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quarta-feira, abril 26, 2017

Fernando Madrinha (sub-director e editorialista do semanário Expresso) : existe uma Máfia Financeira que controla totalmente Portugal...




O jornalista Fernando Madrinha iniciou o seu trajecto profissional em Maio de 1975 no Diário de Notícias. Colaborou ainda em vários jornais, teve uma participação regular no programa «Clube de Imprensa» na RTP2, e foi comentador-residente dos programas «Artur Albarran» (1992) e «Jornal Nacional» (1993), ambos na TVI.

Em Janeiro de 1989, integrou a redacção da revista Sábado e, em Junho do mesmo ano, ingressou no Expresso, semanário de que foi um dos sub-directores entre 1995 e 2004. De Julho de 1999 a Fevereiro de 2004, manteve uma coluna semanal de opinião no Diário Digital. Director do Courrier Internacional desde a sua fundação, em Abril de 2005, acumulou essas funções, até Dezembro de 2008, com as de redactor-editorialista do Expresso.




Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007 - excertos do artigo:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]


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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007 - artigo completo:

"Para um breve retrato deste nosso país singular onde cada vez mais mulheres dão à luz em ambulâncias - e assim ajudam o ministro Correia de Campos a poupanças significativas nas maternidades que ainda não foram encerradas -, basta retomar três ou quatro notícias fortes das últimas semanas. Esta, por exemplo: centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope."

Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos."




"Na aparência, nem o endividamento das famílias nem a obesidade da banca têm nada a ver com os ajustes de contas na noite do Porto. Porém, os negócios que essa noite propicia - do álcool que se vende à droga que se trafica mais ou menos às claras em bares e discotecas, segundo os jornais - dão milhões que também passam pelos bancos. E quanto mais precária a situação das tais famílias endividadas e a daquelas que só não têm dívidas porque não têm crédito, mais fácil será o recrutamento de matadores, de traficantes e operacionais para todo o tipo de negócios e acções das máfias que se vão instalando entre nós."

"Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestruturação, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais. Quem pode voltar optimista das férias?"

quinta-feira, junho 02, 2016

Só existe uma solução contra o Monopólio Financeiro Mundial e os seus acólitos na Política e nos Media -> a Violência Cidadã cirurgicamente dirigida...


Um cidadão ciente do colossal roubo que «esta democracia» lhe faz, aponta consciente e criteriosamente a um banqueiro ladrão, a um político corrupto, a um legislador venal ou a um comentador mediático a soldo.



Filipe Bastos: "sempre fui contra a violência de massas, a agressão colectiva, as turbas e linchamentos. São sempre cobardias de muitos contra poucos. Parecem-me o ponto mais baixo da Humanidade, o grau zero da civilização.

No entanto, a «violência cidadã cirurgicamente dirigida» é muito diferente. Pode dizer-se que é o oposto:
é o cidadão que está em minoria, em desvantagem. São estes pulhas que dominam tudo, incluindo as leis, a polícia e os tribunais que as aplicam. Chulam-nos, roubam-nos, gozam-nos, e usam o nosso dinheiro para se protegerem. Para se protegerem de nós!"

Não é fácil a um individuo ou a um pequeno grupo opor-se-lhes, nem é fácil defender a violência; mas eles não se inibem de a usar. Todos os dias a usam. Estamos a saque há décadas.

Esta canalha precisa realmente de ter medo. Enquanto não tiver medo, nada vai mudar.
"


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A forma como as Crises Financeiras e Económicas, o Desemprego, a Miséria, a Fome e a Morte, são deliberadamente criadas pelo Poder Financeiro e os todos os seus lacaios nas várias instâncias do Poder - Político, Legislativo e Mediático:


Sheldon Emry:

Nos Estados Unidos da América em 1930, nenhuma guerra destruiu as cidades do interior, nenhuma epidemia dizimou, nem nenhuma fome se aproximou do campo. Só faltava uma coisa: uma adequada disponibilidade de moeda para negociar e para o comércio.

No princípio dos anos 30 do século XX, os banqueiros, a única fonte de dinheiro novo e crédito [que criam a partir do nada], recusaram deliberadamente empréstimos às indústrias, às lojas e às propriedades rurais. Contudo, eram exigidos os pagamentos dos empréstimos existentes, e o dinheiro desapareceu rapidamente de circulação. As mercadorias estavam disponíveis para serem transaccionadas, os empregos à espera para serem criados, mas a falta de dinheiro paralisou a nação.

Com este simples estratagema a América foi colocada em "depressão" [hoje, chamada Crise Financeira] e os banqueiros apropriaram-se de centenas e centenas de propriedades rurais, casas e propriedades comerciais. Foi dito às pessoas, "os tempos estão difíceis" e "o dinheiro é pouco". Não compreendendo o sistema, as pessoas foram cruelmente despedidas dos seus empregos e roubadas dos seus ganhos, das suas poupanças e das suas propriedades.


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A comprovadíssima inutilidade das manifestações pacíficas


Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada" ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. Nada mais falso.


A violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar

1 - Um pai que pegue num taco para dispersar à paulada um grupo de rufias que está a espancar o seu filho, está a utilizar a violência de uma forma justa;

2 - Uma mulher que crave uma faca na barriga de um energúmeno que a está a tentar violar, está a utilizar a violência de uma forma justa;

3 - Um homem que abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa e lhe degolou a mulher, está a utilizar a violência de uma forma justa;

4 - Um polícia que dispara contra um homicida prestes a abater um pacato cidadão, está a utilizar a violência de uma forma justa;

5 - Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;

6 - Um povo que se revolta de forma sangrenta contra a Máfia do Dinheiro, coadjuvada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e o país inteiro, esse povo está a utilizar a violência de uma forma justa.


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Grupos ad hoc de cidadãos profundamente indignados, corajosos, bem informados e com elevada consciência social, terão de caçar paulatinamente os criminosos que estão a conduzir o país ao actual holocausto social e económico, apanhando-os um a um, e justiçá-los à medida das suas responsabilidades.

Caçar paulatinamente os ladrões da sociedade, apanhando-os um a um e justiçá-los...


Confrontos, como os que têm acontecido até agora, entre multidões de manifestantes por um lado e grupos de polícias e militares (também eles vítimas) por outro, são contraproducentes e nada resolvem, deixando os criminosos a sorrir com as rédeas do poder firmemente nas mãos.


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Portugal, Grécia, Espanha, Itália, Irlanda e um sem número de outros países por esse globo fora estão, sob a forma de uma nebulosa «Crise Financeira» surgida não se percebe bem de onde, a ser alvo de um genocídio financeiro, económico e humanitário a uma escala inaudita.

Ouvimos, diariamente, falar «da dívida», dos sacrifícios «para pagar a dívida», da austeridade «para pagar a dívida», do empobrecimento, do corte de direitos sociais, da precariedade laboral, da privatização de empresas estratégicas, da asfixia do investimento público - tudo «para pagar a dívida».

Mas o que é a «Dívida»? Quanto dinheiro devemos? A quem é que devemos? Porque foi pedido tanto dinheiro emprestado? Em que é que ele foi gasto? É realmente legítimo que os cidadãos sejam compelidos ao pagamento de uma dívida sobre a qual nada sabem? É possível que esta dívida não seja nossa? Será uma dívida apenas para salvar um «sistema financeiro», "TOO BIG TO FAIL", cujos lucros parecem terem-se evaporado misteriosamente de um dia para o outro? Ou não será a «dívida soberana» simplesmente uma gigantesca fraude levada a cabo por uma todo-poderosa Máfia Financeira para rapinar Estados, Empresas e Famílias, como aconteceu em 1929?

Esta «Crise Financeira» tem "forçado" os governos, através dos contribuintes, a dar, literalmente de mão beijada, biliões a uma Banca que, não obstante os lucros obscenos que tem vindo a apresentar ano após ano, se viu súbita e incompreensivelmente "descapitalizada". Este roubo descomunal constitui um assombroso acto de violência perpetrado por uma Máfia Financeira contra as populações.


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Opiniões



Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]




Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex--políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."




Sheldon Emry – Escritor e sacerdote norte-americano:

"Quando se começa a estudar o nosso sistema monetário, apercebemo-nos rapidamente que estes políticos não são agentes do povo mas sim agentes dos banqueiros, para quem fazem planos para colocar as pessoas ainda mais endividadas."

"Os nossos dois principais partidos tornaram-se servos dos banqueiros, os vários departamentos do governo tornaram-se as suas agências de despesas, e o Serviço da Receita Federal (IRS) é a sua agência de recolha de dinheiro."




Carroll Quigley - professor na Universidade de Georgetown e mentor do Presidente Clinton - no seu livro de 1966 «Tragédia e Esperança» (Tragedy and Hope) escreveu:

[...] "Os poderes do capitalismo financeiro têm um plano de longo alcance, nada menos do que criar um sistema de controlo financeiro mundial em mãos privadas capazes de dominar os sistemas políticos de cada país e a economia mundial como um todo."

[...] "«Cada banco central... procura dominar o seu governo pela sua capacidade em controlar títulos do tesouro, manipular o câmbio externo, influenciar o nível de actividade económica no país, e influenciar políticos cooperantes por intermédio de recompensas económicas no mundo dos negócios.»"

segunda-feira, janeiro 11, 2016

Facebook dá Paulo Morais como Presidente da República




Marcelo Rebelo de Sousa (PSD + CDS), Sampaio da Nóvoa (PS) e Maria de Belém (PS) - os candidatos a Presidente da República dos partidos que, como diz Fernando Madrinha, se tornaram suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais...

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BlastingNews - 7/Jan/2016

Se contarmos a principal página de cada candidato, Paulo Morais é o preferido dos portugueses no Facebook.




As últimas sondagens apontavam a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa com maioria absoluta, mais de 50% dos votos, mas se as sondagens se baseassem nas principais páginas de cada candidato às eleições o vencedor seria outro, porém sem maioria absoluta. Paulo Morais é o eleito dos utilizadores do Facebook para o cargo de Presidente da República, revela o site da Rádio Renascença. Muitos portugueses demonstram nas redes sociais estarem convencidos com o discurso de Paulo Morais, que tem estado centrado no principal problema da política em Portugal, a corrupção.

A maior preocupação dos portugueses para as próximas eleições é mesmo sair da crise, mas para isso acontecer é preciso cortar de raiz os problemas. E a corrupção é vista como a principal fonte da crise que se vive no país, a corrupção constante praticada pelos vários governos ao longo dos anos e por grupos económicos onde imperam os interesses económicos de uma minoria em vez dos interesses do povo, ou seja da maioria, tem causado uma situação difícil no país.

Corrupção

O desemprego é bastante elevado e o salário mínimo ainda não é o suficiente para garantir boas condições de vida a todos. Além disso, muita gente vive em más condições de vida e tem dificuldades em garantir a sua alimentação e até mesmo uma vida em condições dignas de ser humano. Precisa de receber apoios do Estado.

Paulo Morais tem-se centrado mesmo nessa "raiz", a corrupção, que tem sido utilizada pelos políticos para servir os seus interesses e não os nossos interesses que deviam prevalecer numa democracia. Mas as democracias são mesmo assim por natureza, corruptas. O candidato independente, que já esteve na Câmara do Porto numa altura em que Rui Rio era o presidente da Câmara Municipal, tem-se focado maioritariamente na corrupção e no seu combate, denunciando vários esquemas de corrupção protagonizados ao longo dos anos, destacando o enorme peso das parcerias público-privadas no aumento da dívida pública, além do caso do BPN e de muitos outros.


Além da corrupção, Paulo Morais promete fazer cumprir a Constituição e pretende obrigar o actual Governo, caso seja eleito, a garantir livros escolares de graça, através de bancos de levantamento de livros nas escolas, onde os alunos no início do ano vão buscar os livros que precisam e no fim do ano devolvem para os próximos alunos. Além disso, quer fazer discutir no Parlamento o acordo ortográfico de 1990 de forma a tentar desativá-lo, ou então, caso os partidos não cheguem a consenso, levar aos portugueses um referendo para decidir se esse acordo continuará válido ou se deixará de ser válido. Também pretende apoiar as famílias de soldados portugueses mortos no estrangeiro, prometendo devolver-lhes os corpos, para que sejam enterrados em solo português.


À hora deste artigo, Paulo de Morais soma 49.584 "Likes"; segue-se Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado pelo PSD e CDS-PP) com 44.927 e a completar o pódio do Facebook está Sampaio da Nóvoa, com 26.247 "Likes";Seguem-se Marisa Matias (apoiada pelo BE) com quase 19,5 mil "Likes", Maria de Belém com mais de 18 mil "Likes", Henrique Neto com mais de 7500, Edgar Silva (apoiado pelo PCP) com menos de 4 mil, Jorge Sequeira com quase 3 mil e nos dois últimos lugares estão Cândido Ferreira e Vitorino Silva (Tino de Rans), que nem aos mil seguidores chegam.


sexta-feira, outubro 30, 2015

Fernando Madrinha: Os partidos políticos e os governos que deles emergem tornaram-se suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais




O jornalista Fernando Madrinha iniciou o seu trajecto profissional em Maio de 1975 no Diário de Notícias. Permaneceu no DN até Dezembro de 1988, trabalhando sempre na área de «Política Nacional», nomeadamente como redactor-editorialista (1983/1988). Em regime de acumulação com o DN, foi colaborador de O Jornal (1983/1984), do Jornal do Comércio (1987/1988) e do programa de Informação «Vigésima Quarta Hora», na Rádio Comercial (1987/1989). Teve ainda uma participação regular no programa «Clube de Imprensa» (1987/1988), na RTP2, e foi comentador-residente dos programas «Artur Albarran» (1992) e «Jornal Nacional» (1993), ambos na TVI.

Em Janeiro de 1989, integrou a redacção da revista Sábado e, em Junho do mesmo ano, ingressou no Expresso, semanário de que foi um dos sub-directores entre 1995 e 2004. De Julho de 1999 a Fevereiro de 2004, manteve uma coluna semanal de opinião no Diário Digital. Director do Courrier Internacional desde a sua fundação, em Abril de 2005, acumulou essas funções, até Dezembro de 2008, com as de redactor-editorialista do Expresso.


Em 1/9/2007 (há cerca de oito anos - um ano antes da «Crise Financeira Mundial»), Fernando Madrinha escreveu no Jornal Expresso que «o Parlamento e o Arco da Governação» não passam de um bando de prostitutos a soldo do Grande Dinheiro e cujo objectivo é espoliar os cidadãos portugueses:


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"Para um breve retrato deste nosso país singular onde cada vez mais mulheres dão à luz em ambulâncias - e assim ajudam o ministro Correia de Campos a poupanças significativas nas maternidades que ainda não foram encerradas -, basta retomar três ou quatro notícias fortes das últimas semanas. Esta, por exemplo: centenas e centenas de famílias pedem conselho à Deco porque estão afogadas em dívidas à banca. São pessoas que ainda têm vontade e esperança de cumprir os seus compromissos. Mas há milhares que já não pagam o que devem e outras que já só vivem para a prestação da casa. Com o aumento sustentado dos juros, uma crise muito séria vem aí a galope."

Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. Daí que os manda-chuvas do Millenium BCP se permitam andar há meses numa guerra para ver quem manda mais, coisa que já custou ao banco a quantia obscena de 2,3 mil milhões de euros em capitalização bolsista. Ninguém se rala porque, num país em que os bancos são donos e senhores de quase tudo, esse dinheirinho acabará por voltar às suas mãos."




"Na aparência, nem o endividamento das famílias nem a obesidade da banca têm nada a ver com os ajustes de contas na noite do Porto. Porém, os negócios que essa noite propicia - do álcool que se vende à droga que se trafica mais ou menos às claras em bares e discotecas, segundo os jornais - dão milhões que também passam pelos bancos. E quanto mais precária a situação das tais famílias endividadas e a daquelas que só não têm dívidas porque não têm crédito, mais fácil será o recrutamento de matadores, de traficantes e operacionais para todo o tipo de negócios e acções das máfias que se vão instalando entre nós."

"Quer dizer, as notícias fortes das últimas semanas - as da tal «silly season», em que os jornalistas estão sempre a dizer que nada acontece - são notícias de mau augúrio. Remetem-nos para uma sociedade cada vez mais vulnerável e sob ameaça de desestruturação, indicam-nos que os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais. Quem pode voltar optimista das férias?"


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Sou da opinião que tanto os «banqueiros», como os «políticos» a soldo como os «comentadores mediáticos» venais merecem ser condenados à morte por Alta Traição. E já sabemos que não podemos contar com a «Justiça» para nada. Têm de ser os cidadãos a fazê-lo com as suas próprias mãos...


segunda-feira, outubro 05, 2015

Resultados das Eleições Legislativas 2015: há cerca de dois milhões de retardados em Portugal a votar contra si próprios...


O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].


Na imagem, uma das milhões de vítimas da «AUSTERIDADE»



Os dados publicados pelo INE, demonstram como a pobreza e a desigualdade se agravaram nos últimos quatro anos em consequência da política seguida pela Coligação PSD + CDS. Segundo os últimos dados apurados, Portugal está mais pobre em resultado da «Austeridade», responsável pela destruição de emprego e do aumento da precariedade no trabalho, pela diminuição do nível de vida por cortes e pela diminuição nos salários, nas pensões e outras prestações da segurança social, e ainda ao agravamento dos impostos sobre os rendimentos do trabalho e pensões, degradação na educação, degradação nos cuidados de saúde, etc., etc., etc.

Sabe-se que o total de votos na coligação PSD + cds foi de dois milhões, sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (2.060.186), cerca de 738 mil pessoas a menos do que nas últimas eleições de há quatro anos (2011) e que se devem ter distribuído pela Abstenção, pelo PS, pelo Bloco de Esquerda, etc..

Politólogos calculam que o total pessoas que beneficiaram de conexões com a Coligação PSD + cds: financeiros recapitalizados, industriais e empresários com negociatas por baixo da mesa, tipos engajados nos partidos da Coligação e gente cujos empregos dependeram de uma cunha da Coligação - rondaria os cerca de sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (60.186).

E quem tem queda para a matemática facilmente chegará à conclusão que 2.060.186 menos 60.186 dará aproximadamente dois milhões de pessoas (2.000.000).

Donde facilmente se concluiu que estes dois milhões de pessoas que agora votaram na Coligação foram prejudicados por ela (a Coligação): com a «Austeridade» muitos ficaram desempregados, outros precarizados, outros sofreram cortes e diminuições nos seus salários, pensões e outras prestações da segurança social, sofreram agravamento de impostos e diminuição do nível de vida.

Ora, cidadãos que viram as suas condições de vida diminuir desta forma devido à política de «Austeridade» levada a cabo por indivíduos a quem toda a gente (da esquerda à direita) chamava abertamente mentirosos e gatunos e, mesmo assim, voltaram a votar neles, são pessoas que apresentam sintomas de atraso mental em graus variáveis - demonstram pouca capacidade de julgamento, falta de prevenção e demasiada credulidade entre outras coisas...



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Por outro lado, A coligação Portugal à Frente - PàF está convencida que ganhou as eleições legislativas com 36,8 por cento dos votos (embora sem maioria absoluta). Pois a PàF está enganada. Nestas eleições teve apenas 22% dos votos e a Abstenção 45%.



Acontece que, quem se abstém está também a dar uma opinião. E essa opinião sugere que essa pessoa já deixou de acreditar na fantochada da «democracia representativa» apinhada de vendidos, vigaristas, bandidos e mentirosos.

Quem se recusa a entregar os seus destinos a «representantes eleitos» talvez queira fazer parte integrante do processo de decisão. Talvez queira uma Democracia Directa.

E porque não? A evolução dos computadores e das telecomunicações já o permitem. Porque diabo há-de alguém de entregar uma decisão que o afecta - a nível de prédio, de bairro, de localidade, de freguesia, de concelho, de distrito, de país, da Europa - seja qual for o tema em debate, a indivíduos que não conhece e que não sabe quem estará por trás dele?




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Um jornalista dá uma fortíssima machadada na «democracia representativa»:


Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

segunda-feira, setembro 07, 2015

As quebras de promessas eleitorais não são um problema moral mas crimes de lesa-pátria. Donde, a democracia deve ser imediata e energicamente defendida Judicialmente, Politicamente e Militarmente, se for necessário.


Da violação do contrato eleitoral




Joseph Praetorius

Joseph Praetorius


A indigência moral e intelectual dos dirigentes das organizações políticas e das organizações institucionais que asseguram o desempenho das funções do estado – tudo seguido da imprensa que ninguém lê a não ser eles próprios – usam tratar as quebras de promessas eleitorais como um problema moral. "Coelho é um mentiroso". "Cavaco mentiu", etc.

Isto não é só um problema moral.

A representação política é uma projecção do Direito Civil. Há uma dimensão estritamente contratual, … aqui. Em democracia não se escolhe quem decida, decide-se imediatamente e directamente. Ou seja, o Colégio Eleitoral opta por um programa de governo nas suas linhas gerais e designa como comissários – é uma comissão – os que lhe endereçaram a proposta. É disto que se trata. Mantenhamos as coisas simples.

O incumprimento do programa eleitoral traduz violação das condições da outorga do mandato e desvio, mais ou menos grave (em regra, gravíssimo) face ao objecto do contrato. É governo contra Direito. E se o “garante do regular funcionamento das instituições” (i.e. da correcta aplicação das normas) não funciona ele próprio e acoberta tais tropelias ao invés de lhes pôr termo, isso significa que também esse mandato deve ser impugnado.



Sócrates é um aldrabão. Cavaco mentiu. Coelho é um mentiroso. Etc.


E mais longe indo, isso tem relevância penal. A condução contra direito chama-se prevaricação de funcionário. As secções criminais do Supremo Tribunal de Justiça devem ser chamadas a intervir. Tanto quanto ao presente, como quanto ao passado. E não estou a referir-me propriamente ao carnaval rasca de Carlos Alexandre e Ténia Laranja. Não falando já de Vaz das Neves, o Presidente da Relação escutado em processo nas mãos de Carlos Alexandre… (Que independência pode esperar-se de um tribunal superior neste estado? Estão a vêr onde chegam as coisas? Chegam onde as deixam chegar)…

Não é pois de nada disso que se trata. A carnavalização do processo traduz sempre a ausência de processo. E vamos com sorte se pudermos concluir que ainda há judicatura.

Bem entendido, a judicialização da vida política é também impensável porque a "república de juízes" é a inviabilidade da separação de poderes.

Mas resulta evidentíssimo que não podemos continuar a assistir ao delito permanente, aqui e ali pontilhado pelo crime infame. E isto começa na absoluta falta de respeito pelo programa eleitoral. Ou seja, na completa falta de respeito pelas eleições. Pelo país. Pela palavra própria. Também este carnaval tem de acabar. Os mecanismos da responsabilidade política não funcionam visivelmente. E ninguém se esforça para que funcionem.

E também (mais) este carnaval significa que não há governo. Ou melhor dizendo, mais gravemente dizendo, significa que o governo está noutras mãos. Significa portanto que a democracia deve ser imediata e energicamente defendida. Judicialmente, claro. Politicamente, como é óbvio. Militarmente, se for necessário.

E qualquer perspectiva em que isto pareça complicado não pode estar certa.


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A Democracia deve ser imediata e energicamente defendida Judicial, Politica e Militarmente, se for necessário. Quando os comissários (a que se dá o nome de políticos) fazem o oposto das políticas para que foram eleitos, isso significa que o governo está noutras mãos!




Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

terça-feira, julho 21, 2015

Talvez um dia os portugueses saibam retribuir generosamente uma fração dos cortes que têm vindo a receber de Passos Coelho desde 2011...



Pedro Passos Coelho, notoriamente mais revigorado - tal como aconteceu com a população portuguesa - após uns cortes sensata e cirurgicamente executados pelos cidadãos deste país (sem apoios da Troika, de Resgates Financeiros ou Memorandos de Entendimento).


Nas eleições legislativas portuguesas de 2011, há quatro anos, o PSD de Passos Coelho (22%) e o CDS de Paulo Portas (7%) obtiveram a maioria absoluta no parlamento com 29% de votos do total do eleitorado. O PS obteve 16%.

Destes votantes no Centrão (45% do do eleitorado: PSD + PS + cds) há dois grandes grupos que representam a esmagadora maioria desses eleitores:

1 - O grupo «ora-vota-num-ora-vota-noutro-mas-sempre-nos-mesmos-de-sempre», que representa aqueles que acreditam que a solução só pode estar nos partidos do Centrão e, eternamente, ora votam PSD porque estão agastados com o anterior governo PS, ora votam PS porque estão agastados com o anterior governo PSD. E daqui não saem, daqui ninguém os tira.

2 - O grupo dos «clubistas», que hão-de votar no mesmo partido até morrer não importa quanta porcaria o «seu» partido faça. Tal como os adeptos dos clubes de futebol, por mais mal que a sua equipa jogue, hão-de ser sempre adeptos fervorosos do partido do seu coração. E, tal como o grupo anterior, daqui não saem, daqui ninguém os tira.


Vale a pena lembrar que nas eleições legislativas de 2011, a Abstenção (42%) + Brancos + Nulos + outros Partidos (PCP, BE, etc.) representaram 55% do eleitorado.


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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

quinta-feira, abril 23, 2015

Porque cala Daniel Oliveira (no programa Eixo do Mal) a imensa fraude financeira que envolve o BCE e os Bancos Comerciais e que está a destruir Estados, Empresas e Famílias?



Porque motivo o pseudo-ex-bloquista Daniel Oliveira - presença constante no programa «Eixo do Mal» da Sic Notícias – nunca refere a fraude incomensurável que constitui o facto do Banco Central Europeu (BCE) – que tem o monopólio de criar dinheiro a partir do nada - estar proibido, pelos próprios estatutos, de emprestar dinheiro aos Estados, Empresas e Famílias e só o poder fazer a Bancos a taxas de juro próximas do zero, que por sua vez o emprestam aos Estados, Empresas e Famílias a juros de 5%, 7%, 10%, 15%, etc.? Em suma, o maior roubo do universo!

O pseudo-ex-bloquista Daniel Oliveira cala-se para não perder a avença na Sic Notícias e noutros Media, por ignorância ou por estupidez? E o mesmo se poderá dizer de outro pseudo-ex-bloquista – Francisco Louçã (na sua crónica «Tabu», também na Sic Notícias).



Dizem os pseudo-ex-bloquistas serem a favor da «renegociação da Dívida». Mas que Dívida? Quando os Estados Soberanos podem perfeitamente (não fora a «proibição» estampada dos estatutos do BCE) criar o seu próprio dinheiro, sem qualquer encargo, para fazer funcionar a sua economia…

Alguém que é enganado por um vigarista em 1oo€, ficará satisfeito em renegociar com o ladrão uma devolução de 10€ do total que lhe foi extorquido? Ou manda o vigarista para a cadeia depois de lhe pregar uma valente sova?


O esquema do embuste, de uma simplicidade impressionante e nunca explicada nos Media por comentadores e políticos, consiste tão somente no seguinte:

Segundo os próprios estatutos, o Banco Central Europeu (BCE) está proibido de emprestar dinheiro (que cria do nada - out of thin air) diretamente aos Estados, Empresas e Famílias. Mas pode fazê-lo às instituições de crédito privadas (Bancos Privados) e afins:





Artigo 21º - (Operações com entidades do sector público)

21.1 De acordo com o disposto no artigo 101º do presente Tratado, é proibida a concessão de créditos sob a forma de descobertos ou de qualquer outra forma, pelo BCE ou pelos bancos centrais nacionais, em benefício de Instituições ou organismos da Comunidade, governos centrais, autoridades regionais, locais, ou outras autoridades públicas, outros organismos do sector público ou a empresas públicas dos Estados-membros; é igualmente proibida a compra directa de títulos de dívida a essas entidades, pelo BCE ou pelos bancos centrais nacionais.


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O BCE financia a especulação dos bancos (Eugénio Rosa): Tal como aconteceu antes da crise de 2008, em que os bancos financiaram os especuladores, a uma taxa de juro baixa, para que pudessem depois obter elevados lucros, agora também o Banco Central Europeu (BCE) está a financiar a banca a uma taxa de juro também muito baixa (1%), não impondo quaisquer limites na utilização desse dinheiro, para que depois os bancos possam obter lucros extra à custa das taxas de juro elevadas que cobram não só aos Estados, mas também às famílias e às empresas. É um esquema que interessa tornar claro para todos, embora os comentadores oficiais com acesso privilegiado aos media nunca se refiram a ele, procurando assim ocultá-lo. Por isso vamos voltar a ele. E esse esquema "diabólico" é o seguinte.

Antes de ter entrado para a Zona Euro, Portugal possuía um Banco Central (Banco de Portugal) que podia emitir moeda (escudos), e que comprava divida ao Estado a uma taxa reduzida, assegurando assim o seu financiamento e também garantindo que nunca o Estado entrasse em falência porque o Banco de Portugal disponibilizava sempre os meios financeiros para que o Estado pagasse os seus compromissos. As únicas limitações eram em relação à divida externa, que teria ser paga em divisas o que obrigava o Estado a recorrer fundamentalmente ao endividamento interno para se financiar, e a necessidade de evitar que a inflação disparasse.





O BCE empresta aos Bancos Privados a 1% e estes emprestam aos Estados, Empresas e Famílias a 5%, 7%, 10%, 20%, etc.


Com a entrada para o euro, o Banco de Portugal e o Estado português perderam esse poder que passou para o Banco Central Europeu (BCE). Só ele é que pode emitir euros. Para além disso, foi introduzida uma norma nos Estatutos do BCE que proíbe que este banco compre directamente dívida aos Estados. No entanto, pode comprar dívida soberana, ou seja, dos Estados, no chamado "mercado secundário" onde têm acesso os bancos. Portanto, está-se perante a situação caricata que permite à banca especular com a divida emitida pelos Estados, que é a seguinte: o BCE não pode comprar directamente a dívida ao Estado português, mas já pode comprá-la aos bancos que a adquirem. E então o esquema especulativo montado pela UE e pelo BCE para enriquecer a banca à custa dos contribuintes, das famílias, e do Estado português é o seguinte: a banca empresta às famílias, às empresas e ao Estado português cobrando taxas de juro que variam entre 5% e 12%, ou mesmo mais, depois pega nessa divida, titularizando-a, e vende-a ao BCE obtendo empréstimos a uma taxa de juros de apenas 1%.


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E, deste modo, fruto da «Crise Financeira Mundial» e do endividamento para as Parcerias Público-Privadas (PPPs), o Estado Português pediu um empréstimo no valor de 78 mil milhões de euros à Troika (União Europeia - BCE e Comissão Europeia - e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a juros agiotas (superiores a 6%).

Destes 78 mil milhões de euros, 12 mil milhões de euros serviram para a recapitalização dos bancos e, dos 66 mil milhões restantes, o Estado ofereceu, "acomodou", 35 mil milhões de euros em garantias à Banca para que esta pudesse emitir dívida (pedir dinheiro emprestado) para se "financiar"... Ou seja, o Estado Português ofereceu de mão beijada à Banca 47 mil milhões de euros à custa dos contribuintes.

Os restantes 31 milhões de euros estão a pagar os juros dos empréstimos aos bancos privados pelas obras faraónicas e inúteis com que políticos corruptos (a soldo da Banca) endividaram o país.











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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]


BANKSTERS






Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


domingo, abril 19, 2015

Porque razão, sabendo nós que a escumalha do "arco da governação" está a soldo da Grande Finança, continuamos a ir colocar um papelito num caixote de quatro em quatro anos?



Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]






Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


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Esta canalha assassina (banqueiros ladrões, políticos a soldo e comentadores mediáticos venais) tem urgentemente de ser justiçada directamente por todos nós... Chega de "grandes manifestações de luta" completamente inúteis...


quarta-feira, abril 01, 2015

Pinto Monteiro e Cândida Almeida - quando aqueles que deviam ter dado caça aos grandes ladrões do país, tudo fizeram para os proteger…






Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]


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O Procurador-Geral da República é nomeado e exonerado pelo Presidente da República, sob proposta do Governo. É o único cargo do Ministério Público e da magistratura dos tribunais judiciais sujeito a designação pelo poder político, não estando a escolha vinculada a área de recrutamento ou sequer a requisitos especiais de formação...e antiguidade e do direito à promoção. O cargo de procurador-geral da República assenta na dupla confiança do Governo e do Presidente da República.

Donde, se os principais partidos políticos e governos agem, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais (ou seja, os Bancos), é seguro concluir que procurador-geral da República, ao ser designado directamente pelo poder político, está a soldo tanto dos políticos como dos Banqueiros...



Como a figura que vai ao colo da Corrupção leva os olhos vendados, não é possível afirmar se se trata de Pinto Monteiro ou de Cândida Almeida...


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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 21/03/2015


Cadê os outros?


Sócrates está preso há mais de quatro meses, o que surpreende muita gente; de facto, a situação é inédita. Mas, face às maldades que vêm sendo feitas pelos políticos ao povo português, o que mais espanta é o facto de apenas Sócrates estar preso, que não haja dezenas de políticos na cadeia.

Independentemente do que vier a substanciar a acusação do Ministério Público ao ex-primeiro-ministro, é certo que, enquanto governante, Sócrates celebrou contratos ruinosos para o Estado, em particular os das parcerias público-privadas rodoviárias. Garantiu rentabilidades anuais milionárias aos concessionários. Com estes contratos, Sócrates comprometeu a saúde das finanças públicas até 2035. Mas o facto é que não atuou sozinho: teve como cúmplices Mário Lino, Paulo Campos e alguns outros. E, ao que consta, estes nem foram minimamente incomodados pela Justiça.

Data também dos tempos do consulado de Sócrates a nacionalização do Banco Português de Negócios. O BPN estava falido, mas pertencia a um grupo florescente, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN). Inexplicavelmente, Sócrates nacionalizou o BPN, assumindo o Estado prejuízos de sete mil milhões. Mas deixou aos acionistas e administradores da SLN, Dias Loureiro, Oliveira e Costa e outros todos os bens de fortuna. Com a conivência de PSD e CDS, Sócrates e Teixeira dos Santos celebraram um dos mais ruinosos negócios de que há memória. Mas nem Teixeira dos Santos nem Dias Loureiro foram até hoje inquietados.




Assim, Sócrates será um dos principais responsáveis pela "rede que utiliza o aparelho de estado para corrupção", assumida pela Procuradora-Geral. Está preso.

Mas o regime, o modelo e funcionamento da Justiça têm poupado, de forma recorrente, quase todos os políticos. E mesmo os que são julgados ludibriam o sistema. Até Armando Vara, condenado a cinco anos de prisão efetiva... efetivamente está solto. Tem sido longa a lista de políticos que ruma a Évora visitar e prestar vassalagem ao ex-primeiro-ministro. O que deve espantar Sócrates é como não ficam lá muitos deles a fazer-lhe companhia.


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Jornal Observador - Sónia Simões - 25/03/2015


Sindicato do Ministério público acusa: "No tempo do Dr. Pinto Monteiro, quem tinha processos mediáticos acabava com processos disciplinares"

A denúncia é do recém eleito presidente do Sindicato do Ministério Público. Numa entrevista à Antena 1, António Ventinhas diz que quem investigava processos mediáticos era alvo de processo disciplinar



Pinto Monteiro, foi o 10.º procurador-geral da República Portuguesa (de outubro de 2006 a outubro de 2012). Pinto Monteiro substituiu no cargo José Souto de Moura e foi sucedido por Joana Marques Vidal.


À segunda insistência da jornalista da Antena 1 sobre se os procuradores eram pressionáveis, o recém-eleito presidente do Sindicato do Ministério Público acabou por disparar contra o ex-procurador-geral da República, Pinto Monteiro. António Ventinhas falou num antes e num depois, sendo que no "antes" coloca Pinto Monteiro como o homem que punha processos disciplinares ou abria processos de averiguações a todos os procuradores que ousassem investigar os mais poderosos. O depois é com Joana Marques Vidal, a atual Procuradora-Geral da República, que juntamente com o sindicato "apoiam" os magistrados permitindo que não sejam permeáveis à pressão.

«...» "No tempo do Dr. Pinto Monteiro, quem tinha processos mediáticos, como regra, acabava com um processo disciplinar”, afirma. "Com este tipo de atitude não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas".

«...» "Suscitava-se uma grande polémica à volta daqueles colegas que estavam a investigar processos sensíveis e, muitas das vezes, os colegas acabavam com processos de averiguações ou processos disciplinares. É claro que, com este tipo de atitude, não havia grande incentivo para investigar pessoas poderosas, porque determinadas atuações podiam acabar em prejuízo para a carreira", disse o dirigente sindical.

«...» "Os processos mediáticos não se jogam só nos tribunais, mas também na praça pública", sublinhou esta quarta-feira. E essa é uma forma de pressão, disse.

António Ventinhas lembrou a importância de a Polícia Judiciária ser integrada no Ministério Público para impedir que os diretores daquela polícia sejam nomeações políticas, condicionando a investigação criminal. E afirmou que há tribunais a "fazerem os serviços mínimos" por falta de pessoal.


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Jornal Expresso - Tiago Mesquita -19/02/2013


Vai e não voltes, Cândida Almeida



A procuradora-geral Adjunta, Cândida Almeida, que esteve à frente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) entre 2001 e 2013 (12 anos).


O longo reinado da senhora procuradora Cândida Almeida terminou. A [nova] Procuradora-Geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, "despachou" finalmente a senhora que nos últimos doze anos esteve à frente do DCIAP. Quanto a mim, vai tarde.

Mas não foi fácil. Mesmo convidada a mostrar a sua indisponibilidade para continuar, Cândida Almeida reagiu mal, fincou o pé e teve de ser empurrada. Foram muitos anos à frente de um departamento que gere os grandes processos, que envolvem o poder político e financeiro. Inquéritos como o Freeport, Furacão, Submarinos, Monte Branco e contratos da energia e das Parcerias Público-Privadas estiveram, estão ainda, a seu cargo. Adora a berlinda, esta senhora. Nasceu para os grandes palcos, mas com fracas actuações.

Não é preciso fazer um desenho, basta observarmos alguns dos resultados destes inquéritos, a condução dos mesmo e, mais grave, os desfechos, para percebermos a inutilidade [deliberada] de Cândida Almeida.

Estamos a falar de alguém que teve a distinta lata de dizer que "o nosso país não é um país corrupto, os nossos políticos não são políticos corruptos, os nossos dirigentes não são dirigentes corruptos. Portugal não é um país corrupto." - [Frase bem reveladora da venalidade de Cândida Almeida].

E, realmente, tendo em conta o resultado dos processos que conduz, somos todos obrigados a concluir que a senhora tinha razão. O Portugal de Cândida Almeida não é um país corrupto. O nosso, infelizmente, é. No fundo, a senhora procuradora era paga para combater uma coisa que na cabeça dela nem sequer existia. Como já aqui disse, aos olhos da senhora procuradora a corrupção vinda de Espanha chega ali a Badajoz e dá meia volta, com medo.

A pergunta é óbvia: por que razão foi esta senhora permanentemente reconduzida no cargo pelos antecessores de Joana Marques Vidal ? Mais, para que precisa a justiça portuguesa de uma pessoa como Cândida Almeida? É fácil: para nada. Mas este "nada" deve dar imenso jeito a quem é corrupto, pois foi e continua a ser invisível.

Joana Marques Vidal fez o que qualquer português de coragem, no cargo de PGR, teria feito há muito. Infelizmente, muita gente que por ali passou não passava de um pau-mandado. Cândida Almeida não deixa saudades, deixa, sim, a mágoa de muitos anos, e euros, perdidos pela justiça portuguesa na luta contra a grande corrupção. E sim, senhora procuradora, a corrupção existe mesmo. Parece impossível, não é?