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segunda-feira, maio 08, 2017

A razão pela qual os juros dos empréstimos bancários não devem ser pagos!

Como dizia o Prémio Nobel da Economia Maurice Allais - "o dinheiro que [os bancos] emprestam não existe previamente e, na verdade, é criado ex nihilo, ou seja, do nada."



Os Senhores do Mundo


I Parte


Por Juan Torres López [Professor catedrático do Departamento de Teoria Económica na Universidade de Sevilha.]


Qualquer pessoa que tenha precisado de devolver um empréstimo sabe o que significam os juros na hora de pagá-lo. Um empréstimo recebido, por exemplo, a 7% ao ano implica ter de devolver quase o dobro do capital recebido ao fim de dez anos.

Tanto é o peso dos juros acarretados pelos empréstimos que durante muito tempo considerou-se que cobrá-los acima de determinados níveis mais ou menos razoáveis era considerado não só um delito de usura como também uma acção imoral, ou inclusive um pecado grave que condenaria para sempre quem o cometesse.

Hoje em dia, contudo, quase todos os governos eliminaram essa figura criminosa e parece a toda gente natural que se cobrem juros legais de até 30% (isto é o que cobram neste momento os bancos espanhóis aos clientes que ultrapassam a sua linha de crédito) ou que haja países afundados na miséria não exactamente pelo que devem e sim pelo montante dos juros que hão de pagar.

Os países da União Europeia renunciaram a ter um banco central que os financiasse quando precisassem de dinheiro e portanto têm que recorrer à banca privada. Em consequência, ao invés de se financiarem a 0%, ou a um juro mínimo que simplesmente cobrisse os gastos da administração da política monetária, têm de fazê-lo e 4%, 5%, 6% ou inclusive a 15% em certas ocasiões. E isso faz com todos os anos os bancos privados recebam entre 300 mil milhões e 400 mil milhões de euros em forma de juros (será, ainda, preciso explicar quem esteve e porque por trás da decisão de que o Banco Central Europeu (BES) não financiasse os governos?).

Os economistas franceses Jacques Holbecq e Philippe Derudder demonstraram que a França teve de pagar 1,1 mil milhões de euros em juros desde 1980 (quando o banco central deixou de financiar o governo) até 2006 para fazer frente à dívida de 229 mil milhões existente nesse primeiro ano (Jacques Holbecq e Philippe Derudder, La dette publique, une affaire rentable: A qui profite le système?, Ed. Yves Michel, París, 2009). Ou seja, se a França tivesse sido financiada por um banco central sem pagar juros teria poupado 914 mil milhões de euros e a sua dívida pública seria hoje insignificante.


Em Espanha verificou-se uma coisa semelhante. Nós já pagámos, por conta dos juros (227 mil milhões no total desde então), três vezes a dívida que tínhamos em 2000 e apesar disso ainda continuamos a dever o dobro do que devíamos nesses anos (Yves Julien e Jérôme Duval, España: Quantas vezes teremos de pagar uma dívida que não é nossa? ). Eduardo Garzón calculou que se um banco central tivesse os défices da Espanha desde 1989 até 2011 a 1%, a dívida agora seria também insignificante, de 14% do PIB e não de quase 90% (Situação do cofres públicos se o estado espanhol não pagasse juros de dívida pública).

E o curioso é que estes juros que os bancos cobram às pessoas, às empresas ou aos governos e que travam continuamente a sua capacidade de criar riqueza não têm justificação nenhuma.

Poder-se-ia entender que alguém cobrasse um determinado juro quando concedesse um empréstimo a outro sujeito se, ao fazê-lo, renunciasse a algo. Se eu empresto a Pepe 300 euros e isso me impede, por exemplo, de passar um fim-de-semana de férias com a minha família poderia talvez justificar-se que eu lhe cobrasse um juro pela renúncia que faço das minhas férias. Mas não é isso o que acontece quando um banco empresta dinheiro.

O que a maioria das pessoas não sabe, porque os banqueiros encarregam-se de dissimular e de que não se fale disso, é que quando os bancos emprestam não estão a renunciar a nada porque, como dizia o Prémio Nobel da Economia Maurice Allais, o dinheiro que emprestam não existe previamente e, na verdade, é criado ex nihilo, ou seja, do nada.

O procedimento é muito simples e é explicado, por mim e Vicenç Navarro, no nosso livro «Los amos del mundo. Las armas del terrorismo financiero» (p. 57 e seguintes).

segunda-feira, maio 25, 2015

A razão pela qual os juros dos empréstimos bancários não devem ser pagos!



I Parte



Qualquer pessoa que tenha precisado de devolver um empréstimo sabe o que significam os juros na hora de pagá-lo. Um empréstimo recebido, por exemplo, a 7% ao ano implica ter de devolver quase o dobro do capital recebido ao fim de dez anos.

Tanto é o peso dos juros acarretados pelos empréstimos que durante muito tempo considerou-se que cobrá-los acima de determinados níveis mais ou menos razoáveis era considerado não só um delito de usura como também uma acção imoral, ou inclusive um pecado grave que condenaria para sempre quem o cometesse.

Hoje em dia, contudo, quase todos os governos eliminaram essa figura criminosa e parece a toda gente natural que se cobrem juros legais de até 30% (isto é o que cobram neste momento os bancos espanhóis aos clientes que ultrapassam a sua linha de crédito) ou que haja países afundados na miséria não exactamente pelo que devem e sim pelo montante dos juros que hão de pagar.

Os países da União Europeia renunciaram a ter um banco central que os financiasse quando precisassem de dinheiro e portanto têm que recorrer à banca privada. Em consequência, ao invés de se financiarem a 0%, ou a um juro mínimo que simplesmente cobrisse os gastos da administração da política monetária, têm de fazê-lo e 4%, 5%, 6% ou inclusive a 15% em certas ocasiões. E isso faz com todos os anos os bancos privados recebam entre 300 mil milhões e 400 mil milhões de euros em forma de juros (será, ainda, preciso explicar quem esteve e porque por trás da decisão de que o Banco Central Europeu (BES) não financiasse os governos?).

Os economistas franceses Jacques Holbecq e Philippe Derudder demonstraram que a França teve de pagar 1,1 mil milhões de euros em juros desde 1980 (quando o banco central deixou de financiar o governo) até 2006 para fazer frente à dívida de 229 mil milhões existente nesse primeiro ano (Jacques Holbecq e Philippe Derudder, La dette publique, une affaire rentable: A qui profite le système?, Ed. Yves Michel, París, 2009). Ou seja, se a França tivesse sido financiada por um banco central sem pagar juros teria poupado 914 mil milhões de euros e a sua dívida pública seria hoje insignificante.



Em Espanha verificou-se uma coisa semelhante. Nós já pagámos, por conta dos juros (227 mil milhões no total desde então), três vezes a dívida que tínhamos em 2000 e apesar disso ainda continuamos a dever o dobro do que devíamos nesses anos (Yves Julien e Jérôme Duval, España: Quantas vezes teremos de pagar uma dívida que não é nossa? ). Eduardo Garzón calculou que se um banco central tivesse os défices da Espanha desde 1989 até 2011 a 1%, a dívida agora seria também insignificante, de 14% do PIB e não de quase 90% (Situação do cofres públicos se o estado espanhol não pagasse juros de dívida pública) .

E o curioso é que estes juros que os bancos cobram às pessoas, às empresas ou aos governos e que travam continuamente a sua capacidade de criar riqueza não têm justificação nenhuma.

Poder-se-ia entender que alguém cobrasse um determinado juro quando concedesse um empréstimo a outro sujeito se, ao fazê-lo, renunciasse a algo. Se eu empresto a Pepe 300 euros e isso me impede, por exemplo, de passar um fim-de-semana de férias com a minha família poderia talvez justificar-se que eu lhe cobrasse um juro pela renúncia que faço das minhas férias. Mas não é isso o que acontece quando um banco empresta.

O que a maioria das pessoas não sabe, porque os banqueiros encarregam-se de dissimular e de que não se fale disso, é que quando os bancos emprestam não estão a renunciar a nada porque, como dizia o Prémio Nobel da Economia Maurice Allais, o dinheiro que emprestam não existe previamente e, na verdade, é criado ex nihilo, ou seja, do nada.

O procedimento é muito simples e é explicado, por mim e Vicenç Navarro, no nosso livro «Los amos del mundo. Las armas del terrorismo financiero» (p. 57 e seguintes):

segunda-feira, setembro 15, 2014

É uma obrigação e um dever de todos os portugueses que compraram casa a crédito deixar imediatamente de pagar as prestações aos bancos e exigir (com juros) os juros já pagos



Nos EUA - banco americano toma posse de uma casa depois de executar a hipoteca



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Jornal Público (24/06/2012) - Este artigo do Público referente a Portugal já tem dois anos. Imaginem como será a situação hoje no nosso país...

«Quando se perde a casa já se perdeu tudo: aumenta o crédito malparado, as dívidas que não podem ser pagas. Cresce todos os dias o número de execuções, penhoras, acções de despejo. Por não conseguirem pagar os empréstimos, milhares de famílias já perderam as casas, ou estão em risco de as perder. Cada vez mais pessoas vivem na vergonha, na culpa e no medo e isso paralisa-as, anula-lhes a capacidade de reagir. Um país em dívida não consegue lutar pela sobrevivência.»

[...]

O crédito imobiliário mal parado atingiu dimensões colossais. Eram em 2013 mais de cem mil as famílias em situação de incumprimento. Muitas já entregaram a casa ao banco, tendo deitado a perder as poupanças duma vida.


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A única coisa que é devida a parasitas assassinos que criam dinheiro a partir do nada e o emprestam a juros criminosos a países, empresas e famílias, é a fogueira, a forca ou uma bala na nuca.


Até Jesus, um ser infinitamente bom, não teve qualquer pejo em correr a chicote os banqueiros (a escória parasitária da humanidade) do Templo. Porque não haveremos nós, simples mortais e pecadores, de fazer lhes fazer o mesmo ou muito pior?





A seguir é descrito o caso do americano Jerome Daly que ganhou em tribunal o direito de não pagar as prestações da casa que devia ao banco porque este, na realidade, não lhe tinha emprestado nada:


Em 1969, houve um caso na justiça do Estado de Minnesota (EUA) envolvendo um homem chamado Jerome Daly, que recorreu da execução da hipoteca da sua casa [apreensão judicial da casa para garantir o pagamento da dívida], pedido pelo banco que lhe tinha feito um empréstimo para que ele a comprasse. O argumento utilizado por Daly foi de que o contrato da hipoteca exigia que ambas as partes, ele e o banco, dispusessem de uma forma legítima de propriedade para a transacção. Em linguagem legal, tal é chamado de contraprestação [Nos contratos bilaterais, a prestação a que uma das partes se obriga sendo correspondente à prestação da outra parte].

O Sr. Daly explicou que, na verdade, o dinheiro não era propriedade do banco, porque tinha sido criado a partir do nada no momento em que o empréstimo foi assinado. O que os bancos fazem, ao emprestar dinheiro, é aceitar notas promissórias em troca de créditos. As reservas não são alteradas pelas transacções do empréstimo, mas os créditos de depósitos são considerados novas adições ao total de depósitos do sistema bancário. Por outras palavras: O dinheiro não surge a partir de bens existentes. O banco está simplesmente a inventá-lo, não pondo nada de seu, excepto um passivo teórico em papel.


(Sobre este assunto, ler o curto artigo retirado do excelente livro - Política Monetária e Mercados Financeiros. O livro, síntese da experiência de ensino ao longo dos últimos dez anos, dos autores Emanuel Reis Leão, Sérgio Chilra Lagoa e Pedro Reis Leão, na área da economia monetária e financeira, começa praticamente pelo processo de criação de moeda e, coisa espantosa, explica-nos, de forma muito simples, a forma como os bancos comerciais perpetram diariamente roubos de proporções inimagináveis às famílias, às empresas e aos Estados.)




À medida que o processo em tribunal avançava, o presidente do banco, o Sr. Morgan, testemunhou. E no memorando pessoal do juiz, este escreveu que o presidente do banco admitiu que, de forma combinada com o Banco da Reserva Federal, o banco criou o dinheiro e o crédito como uma entrada contabilística. O dinheiro e o crédito apareceram quando o criaram. O Sr. Morgan admitiu que não existia nenhuma lei ou estatuto na lei americana que lhe dava o direito de fazer isso. Deve existir uma contraprestação legal que seja um meio de pagamento para sustentar a nota promissória. O júri chegou à conclusão de que não existia nenhuma contraprestação legal e concordou. O Sr. Morgan acrescentou poeticamente: "Só Deus pode criar alguma coisa de valor a partir do nada".

E perante esta revelação, o tribunal rejeitou a reivindicação do banco para a execução da hipoteca e o Sr. Daly manteve a sua casa.

As implicações da decisão deste tribunal são imensas, porque cada vez que se pede dinheiro emprestado a um banco, seja um empréstimo com garantia hipotecária ou uma compra com o cartão de crédito, o dinheiro que nos é dado não é apenas contrafeito (falsificado), mas é também uma forma ilegítima de contraprestação e portanto invalida o contrato de o reembolsar, porque, para começar, o banco nunca possuiu esse dinheiro.

Infelizmente estas vitórias legais são suprimidas e ignoradas pelos Media. E o jogo da perpétua transferência de riqueza e da dívida perpétua continua.



First National Bank of Montgomery vs. Jerome Daly


(clicar na imagem para aumentar)





MEMORANDUM do Juiz MARTIN V. MAHONEY


(clicar na imagem para aumentar)





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Sobre a contrafacção de dinheiro praticado pelos bancos


Murray N. Rothbard é considerado um dos grandes pensadores no campo da economia, da história, da filosofia política, e do direito. Estabeleceu-se como o principal teórico austríaco na metade final do século XX, e aplicou a análise austríaca a tópicos históricos, como a Grande Depressão de 1929 e a história do sistema bancário americano. Rothbard combinou os pensamentos de americanos individualistas do século XIX com a economia austríaca.




Excerto de "The Mystery of Banking"

[O Mistério da Banca, por Murray N. Rothbard]


«Donde é que veio o dinheiro? Veio – e isto é a coisa mais importante que se deve saber sobre o sistema bancário moderno – veio do NADA (out of thin air). Os bancos comerciais – ou seja, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais – criam dinheiro a partir do nada. Basicamente fazem o mesmo que os contrafactores (falsificadores). Os falsificadores, também, criam dinheiro a partir do nada imprimindo alguma coisa que fazem passar por dinheiro ou por um recibo de depósito de dinheiro. Desta forma, retiram fraudulentamente riqueza da comunidade, das pessoas que ganharam verdadeiramente o seu dinheiro. Da mesma forma, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais contrafazem recibos de depósitos de dinheiro, que depois fazem circular como equivalentes ao dinheiro entre as pessoas. Há uma excepção a esta comparação: A lei não trata estes recibos dos bancos como falsificações.»



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Dinheiro como Dívida


Os primeiros oito minutos e vinte segundos (8:20m) do vídeo Money as Debt

(Legendado em português)



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A versão completa do vídeo Money as Debt - Dinheiro como Dívida, legendado em português (47m):



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quarta-feira, julho 23, 2014

A desmedida vigarice e parasitismo dos mafiosos financeiros que controlam os BBVAs, os BCPs, os BPIs, os Banifs e quadrilhas afins…



A Máfia do Grande Dinheiro é tão lesta a roubar tostões como milhares de milhões!




Este caso passou-se há poucos dias comigo:

Ando a pagar, há mais de 10 anos, um Crédito Habitação ao Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (Portugal), S.A. – BBVA.

A prestação mensal mais o seguro rondam os 500 Euros. Além disso, pago por débito direto neste banco a água, a eletricidade e o gás. De forma que, mensalmente, transfiro para o BBVA o dinheiro para fazer face a estas despesas.

Acontece que, neste mês de Julho de 2014, depositei menos 60 cêntimos do que o necessário (quantia que entretanto já regularizei).


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O BBVA não foi de modas:


Exm°. Senhor(a)

Nos termos e para os efeitos do Artigo 13° do Decreto-lei 227/2012 de 25 de Outubro, vimos pela presente informar V. Exa. que se encontra com atraso no cumprimento das obrigações emergentes do(a) Contrato enquadrado no regime do Crédito Habitação n° x, cujo saldo devedor ascende, nesta data, a € 0,60, correspondendo a quantia de € 0,60 a capital, a quantia de € 0,00 a juros referentes à data de 11/07/2014 e a quantia de € 26,00 a encargos associados ao incumprimento.

Atento o incumprimento verificado, agradecemos informação se o mesmo se deveu a circunstância pontual, com regularização previsível no prazo de 15 dias contados da recepção da presente carta, ou se V. Exa. prevê que existem riscos sérios de se verificar de forma continuada o incumprimento das responsabilidades referentes ao contrato acima identificado.

Mais informamos, que não regularizando a supra referida divida no prazo indicado, procederemos à comunicação da situação de incumprimento ao Banco de Portugal. [...]


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Ou seja, por uma questão de dias, vou pagar pelos «encargos associados ao incumprimento» (de 60 cêntimos) a quantia de 26 euros - uma taxa quatro mil, trezentos e trinta e três por cento (4333%) maior do que a «quantia em dívida (60 cêntimos)».

Isto, quando faço naquele banco (BBVA) um depósito mensal que rondará em média os seiscentos euros (€ 600) – mil vezes mais do que o valor do incumprimento (60 cêntimos).

Depois, os senhores do BBVA «atentos ao incumprimento verificado» no valor de 60 cêntimos, querem saber se «eu prevejo que existam riscos sérios de se verificar de forma continuada incumprimentos desta ordem de grandeza» - 60 cêntimos, um euro e meio, 42 cêntimos, 7 cêntimos, etc.

Por fim, e tal como a espada de Dâmocles, fica o aviso terrível: «informam-me, que se eu não regularizar a supra referida dívida (de 60 cêntimos) no prazo indicado, o BBVA procederá à comunicação da situação de incumprimento ao Banco de Portugal.

Mas, sabendo todos nós que o Banco de Portugal é completamente incompetente (quase dando a sensação que o faz de propósito) na regulação das grandes trafulhices bancárias e dos grandes ladrões que os confeccionam, fica a questão de saber se, quando o problema desce ao homem comum e à meia dúzia de tostões e ao mexilhão, o Banco de Portugal não se torna completamente desapiedado.



Vítor Constâncio - Governador do Banco de Portugal entre 1985 e 1986 e, novamente, de 2000 a 2009 - foi acusado pela oposição de errar nas previsões macroeconómicas e de falhar na regulação bancária, por alegadamente ter actuado tardiamente no casos BPN e BPP, que custaram aos contribuintes portugueses um montante superior a 9.500 milhões de euros.


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A carta absurda que recebi do BBVA:






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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


terça-feira, agosto 16, 2011

Antes de avançar pelo corte cego na gordura do Estado, os cidadãos devem enérgica e urgentemente extirpar a gordura da Banca

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Um vislumbre repugnante de gordura acumulada pela Banca, que resultou dos juros dos empréstimos para as "obras públicas", corruptas, faraónicas e inúteis, que políticos subservientes tiveram a simpatia de mandar executar.



Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam em que zonas do "tecido económico" se está a dar a acumulação das gorduras:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".




quinta-feira, julho 28, 2011

Os lucros pornográficos dos banqueiros e a colaboração cúmplice dos políticos. Porque não os matamos a todos e acabamos com isto de vez?

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Em Dezembro de 1963 começou na cidade alemã de Frankfurt o chamado Julgamento de Auschwitz. Vinte e dois homens das SS do campo de concentração de Auschwitz foram julgados por cumplicidade ou homicídio. Durante o julgamento, na sequência dos horrores descritos por testemunhas sobreviventes, uma senhora que assistia ao julgamento teve o seguinte desabafo que todo o tribunal ouviu:

- Porque não os matam a todos [os réus] e acabam com isto!


Vem isto a propósito dos 78 mil milhões de euros que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional vão emprestar a Portugal a juros agiotas (vão ser pagos durante 13 anos a uma taxa igual ou superior a 6% = 4% de juros + 2% de spreads= 6%).

Destes 78 mil milhões de euros, 12 mil milhões de euros vão servir para a recapitalização dos bancos e, dos 66 mil milhões restantes, o Estado oferece, "acomoda", 35 mil milhões de euros em garantias à Banca para que esta possa emitir dívida para se "financiar"... Ou seja, o Estado vai oferecer de mão beijada à Banca 47 mil milhões de euros à custa dos contribuintes.

Os restantes 31 milhões de euros vão servir para pagar os juros dos empréstimos aos bancos pelas obras faraónicas e inúteis com que os serviçais políticos (a soldo da Banca) endividaram o país.


Presidentes dos Bancos Nacionais, respectivamente:
BCP – CGD – BPI – TOTTA - BES



Políticos a soldo:
Sócrates, Teixeira dos Santos, Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas


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E assim, os contribuintes portugueses vão injectar directamente 47 mil milhões de euros numa Banca que, como os números comprovam, atravessa "enormes dificuldades":


Banco Espírito Santo

Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
Lucros em 2010 = 510,5 milhões de euros


Banco Millennium bcp

Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
Lucros em 2010 = 301,6 milhões de euros


BPI – Banco Português de Investimento

Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
Lucros em 2010 = 184,8 milhões de euros


Banco Santander Totta

Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
Lucros em 2010 = 434,7 milhões de euros
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Em suma

Como é que ficámos a dever tanto dinheiro aos bancos portugueses e estrangeiros? A resposta é simples: o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos mas não pode, estatutariamente, emprestar dinheiro aos Estados e, assim, os Governos são obrigados a negociar com os bancos (nacionais e internacionais) para se poderem financiar.

Visto que os bancos privados se financiam junto do BCE a taxas de juro de cerca de 1% e exigem juros muito superiores para comprarem dívida dos países (Portugal tem andado a a endividar-se a taxas de juro de 6, 7, 8, 9 e 10%), resulta que a banca privada, incluindo a nacional, tem feito fortunas a comprar dinheiro barato na UE e a vender caro cá.

E quem é que paga este enriquecimento da banca privada? Essa resposta é ainda mais simples: somos todos nós. É através dos impostos, dos cortes nos salários e nas pensões, que vamos pagando aquilo que os bancos vão ganhando.


Como explicou linearmente o jornalista Fernando Madrinha no Jornal Expresso de 1/9/2007:

«Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais

O crime destes políticos venais a soldo de agiotas assassinos, ao destruir um país e enviando milhões de pessoas para a miséria - um crime de altíssima traição – deve ser imperativa e rapidamente punido com a morte. E terá de ser o povo a executar a sentença, já que o sistema que deveria tratar disso está podre de alto a baixo.
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terça-feira, maio 10, 2011

O assalto da Grande Finança Internacional, sob a forma de uma Troika sorridente, a um país «governado» há dezenas de anos por uma escumalha corrupta e assassina

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No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca, a mais poderosa, interligada e influente quadrilha do planeta, utiliza a política e os políticos, os Media e os jornalistas para saquear os Estados Nacionais:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais


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E, de repente, sem que a esmagadora maioria dos portugueses percebesse porquê, abateu-se sobre Portugal uma gigantesca «crise financeira» (martelada ad nauseum nos meios de comunicação social), facto que «obrigou» a que uma Troika, constituída pelo FMI, o Banco Central Europeu e a União Europeia, se unissem num resgate financeiro ao nosso país no valor de 78 mil milhões de euros.

Um terço dos 78 mil milhões de euros previstos no pacto financeiro de ajuda a Portugal será concedido pelo FMI, sendo que os restantes 52 mil milhões de euros virão do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), em partes iguais.


A Troika


Estes 78 mil milhões de euros vão ser pagos durante 13 anos a uma taxa igual ou superior a 6% = 4% de juros + 2% de spreads. No final dos 13 anos do empréstimo, os portugueses vão pagar as estas três beneméritas instituições, a somar ao capital em dívida, a bela maquia de mais de 60 mil milhões de euros apenas em juros de empréstimos.

Como explicou o chefe da missão do FMI em Lisboa, o objectivo deste empréstimo destina-se a amortizar as dívidas do sector público aos bancos e fazer com que os bancos portugueses possam regressar aos mercados, refinanciando-os e recapitalizando-os de forma a suportarem os «stress tests» (testes de consolidação).

Em suma, o empréstimo vai ser dividido em duas partes: uma que servirá para que o Estado Português pague as dívidas e os juros aos bancos pela obra inútil e faraónica em que se empenhou com entusiasmo, e outra destinada a ser injectada directamente para os «refinanciar e consolidar» os bancos nacionais .

Segundo João Luis Duque, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e uma presença constante como comentador na SIC Notícias e amigo do peito da Banca, a parte que caberá ao Estado para pagar as suas dívidas à banca nacional e internacional será sensívelmente igual à parte que será injectada directamente na banca nacional «para a refinanciar e consolidar»: 40 + 40 = 80 mil milhões de euros.




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I - Os 40 mil milhões de euros para pagar obra faraónica e inútil

Durante dezenas de anos, uma escumalha constituída por dirigentes políticos do «arco do poder», do sector empresarial do Estado e figuras da área financeira (acolitados e incensados por um batalhão de jornalistas e comentadores venais com lugar cativo nos jornais e televisões), criou dívidas brutais ao país com toda a sorte de obras com tanto de faraónicas como de inúteis, sempre acompanhadas de «inevitáveis» gigantescas derrapagens orçamentais. Segue-se uma lista de algumas das muitas inutilidades deliberadamente realizadas para colocar o Estado Português sob a pata da Grande Finança Internacional:

«Centro Cultural de Belém, Casa da Música no Porto, Estádios do Euro 2004, Expo98, Aeroporto de Beja, Metro Sul do Tejo, Pontes, Submarinos, 700 quilómetros de Auto-Estradas excedentárias, Parcerias Público-Privadas (PPP), Empresas Públicas, consultorias, e preparam-se novas Auto-Estradas, um Mega-Aeroporto e vários traçados de TGV...»


Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»



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II - Os 40 mil milhões de euros que vão ser injectados directamente numa Banca que, como é fácil de comprovar, atravessa graves dificuldades


Banco Espírito Santo

Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
Lucros em 2010 = 510,5 milhões de euros


Banco Millennium bcp

Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
Lucros em 2010 = 301,6 milhões de euros


BPI – Banco Português de Investimento

Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
Lucros em 2010 = 184,8 milhões de euros


Banco Santander Totta

Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
Lucros em 2010 = 434,7 milhões de euros
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Adenda:

Como é que ficámos a dever tanto dinheiro aos bancos portugueses e estrangeiros? A resposta é simples: o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos mas não pode, estatutariamente, emprestar dinheiro aos Estados e, assim, os Governos são obrigados a negociar com os bancos (nacionais e internacionais) para se poderem financiar.

Visto que os bancos privados se financiam junto do BCE a taxas de juro de cerca de 1% e exigem juros muito superiores para comprarem dívida dos países (Portugal tem andado a a endividar-se a taxas de juro de 6, 7, 8, 9 e 10%), resulta que a banca privada, incluindo a nacional, tem feito fortunas a comprar dinheiro barato na UE e a vender caro cá.

E quem é que paga este enriquecimento da banca privada? Essa resposta é ainda mais simples: somos todos nós. É através dos impostos, dos cortes nos salários e nas pensões, que vamos pagando aquilo que os bancos vão ganhando.
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quarta-feira, dezembro 29, 2010

Cavaco Silva pede silêncio sobre a rapina ao nosso país cometida por agiotas internacionais

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Expresso - 27-12-2010: O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, apelou aos líderes europeus para estarem "mais calados em relação à crise da dívida soberana" e "perceberem que os mercados financeiros estão a ouvir".


Cavaco Silva ao lado de Durão Barroso no silêncio sobre a crise

O Sr. Aníbal, de Boliqueime

A Bola.PT - 27.12.2010:

O Presidente da República, Cavaco Silva, considerou esta noite «muito sensato» o apelo de Durão Barroso para a contenção nos discursos sobre a crise financeira na Europa.

«Há pessoas em Portugal que parecem não saber que os nossos credores são as companhias de seguros, os fundos de pensões, os fundos soberanos, os bancos internacionais e os cidadãos espalhados por esse mundo fora», acrescentou Cavaco Silva, para quem as «palavras de insulto» terão como única consequência «mais desemprego para Portugal.»

O Presidente da República espera agora que o «bom senso» de Durão Barroso chegue «a alguns políticos portugueses».

«Esses políticos têm, acima de tudo, falta de conhecimento quanto ao comportamento dos nossos credores, ou seja, daqueles que nos emprestam dinheiro», ressalvou Cavaco Silva.




Comentário

Afirma o Sr. Aníbal haver gente ingrata em Portugal que parece desconhecer quem são os nossos beneméritos credores financeiros e que se mostra mal-agradecida pelas imensas benfeitorias que, da parte deles, temos sido alvo.

E o Sr. Aníbal enumera essas entidades notáveis:

1Companhias de Seguros (que estão nas mãos dos bancos).

2 - Fundos de Pensões - geridos por Companhias de Seguros ou Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões (que estão, umas e outras, nas mãos dos bancos).

3 - Fundos Soberanos - Instrumentos Financeiros adoptados por alguns países que utilizam parte das suas imensas reservas de divisas para adquirir participações em empresas estrangeiras, com objectivos financeiros (obter os maiores dividendos possíveis) e estratégicos.

4 - Bancos Internacionais.

5 - Cidadãos espalhados por esse mundo fora (como são os casos de Barker, Maalouf, Raymond, Bauer, Ortiz, Hiroyuki, Blomqvist, Mendoza, Krüger, Espírito Santo, Ryzhkov, Barnes, Dąbrowski e tantos outros).


Como não concordar de alma e coração com o Sr. Aníbal (e o Barroso, da Cimeira dos Açores), quando estes barafustam, e com razão, pela nossa ingratidão para com todos estes admiráveis benfeitores que se atropelam para nos emprestar dinheiro com juros a 7% por forma a que possamos sair da crise?
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quinta-feira, dezembro 02, 2010

As várias caras de Ricardo Salgado, presidente do Banco Espírito Santo

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Dezembro de 2010

Ricardo Espírito Santo Salgado, desce, como é seu hábito, a altas horas da noite, às catacumbas do banco a que preside [BES], para confirmar, com os olhos que a terra lhe há-de comer, os sucessivos recordes de lucros que obteve em todos estes anos de profunda crise financeira:

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Ricardo Salgado transfigura-se face aos bons resultados do BES


Expresso - 02.11.2010 - O Banco Espírito Santo registou uma subida dos lucros de 12,4% até setembro, face a igual período de 2009, para 405,4 milhões de euros.


Expresso - 27.01.2010 - Lucro do BES sobe 30%. O lucro do Banco Espírito Santo cresceu 29,8% em 2009 para 522,1 milhões de euros, acima das estimativas.


OJE/Lusa - 26.02.2009 - A menor quebra do resultado líquido [em 2008] foi do BES, que obteve um lucro de 402,3 milhões de euros, menos 33,7% que os 607 milhões conseguidos em 2007, com reforço generalizado das provisões, sobretudo para crédito e títulos, e desvalorizações de 180 milhões de euros nas participações que tem na Portugal Telecom, EDP e Bradesco.


Diário de Notícias - Janeiro 2008 - BES escapa à crise com lucros de 607,1 milhões de euros em 2007.


Diário de Notícias - 01.02.07 - O Banco Espírito Santo anunciou hoje lucros recorde e de 420,7 milhões de euros no exercício de 2006, um crescimento de 50 por cento em relação a 2005.
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domingo, novembro 21, 2010

Teixeira dos Santos, já com os olhos postos numa reforma dourada, empenha-se com denodo na destruição do país

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Teixeira dos Santos pede "contenção e disciplina" nos salários aos portugueses, mas o que a estes deve ser exigido é audácia, inteligência, senso de justiça, amor-próprio e pontaria afinada:



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Jornal Público - 19.11.2010


Teixeira dos Santos pede "contenção e disciplina" nos salários

"O Ministro das Finanças afirmou hoje que Portugal "tem de evitar que os salários evoluam de forma mais rápida do que a produtividade", incitando o privado a seguir o exemplo do sector público.

Teixeira dos Santos afirmou hoje, durante a cerimónia de assinatura de dois contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), que "devemos seguir uma politica de contenção e disciplina salarial, de forma a não prejudicar a competitividade do país".

Recomendações que incluem o sector privado, "já que o público já deu o exemplo de grande rigor salarial", disse, sublinhando que a contenção é válida para a economia no seu conjunto [...]"


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Este é o indivíduo que já enterrou 4,6 mil milhões de euros na nacionalização do BPN à custa dos contribuintes portugueses [Jornal Económico - 20.10.2010].





Este é o indivíduo que deu um aval no valor de 20 mil milhões de euros aos bancos (que todos os trimestres batem recordes de lucros) [TSF – 22.10.2008].




Este é o indivíduo que permite que os bancos continuem a pagar cerca de 11% de IRC quando todas as outras empresas pagam 25% [TSF - 29.11.2006].




Este é o indivíduo que se tem empenhado nos «grandes investimentos»: auto-estradas supérfluas, aeroportos desnecessários e TGVs inúteis (entre muitos outros), «investimentos» sobre os quais os banqueiros irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos.


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Fernando Madrinha - Jornal Expresso - 1/9/2007

[...] Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.

[...] Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas [...] indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.
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segunda-feira, novembro 08, 2010

Os portugueses devem dinheiro a agiotas nacionais e internacionais? Fuck 'em all!

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A única coisa que é devida a criminosos que criam dinheiro a partir do nada e o emprestam a juros assassinos a países, empresas e famílias, é uma bala enfiada na cabeça.




A seguir é descrito o caso do americano Jerome Daly que ganhou em tribunal o direito de não pagar as prestações da casa que devia ao banco porque este, na realidade, não lhe tinha emprestado nada:

Em 1969, houve um caso na justiça do Estado de Minnesota (EUA) envolvendo um homem chamado Jerome Daly, que recorreu da execução da hipoteca da sua casa [apreensão judicial da casa para garantir o pagamento da dívida], pedido pelo banco que lhe tinha feito um empréstimo para que ele a comprasse. O argumento utilizado por Daly foi de que o contrato da hipoteca exigia que ambas as partes, ele e o banco, dispusessem de uma forma legítima de propriedade para a transacção. Em linguagem legal, tal é chamado de contraprestação [Nos contratos bilaterais, a prestação a que uma das partes se obriga sendo correspondente à prestação da outra parte].

O Sr. Daly explicou que, na verdade, o dinheiro não era propriedade do banco, porque tinha sido criado a partir do nada no momento em que o empréstimo foi assinado. O que os bancos fazem, ao emprestar dinheiro, é aceitar notas promissórias em troca de créditos. As reservas não são alteradas pelas transacções do empréstimo, mas os créditos de depósitos são considerados novas adições ao total de depósitos do sistema bancário. Por outras palavras: O dinheiro não surge a partir de bens existentes. O banco está simplesmente a inventá-lo, não pondo nada de seu, excepto um passivo teórico em papel.




À medida que o processo em tribunal avançava, o presidente do banco, o Sr. Morgan, testemunhou. E no memorando pessoal do juiz, este escreveu que o presidente do banco admitiu que, de forma combinada com o Banco da Reserva Federal, o banco criou o dinheiro e o crédito como uma entrada contabilística. O dinheiro e o crédito apareceram quando o criaram. O Sr. Morgan admitiu que não existia nenhuma lei ou estatuto na lei americana que lhe dava o direito de fazer isso. Deve existir uma contraprestação legal que seja um meio de pagamento para sustentar a nota promissória. O júri chegou à conclusão de que não existia nenhuma contraprestação legal e concordou. O Sr. Morgan acrescentou poeticamente: "Só Deus pode criar alguma coisa de valor a partir do nada".

E perante esta revelação, o tribunal rejeitou a reivindicação do banco para a execução da hipoteca e o Sr. Daly manteve a sua casa.

As implicações da decisão deste tribunal são imensas, porque cada vez que se pede dinheiro emprestado a um banco, seja um empréstimo com garantia hipotecária ou uma compra com o cartão de crédito, o dinheiro que nos é dado não é apenas contrafeito (falsificado), mas é também uma forma ilegítima de contraprestação e portanto invalida o contrato de o reembolsar, porque, para começar, o banco nunca possuiu esse dinheiro.

Infelizmente estas vitórias legais são suprimidas e ignoradas. E o jogo da perpétua transferência de riqueza e da dívida perpétua continua.


First National Bank of Montgomery vs. Jerome Daly

(clicar na imagem para aumentar)



MEMORANDUM do Juiz MARTIN V. MAHONEY

(clicar na imagem para aumentar)



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Sobre a contrafacção de dinheiro praticado pelos bancos

Murray N. Rothbard é considerado um dos grandes pensadores no campo da economia, da história, da filosofia política, e do direito. Estabeleceu-se como o principal teórico austríaco na metade final do século XX, e aplicou a análise austríaca a tópicos históricos, como a Grande Depressão de 1929 e a história do sistema bancário americano. Rothbard combinou os pensamentos de americanos individualistas do século XIX com a economia austríaca.


Excerto de "The Mystery of Banking"

[O Mistério da Banca, por Murray N. Rothbard]

«Donde é que veio o dinheiro? Veio – e isto é a coisa mais importante que se deve saber sobre o sistema bancário moderno – veio do NADA (out of thin air). Os bancos comerciais – ou seja, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais – criam dinheiro a partir do nada. Basicamente fazem o mesmo que os contrafactores (falsificadores). Os falsificadores, também, criam dinheiro a partir do nada imprimindo alguma coisa que fazem passar por dinheiro ou por um recibo de depósito de dinheiro. Desta forma, retiram fraudulentamente riqueza da comunidade, das pessoas que ganharam verdadeiramente o seu dinheiro. Da mesma forma, os bancos que utilizam o sistema de reservas fraccionais contrafazem recibos de depósitos de dinheiro, que depois fazem circular como equivalentes ao dinheiro entre as pessoas. Há uma excepção a esta comparação: A lei não trata estes recibos dos bancos como falsificações.»


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Os primeiros oito minutos e vinte segundos (8:20m) do vídeo

Money as Debt

legendado em português





A versão completo do vídeo em inglês (47m): Money as Debt

E a versão completa do vídeo em espanhol (47m): El Dinero es Deuda
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sexta-feira, novembro 05, 2010

Lucros da Banca - O festim promete continuar até que alguém acorde com os pés de fora...

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Este poderá vir a ser o sorriso dos Senhores da Banca caso o sector financeiro português continue a dar sinais de recuperação...


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Diário Económico - 03.11.2010



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Correio da Manhã - 04.11.2010



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Jornal i - 03.11.2010


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Comentário

Atente-se no desplante do artigo do Diário Económico:

"Os quatro maiores bancos privados em Portugal lucraram 1,12 mil milhões até Setembro"

"O sector financeiro português continua a dar sinais de recuperação..."

[...]
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segunda-feira, junho 28, 2010

Jon Stewart do Daily Show explica-nos, com humor, como os bancos roubam tudo e todos na América

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Jon Stewart: Bem-vindos de novo. Recordam-se… Pensem. Há pouco mais de um ano, demos ao Bank of America, ao Citigroup, ao JP Morgan Chase e ao Goldman Sachs, entre 10 e 25 mil milhões de dólares a cada um, para evitar a implosão catastrófica do sistema de prémios deles, queria dizer, da economia. Que, aparentemente, depende deles.

Boas Notícias! Apesar da economia continuar volátil, como se viu, na semana passada, com a queda inexplicável de 1000 pontos em 20 minutos na bolsa de valores, um sector da economia parece ter estabilizado.


Canal de TV: O Bank of América, o Goldman Sachs, o Citigroup e o JP Morgan Chase fizeram o equivalente de Wall Street de um "jogo perfeito". No último trimestre, os grandes bancos ganharam dinheiro todos os dias. Zero dias de perdas, nenhum dia no vermelho, todos os dias no preto (nos lucros).


Jon Stewart: Sim, o jogo perfeito feito por quatro equipas distintas. Em 61 dias consecutivos. É como se as regras ditassem que é ilegal a equipa adversária utilizar tacos.

A 16 de Fevereiro, os dados de lucros e manufactura são melhores do que o esperado e a bolsa sobe 170 pontos. Não é de admirar que os bancos ganhassem nesse dia.

Mas, a 4 de Fevereiro, as notícias do desemprego fizeram a bolsa descer 268 pontos. E os bancos continuaram a ganhar dinheiro.

A 2 de Março, o mercado não fez nada, desceu dois pontos e os bancos ganharam dinheiro.

A 25 de Janeiro, os Kiss tocaram a campanha de abertura, seria de esperar que os investidores fizessem uma pausa, mas não. Ganharam dinheiro!

A 12 de Março, dragões atacaram Wall Street e os bancos ganharam dinheiro na mesma!

Afinal, os bancos tinham controlado o mercado de incêndios. O que se passa? E, a propósito, não é que tenham ficado no preto (nos lucros) todos os dias por um bocadinho.



Canal de TV: O Bank of America ganhou muito dinheiro. 3,2 mil milhões de dólares em dinheiro no primeiro trimestre. O Goldman Sachs voltou a ter uma média de 25 milhões por dia. O Citigroup, com cerca de 4,4 mil milhões… O JP Morgan ganhou, pelo menos, 118 milhões de dólares por dia, o que dá cerca de 5 milhões por hora.


Jon Stewart: A sério? Acho que temos um vídeo de como estão no negro (nos lucros). Eles não podem perder. Nós podíamos perder. Nós perdemos. Como é que isso aconteceu?


Canal de TV: É um ambiente de mercado de crédito muito estranho, neste momento, para os investidores.


Jon Stewart: Sim, é algo estranho. Se, por estranho, quer dizer que a Reserva Federal (Banco Central Americano) está a emprestar aos bancos a zero por cento - 0%. Sim, é um pouco estranho. E o que estão os bancos a fazer com o dinheiro grátis?



Canal de TV: As obrigações estão a ter um grande volume de transacções com o Governo dos EUA a tentar arranjar muito dinheiro para financiar o Programa de Compra de Activos Tóxicos.


Jon Stewart: Estou a ver… Estão a pegar no dinheiro de resgate que lhes demos, e a emprestá-lo novamente ao Governo… para pagar o plano de resgate. E cobram juros ao Governo. O nosso Governo é o pior agiota da História:

"Tens o meu dinheiro? Não? Toma mais do meu dinheiro. Não, vais ficar com ele. Não me obrigues a partir os meus polegares."

Sabem que mais? Desisto. Vocês ganharam. Os bancos ganharam. Estamos a içar a bandeira branca. Levem lá a merda do dinheiro. A esta altura, já nem me interessa! Sabem que mais? Levem a bandeira! Mas vão-se embora! Ganhem o dinheiro, fiquem com o dinheiro, nós vamos começar uma economia baseada em nozes. E sabem que mais? Vamos ter de rezar para que ninguém em Wall Street seja um esquilo.


sexta-feira, maio 28, 2010

Os Assassinos da Banca, acolitados pelos políticos e pelos media, preparam-se para destruir o país e os portugueses. Aux armes...

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Bancos vão cortar no crédito para as famílias e empresas

Preparem-se. O cinto vai apertar e é para todos. Bancos, Estado, empresas e famílias. O crédito fácil acabou e será seguramente mais escasso e mais caro nos próximos tempos. Com maior ou menor ênfase, foi este o ponto central do discurso dos líderes dos cinco principais bancos nacionais, que ontem participaram no Fórum Banca e Mercado de Capitais organizado pelo Diário Económico.


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Banco Espírito Santo

          Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 119,1 milhões de euros


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Banco Millennium bcp

          Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 96,4 milhões de euros


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BPI – Banco Português de Investimento

          Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 45,1 milhões


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Banco Santander Totta

          Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
          Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
          Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
          Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
          Lucros no 1º Trimestre de 2010 = 131,1 milhões de euros


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Jornal de Negócios – 27.05.2010

O Banco de Portugal reitera o aumento dos "spreads" [lucros dos bancos] na concessão de crédito, quer às famílias quer às empresas, e sublinha que o "agravamento das condições de financiamento dos bancos", por via dos receios que imperam em relação à dívida europeia "tenderá a repercutir-se numa maior restritividade na concessão de crédito ao sector privado não financeiro".


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As recessões são deliberadamente criadas pelos bancos para se apropriarem da riqueza dos países ao preço da chuva


Numa Economia é necessária uma adequada
Disponibilidade de Moeda


Uma disponibilidade de moeda adequada é indispensável a uma sociedade civilizada. Podemos privar-nos de muitas outras coisa, mas sem dinheiro, a indústria paralisava, as propriedades rurais tornar-se-iam unidades auto-sustentadas, excedentes de alimentos desapareceriam, trabalhos que precisem mais do que um homem ou uma família fixariam por fazer, remessas e grandes movimentos de produtos cessariam, pessoas com fome dedicar-se-iam à pilhagem e matariam para permanecer vivas, e todo o governo, excepto a família ou a tribo, deixaria de funcionar.

Um exagero, dirão? Nada disso. O dinheiro é o sangue da sociedade civilizada, o meio pelo qual são feitas todas as transacções comerciais excepto a simples troca directa. É a medida e o instrumento pelo qual um produto é vendido e outro comprado. Removam o dinheiro ou reduzam a disponibilidade de moeda abaixo do que é necessário para levar a cabo os níveis correntes de comércio, e os resultados são catastróficos.

Como exemplo, bastará debruçarmo-nos sobre a Depressão Americana nos princípios dos anos 30 do século XX.


Depressão Bancária de 1930

Em 1930 os Estados Unidos não tinham falta de capacidade industrial, propriedades rurais férteis, trabalhadores experientes e determinados e famílias laboriosas. Tinham um amplo e eficiente sistema de transportes ferroviários, redes de estradas, e canais e rotas marítimas. As comunicações entre regiões e localidades eram as melhores do mundo, utilizando telefone, teletipo, rádio e um sistema de correios governamental perfeitamente operacional.

Nenhuma guerra destruiu as cidades do interior, nenhuma epidemia dizimou, nem nenhuma fome se aproximou do campo. Só faltava uma coisa aos Estados Unidos da América em 1930: Uma adequada disponibilidade de moeda para negociar e para o comércio.

No princípio dos anos 30 do século XX, os banqueiros, a única fonte de dinheiro novo e crédito, recusaram deliberadamente empréstimos às indústrias, às lojas e às propriedades rurais. Contudo, eram exigidos os pagamentos dos empréstimos existentes, e o dinheiro desapareceu rapidamente de circulação. As mercadorias estavam disponíveis para serem transaccionadas, os empregos à espera para serem criados, mas a falta de dinheiro paralisou a nação.



Com este simples estratagema a América foi colocada em "depressão" e os banqueiros apropriaram-se de centenas e centenas de propriedades rurais, casas e propriedades comerciais. Foi dito às pessoas, "os tempos estão difíceis" e "o dinheiro é pouco". Não compreendendo o sistema, as pessoas foram cruelmente roubadas dos seus ganhos, das suas poupanças e das suas propriedades.


Sem Dinheiro para a Paz, mas com muito Dinheiro para a Guerra

A Segunda Guerra Mundial acabou com a "Depressão". Os mesmos banqueiros que no início dos anos trinta não faziam empréstimos em tempos de paz para a compra de casas, comida e roupas, de repente tinham biliões ilimitados para emprestar para material militar, rações de combate e uniformes.

Uma nação que em 1934 não conseguia produzir alimentos para venda, repentinamente podia produzir milhões de bombas para enviar para a Alemanha e para o Japão.

Com o súbito aumento da quantidade de dinheiro, as pessoas eram contratadas, as propriedades rurais vendiam os seus produtos, as fábricas começaram a funcionar em dois turnos, as minas foram reabertas, e "A Grande Depressão" acabou!

Alguns políticos foram considerados culpados pela depressão e outros ficaram com os méritos por ter acabado com ela. A verdade é que a falta de dinheiro causada pelos bancos trouxe a depressão, e a quantidade adequada de dinheiro acabou com ela. Nunca foi dito às pessoas a simples verdade de que os banqueiros que controlam o nosso dinheiro e crédito usaram esse controlo para saquear a América e colocá-los a todos na escravidão.

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