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quinta-feira, julho 08, 2010

Ron Paul, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, pergunta: "que merdas de guerras são estas onde estamos metidos?"

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Discurso de Ron Paul na Câmara dos Representantes sobre o financiamento da guerra no Afeganistão a 2 de Julho de 2010. Ron Paul é médico e político norte-americano, membro da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América. Ron Paul foi candidato à presidência dos Estados Unidos em 1988 e 2008:


«Em Janeiro de 1991, entrámos em guerra no Médio Oriente contra Saddam Hussein, o ditador do Iraque que foi nosso aliado durante a guerra Irão-Iraque. Estalou uma disputa fronteiriça entre o Kuwait e o Iraque depois do nosso Departamento de Estado ter dado luz verde à invasão de Hussein.

Depois da bem sucedida invasão do Kuwait pelo Iraque, nós reagimos com entusiasmo e, desde então, temos estado envolvidos militarmente em toda a região a dez mil quilómetros da nossa costa. Isto incluiu o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, o Iémen, e a Somália. Após 20 anos de mortes e dois biliões (trillions) de dólares gastos, não apenas os combates continuam sem fim à vista, mas os nossos líderes ameaçam deitar as nossas bombas de boa vontade no Irão.

Para a maior parte dos americanos estamos em guerra. Em guerra contra uma táctica chamada terrorismo, não um país. Isto permite aos nossos militares irem para qualquer sítio no mundo sem limites de tempo ou de lugar. Mas como é que podemos estar em guerra? O Congresso não declarou guerra, como é requerido pela constituição, esta é a verdade. Mas o nosso Presidente declarou, e o Congresso e o povo não objectaram. O Congresso obedientemente concedeu todo o dinheiro pedido para a guerra.

As pessoas estão a morrer. As bombas são despejadas. Os nossos soldados são alvejados e mortos. Os nossos soldados usam uniforme; os nossos inimigos não. Eles não fazem parte de nenhum governo. Não têm aviões, tanques, navios, mísseis, nem tecnologia moderna. Que tipo de guerra é esta afinal, se for, de facto, uma guerra? Se fosse uma guerra verdadeira, já a teríamos ganho.

O nosso objectivo expresso desde o 11 de Setembro tem sido destruir a Al-Qaeda. A Al-Qaeda estava no Iraque? Não sob o governo de Saddam Hussein. Os nossos líderes mentiram-nos sobre a invasão do Iraque e enganaram-nos sobre a ocupação do Afeganistão, e não há fim à vista para a guerra. Poderá haver outras razões para esta guerra que não é uma guerra? Uma vitória militar no Afeganistão é ilusória. Alguém saberá contra quem estamos a combater e porquê?

Porque é que a guerra não acabou? Nove anos, e continua a espalhar-se. Alguns alegam que é para manter a América segura, que os nossos soldados estão a combater e a morrer pela nossa liberdade, defendendo a nossa Constituição. Estaremos a ser enganados para nos manterem nesta guerra que se alastra, assim como fomos enganados nos anos 1960s para nos manterem no Vietname?

Dominamos o Governo do Iraque, tal como o do Afeganistão. No Afeganistão, estamos a combater os Taliban, essa perigosa gente com espingardas que defendem a sua terra. Já foram chamados Mujahideen, nossos velhos aliados, tal como Bin Laden, na luta para expulsar os soviéticos do Afeganistão nos anos 1980s. Nessa operação, a nossa CIA financiou a jihad radical contra o detestável ocupante estrangeiro, os russos. Que gratidão! Essas mesmas pessoas agora ofendem-se com a nossa ocupação benevolente, com alguma violência à mistura.

A resistência à nossa presença cresce à medida que a nossa perseverança diminui. O nosso povo está a acordar, mas os nossos dirigentes recusam-se a reconhecer que quanto mais tempo ficarmos, maior é o apoio aos que defendem o princípio de que o Afeganistão é para os afegãos que se ressentem de qualquer ocupação estrangeira.

Quanto mais combatermos numa guerra que não é uma guerra, mais fracos ficamos e mais forte ficará o nosso inimigo. Quando um inimigo sem armas não respeita um exército de grande poder, o mais poderoso de toda a história, devemo-nos perguntar, quem tem autoridade moral?

O fracasso militar no Afeganistão vai ser o nosso destino. Mudar generais sem mudar as nossas políticas ou os nossos estrategas políticos, perpetua a nossa agonia e adia o inevitável.

Esta não é uma guerra para a qual os nossos generais foram treinados. Construtores de nações, trabalho de polícia, engenharia social, nunca foi um trabalho para ocupantes estrangeiros e nunca foi um trabalho apropriado para soldados treinados para ganhar guerras.

Uma vitória militar já nem sequer é um objectivo declarado dos nossos líderes militares ou dos nossos políticos, porque eles sabem que esta espécie de vitória é impossível.

A triste realidade é que esta guerra é contra nós próprios, os nossos valores, a nossa Constituição, o nosso bem-estar económico e contra o senso comum. E ao ritmo a que vamos, vai acabar mal.

O que precisamos é de líderes honestos, com carácter e uma nova política externa.»


quarta-feira, julho 29, 2009

Gripe Suína – Preguem um susto de morte às pessoas


Texto surripiado do «
Último dos Moicanos».

O mediatismo da gripe, que começou por ser suína, depois mexicana e agora é conhecida por Gripe A (como se não existissem mais 155 estirpes de vírus da gripe do tipo A) não pára de aumentar. Em Portugal, (segundo números do Ministério da saúde) o número de pacientes que contraiu o vírus atingiu hoje a centena (15/7/2009).

Ainda não percebi o interesse nesta cuidada contagem. Não estando nós perante um surto de gripe (mesmo considerando a totalidade das estirpes, dos três diferentes tipos de vírus da "influenza"), aliás, o Verão (apesar das cada vez mais baixas temperaturas) é normalmente a época do ano mais hostil ao vírus, para quê este preciosismo e esta mediatização? Mesmo no Hemisfério Sul, que atravessa agora o Inverno (estação mais favorável à disseminação da gripe, ainda para mais, quando vários países estão sobre os efeitos de intenso e invulgar frio), o H1N1 não tem, felizmente, justificado o alarmismo que grassa na comunicação social, mundo fora.

Sabe-se que o sistema imunológico humano se debilita em situações de stress e de medo ou pânico, então porquê insistir nestas ridículas e minuciosas contagens? Acaso os jornalistas ou as autoridades de saúde se deram ao trabalho de comparar, em determinado período de tempo, o número de pacientes atingidos pelo H1N1, com o dos restantes infectados pelas demais estirpes?

Não sei se há estatísticas destas em Portugal, se há não consegui aceder-lhes, mas nos Estados Unidos, a partir dos dados fornecidos pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) é possível fazer uma estimativa. Desde meados de Abril até ao passado dia 10 de Julho (página actualizada às 11 horas locais), nos EUA, tinham sido contabilizados 37 246 casos, dos quais resultaram 211 mortos. Em igual período, as restantes estirpes de vírus terão infectado, na melhor das estimativas, perto de 4 milhões de americanos (a população está estimada pela CIA em 307 milhões de habitantes e a taxa de infecção varia entre os 5 e os 20% ao ano). Neste período, a totalidade de vírus "influenza" terá morto, naquele país, cerca de 9 mil cidadãos.


sexta-feira, março 27, 2009

Ron Paul, um dos candidatos às últimas presidenciais (2008) dos EUA - E se o povo americano vier a saber a verdade?

Wikipedia: Ronald Ernest Paul - Ron Paul (20 de Agosto de 1935) é médico e político americano, e membro da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América. Ron Paul foi candidato à presidência dos Estados Unidos em 2008.

A sua campanha à presidência dos Estados Unidos começou a 12 de Março de 2007, quando se candidatou à nomeação pelo Partido Republicano. A partir de 6 de Julho, Ron Paul arrecadou 2,4 milhões de dólares em dinheiro em contribuições, ultrapassando o candidato John McCain. Todas as contribuições de campanha de Ron Paul vieram de pessoas simples e não de empresas, sendo quase metade (47%) das contribuições abaixo de 200 dólares.

Ron Paul participou em todos os três debates dos candidatos republicanos transmitidos na rede nacional de televisão dos EUA. O seu momento mais proeminente ocorreu no debate do dia 15 de Maio na seguinte discussão com o candidato Rudy Giuliani:

Ron Paul: O Sr. já leu sobre os motivos pelos quais fomos atacados? Atacaram-nos porque estivemos lá. Estivemos lá a bombardear o Iraque durante 10 anos. Estivemos no Oriente Médio [durante anos]. Eu acho que [Ronald] Reagan estava certo. Nós não entendemos a irracionalidade da política do Oriente Médio. Neste preciso momento, estamos a construir uma embaixada no Iraque que é maior que o Vaticano. Estamos lá a construir 14 bases militares permanentes. O que diríamos se a China estivesse a fazer o mesmo no nosso país ou no Golfo do México? Estaríamos protestando. Devemos olhar para o que fazemos sob a perspectiva do que aconteceria se alguém fizesse o mesmo connosco.

Moderador: O Sr. está a sugerir que instigámos os ataques de 11 de Setembro?

Ron Paul: Estou a sugerir que devemos ouvir as pessoas que nos atacaram e as razões que as motivaram, e eles agora estão felizes por lá estarmos, pois Osama bin Laden disse, "Estou contente por vocês estarem nas nossas areias porque podemos atingi-los muito mais facilmente." Eles, desde então, já mataram 3.400 de nossos homens, e eu acho que isso foi desnecessário.

Rudy Giuliani: Essa é uma afirmação extraordinária. Essa é uma afirmação extraordinária para alguém que sobreviveu ao ataque de 11 de Setembro, que nós instigámos o ataque porque atacámos o Iraque. Eu acho que nunca ouvi essa explicação e já ouvi explicações bem absurdas para o 11 de Setembro. E eu pediria ao congressista que retirasse o seu comentário e se retratasse.

Ron Paul: Acredito muito sinceramente que a CIA está certa quando ensinam e falam sobre blowback. Quando fomos ao Irão em 1953 e instaurámos o regime do Xá, nessa altura, houve blowback. A reacção foi a tomada de reféns, e isso persiste. E se nós ignorarmos isso, fazemo-lo sob nosso próprio risco. Se acharmos que podemos fazer o que quisermos pelo mundo sem incitar o ódio, então temos um problema. Eles não vêm atacar-nos aqui só porque somos ricos e livres, eles vêm-nos atacar porque estivemos lá.


Ron apoia uma política externa não-intervencionista para os EUA e defende o retorno imediato das tropas americanas que se encontram no Iraque. Em julho de 2007, a sua campanha recebeu mais doações do pessoal das forças armadas do que as de todos os outros candidatos.

A campanha de Ron Paul recebeu grande parte de seu apoio pela Internet. Ron continua com altos índices de tráfego e buscas em sites como Technorati, Youtube, Facebook, MySpace, Eventful, de visitas ao site oficial de sua campanha e em pesquisas de opinião realizadas por redes de notícias.


No dia 12 de Fevereiro de 2009, Ron Paul fez um discurso na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, ao qual quase nenhum jornal ou televisão deu qualquer relevo.

Algumas das frases mais relevantes do discurso de Ron Paul:

«E se a nossa política externa dos últimos séculos foi profundamente viciada e não serviu a nossa segurança nacional

«E se o povo americano acordasse e compreendesse que as razões oficiais para ir para a guerra são quase sempre baseadas em mentiras e promovidas pela propaganda de guerra de forma a servir interesses obscuros

«E se o povo americano vier a saber a verdade: que a nossa política externa não tem nada a ver com a segurança nacional e que nunca muda de uma administração para outra


Vídeo traduzido e legendado por mim em português (3:29m):



Ron Paulo - What if the people @ Yahoo! Video