terça-feira, fevereiro 27, 2018

Tony Judt - sobre a desigualdade social



Tony Judt em «Um tratado sobre os nossos actuais descontentamentos.»

Tony Judt (Londres, 1948 — Nova Iorque, 2010) foi um historiador, escritor e professor universitário britânico. Nos últimos anos, Judt lecionou na Universidade de Nova York, a cadeira de Estudos Europeus. Em 2006 foi finalista do Prémio Pulitzer com o livro "Pós-Guerra", uma análise na Europa de meados da década de 1940 até os primeiros anos do novo milénio.

"A desigualdade é corrosiva. Ela apodrece as sociedades a partir de dentro. A repercussão das diferenças materiais leva algum tempo a mostrar-se: mas a seu tempo aumenta a concorrência pelo estatuto social e bens; as pessoas experimentam uma sensação crescente de superioridade (ou de inferioridade) segundo as suas posses; cristaliza-se o preconceito para com as posições inferiores da escala social; o crime aumenta e as patologias do desfavorecimento social vão-se acentuando cada vez mais. O legado da criação de riqueza não regulada é realmente amargo."

4 comentários:

  1. o modelo cubano ou norte coreano ou venezuelano em que são todos iguais na pobreza e na miséria é o ideal.

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  2. Anónimo,

    No meio está a virtude. Nem o modelo cubano ou norte coreano nem o modelo americano:

    https://www.dn.pt/dinheiro/interior/tres-homens-mais-ricos-dos-eua-tem-mais-dinheiro-do-que-metade-da-populacao-do-pais-8906171.html

    Três homens mais ricos dos EUA têm mais dinheiro do que metade da população do país.

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  3. Ok, e isso é mau ? será que é só especulação financeira ou algum desses milionários é responsável pelo emprego de milhares de pessoas e por produzirem algo de útil para a população. Será horrível ser um Bill Gates com uma fortuna de milhões por exemplo ? assim houvessem mais por todo o planeta. A mim preocupam-me mais a quantidade de indigentes e pessoas na pobreza que numa sociedade comunista não têm meios para ascender na escada
    social, do que os milionários que vão aparecendo.

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  4. Anónimo (18:06),

    Não só é economicamente estúpido como completamente imoral.

    Actualmente, a percentagem dos que ganham o mínimo para sobreviver é cada vez maior nas sociedades ocidentais e sobretudo nos EUA. Tendo apenas dinheiro para um tecto miserável e comida barata no Walmart, estas pessoas não têm dinheiro para comprar mais nada. E, naturalmente, a economia afunda-se.

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