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quarta-feira, novembro 10, 2010

Grande parte dos portugueses veria com bons olhos uma redução de cerca de 97% no número de deputados

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Uma tertúlia constituída por pobres, sem-abrigo, desempregados, precarizados, jovens sem futuro, indivíduos com salário mínimo e idosos com pensões de miséria, empenham-se politicamente na redução do número de deputados da Assembleia da República dos actuais 230 para cerca de meia dúzia:


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Retirado do Diário de Notícias - 30.10.2010

A Assembleia da República vai custar este ano (2010) ao Estado 191,9 milhões de euros, dos quais 11,7 milhões dizem respeito aos vencimentos dos 230 deputados (3.633 euros x 14 meses – em média, 727 contos por mês a cada deputado).

Estão previstos cortes para 2011 [cá estaremos para ver]. Contudo, os cortes serão compensados com o aumento dos gastos com as ajudas de custo, que aumentam em 2011 para 3,2 milhões de euros, mais 15,9% do que este ano.

Os 230 deputados vão ainda receber cerca de 384,8 mil euros em encargos com saúde, estando ainda orçamentados 900 mil euros com despesas relacionadas com a Segurança Social. Já no que diz respeito a alimentação, alojamento e transportes, o Parlamento vai gastar no próximo ano 240,9 mil euros em abonos variáveis, 112 mil euros com combustíveis e 780 mil euros com limpezas.

Fora da lista de cortes, ficam as despesas com telemóveis, que aumentam 70 mil euros (23,6%), os gastos com assessoria - que crescem 5%, para 769 mil euros - e as despesas com vestuário e artigos pessoais, que sobem 30%, para 83,7 mil euros.


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A Assembleia da República em plena laboração

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segunda-feira, abril 07, 2008

Os empreiteiros, os políticos, os elefantes brancos e a corrupção desenfreada




TVI - 4/4/2008

Helena Roseta, vereadora eleita pelo Movimento Cidadãos por Lisboa, considerou, esta sexta-feira, que a construção da nova ponte rodo-ferroviária entre Chelas e o Barreiro é um «disparate total». Em causa está a entrada de «cerca de 60 mil automóveis, por dia», na capital.

A vereadora da autarquia relembra que Lisboa «já está completamente engarrafada de automóveis». Roseta acusa o Executivo de «mais uma vez, primeiro decidir e só depois discutir a questão».

A ligação Chelas-Barreiro foi a escolhida para a terceira travessia sobre o Tejo e já está a ser contestada. A vereadora garantiu que vai promover uma discussão sobre o tema, esperando que os cidadãos e a Câmara Municipal de Lisboa se envolvam.


Agência Financeira

As construtoras Somague, Teixeira Duarte e Mota-Engil estão interessadas em concorrer ao concurso público para a concessão da terceira travessia do Tejo, entre Chelas e o Barreiro, que será lançado em Novembro.

A terceira travessia do Tejo também interessa à Teixeira Duarte que «está a avaliar a possibilidade» de concorrer ao concurso para a ponte rodo-ferroviária, orçada em 1.700 milhões de euros.

Para o presidente da Mota-Engil, António Mota, «a terceira travessia do Tejo é um projecto que já está em cima da mesa há muito tempo».

António Mota disse que a construtora «está a trabalhar no consórcio, que ainda não está fechado», mas adiantou que o agrupamento integrará a Somague e a Teixeira Duarte, que também são parceiras da Mota-Engil no projecto português de alta velocidade.

«A terceira travessia está integrada na linha de alta velocidade Lisboa-Madrid e por isso o consórcio vai ser o mesmo que vamos apresentar para o projecto português de alta velocidade», justificou.


Louçã - Jornal Expresso - 5 de Abr de 2008

O Bloco de Esquerda considerou hoje "indecente" a nomeação do ex-ministro socialista Jorge Coelho para a presidência da construtora Mota Engil, insistindo na necessidade de um período de dez anos de incompatibilidade entre funções públicas e privadas.

"Não podemos confiar em políticos com apetite. Enriquecer não é a regra para a decisão política, mas o cuidado da coisa pública", declarou em conferência de imprensa o coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, Francisco Louça.

Na administração da Mota Engil há dois ex-ministros [Jorge Coelho (na foto) e Valente de Oliveira] e um ex-secretário de Estado [Luís Parreirão] e, por isso, o Bloco de Esquerda dá inteira razão [ao ex-dirigente socialista] João Cravinho quando diz que é inaceitável que quem concedeu o exercício do monopólio para a construção e exploração de obras públicas tenha depois cargos de direcção na execução desses mesmos monopólios", apontou.

"Era o que faltava que um dia destes alguém nos viesse dizer que quem se mete com a Mota Engil leva. A Mota Engil e outras grandes empresas têm levado o que querem: ganham os concursos, têm a construção das auto-estradas, têm a construção das pontes e depois têm à sua frente os ex-ministros que contribuíram para algumas dessas decisões. É preciso decência", acrescentou.


Comentário:

Nunca como hoje foi tão certeira a frase de Jorge Coelho: "quem se mete com o PS, leva!":

terça-feira, agosto 14, 2007

Os “donos do País” porque estão “gordos e anafados” não podem apertar o cinto nem prescindir destes luxos.

Correio da Manhã - 12 de Agosto de 2007

Texto de Rui Rangel:

É um verdadeiro escândalo a proposta de alteração ao Estatuto dos Deputados. Os senhores deputados da Nação que, como sabemos, muito trabalham, muito pensam e muito contribuem para a dignificação do Parlamento, que já gozam de várias benesses, fizeram aprovar uma alteração que lhes concede o direito a que cada um tenha o seu assessor particular, a ganhar 1500 euros/mês, com passagem, de imediato, ao quadro da função pública. Na prática aprovaram a contratação de 230 assessores particulares.

Esta alteração, que foi proposta pelo deputado socialista António José Seguro, constitui uma chaga no prestígio da democracia parlamentar. Não é com mais assessores que se melhora a imagem da vida parlamentar. Melhora-se reduzindo o número de deputados, recrutando os melhores, os mais inteligentes, os que pensam bem. A virtude do Parlamento assenta nos homens que têm da política uma visão nobre, nos homens de acção, e não naqueles que actuam em função dos interesses de grupo e não dos interesses do País. Para que servem assessores particulares a deputados que só estão no Parlamento para se levantarem e sentarem consoante o ritmo das votações que lhes são impostas? É público que, em cada grupo parlamentar, só uma minoria pensa e trabalha. Se o trabalho parlamentar não chega sequer para todos os deputados, o que faz o assessor particular? Trata-se de uma medida excessiva, que obriga a gastos supérfluos numa altura em que se atravessam inúmeras dificuldades económicas.

Todos os dias o Governo pede mais sacrifícios aos portugueses, corta nas reformas e em pensões de velhice, asfixia o cidadão com uma verdadeira ditadura de impostos, encerra unidades hospitalares e escolas. Tudo em nome do apertar do cinto, que pelos vistos é uma receita só para ser cumprida pela população que está cada vez mais pobre. Os “donos do País” porque estão “gordos e anafados” não podem apertar o cinto nem prescindir destes luxos. Só com estas prebendas podem finalmente descansar. Enfim, o povo que aguente. Mais uma vez vai ser o cartão partidário e a cunha que vão ditar as regras de contratação e não a independência e a qualidade das pessoas. E depois admirem-se dos níveis de abstenção nas eleições.



Não resisti a colocar alguns comentários de leitores do Jornal Público:

Por Marcelo, Lisboa:

Quem fiscaliza a Assembleia da Republica? Os deputados podem fazer todas as asneiras que lhes apetece à custa do Orçamento (dos nossos impostos)? E o Presidente não tem uma palavra a dizer? E o tribunal de contas está calado? E o ministro das finanças caladinho? E os partidos de direita e de esquerda da oposição estão todos no mamanço? Na chulice do povo português? Mas que é isto Sr 1º Ministro? É uma benesse para os deputados que já nada fazem, para não serem tão críticos do Governo? E os assessores vão dar muito jeito aos amiguinhos e aos sobrinhos dos deputados, claro! Acabe-se com esta pouca vergonha. Por causa destas porcarias é que ha mais de 60% de abstenção nas eleições! E depois vem Cavaco dizer que não percebe? Porra homem se não percebe demita-se ou cumpra o seu papel de presidente da republica a sério! Agora que respondam: quem fiscaliza a assembleia da republica? Será que o parlamento se tornou num cabaré de chulos do povo português?


Por Dinis Evangelista, Queluz:

Se 230 deputados é muita gente, um assessor por cada deputado é escândaloso. Todos sabemos que a maioria dos deputados nada faz no Parlamento, além de carregar no botão nas votações. Será que é o assessor que vai carregar no botão, em vez do deputado? Se há deputados que têm outros (vários) empregos (ou tachos) para que são necessários tantos assessores para estas funções? Ou será que o País está bem de finanças no que respeita a benefícios para os políticos. Assessores, técnicos para apoiar os grupos parlamentares, concordo, agora, um assessor para cada deputado, é gozar com a miséria em que vivem a maioria dos portugueses.


Por Sousa da Ponte, Faro:

A democracia virou nepoticracia. Há alguma justificação para tanto assessor, tanto assistente, tanto chulo? O cumulo é atingico com o PEV(FVD): 12 assessores para dois deputados? Mas para fazerem o quê? O Jaime Gama diz: "O Orçamento da Assembleia não pode ter uma expansão superior à do Orçamento de Estado em termos de despesa pública e de despesas com pessoal". Podemos suspeitar que ele está sendo tão enganador como os números fornecidos pelo organimo que dirige. O grupo parlamentar do PS, com 76 assessores, tem disponíveis 2,2 milhões de euros por ano para despesas com pessoal enquanto o PEV(FVD) tem 203 mil euros para 12 assessores.


Por vasco, vasco:

Já sei porque é que a Assembleia da República tem tantos assistentes: o objectivo é chegar aos 150.000 postos de trabalho, lembram-se?!?