Correio da Manhã - 02.10.2014
Investigador conclui que Jesus nunca existiu
Análise a 126 textos escritos revela que não há qualquer menção sobre Cristo.
Num artigo intitulado A Fábula de Cristo, o investigador diz que a sua descoberta, com base na ausência de referências a alguém como Jesus, é uma invenção religiosa que serviu para criar uma figura que pudesse ser idolatrada.
Dos 126 textos originais analisados por Paulkovich, apenas um refere Jesus. E, para este investigador, a alusão que consta em A Guerra dos Judeus (do ano 95), escrito pelo historiador romano Josephus Flavius, é forjada.
É que apesar de Flavius atribuir o lar do homem a quem se viria a dar o estatuto de Messias a apenas um quilómetro de Nazaré, não há qualquer menção aos atos milagrosos e ao culto prestado pelos apóstolos que levariam à sua perseguição e consequente morte às mãos do Império Romano. Segundo o investigador, as passagens que referem Cristo foram posteriormente escritas por editores e não pelo seu autor original.
As obras que estiveram sob escrutínio foram escritas por vários autores. "Imperador Tito, Cassius Dio, Maximus, Moeragenes, Lucian, Soterichus Oasites, Euphrates, Marcus Aurelius ou Damis de Hierapolis. Parece que nenhum destes escritores dos primeiros três séculos ouviram falar de Jesus, dos seus milagres e da sua infâmia que levou à crucificação", escreve Palkovich. "Todos eles deveriam ter ouvido falar de Jesus e escrito sobre ele mas nehum o fez".
Apesar do Cristianismo ser a religião com mais fiéis em todo o mundo (estimativas apontam que um terço da população mundial seja cristã), o autor de A Fábula de Cristo refere que, até ao quarto século, os crentes eram uma minoria e membros de um culto sob alvo de forte perseguição. "Devo concluir que Cristo é uma personagem mitológica", considera o investigador.
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E, naturalmente, se a existência do «Cristo histórico» é uma fábula, a existência da sua mãe, a «Virgem Maria», não passa também de uma ficção.