Enquanto as televisões disponibilizam horas aos candidatos do CENTRÃO (PS + PSD + cds): Marcelo Rebelo de Sousa (PSD + CDS), a Sampaio da Nóvoa (PS) e a Maria de Belém (PS), já os candidatos dos partidos "non grataea": Marisa Matias (BE), a Edgar Silva (PCP) e ao independente Henrique Neto, só lhes são concedidos alguns minutos no pequeno ecrã.
Quanto ao candidato a Belém Paulo Morais, (vice-presidente da Associação Transparência e Integridade), a partir do momento em que demonstrou querer expor a toda a gente a podridão que grassa no complexo político-económico-financeiro português, não há comentador que nele fale, e o tempo de antena que lhe é fornecido raramente ultrapassa os escassos segundos.
Quanto ao candidato a Belém Paulo Morais, (vice-presidente da Associação Transparência e Integridade), a partir do momento em que demonstrou querer expor a toda a gente a podridão que grassa no complexo político-económico-financeiro português, não há comentador que nele fale, e o tempo de antena que lhe é fornecido raramente ultrapassa os escassos segundos.
Candidatos às Eleições Presidenciais de 2016
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Jornalistas e Comentadores a soldo
Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas.»
Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é?»
Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]
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Um visitante do meu blog - Filipe Bastos – comentou algo que eu subscrevo em absoluto:
Tem piada ouvir nos Media os comentadeiros do costume sobre o Paulo Morais: nenhum gosta dele. Todos o desprezam, e querem vê-lo pelas costas, porque: 1) só fala de corrupção; 2) não prova nada; 3) mete tudo no mesmo saco.
Nem todos os comentadeiros estarão a soldo; alguns rejeitam o Morais por mera lógica. Como vivem de comentar politiquices, desvalorizar politiquices é desvalorizar o seu ganha-pão. Falar de corruptos não lhes interessa. Jamais admitirão que a política em Portugal é um imenso esgoto, pois isso seria admitir que são como moscas: meros parasitas de merda. O triste é que há público para esta gente, tal como para os comentadeiros de futebol - mas enquanto a bola é assumidamente um tema fútil, falar de politiquice passa por "sério".
Quanto a não provar nada, é o costume: só prova quem apresentar um vídeo do corrupto a meter o dinheiro ao bolso, uma confissão assinada e reconhecida no notário, pelo menos três testemunhas, e uma declaração do corruptor a explicar quanto pagou e porquê. Mesmo assim, nem sempre chega. Até já houve escutas cortadas à tesourada dos processos, por ordem dum juiz...
Quanto a meter todos os pulhíticos no mesmo saco, entende-se o choque. O passatempo favorito da carneirada, sobretudo a do PS/PSD, é comparar os seus corruptos. Passam a vida a discutir: os teus corruptos são mais corruptos que os meus! Colocá-los no mesmo saco é uma ofensa terrível.
E depois temos a carneirada sem partido, mas politicamente correcta: onde já se viu!, pôr em causa o "bom nome" do Sr. Doutor, do Sr. Professor, do Sr. Ministro, do Sr. Presidente... Enfim, duvido que os votos sejam (muito) viciados. Com a carneirada que temos, nem deve ser preciso...
Tem piada ouvir nos Media os comentadeiros do costume sobre o Paulo Morais: nenhum gosta dele. Todos o desprezam, e querem vê-lo pelas costas, porque: 1) só fala de corrupção; 2) não prova nada; 3) mete tudo no mesmo saco.
Nem todos os comentadeiros estarão a soldo; alguns rejeitam o Morais por mera lógica. Como vivem de comentar politiquices, desvalorizar politiquices é desvalorizar o seu ganha-pão. Falar de corruptos não lhes interessa. Jamais admitirão que a política em Portugal é um imenso esgoto, pois isso seria admitir que são como moscas: meros parasitas de merda. O triste é que há público para esta gente, tal como para os comentadeiros de futebol - mas enquanto a bola é assumidamente um tema fútil, falar de politiquice passa por "sério".
Quanto a não provar nada, é o costume: só prova quem apresentar um vídeo do corrupto a meter o dinheiro ao bolso, uma confissão assinada e reconhecida no notário, pelo menos três testemunhas, e uma declaração do corruptor a explicar quanto pagou e porquê. Mesmo assim, nem sempre chega. Até já houve escutas cortadas à tesourada dos processos, por ordem dum juiz...
Quanto a meter todos os pulhíticos no mesmo saco, entende-se o choque. O passatempo favorito da carneirada, sobretudo a do PS/PSD, é comparar os seus corruptos. Passam a vida a discutir: os teus corruptos são mais corruptos que os meus! Colocá-los no mesmo saco é uma ofensa terrível.
E depois temos a carneirada sem partido, mas politicamente correcta: onde já se viu!, pôr em causa o "bom nome" do Sr. Doutor, do Sr. Professor, do Sr. Ministro, do Sr. Presidente... Enfim, duvido que os votos sejam (muito) viciados. Com a carneirada que temos, nem deve ser preciso...
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Paulo de Morais
Paulo Morais (vice-presidente da Associação Transparência e Integridade e candidato a Belém) tem vindo a explicar de forma desassombrada aos portugueses, nos poucos minutos que as televisões se dignam conceder-lhe, as fraudes imensas que têm vindo a ser cometidas em Portugal por políticos eleitos, por grandes escritórios de advogados e pelos poderes económicos e financeiros. Paulo Morais tem exposto, preto no branco, de que forma se processam essas fraudes, e aponta sem medo os nomes dos intervenientes e o papel que cada um deles teve nos crimes.
Corrupção
Esta frontalidade valeu-lhe seis processos por difamação. Ganhou a Guilherme d’Oliveira Martins, a Sérvulo Correia, a Altino Bessa e a Cerejo Bastos. Os processos movidos por Luís Filipe Menezes e pelo Grupo Lena correm em tribunal.
Morais acusou o poderoso escritório de advocacia de Sérvulo Correia de ter ganho “muito dinheiro a elaborar o Código de Contratação Pública” e depois facturar “quase oito milhões de euros em pareceres para explicar o código que ele próprio tinha feito”. Chamava a este procedimento um “outsourcing legislativo”.
Morais acusou o poderoso escritório de advocacia de Sérvulo Correia de ter ganho “muito dinheiro a elaborar o Código de Contratação Pública” e depois facturar “quase oito milhões de euros em pareceres para explicar o código que ele próprio tinha feito”. Chamava a este procedimento um “outsourcing legislativo”.
Sérvulo Correia e Marcelo Rebelo de Sousa
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Oliveira Martins, o presidente do Tribunal de Contas, levantou também um processo por difamação contra Paulo Morais. Não gostou que o agora candidato a Belém exigisse explicações sobre a alegada existência de contratos secretos das PPP, que Oliveira Martins disse existirem no Estado. “Ou o presidente os torna públicos e explica ou os anula ou se demite”, disse Morais que, logo a seguir classificou de “organismo inútil” o conselho contra a corrupção a que Oliveira Martins preside por inerência de funções.
Dois outros processos contra Paulo Morais tiveram o mesmo destino. Um deles, movido pelo deputado do CDS, Altino Bessa e outro pelo empresário e promotor imobiliário Cerejo Bastos.
Luís Filipe Menezes também se considerou vítima de difamação. Luís Filipe Menezes que, apesar de ter recebido ao longo de décadas apenas salários de deputado e de autarca, está a ser investigado por comprar e trocar sucessivamente apartamentos luxuosos no Porto, tendo ainda posado para revistas cor-de-rosa na sua quinta do Douro, avaliada em meio milhão. A queixa contra Paulo Morais ainda corre em tribunal.
Dois outros processos contra Paulo Morais tiveram o mesmo destino. Um deles, movido pelo deputado do CDS, Altino Bessa e outro pelo empresário e promotor imobiliário Cerejo Bastos.
Luís Filipe Menezes também se considerou vítima de difamação. Luís Filipe Menezes que, apesar de ter recebido ao longo de décadas apenas salários de deputado e de autarca, está a ser investigado por comprar e trocar sucessivamente apartamentos luxuosos no Porto, tendo ainda posado para revistas cor-de-rosa na sua quinta do Douro, avaliada em meio milhão. A queixa contra Paulo Morais ainda corre em tribunal.
Guilherme d’Oliveira Martins, Altino Bessa e Luís Filipe Menezes
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O Grupo Lena, empresa de Leiria, vai recorrer à justiça com as acusações por difamação e atentado à reputação contra Paulo Morais. A decisão surge depois de no debate televisivo com Sampaio da Nóvoa, o candidato presidencial ter estabelecido uma relação directa entre a ascensão do Grupo Lena e a governação de Sócrates.
O candidato a Belém lembrou ainda que Sócrates, no processo judicial em que está envolvido, disse viver à custa de um amigo porque não tinha rendimentos, mas “esse amigo era alguém que pertencia ao Grupo Lena, aquele que curiosamente se transformou no maior fornecedor do Estado Português enquanto foi primeiro-ministro”. E concretizou: “há aqui uma troca de favores clara e isso não é aceitável”.
O candidato a Belém lembrou ainda que Sócrates, no processo judicial em que está envolvido, disse viver à custa de um amigo porque não tinha rendimentos, mas “esse amigo era alguém que pertencia ao Grupo Lena, aquele que curiosamente se transformou no maior fornecedor do Estado Português enquanto foi primeiro-ministro”. E concretizou: “há aqui uma troca de favores clara e isso não é aceitável”.
Carlos Manuel dos Santos Silva (à esquerda), o amigo de Sócrates suspeito de agir como seu testa de ferro, foi administrador do Grupo Lena entre 2008 e 2009. Várias peças processuais indicaram que o Grupo Lena era dado como o “corruptor” do ex-primeiro-ministro Sócrates, depois das análises bancárias mostrarem que os administradores do grupo Lena tinham feito transferências para as contas suíças de Santos Silva.