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quarta-feira, janeiro 18, 2017

Prof. Massano Cardoso - O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com violência libertadora - por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789"



Desespero

No Quarta República

Artigo do Professor Massano Cardoso


Noto uma onda de desespero, vejo nuvens aterradoras, negras, pesadas, sinto a força de um vento destruidor, cruzo-me com almas sem alento e sem esperança e toco em corpos febris tremendo de frio e nem sei se de fome também. O mundo que me cerca está diferente, vazio de alegria e esfomeado de justiça e de dignidade.

A natureza humana, a selvagem, a destruidora, consegue vencer os defensores da igualdade e da liberdade, que, humilhados, olham silenciosos uns para os outros sem compreender muito bem o que está a acontecer. O mundo regrediu, os valores e princípios filhos de revoluções libertadoras foram apagados. O mundo rege-se por uma velha ordem que pensavam ter sido destruída. Não, não foi, apenas hibernou e, agora, regressa com força, com violência, com raiva impondo os seus desejos e ignorando os direitos e valores daquilo que se poderia esperar da dignidade humana.

O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com a violência libertadora, com a única arma que lhe resta para fazer afronta ao comportamento ameaçador e destruidor de forças primitivas.

Esperar por soluções "civilizadas"? Impossível. Essas soluções constituem o garante da sobrevivência do "ancien régime", que regressou das profundezas do Hades com uma força que nunca teve nos seus velhos tempos. Solução drástica? Talvez. Comportamento pessimista? Talvez. Exagero de apreciação? Talvez. Pode ser tudo isso, mas o mundo "civilizado" em que vivemos tem de ser morto, digo morto e não apagado, e mesmo assim tenho receio da sua capacidade para ressuscitar novamente no eterno retorno de vida e morte. Por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789" [tem início a Revolução Francesa]. Se for preciso, porque não? Mesmo que isso custe sofrimento ou mesmo a vida é sempre preferível do que viver neste teatro de faz-de-conta, onde a honra, a lealdade, o respeito e a dignidade humana deixaram de ter significado ou valor.

Viver assim cansa, e é fonte de desespero.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com violência libertadora - por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789"


Esta imagem fui buscá-la à NET. O texto da legenda é meu:



Um público exausto e furioso com os reais efeitos da «Austeridade» faz perder a cabeça a um comentador habitué da SIC Notícias, acérrimo defensor do Memorando de Entendimento.


Quem também está sujeito a perder a cabeça com a «Austeridade», num futuro que não se afigura longínquo, poderão muito bem ser:

a) Os banqueiros nacionais, que não passam de gerentes de conta dos grandes bancos internacionais (sem o apoio dos quais não beneficiariam das enormes benesses que o Estado lhe garante);

b) Todos os governantes (todos corruptos) e figurantes do «Two-Party Scam». Esta é uma fraude que consiste na fundação e financiamento pela Banca de dois partidos políticos (PS + PSD) que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objetivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante;

c) Os grandes accionistas e administradores de grandes empresas que vivem à sombra de negócios, raramente transparentes, com o Estado;

d) Um Presidente da República (cercado de amigos e negócios duvidosos) e que é da opinião que os brutais sacrifícios que os cidadãos estão a sofrer, têm valido a pena;

e) Todos os deputados do «arco da governação» (todos eles corruptos), que acumulam a função parlamentar com a de administrador, diretor ou consultor de empresas que desenvolvem grandes negócios com o Estado;

f) Os juízes do Tribunal Constitucional - composto por treze juízes, sendo dez eleitos pela Assembleia da República — por maioria qualificada de dois terços dos Deputados (ou seja, eleitos pelos deputados do «arco da governação», que, como já sabemos, primam pela corrupção). Aparentam fazer uma certa oposição ao governo, chumbando algumas medidas mas deixando passar o que de facto o governo quer;

g) Os juízes do Tribunal de Contas, cuja missão deveria ser velar pela racionalidade e boa gestão dos gastos do Estado, mas que têm permitido todo o tipo de obras estapafúrdias a custos pornográficos, tudo à custa dos contribuintes - «TVI - Derrapagem: obras públicas custam até 7 vezes mais que previsto»;

h) Os procuradores-gerais da república – indivíduos que em vez de investigar o Grande Crime, estão mais empenhados em abafá-lo.

i) O batalhão de jornalistas e comentadores venais que papagueiam, até ao vómito, nas televisões, jornais e rádios, as grandes vantagens da «Austeridade» para a economia do país, e que resultam no empobrecimento, no desemprego, na miséria, na fome e na morte dos portugueses.



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Desespero


Artigo surripiado ao Quarta República

Artigo do Professor Massano Cardoso



Noto uma onda de desespero, vejo nuvens aterradoras, negras, pesadas, sinto a força de um vento destruidor, cruzo-me com almas sem alento e sem esperança e toco em corpos febris tremendo de frio e nem sei se de fome também. O mundo que me cerca está diferente, vazio de alegria e esfomeado de justiça e de dignidade.

A natureza humana, a selvagem, a destruidora, consegue vencer os defensores da igualdade e da liberdade, que, humilhados, olham silenciosos uns para os outros sem compreender muito bem o que está a acontecer. O mundo regrediu, os valores e princípios filhos de revoluções libertadoras foram apagados. O mundo rege-se por uma velha ordem que pensavam ter sido destruída. Não, não foi, apenas hibernou e, agora, regressa com força, com violência, com raiva impondo os seus desejos e ignorando os direitos e valores daquilo que se poderia esperar da dignidade humana.

O mundo vai ter que mudar em breve. Como? Da maneira habitual, à força, à bruta, com a violência libertadora, com a única arma que lhe resta para fazer afronta ao comportamento ameaçador e destruidor de forças primitivas.

Esperar por soluções "civilizadas"? Impossível. Essas soluções constituem o garante da sobrevivência do "ancien régime", que regressou das profundezas do Hades com uma força que nunca teve nos seus velhos tempos. Solução drástica? Talvez. Comportamento pessimista? Talvez. Exagero de apreciação? Talvez. Pode ser tudo isso, mas o mundo "civilizado" em que vivemos tem de ser morto, digo morto e não apagado, e mesmo assim tenho receio da sua capacidade para ressuscitar novamente no eterno retorno de vida e morte. Por mim, não me importo de regressar à véspera de um qualquer "1789" [tem início a Revolução Francesa]. Se for preciso, porque não? Mesmo que isso custe sofrimento ou mesmo a vida é sempre preferível do que viver neste teatro de faz-de-conta, onde a honra, a lealdade, o respeito e a dignidade humana deixaram de ter significado ou valor.

Viver assim cansa, e é fonte de desespero.