Um vislumbre repugnante de gordura acumulada pela Banca, que resultou dos juros dos empréstimos para as "obras públicas", corruptas, faraónicas e inúteis, que políticos subservientes tiveram a simpatia de mandar executar.
Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam em que zonas do "tecido económico" se está a dar a acumulação das gorduras:
a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.
b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.
c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.
E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".