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segunda-feira, junho 24, 2013

O Sócrates do lado di lá, o Sócrates do lado di cá, e a abjecta corrupção, tanto di lá como di cá






Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»


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A razão do Sócrates do lado di lá


CartaCapital - O Campeonato Mundial de futebol de 2014 foi atribuído ao Brasil. Eis o que o antigo internacional brasileiro Sócrates afirmou sobre a futura Copa do Mundo de 2014 no Brasil:

Ao lado, o ex-internacional brasileiro Sócrates

"Pelo que eu conheço de quem está organizando esse evento, a Copa no Brasil será um carnaval de um mês, com muitos gastos e sem sobrar nada que se aproveite", disse o ex-jogador. "Não dá para acreditar em nada muito diferente disso."

"Agora que o compromisso foi assumido, a Copa terá de ser realizada, seja com o dinheiro de quem for, e muito provavelmente será do contribuinte. Pode ter certeza que essa Copa vai tomar muito dinheiro de todos."

Sócrates também é contra a construção de novos estádios para receber as partidas do Campeonato Mundial de Futebol. Isso porque, para o ex-jogador, as novas arenas só serviriam como "mausoléus".

"Para quê construir mais estádios se nem os que estão aí são bem administrados?", questiona Sócrates. "Para desperdiçar mais dinheiro, para ficarmos com mais elefantes brancos, para termos mais campos abandonados e sem uso? Não faz sentido."



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A corrupção do Sócrates do lado di cá


Público - 4 de Fevereiro de 2005

A 12 de Fevereiro de 2005 António José Seguro lembrou as responsabilidades de Sócrates na realização do Euro-2004: "Hoje, como no Euro-2004, houve um homem que lançou a semente, a semente de uma força que ninguém pode parar. Esse homem chama-se José Sócrates, futuro primeiro-ministro de Portugal", acentuou.


Contudo, depois de terminado o campeonato Europeu, a 21/05/2004, o Correio da Manhã avaliava o impacto do Euro 2004:

E o dinheiro investido neste espectáculo de grande escala também não teve grande retorno. Quase seis meses depois do Euro 2004, alguns estádios onde foram investidos milhões de euros para receber a prova estão «às moscas». Dos recintos do Euro2004, só os dos «três grandes» tiveram sucesso comercial.

Numa auditoria desenvolvida pelo Tribunal de Contas junto dos estádios de Guimarães, Braga, Leiria, Coimbra, Aveiro, Loulé e Faro, ficou claro que todos custaram mais do que o orçamentado, e que as autarquias se endividaram para os próximos 20 anos. As sete autarquias que receberam jogos do Euro 2004 contraíram empréstimos bancários no valor global de 290 milhões de euros para financiar obras relacionadas com o campeonato. Na sequência destes empréstimos, as câmaras terão que pagar juros no montante de 69,1 milhões de euros, nos próximos 20 anos, refere o relatório de auditoria do Tribunal de Contas.




O Estádio do Algarve, imagem de marca do Eng.º Sócrates, um mausoléu tão inútil como ruinoso, prenunciador das OTAS e dos TGVs em que o Primeiro Ministro português se mostrou tão fortemente empenhado. Como disse Miguel Sousa Tavares, vai custar caro, muito caro, aos portugueses, enquanto o grande dinheiro agradece e aproveita.