitimidade da assim chamada "guerra ao terrorismo" entra em colapso como um castelo de cartas. E neste processo, a legitimidade dos principais actores políticos e militares é ameaçada.

Como resposta a uma iminente crise política, a campanha de medo e desinformação tornou-se super directa. Todas as cadeias noticiosas foram subitamente inundadas com relatos e advertências de "futuros ataques terroristas". Uma declaração com palavras cuidadosamente escolhidas (destinadas visivelmente a instilar o medo) do vice-presidente Dick Cheney contribuiu para preparar o cenário:

"Penso que as perspectivas de um futuro ataque aos EUA são quase uma certeza... Isto pode acontecer amanhã, na próxima semana ou no próximo ano, mas eles continuarão a tentar. E temos de estar preparados".

O que Cheney está realmente a dizer-nos com isto é que o nosso "activo de inteligência", criado por nós, vai atacar outra vez. Então, se esta "criatura da CIA" estivesse a planear novos ataques terroristas, seria de esperar que a CIA fosse a primeira a saber disso. Com toda a probabilidade, a CIA também controla as chamadas "advertências" provenientes de fontes da própria CIA sobre "futuros ataques terroristas" nos EUA e por todo o mundo.

Através de um exame cuidadoso das notícias acerca de reais, "possíveis" ou "futuros" ataques terroristas verifica-se que a campanha de propaganda apresenta um padrão constante. Conceitos semelhantes aparecem simultaneamente em centenas de relatos dos media:

Eles invariavelmente indicam que os grupos terroristas envolvidos têm "laços com bin Laden" ou à Al-Qaeda, ou são "simpatizantes de bin Laden".

Os relatos apontam muitas vezes para a possibilidade de ataques terroristas, "mais cedo ou mais tarde" ou "nos próximos dois meses".

Os relatos frequentemente levantam a questão dos chamados "alvos soft", indicando a probabilidade de baixas civis.

Indicam que futuros ataques terroristas poderiam ocorrer num certo número de países aliados (incluindo Grã Bretanha, França, Alemanha) em que a opinião pública é fortemente contrária à dita guerra ao terrorismo conduzida pelos EUA.

Para ser "eficaz" a campanha de medo e desinformação não pode confiar unicamente em "advertências" não confirmadas de ataques futuros, exige também ocorrências terroristas "reais" ou "incidentes", os quais dão credibilidade aos planos de guerra da administração. A propaganda endossa a necessidade de executar "medidas de emergência" bem como de acções militares retaliatórias.



Comentário:

Faço minhas as palavras de Chossudovsky: a verdade questiona e eclipsa a mentira.

Infelizmente, nos media, o princípio parece ser o inverso: quanto maior a mentira, maior a probabilidade de acreditarem nela.

E acrescento: mentirosos, filhos da puta, oligarcas e assassinos!

5 comentários:

  1. Reconheço em todos os seus textos uma obcessiva paranoia contra tudo o que é Americano ou a eles esteja ligado!
    Embora concorde parcialmente com algumas das crónicas, não vejo uma verdadeira crítica a quem comete este tipo de assassinios, instrumentalizados ou não!

    EU NÃO DESCULPO BIN LADEN, ETA, IRA, BUSH ETC., SEJAM ELES QUEM FOREM, POIS MATAM GENTE INOCENTE, E SABEM QUE O FAZEM, MESMO QUE INSTRUMENTALIZADOS! SÃO BARBAROS!SÃO SÁDICOS! SÃO VAZIOS DE IDEOLOGIA POIS NENHUMA JUSTIFICA ISTO!

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  2. cimeira das açores: bush, blair, berlusconi

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