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quarta-feira, setembro 01, 2010

Katrina - mais provas da chacina deliberada levada a cabo pelas autoridades federais em Nova Orleães

Superdome de Nova Orleães - vítimas do Katrina


Na sequência do post anterior:

E, finalmente, quando as autoridades federais norte-americanas decidiram tirar as pessoas, já moribundas, do Superdome, o FEMA (Agência Federal para a Gestão de Emergências) esteve, como habitualmente, à altura da situação:


Superdome de Nova Orleães - vítimas do Katrina


No New York Times:

[...] Quando a burocracia do FEMA [Federal Emergency Management Agency] travou a evacuação de doentes do aeroporto, médicos frustrados da Acadian Ambulance Company [empresa de cuidados médicos] esperavam com helicópteros vazios.

A empresa enviou médicos e enfermeiras para o aeroporto, enquanto doentes estavam a morrer e eram desesperadamente necessários tratamentos médicos. O FEMA rejeitou a ajuda porque os médicos e os enfermeiros não eram membros certificados do «National Disaster Medical Team».

[...]

Mas quando [os médicos da Acadian] tentaram apressar a evacuação de centenas de doentes no aeroporto de Nova Orleães, os médicos não eram aprovados pelo FEMA enquanto não obtivessem a aprovação dos seus supervisores em Baton Rouge [capital do Estado americano da Louisiana].

"A certa altura eu tinha dez helicópteros no solo prontos para partir," disse Marc Creswell, um médico da Acadian, "mas o FEMA continuou a travar-nos com papelada. Entretanto, a cada 30 ou 40 minutos uma pessoa morria."

Creswell afirmou ter levado mais de uma dúzia de médicos e enfermeiras para ajudar no aeroporto, mas não lhes foi permitido fazê-lo porque não estavam certificados. [...] Quando os médicos perguntaram porque é que não podiam ajudar aquelas pessoas em estado tão crítico, ali estendidos, sem assistência Creswell lembrou, "o pessoal do FEMA continuava a dizer, você não está federado".


As imagens do artigo no New York Times

Clicar nas imagens para ampliar

segunda-feira, agosto 30, 2010

Katrina - incompetência ou chacina deliberada?

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Fez agora cinco anos - 29 de Agosto de 2005 - que o furacão Katrina atingiu a costa sudeste norte-americana. Em consequência da tempestade, alguns dos diques que protegiam Nova Orleans não conseguiram conter as águas do Lago Pontchartrain, que afluiu município adentro, inundando mais de 80% da cidade. Cerca de 200 mil casas ficaram debaixo de água em Nova Orleães.

No vídeo seguinte pode-se assistir às reportagens de Shepard Smith e de Geraldo Rivera da Fox News, no Superdome de Nova Orleães, relatando, perplexos e horrorizados, a chacina da população negra por parte das autoridades federais norte-americanas, privando-os de qualquer assistência durante mais de uma semana. Vejam o vídeo e retirem as vossas conclusões.


Ocorreram numerosos incidentes durante e imediatamente a seguir à passagem do furacão Katrina que fazem supor o inimaginável. Ao que parece, foi implementado um sofisticado plano que utilizou a passagem de um furacão para primeiro destruir e depois tomar posse da cidade de Nova Orleães.

À medida que o mundo observava os acontecimentos, não se podia deixar de pensar que algo de terrível estava em acção respeitante ao resgate pelo FEMA (Agência Federal para o Tratamento de Emergências) da população pobre e predominantemente negra.

Parece que um plano bem elaborado estava em marcha com o objectivo da apropriação de bens imobiliários pertencentes a famílias negras pobres de Nova Orleães.

Entre as mais faladas anomalias está o tiroteio que ocorreu próximo de um dique rebentado, entre a polícia de Nova Orleães e agentes militares, dos quais cinco morreram

Um artigo da Associated Press reportou um tiroteio entre a polícia de Nova Orleães e indivíduos contratados pelo exército do Estados Unidos próximo do dique rebentado ao longo do 17º Street Canal. A notícia original anunciava que a polícia de Nova Orleães tinha disparado e morto cinco indivíduos contratados pelo exército americano num tiroteio. A notícia original da Associated Press foi confirmada por um porta-voz do corpo de engenheiros do exército.


Quem eram estes "agentes militares" que foram mortos pela polícia e o que é que estavam a fazer lá? Porque é que a polícia se viu na necessidade de disparar e matar cinco ou seis deles? Seriam homens das forças especiais do exército com ordens secretas para sabotar o dique?

Há informações credíveis que apontam para o desaparecimento de pelo menos cem polícias de Nova Orleães e que dois se teriam suicidado. Terão estes polícias morrido a defender o dique contra a sabotagem destes agentes militares?

Numa entrevista à cadeia de televisão WWL, o Mayor Ray Nagin queixou-se que os helicópteros da Guarda Nacional estavam a ser impedidos de lançar sacos de areia para parar a corrente do dique rebentado. Há provas de que nenhumas reparações no dique foram permitidas até que Nova Orleães ficasse totalmente inundada.

Muitos grupos civis que estavam a tentar ajudar pessoas encurraladas nos seus sótãos, nos seus telhados e no Superdome disseram ter sido impedidos de o fazer pelo FEMA e por agentes federais e militares. Grupos de camiões que carregavam comida e água foram bloqueados por agentes governamentais.

Igrejas, hospitais e grupos comunitários afirmaram que a primeira coisa que os militares fizeram, quando chegaram, foi cortar as linhas de telefone e confiscar aparelhos de comunicações.

Existem também as afirmações do especialista em informações, Tom Heneghen, de que 25 testemunhas ouviram explosões imediatamente antes dos diques rebentarem.

Nova Orleães após o rebentamento dos diques

Hoje, é muito revelador a forma como o governo federal lidou com o desastre. Queriam todos os negros fora de Nova Orleães e aqueles que insistissem em ficar seriam removidos à força.

O governo utilizou tácticas de medo para limpar nova Orleães de todos os negros. Não queriam testemunhas na apropriação forçada das suas propriedades. Uma das tácticas foi afirmar que a água das inundações era "uma horrível sopa de fezes e carne apodrecida dos cadáveres."

Cheney e os seus amigos da Halliburton já estavam preparados para os lucrativos contratos da reconstrução de Nova Orleães. Acordos foram negociados sobre os terrenos que pertenciam aos negros.

As famílias negras de Nova Orleães que sobreviveram não tinham seguros e não tinham dinheiro para reconstruir as suas casas. Muito provavelmente, as suas propriedades foram confiscadas por falta de pagamento dos impostos.
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domingo, fevereiro 01, 2009

Bush lamenta-se no Daily Show: "Porquê eu? Que fardo! Porque é que o colapso financeiro teve de acontecer comigo?"

Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com humor, um Bush em fim de festa, a falar-nos dos seus próprios erros, das suas desilusões e do azar que teve em ter logo calhado no seu mandato o colapso financeiro.


Jon Stewart: Ao longo dos últimos oito anos, George Bush deu o seu melhor para permanecer inimputável perante o povo americano. Um número recorde de intervenções na actividade legislativa, recurso a imunidade para assessores. Quarenta e sete conferências de imprensa contra setenta e sete períodos de férias. Se havia homem que devia sair de fininho no fim do mandato, era ele. Mas ao que parece, o nosso George não é assim.

Ao longo das últimas duas semanas, de repente, este presidente fala à imprensa como se no dia 20 de Janeiro saísse um álbum dele. Passou pela ABC, NBC, CNN, Fox News, etc., sempre com uma mensagem importante:

George Bush: Estou orgulhoso dos feitos desta administração. Eu não me preocuparia com a popularidade.

Jon Stewart: Tradução: "Eu sou óptimo. Vocês é que não prestam." Ao que parece, o presidente Bush vai continuar a aparecer nos programas televisivos que forem necessários para nos convencer de que não lhe interessa o que pensamos.

George Bush: Disse muitas vezes que a História decidirá o que seria melhor fazer de outra forma, ou, que erros cometi.

Jon Stewart: Pareceu-me uma reflexão. Estamos a chegar a algum lado. Ele admite que cometeu erros. No caso do Iraque, acha que a História vai relatar o erro de informação pré-guerra ou o erro da falta de planeamento pós-guerra?

George Bush: É evidente que colocar "Missão Cumprida" num porta-aviões foi um erro. Transmitiu a mensagem errada.

Jon Stewart: Acha que a perspectiva da História vai ser a da encenação infeliz? Há mais defeitos que a História possa encontrar?

George Bush: É evidente que alguma da minha retórica foi um erro.

Jon Stewart: É evidente que sim. Mas não podemos culpar um grande homem por deslizes ocasionais. De certeza que não há mais nada que a História possa querer analisar? Sabe que invadimos um país com base no facto de terem armas de destruição massiva quando não tinha, certo? Sabe que fez isso?

George Bush: Houve desilusões. O facto de não terem armas de destruição massiva foi uma desilusão significativa. Abu Ghraib foi uma enorme desilusão.

Jon Stewart: Não! Não! Não! Quando entregam a pizza Meat Lovers sem Crazy Bread, isso é uma desilusão. Abu Ghraib e as armas de destruição massiva são asneiradas de m… internacionais.

George Bush: Estou desiludido com o tom em Washington D.C.

Jon Stewart: Dou-lhe razão nesse aspecto. Mas percebem o que o presidente está a fazer? Está a usar o termo "desilusão". Desilusão é o que sentimos quando os outros cometem erros. Nós desiludimo-lo. Mas não há outro erro, uma coisa que meteu mais água, Sr. Presidente, mais próxima?

George Bush: Pensei muito no Katrina. Será que eu poderia ter agido de forma diferente?

Jon Stewart: Que tal ter mostrado alguma preocupação? Ter voltado de férias e não ter dito ao director do FEMA que estava a sair-se bem? Ou até não ter esse tipo como responsável do FEMA? Ter havido coordenação nas operações de salvamento em vez de fingir que ninguém sabia que os diques podiam ceder? Essas coisas.

George Bush: Será que eu poderia ter agido de forma diferente? Como aterrar o Air Force One (avião presidencial) em Nova Orleães? O problema aí é que as autoridades seriam afastadas da missão e suspeito que as vossas perguntas seriam: "Como foi capaz de levar o Air Force One para Nova Orleães, afastando os polícias necessários para controlar Nova Orleães da sua missão, para o proteger?"

Jon Stewart: Não faz ideia do porquê da revolta das pessoas à volta do Katrina, pois não? Achou que foi por causa do avião? É como o tipo cuja mulher chega a casa e o apanha a papar a irmã dela, e acha que ela está zangada porque ele não lhe disse que ia chegar mais cedo.

George Bush: Porquê eu? Que fardo! Porque é que o colapso financeiro teve de acontecer comigo? Termos pena de nós próprios é uma coisa patética.

Jon Stewart: Acho que alguém precisa de passar algum tempo... a desentorpecer o coração. Mas é bom saber que há alguém que não se sente incomodado com a presidência de Bush.

George Bush: Sei que dei tudo por tudo durante oito anos, e não vendi a alma pela popularidade.

Jon Stewart: Não foi preciso... vendeu a nossa.


Vídeo legendado em português:


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