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quinta-feira, abril 26, 2018

Miguel Urbano Rodrigues - dúvidas sobre a autoria dos atentados de 11 de Setembro de 2001


Miguel Urbano Rodrigues - historiador e jornalista - especialista na Ásia Central (1925-2017)) - Correio da Cidadania:

"Foram os EUA quem desde 1980 financiaram as escolas de terrorismo instaladas nos territórios tribais da fronteira Noroeste. Ali se formaram sucessivas gerações de terroristas primeiro a serviço das chamadas Sete Organizações Sunitas de Peshawar e depois dos Talibã. Os homens saídos da academia do terror ideada e montada sob a supervisão da CIA ficaram internacionalmente conhecidos como «os afegãos», embora alguns fossem árabes, paquistaneses e iranianos."

"Um dos incontáveis absurdos da campanha marcada pelo discurso da irracionalidade é
a obsessão do sistema de poder dos EUA em identificar o «grande responsável». Quase imediatamente, o terrorista saudita Osama bin Laden passou a ser apontado como «o inimigo número um» dos EUA. Tal atitude seria ridícula se não fosse acompanhada de iniciativas políticas definidoras da estratégia da resposta político-militar dos EUA. "

"De repente, o sistema de poder da primeira potência do mundo [EUA] fez de um fanático islamita o cérebro e o responsável por um atentado de extraordinária complexidade,
sobre cuja montagem e densa rede de cumplicidades no interior dos EUA quase tudo permanece envolvido em mistério."

terça-feira, fevereiro 20, 2018

11 de setembro de 2001 – um projecto para o domínio norte-americano do mundo.




Wikipedia: «O Projeto para o Novo Século Americano (PNAC) foi um centro de pesquisa neoconservador que se concentrou na política externa dos Estados Unidos. Foi estabelecido em 1997 com o objectivo de "promover a liderança global americana". O PNAC afirmou que "uma liderança americana seria tão boa para a América como para o mundo".

Das vinte e cinco pessoas que assinaram a declaração de princípios do PNAC, dez passaram a servir na administração do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluindo o vice-presidente Dick Cheney, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz.

Em setembro de 2000, poucos meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o "Project for a New American Century" (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses").

O PNAC esboça um roteiro da conquista. Apela à "imposição directa de bases avançadas americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, e ao mesmo tempo estrangular qualquer potencial "rival" ou qualquer alternativa viável à visão americana de uma economia de mercado.

O PNAC também projecta uma estrutura consistente de propaganda de guerra. Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fez apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra (pág. 51)".

A 11 de setembro de 2001, esse evento catastrófico e catalisador aconteceu…

quarta-feira, outubro 11, 2017

Documentário «Zero: Uma Investigação sobre os atentados de 11 de Setembro» revela o embuste da versão oficial do governo americano sobre o "ataque terrorista islâmico".

Este documentário põe a nu a teoria da conspiração oficial em que dúzia e meia de islamistas, provenientes das cavernas do Afeganistão, conspiraram para atacar a América, utilizando aviões comerciais como mísseis e iludindo completamente a mais eficaz defesa militar e a mais poderosa força aérea do planeta.


O documentário integral legendado em português (brasileiro) (1:40:38)



Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro [Zero: An Investigation into 9/11] defende que a versão oficial dos eventos que rodearam os ataques do 11 de Setembro não pode ser verdadeira. Este documentário explora as mais recentes provas científicas e revela dramaticamente novas testemunhas que põem directamente em causa a versão do Governo norte-americano.

Este documentário-inquérito, que reagrupou um painel inédito de especialistas da associação americana ReOpen911 - centenas de cientistas, arquitectos, pilotos, engenheiros, políticos e militares, beneficia, igualmente, da participação excepcional de Dário Fo, Prémio Nobel da literatura em 1997, e de Gore Vidal, escritor e argumentista norte-americano.

O documentário, já projectado em dezenas de salas de cinema e Itália, foi difundido, extra-competição, no Festival do Cinema de Roma (em 2007) onde recebeu críticas unanimemente positivas, retomadas pelo conjunto da imprensa italiana:

Il Corriere della Sera - «Organizado principalmente via Internet, o movimento pela verdade sobre o 11 de Setembro reúne cada vez mais personalidades, políticos e cientistas através do mundo. Apoiando-se tanto num trabalho de recolha de informação por um lado e de crítica racional por outro, as incoerências, as omissões e as manipulações da versão oficial [do 11 de Setembro] foram amplamente postas em evidência. Um conjunto de contradições, de lacunas e de omissões duma gravidade impressionante. Confirmando que a versão oficial mete água por todos os lados.»

A tragédia do 11 de Setembro de 2001 permitiu a justificação de duas guerras ilegais, o aumento drástico dos orçamentos militares, e também colocou em causa a questão das liberdades individuais. Este acontecimento moldou a geopolítica deste princípio de século. Donde, as dúvidas sobre a teoria do complot islamita para perpetrar os atentandos são cada vez maiores em todo o mundo.

O euro-parlamentar socialista Giulietto Chiesa exibiu, em Fevereiro de 2008, no Parlamento Europeu, o documentário "Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro":

Os oradores convidados no debate sobre o documentário no Parlamento Europeu

sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Sobre o "Terrorismo Islâmico" - dois palhaços da SIC Notícias ridicularizados por um humorista dos Monty Python

Martim Cabral, Terry Jones (dos Monty Python) e Nuno Rogeiro


A dupla da SIC Notícias (Martim Cabral - Nuno Rogeiro), entrevistou em 2007 o humorista dos Monty Python, Terry Jones, no programa "Sociedade das Nações".

Martim Cabral e Nuno Rogeiro, os grandes arautos da "Guerra ao Terrorismo" na SIC, trouxeram à baila, evidentemente, a intolerância religiosa islâmica, o Iraque, o 11 de Setembro e o terrorismo em geral.

Terry Jones, de sorriso no lábios, explicou-lhes, candidamente, que a "Guerra ao Terrorismo" constitui um excelente negócio para a indústria do armamento, e que certos governos fazem dela um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Contou-lhes, ainda, que Geoge W. Bush é um presidente patético ao serviço das grandes empresas do armamento.

A SIC Notícias passou, prudentemente, esta entrevista às 20:10 (à hora dos telejornais) do dia 28/12/2007, e às 3:30 da madrugada do dia 29/12/2007, porque, como afirma Alcides Vieira, Director de Informação da SIC, este canal o que pretende é que "quando um telespectador olha para a informação da SIC, veja que todos os jornalistas que aparecerem no ecrã estão a falar verdade e não estão ao serviço de um interesse. Porque essa é uma marca da SIC."




Os principais momentos da entrevista a Terry Jones:

Terry Jones: Quando fizemos "A Vida de Brian" lembro-me de ter dito ao resto da equipa: "Sabem que isto pode ser muito perigoso. Podemos ter um fanático religioso a fazer de nós alvos." E eles responderam: "Não há problema." Mesmo nessa altura em 1978, achei que seria uma área potencialmente perigosa de abordar. Mas acho que não hesitava em retratar a vida de Maomé.


Martim Cabral: Acha que alguém o apoiaria? Não acha que existe uma atmosfera internacional em que ninguém considera sequer fazer este tipo de paródia, especialmente se recordarmos os problemas que houve devido aos cartoons de uma revista norueguesa?

Terry Jones: Sim, seria quase impossível obter apoio, mas não pensei em fazer isso. Não vejo o Islão como a grande fonte do Mal, como as pessoas dizem e como Bush quer fazer parecer. Em 1998… Não, em 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, li uma revista interna da indústria do armamento, chamada "Weapons Today", que tinha grandes caças na capa. Era uma revista interna da industria do armamento e o editor-chefe escreveu: "Graças a Deus que Saddam existe." O editorial dizia que, com a queda do comunismo, o sector do armamento estava a atravessar uma crise. Não havia encomendas. "Mas agora temos um inimigo ao qual ninguém põe objecções, que é Saddam Hussein." Depois o editorial sugeria: "No futuro, podemos esperar que o Islão substitua o comunismo, porque haverá mais encomendas de armas." E podem apostar que, desde 1990, o sector do armamento tem promovido um conflito entre o Cristianismo e o Islão e é isso que temos visto desde então.


Martim Cabral: Já não é divertido nem legítimo fazer sátiras sobre religião, no ambiente em que vivemos actualmente.

Terry Jones: Concordo, mas não sei se esta situação se deve ao Islão ou à nossa indústria do armamento, que atiça e provoca o Islão.


Rogeiro: É curioso porque Chesterton, que era católico, comentou: "A superioridade de uma religião reflecte-se no facto de podermos satirizar com ela." Se pudermos gozar com ela, então, é uma religião superior.

Terry Jones: É um bom argumento para o Catolicismo.


Rogeiro: O que o irrita mais na conjuntura mundial actual? Sei que a questão do Iraque é algo que lhe custa a digerir.

Terry Jones: Sim, acho que o Iraque é o verdadeiro… Antes de invadirem o Iraque… A reacção ao 11 de Setembro foi completamente estúpida.


Rogeiro: O que significou, para si, o 11 de Setembro?

Terry Jones: Para mim, o 11 de Setembro resumiu-se a umas quantas pessoas que desviaram uns aviões para... Acho que o 11 de Setembro teve origem devido à situação no Médio Oriente com a Palestina, aquilo que os israelitas estão a fazer à Palestina, com a protecção e o aval dos Estados Unidos. O 11 de Setembro resumiu-se a isso. Claro que foi uma oportunidade imperdível para que os neo-conservadores norte-americanos transformassem isso numa cruzada contra o Islão.


Martim Cabral: Se fosse presidente dos Estados Unidos, como reagiria a um ataque como o das Torres Gémeas? O que faria? Como reagiria?

Terry Jones: Quando se é um presidente patético ao serviço das grandes empresas e do sector do armamento transformamos isso em algo politicamente vantajoso e fazemos disso um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Cria-se um estado permanente de guerra contra o "terror". É uma guerra que nunca pode ser vencida.


Martim Cabral: Mas o que faria? Imagine que está na Casa Branca.

Terry Jones: Foi um acto criminoso. Não podíamos apanhar os culpados porque estavam mortos. Tinha de haver operações secretas para descobrir os mentores. Não se fazem anúncios públicos, do género: "Achamos que estão escondidos no Afeganistão. Vamos bombardear-vos daqui a três semanas, está bem?" Isso dá à Al-Qaeda tempo suficiente para sair do Afeganistão e ir para outro local. Só então é que se bombardeia o Afeganistão.


Rogeiro: Escreveu no "The Guardian" que a gramática é vítima da guerra, penso eu, e defende que é impossível combater algo abstracto.

Terry Jones: Sim, na guerra contra o terror, estamos a enfrentar um substantivo abstracto.


Rogeiro: O terrorismo, além de ser abstracto, é algo muito concreto que mutila pessoas, que destrói vidas e cidades.

Terry Jones: Mas precisamos de um inimigo. Não podemos combater um conceito abstracto. É impossível combater o terrorismo. É como a luta contra a droga. É um conceito abstracto. Temos de saber quem vamos enfrentar. Temos de descobrir quem está por detrás disso para depois os capturar. Não se anuncia ao mundo onde estão os suspeitos para depois bombardear esses locais e criar ainda mais animosidade contra nós. É essa a intenção. A ideia não é salvar o Iraque, mas sim criar animosidade contra o Ocidente, para que haja um estado permanente de guerra.


Rogeiro: Porque acha que os britânicos reelegeram Tony Blair, depois de ele se ter envolvido na questão do Iraque?

Terry Jones: Porque reelegeram Tony Blair? Não faço ideia. Há muita… Até sei, mas não devia dizer isto. Acho que muita gente rema conforme a maré. Não sei.


Martim Cabral: Correndo o risco de sermos os três alvos de uma fatwa, não acha que Osama bin Laden seria uma personagem ideal para os Monty Pyton? Seria impossível inventar uma personagem como ele.


Terry Jones: Acho que ele (Osama bin Laden) deve ter sido influenciado pelos Monty Python.



A entrevista completa a Terry Jones, aqui:

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

As diferenças entre a capa de um álbum musical e os Atentados de 11 de Setembro às Torres Gémeas do World Trade Center

Meses antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001, o duo de rap «The Coup» publicou uma imagem promocional do seu álbum "Party Music", no web site da sua companhia de publicidade, que representava explosões nas Torres Gémeas do World Trade Center, quase exactamente nos mesmos pontos em que os aviões pirateados atingiram as Torres.




Jornal Expresso – 15 de Setembro de 2001 (quatro dias após o 11 de Setembro de 2001):

«A coincidência é chocante: a capa de um disco do grupo musical The Coup, criado muito antes dos atentados do dia 11, antecipou a realidade. Nessa capa as torres do World Trade Center explodem, proporcionando imagens muito semelhantes às que a tragédia real viria a registar.»

terça-feira, setembro 13, 2016

«Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro» é provavelmente o melhor documentário jamais feito sobre o embuste do "ataque terrorista islâmico" de 11 de Setembro de 2001 nos EUA.


«Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro» é o documentário mais fundamentado e abrangente que demonstra as mentiras da versão oficial sobre o "ataque terrorista" do 11 de Setembro nos EUA.

Este documentário não é aconselhável a pessoas com menos de dois dedos de testa e que abominam as "teorias da conspiração", como se a própria versão oficial dos acontecimentos não fosse, ela própria, uma teoria da conspiração: uma teoria em que dúzia e meia de islamistas, provenientes das cavernas do Afeganistão, conspiraram para atacar a América, utilizando aviões comerciais como mísseis e iludindo completamente a mais eficaz defesa militar e a mais poderosa força aérea do planeta.

Um documentário que ninguém deve perder



Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro [Zero: An Investigation into 9/11] defende uma tese central – que a versão oficial dos eventos que rodearam os ataques do 11 de Setembro não pode ser verdadeira. Este documentário explora as mais recentes provas científicas e revela dramaticamente novas testemunhas que conflituam directamente com a versão do Governo norte-americano.

Este documentário-inquérito, que reagrupou um painel inédito de especialistas da associação americana ReOpen911 [Reabrir o inquérito ao 11 de Setembro] - centenas de cientistas, arquitectos, pilotos, engenheiros, políticos e militares, beneficia, igualmente, da participação excepcional de Dário Fo, Prémio Nobel da literatura em 1997, e de Gore Vidal, escritor e argumentista norte-americano.

O documentário, já projectado em dezenas de salas de cinema e Itália, foi difundido, extra-competição, no Festival do Cinema de Roma (em 2007) onde recebeu críticas unanimemente positivas, retomadas pelo conjunto da imprensa italiana:

Il Corriere della Sera - «Organizado principalmente via Internet, o movimento pela verdade sobre o 11 de Setembro reúne cada vez mais personalidades, políticos e cientistas através do mundo. Apoiando-se tanto num trabalho de recolha de informação por um lado e de crítica racional por outro, as incoerências, as omissões e as manipulações da versão oficial [do 11 de Setembro] foram amplamente postas em evidência. Um conjunto de contradições, de lacunas e de omissões duma gravidade impressionante. Confirmando que a versão oficial mete água por todos os lados.»

A tragédia do 11 de Setembro de 2001 permitiu a justificação de duas guerras ilegais, o aumento drástico dos orçamentos militares, e também colocou em causa a questão das liberdades individuais. Este acontecimento moldou a geopolítica deste princípio de século. Portanto, a colocação em causa da teoria do complot islamita é cada vez mais aceite no mundo.


Os oradores convidados no debate sobre o documentário no Parlamento Europeu


O euro-parlamentar socialista Giulietto Chiesa exibiu, em Fevereiro de 2008, no Parlamento Europeu, o documentário "Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro".

Não obstante terem sido enviados convites a todos os 785 parlamentares europeus, e a cerca de um milhar de jornalistas, só seis parlamentares, e nenhum jornalista italiano, vieram ver o documentário.

Chiesa atribuiu a falta de interesse dos parlamentares e dos meios de comunicação europeus à influência e ao controlo da informação por parte dos Estados Unidos.



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segunda-feira, abril 11, 2016

Sobre o "Terrorismo Islâmico" - dois palhaços da SIC Notícias ridicularizados por um humorista dos Monty Python

Martim Cabral, Terry Jones (dos Monty Python) e Nuno Rogeiro


A dupla da SIC Notícias (Martim Cabral - Nuno Rogeiro), entrevistou em 2007 o humorista dos Monty Python, Terry Jones, no programa "Sociedade das Nações".

Martim Cabral e Nuno Rogeiro, os grandes arautos da "Guerra ao Terrorismo" na SIC, trouxeram à baila, evidentemente, a intolerância religiosa islâmica, o Iraque, o 11 de Setembro e o terrorismo em geral.

Terry Jones, de sorriso no lábios, explicou-lhes, candidamente, que a "Guerra ao Terrorismo" constitui um excelente negócio para a indústria do armamento, e que certos governos fazem dela um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Contou-lhes, ainda, que Geoge W. Bush é um presidente patético ao serviço das grandes empresas do armamento.

A SIC Notícias passou, prudentemente, esta entrevista às 20:10 (à hora dos telejornais) do dia 28/12/2007, e às 3:30 da madrugada do dia 29/12/2007, porque, como afirma Alcides Vieira, Director de Informação da SIC, este canal o que pretende é que "quando um telespectador olha para a informação da SIC, veja que todos os jornalistas que aparecerem no ecrã estão a falar verdade e não estão ao serviço de um interesse. Porque essa é uma marca da SIC."




Os principais momentos da entrevista a Terry Jones:

Terry Jones: Quando fizemos "A Vida de Brian" lembro-me de ter dito ao resto da equipa: "Sabem que isto pode ser muito perigoso. Podemos ter um fanático religioso a fazer de nós alvos." E eles responderam: "Não há problema." Mesmo nessa altura em 1978, achei que seria uma área potencialmente perigosa de abordar. Mas acho que não hesitava em retratar a vida de Maomé.


Martim Cabral: Acha que alguém o apoiaria? Não acha que existe uma atmosfera internacional em que ninguém considera sequer fazer este tipo de paródia, especialmente se recordarmos os problemas que houve devido aos cartoons de uma revista norueguesa?

Terry Jones: Sim, seria quase impossível obter apoio, mas não pensei em fazer isso. Não vejo o Islão como a grande fonte do Mal, como as pessoas dizem e como Bush quer fazer parecer. Em 1998… Não, em 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, li uma revista interna da indústria do armamento, chamada "Weapons Today", que tinha grandes caças na capa. Era uma revista interna da industria do armamento e o editor-chefe escreveu: "Graças a Deus que Saddam existe." O editorial dizia que, com a queda do comunismo, o sector do armamento estava a atravessar uma crise. Não havia encomendas. "Mas agora temos um inimigo ao qual ninguém põe objecções, que é Saddam Hussein." Depois o editorial sugeria: "No futuro, podemos esperar que o Islão substitua o comunismo, porque haverá mais encomendas de armas." E podem apostar que, desde 1990, o sector do armamento tem promovido um conflito entre o Cristianismo e o Islão e é isso que temos visto desde então.


Martim Cabral: Já não é divertido nem legítimo fazer sátiras sobre religião, no ambiente em que vivemos actualmente.

Terry Jones: Concordo, mas não sei se esta situação se deve ao Islão ou à nossa indústria do armamento, que atiça e provoca o Islão.


Rogeiro: É curioso porque Chesterton, que era católico, comentou: "A superioridade de uma religião reflecte-se no facto de podermos satirizar com ela." Se pudermos gozar com ela, então, é uma religião superior.

Terry Jones: É um bom argumento para o Catolicismo.


Rogeiro: O que o irrita mais na conjuntura mundial actual? Sei que a questão do Iraque é algo que lhe custa a digerir.

Terry Jones: Sim, acho que o Iraque é o verdadeiro… Antes de invadirem o Iraque… A reacção ao 11 de Setembro foi completamente estúpida.


Rogeiro: O que significou, para si, o 11 de Setembro?

Terry Jones: Para mim, o 11 de Setembro resumiu-se a umas quantas pessoas que desviaram uns aviões para... Acho que o 11 de Setembro teve origem devido à situação no Médio Oriente com a Palestina, aquilo que os israelitas estão a fazer à Palestina, com a protecção e o aval dos Estados Unidos. O 11 de Setembro resumiu-se a isso. Claro que foi uma oportunidade imperdível para que os neo-conservadores norte-americanos transformassem isso numa cruzada contra o Islão.


Martim Cabral: Se fosse presidente dos Estados Unidos, como reagiria a um ataque como o das Torres Gémeas? O que faria? Como reagiria?

Terry Jones: Quando se é um presidente patético ao serviço das grandes empresas e do sector do armamento transformamos isso em algo politicamente vantajoso e fazemos disso um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Cria-se um estado permanente de guerra contra o "terror". É uma guerra que nunca pode ser vencida.


Martim Cabral: Mas o que faria? Imagine que está na Casa Branca.

Terry Jones: Foi um acto criminoso. Não podíamos apanhar os culpados porque estavam mortos. Tinha de haver operações secretas para descobrir os mentores. Não se fazem anúncios públicos, do género: "Achamos que estão escondidos no Afeganistão. Vamos bombardear-vos daqui a três semanas, está bem?" Isso dá à Al-Qaeda tempo suficiente para sair do Afeganistão e ir para outro local. Só então é que se bombardeia o Afeganistão.


Rogeiro: Escreveu no "The Guardian" que a gramática é vítima da guerra, penso eu, e defende que é impossível combater algo abstracto.

Terry Jones: Sim, na guerra contra o terror, estamos a enfrentar um substantivo abstracto.


Rogeiro: O terrorismo, além de ser abstracto, é algo muito concreto que mutila pessoas, que destrói vidas e cidades.

Terry Jones: Mas precisamos de um inimigo. Não podemos combater um conceito abstracto. É impossível combater o terrorismo. É como a luta contra a droga. É um conceito abstracto. Temos de saber quem vamos enfrentar. Temos de descobrir quem está por detrás disso para depois os capturar. Não se anuncia ao mundo onde estão os suspeitos para depois bombardear esses locais e criar ainda mais animosidade contra nós. É essa a intenção. A ideia não é salvar o Iraque, mas sim criar animosidade contra o Ocidente, para que haja um estado permanente de guerra.


Rogeiro: Porque acha que os britânicos reelegeram Tony Blair, depois de ele se ter envolvido na questão do Iraque?

Terry Jones: Porque reelegeram Tony Blair? Não faço ideia. Há muita… Até sei, mas não devia dizer isto. Acho que muita gente rema conforme a maré. Não sei.


Martim Cabral: Correndo o risco de sermos os três alvos de uma fatwa, não acha que Osama bin Laden seria uma personagem ideal para os Monty Pyton? Seria impossível inventar uma personagem como ele.


Terry Jones: Acho que ele (Osama bin Laden) deve ter sido influenciado pelos Monty Python.



A entrevista completa a Terry Jones, aqui:

quinta-feira, setembro 11, 2014

Há males que vêm por bem... e que rendem lucros incomensuráveis aos complexos militar-industriais privados...



Nos últimos 200 anos a América só não esteve em guerra durante 5 anos.

Os atentados do 11 de Setembro de 2001 aconteceram há 13 anos



A 11 de Setembro de 2001, «19 piratas do ar ao serviço da Al-Qaeda, organização terrorista chefiada por Bin Laden», conseguiram sequestrar quatro aviões comerciais e sobrevoar durante tempos infindos o território dos Estados Unidos, de longe a maior potência militar do planeta.

Após uma eternidade e dada a completa inacção da Força Aérea americana, dois dos aviões embateram e fizeram implodir as duas torres gémeas e também conseguir implodir (por obra do espírito santo maometano) o edifício nº 7 do World Trade Center (um edifício de 47 andares e bastante mais largo que as Torres), onde não embateu qualquer avião. Todos os edifícios caíram exactamente na vertical tal como acontece nas implosões controladas. Outro avião sequestrado foi embater no Pentágono, o edifício mais bem defendido do mundo, onde penetrou por um buraco minúsculo e se vaporizou no interior. O quarto avião despenhou-se no solo e desapareceu por completo.



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Alguns dados da política americana imediatamente antes destes funestos acontecimentos:


PNAC (Project for the New American Century)


Em Setembro do ano 2000, meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o "Project for a New American Century" (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título:

"Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses"). O PNAC foi adoptado pelo vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz, o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld.


Da esquerda para a direita: o vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz,
o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld.


O PNAC esboça um roteiro da conquista. Apela à "imposição directa de bases avançadas americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, e ao mesmo tempo assegurar uma guerra eterna ao «terrorismo» simbolizado pela poderosíssima Al-Qaeda.

O projecto do PNAC esboça uma estrutura consistente de propaganda de guerra. Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra (pág 51)":



"Further, the process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absent some catastrophic and catalyzing event – like a new Pearl Harbor."

Tradução: «Além disso, o processo de transformação, mesmo que traga transformações revolucionárias, será provavelmente longo, excepto se se produzir algum evento catastrófico e catalisador – como um novo Pearl Harbor.»


Os arquitectos do PNAC parecem ter antecipado com cínica precisão a utilização dos ataques do 11 de Setembro como "um pretexto para a guerra".



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Zbigniew Brzezinski (Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA): "...pode considerar-se mais difícil conseguir um consenso [entre a população americana] sobre questões de política externa [desencadear guerras], a não ser nas circunstâncias de uma ameaça externa directa verdadeiramente maciça e amplamente percebida."

De modo análogo, nas palavras de Zbigniew Brzezinski, no seu livro The Grand Chessboard (1997):

"... it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstances of a truly massive and widely perceived direct external threat."

Tradução: "...pode considerar-se mais difícil conseguir um consenso [entre a população americana] sobre questões de política externa [desencadear guerras], a não ser nas circunstâncias de uma ameaça externa directa verdadeiramente maciça e amplamente percebida."


Zbigniew Brzezinski, que foi Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, foi um dos arquitectos da rede Al-Qaeda, criada pela CIA para combater os soviéticos na guerra afegã (1979-1989).


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Bruce Hoffman, vice-presidente da Rand Corporation - a expressão prestigiada do lobby militar-industrial norte-americano - previu numa conferência, com seis meses de antecedência, os atentados de 11 de Setembro de 2001 - "(...) bom, não discutindo agora se era realmente possível (pela Al.Qaeda) fazer cair a Torre Norte sobre a Torre Sul (do WTC) e matar 60.000 pessoas, considerem tal objectivo (...)".

Bruce Hoffman, vice-presidente da Rand Corporation (o mais importante centro privado de pesquisas em matéria de estratégia e de organização militar em todo o mundo, e a expressão prestigiada do lobby militar-industrial norte-americano), numa conferência publicada pela US Air Force Academy em Março de 2001 (ou seja, seis meses antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001), dirigindo-se a uma audiência de oficiais superiores da força aérea norte-americana, afirmou:

"We try to get our arms around Al-Qaeda, the organization — or maybe the movement — associated with bin Laden (...) now, putting aside whether it was possible to actually topple the North Tower onto the South Tower and kill 60,000 people, consider the goal (...)"

Tradução: "Estamos a tentar fazer um cerco à Al-Qaeda, a organização - ou talvez o movimento - associada a bin Laden (...) bom, não discutindo agora se era realmente possível fazer cair a Torre Norte sobre a Torre Sul e matar 60.000 pessoas, considerem tal objectivo (...)"


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Na sequência do 11 de Setembro as despesas militares dispararam, e por consequência os chorudos contratos do complexo militar-indústrial. De 2001 até hoje, o orçamento americano da defesa passou de 404 mil milhões para quase 1,3 biliões (1.300.000.000.000) de dólares anuais, um aumento de cerca de 325% em treze anos. Será caso para dizer - abençoada Al-Qaeda!


Este gráfico do aumento da depesa militar norte-americana desde 2001 até 2011, em milhares de milhões de dólares, demonstra os lucros pornográficos de que tem beneficiado o complexo militar-industrial norte-americano (desde o 11 de Setembro), e cujos maiores expoentes têm sido as empresas Lockheed Martin, Northrop Grumman, Boeing, SAIC, Raytheon, General Dynamics, etc., etc., etc.



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Comentário


Ironicamente, o Complexo Militar-Industrial Americano, devido aos lucros proporcionados pelo evento catastrófico e catalisador do 11 de Setembro (tal como descrito no PNAC), tem tido ao longo dos últimos 13 anos excelentes motivos para esfregar as mãos de contente.

Tudo graças ao terrorismo levado a cabo pela omnipotente, omnipresente, omnisciente e infinitamente maligna Al-Qaeda, até há pouco chefiada por Bin Laden, que, na história do terrorismo, ou melhor, no anedotário mundial, só encontra paralelo na série televisiva onde a todo-poderosa organização criminosa K.A.O.S., comandada pelo vilão Siegfried e tenazmente combatida pelos agentes da C.O.N.T.R.O.L.E., cujo Ás era o inimitável Maxwell Smart. A diferença, é que no embuste do 11 de Setembro morreram de facto cerca de 2000 americanos.



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Os Estados Unidos possuem dezenas de agências secretas de informações: CIA (Central Intelligence Agency); DIA (Defense Intelligence Agency); NSA (National Security Agency); NRO (National Reconnaissance Office); FBI (Federal Bureau of Investigation); AI (Army Intelligence); NI (Navy Intelligence); AFI (Air Force Intelligence); MCI (Marine Corps Intelligence); etc., etc., etc.


Não obstante tantas agências secretas de informações, a Al-Qaeda continua mais pujante e mortífera do que nunca. Não existe atentado neste mundo que não tenha sido levado a cabo pela Al-Qaeda, por um grupo próximo da Al-Qaeda, por um bando com ligações à Al-Qaeda ou por uma associação que simpatiza com a Al-Qaeda. Os contínuos atentados perpetrados por toda esta malta terrorista, que odeia tanto os valores ocidentais, causa alguma estranheza visto chacinarem praticamente só cidadãos muçulmanos...

Em suma, os criminosos que estão à frente dos destinos dos Estados Unidos querem-nos fazer crer que duas dúzias de árabes, maltrapilhos, analfabetos e com armas de polichinelo, entraram pela América dentro e infligiram-lhe um golpe que poucas potências mundiais teriam capacidade de executar.

É necessário não esquecer que o complexo militar-industrial norte-americano está todo nas mãos de privados e que sem guerras não podem justificar aos contribuintes americanos os gastos gigantescos que eles são obrigados a pagar na compra de porta-aviões, mísseis de todo o tipo, aviões de caça, bombardeiros, tanques, metralhadoras, balas e toda a panóplia de armamento que eles produzem.




quarta-feira, setembro 11, 2013

Há males que vêm por bem... e que continuam a render os seus frutos...


Os atentados do 11 de Setembro de 2001 aconteceram há 12 anos



A 11 de Setembro de 2001, 19 piratas do ar, ao serviço da Al-Qaeda chefiada por Bin Laden, conseguiram sequestrar quatro aviões comerciais e sobrevoar durante tempos infindos o território dos Estados Unidos, de longe a maior potência militar do planeta. Após uma eternidade e dada a inacção da Força Aérea americana, dois dos aviões embateram e conseguiram fazer implodir as duas torres gémeas e também o edifício nº 7 do World Trade Center. Outro avião foi embater no Pentágono, o edifício mais bem defendido do mundo, onde penetrou por um buraco minúsculo e se vaporizou no interior. O quarto avião despenhou-se no solo e desapareceu por completo.


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Em Setembro do ano 2000, meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o "Project for a New American Century" (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses"). O PNAC foi adoptado pelo vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz, o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld.

Da esquerda para a direita: o vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz,
o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld

O PNAC esboça um roteiro da conquista. Apela à "imposição directa de bases avançadas americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, e ao mesmo tempo assegurar uma guerra eterna ao «terrorismo» simbolizado pela celebérrima Al-Qaeda.

O projecto do PNAC esboça uma estrutura consistente de propaganda de guerra. Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra (pág 51)":


"Further, the process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absent some catastrophic and catalyzing event – like a new Pearl Harbor."

«Além disso, o processo de transformação, mesmo que traga transformações revolucionárias, será provavelmente longo, excepto se se produzir algum evento catastrófico e catalisador – como um novo Pearl Harbor.»

Os arquitectos do PNAC parecem ter antecipado com cínica precisão a utilização dos ataques do 11 de Setembro como "um pretexto para a guerra".


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De modo análogo, nas palavras de Zbigniew Brzezinski, no seu livro The Grand Chessboard (1997):

"... it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstances of a truly massive and widely perceived direct external threat."

"... pode considerar-se mais difícil conseguir um consenso [na América] sobre questões de política externa, a não ser nas circunstâncias de uma ameaça externa directa verdadeiramente maciça e amplamente percebida."

Zbigniew Brzezinski, que foi Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, foi um dos arquitectos da rede Al-Qaeda, criada pela CIA para combater os soviéticos na guerra afegã (1979-1989).

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Bruce Hoffman, vice-presidente da Rand Corporation (o mais importante centro privado de pesquisas em matéria de estratégia e de organização militar em todo o mundo, e a expressão prestigiada do lobby militar-industrial norte-americano), numa conferência publicada pela US Air Force Academy em Março de 2001 (ou seja, seis meses antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001), dirigindo-se a uma audiência de oficiais superiores da força aérea norte-americana, afirmou:

"We try to get our arms around Al-Qaeda, the organization — or maybe the movement — associated with bin Laden (...) now, putting aside whether it was possible to actually topple the North Tower onto the South Tower and kill 60,000 people, consider the goal (...)"

"Estamos a tentar fazer um cerco à Al-Qaeda, a organização - ou talvez o movimento - associada a bin Laden (...) bom, não discutindo agora se era realmente possível fazer cair a Torre Norte sobre a Torre Sul e matar 60.000 pessoas, considerem tal objectivo (...)"


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Na sequência do 11 de Setembro as despesas militares dispararam, e por consequência os chorudos contratos do complexo militar-indústrial. De 2001 até hoje, o orçamento americano da defesa passou de 404 mil milhões para quase 900 mil milhões de dólares anuais, um aumento de cerca de 120% em onze anos. Abençoada Al-Qaeda!

Gráfico do aumento da depesa militar norte-americana desde 2001 até hoje, em milhares de milhões de dólares, que tem beneficiado enormemente o complexo militar-industrial norte-americano, cujos maiores expoentes têm sido as empresas Lockheed Martin, Northrop Grumman, Boeing, SAIC, Raytheon, General Dynamics, etc., etc., etc.



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Comentário


Ironicamente, o Complexo Militar-Industrial Americano, devido aos lucros proporcionados pelo evento catastrófico e catalisador do 11 de Setembro, tem tido ao longo dos últimos 12 anos excelentes motivos para sorrir.

Tudo graças ao terrorismo levado a cabo pela omnipotente, omnipresente, omnisciente e infinitamente maligna Al-Qaeda, até há pouco chefiada por Bin Laden, que, na história do terrorismo, só encontra paralelo na todo-poderosa organização criminosa K.A.O.S., comandada pelo vilão Siegfried e tenazmente combatida pelo agente da C.O.N.T.R.O.L.E., Maxwell Smart.


À esquerda, o presidente George W. Bush em visita às instalações da CIA.
À direita, o famigerado Bin Laden, chefe da organização terrorista Al-Qaeda.



À esquerda, o agente Maxwell Smart e o chefe da C.O.N.T.R.O.L.E.
À direita, o famigerado Siegfried, chefe da organização terrorista K.A.O.S.

E se existe um paralelismo indesmentível entre a atual Al-Qaeda, chefiada pelo recentemente falecido Bin Laden, e a antiga K.A.O.S., comandada pelo vilão Siegfried, já a organização onde trabalhava Maxwell Smart, a C.O.N.T.R.O.L.E., hoje está hoje desmultiplicada por inúmeras agências:

CIA (Central Intelligence Agency); DIA (Defense Intelligence Agency); NSA (National Security Agency); NRO (National Reconnaissance Office); FBI (Federal Bureau of Investigation); AI (Army Intelligence); NI (Navy Intelligence); AFI (Air Force Intelligence); MCI (Marine Corps Intelligence); etc., etc., etc.

Não obstante tantas agências secretas de informações, a Al-Qaeda continua mais pujante e mortífera do que nunca. Não existe atentado neste mundo que não tenha sido levado a cabo pela Al-Qaeda, por um grupo próximo da Al-Qaeda, por um bando com ligações à Al-Qaeda ou por uma associação que simpatiza com a Al-Qaeda . Os contínuos atentados perpetrados por toda esta malta terrorista, que odeia tanto os valores ocidentais, causa alguma estranheza visto chacinarem praticamente só cidadãos muçulmanos...


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Excerto de um artigo de Mário Soares - Jornal Expresso 27-03-2004

É preciso conhecer melhor a Al-Qaeda para a combatermos com eficácia. Não às cegas. Há milhares de livros, publicados em todas as línguas, sobre o terrorismo global - que está intimamente relacionado com a «globalização depredadora» que temos e com a «economia de casino» que nos rege. Estudemo-los.

[...] Exploremos os contactos que a Al-Qaeda parece ter com o mundo obscuro das finanças - dos «off-shores» e dos «paraísos fiscais» - com o «dinheiro sujo», com a criminalidade organizada, com o tráfico ilegal de armas, incluindo atómicas, com o mercado da droga. Há franjas desse sub-mundo que, seguramente, serviços secretos, mesmo os minimamente secretos, mesmo os minimamente organizados, podem penetrar e conhecer. Já o devem ter feito. Mas será que os grandes responsáveis querem tomar conhecimento dessa negra realidade e das pistas que indica?

segunda-feira, setembro 10, 2012

Há males que vêm por bem...


Os atentados do 11 de Setembro de 2001 aconteceram há 11 anos



A 11 de Setembro de 2001, 19 piratas do ar, ao serviço da Al-Qaeda chefiada por Bin Laden, conseguiram sequestrar quatro aviões comerciais e sobrevoar durante tempos infindos o território dos Estados Unidos, de longe a maior potência militar do planeta. Após uma eternidade e dada a inacção da Força Aérea americana, dois dos aviões embateram e conseguiram fazer implodir as duas torres gémeas e o edifício nº 7 do World Trade Center. Outro avião foi embater no Pentágono, o edifício mais bem defendido do mundo, onde penetrou por um buraco minúsculo e se vaporizou no interior. O quarto avião despenhou-se no solo e desapareceu por completo.


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Em Setembro do ano 2000, meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o "Project for a New American Century" (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses"). O PNAC foi adoptado pelo vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz, o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld.

Da esquerda para a direita: o vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz,
o vice-presidente Dick Cheney e o secretário da Defesa Donald Rumsfeld

O PNAC esboça um roteiro da conquista. Apela à "imposição directa de bases avançadas americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, e ao mesmo tempo assegurar uma guerra eterna ao «terrorismo» simbolizado pela celebérrima Al-Qaeda.

O projecto do PNAC esboça uma estrutura consistente de propaganda de guerra. Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra (pág 51)":


"Further, the process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absent some catastrophic and catalyzing event – like a new Pearl Harbor."

«Além disso, o processo de transformação, mesmo que traga transformações revolucionárias, será provavelmente longo, excepto se se produzir algum evento catastrófico e catalisador – como um novo Pearl Harbor.»

Os arquitectos do PNAC parecem ter antecipado com cínica precisão a utilização dos ataques do 11 de Setembro como "um pretexto para a guerra".


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De modo análogo, nas palavras de Zbigniew Brzezinski, no seu livro The Grand Chessboard (1997):

"... it may find it more difficult to fashion a consensus on foreign policy issues, except in the circumstances of a truly massive and widely perceived direct external threat."

"... pode considerar-se mais difícil conseguir um consenso [na América] sobre questões de política externa, a não ser nas circunstâncias de uma ameaça externa directa verdadeiramente maciça e amplamente percebida."

Zbigniew Brzezinski, que foi Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, foi um dos arquitectos da rede Al-Qaeda, criada pela CIA para combater os soviéticos na guerra afegã (1979-1989).

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Bruce Hoffman, vice-presidente da Rand Corporation (o mais importante centro privado de pesquisas em matéria de estratégia e de organização militar em todo o mundo, e a expressão prestigiada do lobby militar-industrial norte-americano), numa conferência publicada pela US Air Force Academy em Março de 2001 (ou seja, seis meses antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001), dirigindo-se a uma audiência de oficiais superiores da força aérea norte-americana, afirmou:

"We try to get our arms around Al-Qaeda, the organization — or maybe the movement — associated with bin Laden (...) now, putting aside whether it was possible to actually topple the North Tower onto the South Tower and kill 60,000 people, consider the goal (...)"

"Estamos a tentar fazer um cerco à Al-Qaeda, a organização - ou talvez o movimento - associada a bin Laden (...) bom, não discutindo agora se era realmente possível fazer cair a Torre Norte sobre a Torre Sul e matar 60.000 pessoas, considerem tal objectivo (...)"


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Na sequência do 11 de Setembro as despesas militares dispararam, e por consequência os chorudos contratos do complexo militar-indústrial. De 2001 até hoje, o orçamento americano da defesa passou de 404 mil milhões para quase 900 mil milhões de dólares anuais, um aumento de cerca de 120% em onze anos. Abençoada Al-Qaeda!

Gráfico do aumento da depesa militar norte-americana desde 2001 até hoje, em milhares de milhões de dólares, que tem beneficiado enormemente o complexo militar-industrial norte-americano, cujos maiores expoentes têm sido as empresas Lockheed Martin, Northrop Grumman, Boeing, SAIC, Raytheon, General Dynamics, etc., etc., etc.



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Comentário


O Complexo Militar-Industrial Americano, ironicamente devido aos lucros proporcionados pelo evento catastrófico e catalisador do 11 de Setembro, tem tido ao longo dos últimos 11 anos excelentes motivos para sorrir.

Tudo graças ao terrorismo levado a cabo pela omnipotente, omnipresente, omnisciente e infinitamente maligna Al-Qaeda, chefiada por Bin Laden, que, na história do terrorismo, só encontra paralelo na todo-poderosa organização criminosa K.A.O.S., comandada pelo vilão Siegfried e tenazmente combatida pelo agente da C.O.N.T.R.O.L.E., Maxwell Smart.


À esquerda, o presidente George W. Bush em visita às instalações da CIA.
À direita, o famigerado Bin Laden, chefe da organização terrorista Al-Qaeda.



À esquerda, o agente Maxwell Smart e o chefe da C.O.N.T.R.O.L.E.
À direita, o famigerado Siegfried, chefe da organização terrorista K.A.O.S.

E se existe um paralelismo indesmentível entre a atual Al-Qaeda, chefiada pelo recentemente falecido Bin Laden, e a antiga K.A.O.S., comandada pelo vilão Siegfried, já a organização onde trabalhava Maxwell Smart, a C.O.N.T.R.O.L.E., hoje está hoje desmultiplicada por inúmeras agências:

CIA (Central Intelligence Agency); DIA (Defense Intelligence Agency); NSA (National Security Agency); NRO (National Reconnaissance Office); FBI (Federal Bureau of Investigation); AI (Army Intelligence); NI (Navy Intelligence); AFI (Air Force Intelligence); MCI (Marine Corps Intelligence); etc., etc., etc.

Não obstante tantas agências secretas de informações, a Al-Qaeda continua mais pujante e mortífera do que nunca. A Al-Qaeda reivindicou 163 atentados cometidos no Iraque entre o final de junho e meados de julho de 2012. Só ontem (9/9/2012), cometeram nesse país atentados que causaram mais de 90 mortos e cerca de 400 feridos. Para uma organização terrorista que odeia tanto os valores ocidentais, causa alguma estranheza que se mostrem tão assanhados em chacinar tantos cidadãos muçulmanos...


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Excerto de um artigo de Mário Soares - Jornal Expresso 27-03-2004

É preciso conhecer melhor a Al-Qaeda para a combatermos com eficácia. Não às cegas. Há milhares de livros, publicados em todas as línguas, sobre o terrorismo global - que está intimamente relacionado com a «globalização depredadora» que temos e com a «economia de casino» que nos rege. Estudemo-los.

[...] Exploremos os contactos que a Al-Qaeda parece ter com o mundo obscuro das finanças - dos «off-shores» e dos «paraísos fiscais» - com o «dinheiro sujo», com a criminalidade organizada, com o tráfico ilegal de armas, incluindo atómicas, com o mercado da droga. Há franjas desse sub-mundo que, seguramente, serviços secretos, mesmo os minimamente secretos, mesmo os minimamente organizados, podem penetrar e conhecer. Já o devem ter feito. Mas será que os grandes responsáveis querem tomar conhecimento dessa negra realidade e das pistas que indica?