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quarta-feira, janeiro 24, 2018

Bill Gates avisa que dezenas de milhões de pessoas podem ser mortas através do bioterrorismo

The Guardian - 18-2-2017

Bill Gates, co-fundador da Microsoft, que gastou milhares de milhões de dólares em esforços filantrópicos nas últimas décadas, falou na conferência de segurança de Munique e disse que o mundo deve estar preparado para ataques de bioterrorismo. Afirmou ainda que "uma versão sintética do vírus da varíola ... ou uma super contagiosa e mortal estirpe de gripe" poderia matar mais de 30 milhões de pessoas num ano. Gates diz que existe uma "probabilidade razoável" de que tal evento possa ocorrer nos próximos 10 a 15 anos.

... "A próxima epidemia pode ter origem no ecrã do computador de uma intenção terrorista de usar engenharia genética para criar uma versão sintética do vírus da varíola ... ou de uma estirpe super contagiosa e mortal da gripe"...

... "Podem estar a perguntar-se quão reais são esses cenários do dia do juízo final. O facto de que uma pandemia global mortal não tenha ocorrido na história recente não deve ser confundido como prova de que uma pandemia mortal não ocorrerá no futuro. E mesmo que a próxima pandemia não seja tão grande como a gripe de 1918, seria sensato ter em conta
a turbulência social e económica que poderá resultar se algo como o ébola atingisse os centros urbanos"...

... "
Temos de nos preparar para as epidemias da mesma forma que os militares se preparam para a guerra. Isto inclui jogos de ataques virais ou bacterianos e outros exercícios de preparação para que possamos entender melhor como as doenças se podem espalhar, como as pessoas vão responder em situações de pânico e como lidar com coisas como estradas e sistemas de comunicações sobrecarregadas."...





"O mundo tem hoje 6,8 mil milhões de pessoas e a tendência é aumentar para os 9 mil milhões. Mas se fizermos um trabalho formidável trabalho em novas vacinas, cuidados de saúde, serviços de cuidados de saúde reprodutiva [abortos], podemos diminuir esse aumento populacional em, talvez, 10 ou 15 por cento, mas, mesmo assim, haverá um aumento de 1,3 mil milhões de pessoas".

"Bem, nesta próxima década, acreditamos que enormes progressos podem ser feitos tanto na descoberta de novas vacinas e assegurando-nos que elas sejam aplicadas em todas as crianças que delas necessitarem, podemos diminuir o nº de crianças que morrem todos os anos de cerca de 9 milhões para metade disso, se tivermos sucesso e os benefícios serão em termos de redução de doenças.
A redução do crescimento populacional dá à sociedade uma oportunidade de cuidar de si mesma".

terça-feira, outubro 17, 2017

A Indústria dos Incêndios continua a lucrar e a assassinar.

A Indústria dos Incêndios utiliza fundamentalmente dois instrumentos para fomentar os seus negócios:

a) Tecnologia sofisticada para fazer despoletar rapidamente incêndios em largas frentes e;

b) Governantes que tudo fazem para sabotar os meios de combate aos incêndios.



15 de Outubro de 2017 – O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes afirmou: "Têm de ser as próprias comunidades a ser proativas e não ficarmos todos à espera que apareçam os nossos bombeiros e aviões para nos resolver os problemas. Temos de nos autoproteger".



Segunda-feira, 16 de Outubro de 2017 – A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa – "Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é altura de demissões", afirmou a ministra aos jornalistas, depois de questionada várias vezes sobre as suas condições para permanecer no cargo. A ministra defendeu também que "as comunidades têm de se tornar resilientes às catástrofes".


16 de Outubro de 2017 – Uma hora depois de ter chegado à Proteção Civil, o primeiro-ministro saiu e falou aos jornalistas para garantir que a ministra da Administração Interna fica e que o problema que é preciso resolver é estrutural. Se a ministra "não tivesse condições para ficar, eu não estava aqui ao lado dela", disse António Costa, sublinhando mesmo que "é infantil pensar que consequências políticas significam demissões". E foi mais longe, o primeiro-ministro, assumindo que desastres como o de Pedrógão, em que morreram 64 pessoas, e o de hoje, em que mais cinco pessoas perderam a vida, vão continuar a acontecer.

"Desejo que não haja mais mortes", afirmou o líder do governo, "mas há muitos feridos e pessoas desaparecidas", pelo que disse não poder garantir que o número não iria aumentar. E apontou a reforma das florestas como solução para problemas que se acumulam há décadas e que não têm resolução simples ou rápida. "Seguramente situações destas vão repetir-se", disse claramente, questionado sobre a necessidade de impedir novas tragédias. "Não há soluções mágicas e não vale a pena iludir os portugueses sobre um problema que se acumulou durante décadas." “Para além disso, existem as segundas responsabilidades: os comportamentos dolosos e negligentes”, acrescentou. E os portugueses entendem, acredita Costa, como terão de perceber, "porque são adultos, que os governos não têm varinhas mágicas".


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https://youtu.be/GpqVy0GSs4k




https://youtu.be/w2nX-XPNZfY

sexta-feira, junho 02, 2017

Je suis Mórmon! Mason Wells, de 19 anos, sobreviveu a três ataques terroristas - Paris, Boston e Bruxelas...


Ataques terroristas de Bruxelas: O missionário americano ferido, Mason Wells, "sobrevive ao terceiro ataque terrorista" depois [de ter sobrevivido aos ataques terroristas] de Paris e de Boston.

FOTO: Mason Wells (à esquerda) e Joseph Empey ficaram feridos nas explosões no Aeroporto de Bruxelas


Um adolescente americano que foi ferido nas explosões mortais de Bruxelas sobreviveu ao seu "terceiro ataque terrorista", diz o seu pai, tendo estado perto de Paris durante os ataques [que aconteceram nessa cidade] e apenas a um quarteirão das explosões bombistas de Boston.

Mason Wells foi um dos quatro missionários Mórmons feridos nas explosões no aeroporto internacional da capital belga que aconteceram pouco antes de uma explosão numa estação do metropolitano.

O jovem de 19 anos sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles, lesões de estilhaços e queimaduras nos ataques que fizeram 34 mortos e mais de 200 feridos.

"
Este é o seu terceiro ataque terrorista", disse o pai Chad Wells à ABC News America, acrescentando que o seu filho ficou calmo durante a difícil experiência.

"Esta é a terceira vez que, infelizmente, na nossa sociedade, estamos ligados a uma explosão de bomba. Vivemos num mundo perigoso e nem todos são bondosos e afectuosos. Ele disse-nos que estava extremamente perto da explosão que o queimou. É uma bênção de Deus, ele estar vivo".




O Sr. Wells disse que ele e seu filho estavam a uma quarteirão da linha de chegada da Maratona de Boston, onde os ataques bombistas ocorreram em 2013, matando três pessoas e ferindo 264.

Estavam à espera da mãe de Mason Kymberly, que estava a correr no evento, mas que não ficou ferida.


O adolescente [Mason Kymberly], que estava a poucas horas de Paris durante os ataques coordenados em Novembro [em Paris] que mataram 130 pessoas, deverá recuperar completamente.

Os missionários Richard Norby, de 66 anos e Joseph Empey, de 20 anos, também foram hospitalizados após as explosões no aeroporto, que os atingiram enquanto acompanhavam um quarto missionário que viajava para Ohio numa missão.

Ela [a mãe de Mason Kymberly ] já passou pela segurança do aeroporto, disse a Igreja dos Santos dos Últimos Dias [Igreja Mórmon], mas também foi tratada por lesões menores após o ataque.

A família do Sr. Empey disse no Facebook que ele tinha sido tratado por queimaduras e submetido a cirurgia por causa dos ferimentos de estilhaços na perna.

"Os nossos corações estão a sofrer por todos aqueles que perderam a vida no ataque terrorista em Bruxelas", disse a família. "Gostaríamos todos de vos agradecer pelo vosso amor e orações".

Numa declaração em vídeo publicada on-line, Frederic J Babin, presidente da missão da igreja francesa de Paris, condenou os "trágicos acontecimentos" na Bélgica. "Quatro missionários ficaram feridos... estão a ficar bem, estão a ser tratados", disse ele. "Gostaríamos de agradecer a todos os que estiveram ao seu lado, ajudando-os a ficar melhor".


quinta-feira, março 23, 2017

22/3/2017 - Mais um atentado terrorista islâmico em Londres (desta vez, com atropelamentos e facadas)…



O Globo / 22/03/2017

Atentado em Londres: Foto mostra faca usada por terrorista

LONDRES — Segundo a polícia, um terrorista usou um carro para avançar contra várias pessoas na Ponte de Westminster. Em seguida, ao chegar na frente do Parlamento, o terrorista saiu do veículo e esfaqueou um policial, que morreu. Vestido de preto e armado com duas longas facas, o suspeito agia sozinho e foi baleado no local. Pelo menos cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas no ataque, que chocou a capital britânica.


Daesh reinvindica ataque em Londres

O grupo jihadista do Daesh reinvidica o ataque em Londres. Björn Stritzel, jornalista do Bild, partilhou na sua conta de Twitter a declaração do grupo terrorista.

"Um soldado do Daesh realizou o ataque, respondendo a um apelo para atacar cidadãos de estados da coligação [uma referência aos países que lutam contra o Daesh]", lê-se na declaração partilhada pelo grupo através da sua agência de propaganda.




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A espantosa coincidência acontecida no atentado
terrorista islâmico em Londres em 7/7/2005

Mais um atentado terrorista islâmico aconteceu ontem em Londres. Mas relembremos a extraordinária coincidência que se deu no atentado terrorista islâmico em Londres de 7 de Julho de 2005. O Diário de Notícias afirmava:

«Aquilo que todos os britânicos temiam aconteceu no dia 7 de Julho de 2005. Ao início da manhã, três bombas explodiram na rede de metro e num autocarro de Londres, fazendo mais de meia centena de mortos e pelo menos sete centenas de feridos.»

«Na origem daqueles que foram os piores atentados no Reino Unido desde Lockerbie, em 1988, estiveram quatro extremistas islâmicos que actuaram como bombistas suicidas. Alguns deles tinham estado recentemente a receber instruções em madrassas paquistanesas. Alguns dias mais tarde, a 21 de Julho, outros extremistas tentaram repetir o ataque. Foram mal sucedidos e acabaram presos, uns em Londres, outros em Birmingham, mas também em Roma, na Itália, à luz do mandado de captura europeu.»


Peter Power

O diálogo seguinte teve lugar na tarde do dia dos atentados (7 de Julho de 2005) na rádio BBC 5.

O repórter da BBC entrevistou Peter Power, Director Chefe da empresa Visor Consultants, que se define a si própria como uma empresa de consultoria para a “gestão de crises”. Power é um ex-funcionário da Scotland Yard:

PETER POWER: Às nove e meia da manhã estávamos efectivamente a realizar um exercício, utilizando mais de mil pessoas, em Londres, exercício esse baseado na hipótese de acontecerem explosões simultâneas de bombas, precisamente nas estações de metro onde elas aconteceram esta manhã, por isso ainda estou estupefacto.

BBC: Sejamos claros, você estava e efectuar um exercício para testar se estavam à altura de um acontecimento destes, e ele [o atentado] aconteceu enquanto faziam o exercício?

PETER POWER: Exactamente, e foi cerca das nove e meia da manhã. Nós planeámos isto para uma empresa, que por razões óbvias não vou revelar o nome, mas eles estão a ouvir e vão sabê-lo. Estava numa sala cheia de gestores de crises e, em menos de cinco minutos, chegámos à conclusão que aquilo era real, e portanto passámos dos procedimentos de exercícios de crise para uma situação real.



segunda-feira, março 20, 2017

"Teoria da Conspiração" – paranóia irracional e infundada ou uma arma retórica utilizada pela elite do poder para evitar oposição ou dissidência...


O atentado bombista de Bolonha

A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.

A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.

No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental. Entre os muitos actos de terrorismo que lhes são atribuídos, destacam-se:


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A expressão "Teoria da Conspiração" é amplamente reconhecida como possuindo uma forte carga negativa. É frequentemente usada como um acto de violência retórica e uma maneira de descartar uma suspeita razoável como paranóia irracional. Por exemplo, a elite dominante: banqueiros, empresários e administradores poderosos, políticos, etc., utilizam-na para escarnecer e descartar alegações contra eles, e como uma arma retórica para evitar oposição ou dissidência.

Rotular uma tese como sendo uma "Teoria da Conspiração" fá-la parecer menos credível baseado numa visão estereotipada de teorias de conspiração como paranóicas e infundadas.

A maioria das pessoas não pode resistir a obter os detalhes sobre as últimas teorias da conspiração, não importa o quão exageradas possam parecer. Ao mesmo tempo, muitas pessoas denunciam rapidamente qualquer teoria da conspiração como falsa... e, muitas vezes, como antipatriótica ou simplesmente ridícula. Convém, contudo, que não nos esqueçamos de todos os milhares de conspirações de Wall Street, como as fraudes e extorsões cometidas por Bernie Madoff e muitos outros, entre tantos outros crimes de conspiração.

Teoria da conspiração é uma expressão que originalmente era uma descrição neutra para qualquer alegação de conspiração civil, criminal ou política. No entanto, esta expressão chegou ao ponto de se referir quase exclusivamente a qualquer teoria marginal que explique um acontecimento histórico ou actual como resultado de uma maquinação secreta por conspiradores de poder e astúcia quase sobre-humanos. Conspirar significa "união de duas ou mais pessoas num acordo secreto para praticar um ato ilícito ou imoral ou usar tais meios para realizar um fim lícito". A expressão "teoria da conspiração" é frequentemente usada por estudiosos e na cultura popular para identificar operações secretas militares, bancárias, ou acções políticas destinadas a roubar poder, dinheiro ou liberdade ao "povo".

Para muitos, as teorias da conspiração fazem parte da natureza humana. Nem todas as pessoas neste mundo são honestas, trabalhadoras e verdadeiras sobre as suas intenções. Certamente todos podemos concordar com isso. Então, como é que a expressão "teoria da conspiração" foi agrupada com ficção, fantasia e folclore?

Os cépticos são essenciais para alcançar uma visão objectiva da realidade. No entanto, o cepticismo não é o mesmo que fortalecer a história oficial. Na realidade, uma teoria da conspiração pode ser considerada como uma alternativa à história oficial ou "mainstream" dos acontecimentos. Portanto, quando os cépticos tentam ridicularizar uma teoria da conspiração usando a história oficial como um meio de provar que a conspiração está errada, estão na realidade, apenas a reforçar a visão "mainstream" original da história e, não estão de facto a ser cépticos. Isto não é cepticismo, é apenas uma maneira conveniente para o ponto de vista da elite do poder ser sempre visto como a versão correcta.



Na verdade, é comum que "artigos que desmontam mitos" escolham teorias de conspiração muito marginais e sem grandes adeptos. Isto, por seu lado, faz com que todas as conspirações sobre um assunto pareçam dementes. A revista “Skeptics” e a “Popular Mechanics”, entre muitas outras, fizeram isso mesmo com o 11 de Setembro. Referiram-se apenas a menos de 10% das muitas teorias de conspiração diferentes sobre os acontecimentos do 11 de Setembro e escolheram as menos populares. Na verdade, eles escolheram a parte marginal, os pontos altamente improváveis de que apenas algumas pessoas falavam. Isto foi usado como a "investigação final" para se considerar as teorias da conspiração.

De facto, se as pessoas decidirem examinar as teorias da conspiração, na sua grande maioria vão imaginar que ponderar sobre uma conspiração está associado à loucura e à paranóia. Alguns sites sugerem que isso é como uma doença. Também não é surpreendente ver tantas pessoas na Internet a escrever sobre teorias de conspiração num tom condescendente, utilizando geralmente palavras como "excêntricos" ou "malucos". É frequente que um "perito" afirme que "para que estas conspirações sejam verdadeiras, seriam necessárias centenas, senão milhares das pessoas envolvidas. Não é concebível.”

É extremamente estranho que o pressuposto se situe em milhares de participantes numa conspiração. É difícil acreditar em qualquer conspiração envolvendo mais do que um punhado de pessoas, mas o facto é que houve conspirações neste mundo, comprovadas e não inventadas, que envolveram centenas de pessoas. Não é uma questão de opinião, é uma questão de facto.

Outro aspecto a considerar: já repararam que se a conspiração envolve interesses poderosos com capacidade de subornar, ameaçar ou manipular grandes instituições (como a máfia, grandes corporações ou o governo), então não acham estranho quando pessoas usam o argumento dessas instituições como o "contra-argumento" credível "? Ou seja, se estamos a discutir uma conspiração sobre a máfia e lemos um artigo que foi escrito pela máfia a desmascarar essa conspiração, não é necessário ser um génio para olhar para esse artigo com sério criticismo e desconfiança. É o caso de muitas conspirações.

Embora o cinismo inteligente possa ser certamente saudável, contudo, algumas das maiores descobertas de todos os tempos foram inicialmente recebidas (muitas vezes de forma virulenta) como teorias de conspiração blasfemas – pense-se na revelação de que a Terra não era o centro do universo, ou que mundo não era plano, mas sim redondo.

Seguem-se algumas (entre centenas) dessas teorias de conspiração modernas mais chocantes que se revelaram verdadeiras após investigação profunda. Algumas, através de audiências do Congresso (americano), outras através de jornalismo de investigação. Muitas delas, no entanto, foram simplesmente admitidas pelos envolvidos em notícias originais e credíveis sobre o assunto, bem como em documentários.

Há uns anos, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, uma exposição do terrorismo da NATO, a CIA e dos Serviços Secretos da Europa Ocidental contra cidadãos europeus em solo do velho continente nos anos 50, 60 e 70. Os atentados mais famosos foram os levados a cabo na Bélgica, na Alemanha e ainda os que ficaram conhecidos como Operação Gládio na Itália.

A NATO, a CIA e os Serviços Secretos da Europa Ocidental atribuíram os atentados a grupos radicais europeus: o «Nuclei Armati Rivoluzionari» e as «Brigadas Vermelhas» italianos, o «Nationalsozialistischer Untergrund» e o Grupo «Baader-Meinhof» alemães, o «Projekt 26» da extrema-direita suíça, etc.





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Operação Northwoods: No início da década de 1960, os líderes militares norte-americanos elaboraram planos para angariar apoio público para uma guerra contra Cuba, de forma a expulsar Fidel Castro do poder. Os planos incluíam cometer actos de terrorismo em cidades americanas, matando pessoas inocentes e soldados norte-americanos, fazer explodir um navio americano, assassinar emigrados cubanos, afundar barcos de refugiados cubanos e sequestrar aviões. Os planos foram aprovados pelos Chefes de Estado-maior, mas foram rejeitados pela liderança civil, e mantidos em segredo durante quase 40 anos.

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Incidente do Golfo de Tonkin: O incidente do Golfo de Tonkin foi o falso pretexto em que se baseou a Administração Lyndon B. Johnson para intervir directamente no Vietname numa guerra não declarada que se prolongou por mais de uma década provocando o maior desastre humano e ambiental da história desde a II Guerra Mundial.

sexta-feira, fevereiro 24, 2017

Sobre o "Terrorismo Islâmico" - dois palhaços da SIC Notícias ridicularizados por um humorista dos Monty Python

Martim Cabral, Terry Jones (dos Monty Python) e Nuno Rogeiro


A dupla da SIC Notícias (Martim Cabral - Nuno Rogeiro), entrevistou em 2007 o humorista dos Monty Python, Terry Jones, no programa "Sociedade das Nações".

Martim Cabral e Nuno Rogeiro, os grandes arautos da "Guerra ao Terrorismo" na SIC, trouxeram à baila, evidentemente, a intolerância religiosa islâmica, o Iraque, o 11 de Setembro e o terrorismo em geral.

Terry Jones, de sorriso no lábios, explicou-lhes, candidamente, que a "Guerra ao Terrorismo" constitui um excelente negócio para a indústria do armamento, e que certos governos fazem dela um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Contou-lhes, ainda, que Geoge W. Bush é um presidente patético ao serviço das grandes empresas do armamento.

A SIC Notícias passou, prudentemente, esta entrevista às 20:10 (à hora dos telejornais) do dia 28/12/2007, e às 3:30 da madrugada do dia 29/12/2007, porque, como afirma Alcides Vieira, Director de Informação da SIC, este canal o que pretende é que "quando um telespectador olha para a informação da SIC, veja que todos os jornalistas que aparecerem no ecrã estão a falar verdade e não estão ao serviço de um interesse. Porque essa é uma marca da SIC."




Os principais momentos da entrevista a Terry Jones:

Terry Jones: Quando fizemos "A Vida de Brian" lembro-me de ter dito ao resto da equipa: "Sabem que isto pode ser muito perigoso. Podemos ter um fanático religioso a fazer de nós alvos." E eles responderam: "Não há problema." Mesmo nessa altura em 1978, achei que seria uma área potencialmente perigosa de abordar. Mas acho que não hesitava em retratar a vida de Maomé.


Martim Cabral: Acha que alguém o apoiaria? Não acha que existe uma atmosfera internacional em que ninguém considera sequer fazer este tipo de paródia, especialmente se recordarmos os problemas que houve devido aos cartoons de uma revista norueguesa?

Terry Jones: Sim, seria quase impossível obter apoio, mas não pensei em fazer isso. Não vejo o Islão como a grande fonte do Mal, como as pessoas dizem e como Bush quer fazer parecer. Em 1998… Não, em 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, li uma revista interna da indústria do armamento, chamada "Weapons Today", que tinha grandes caças na capa. Era uma revista interna da industria do armamento e o editor-chefe escreveu: "Graças a Deus que Saddam existe." O editorial dizia que, com a queda do comunismo, o sector do armamento estava a atravessar uma crise. Não havia encomendas. "Mas agora temos um inimigo ao qual ninguém põe objecções, que é Saddam Hussein." Depois o editorial sugeria: "No futuro, podemos esperar que o Islão substitua o comunismo, porque haverá mais encomendas de armas." E podem apostar que, desde 1990, o sector do armamento tem promovido um conflito entre o Cristianismo e o Islão e é isso que temos visto desde então.


Martim Cabral: Já não é divertido nem legítimo fazer sátiras sobre religião, no ambiente em que vivemos actualmente.

Terry Jones: Concordo, mas não sei se esta situação se deve ao Islão ou à nossa indústria do armamento, que atiça e provoca o Islão.


Rogeiro: É curioso porque Chesterton, que era católico, comentou: "A superioridade de uma religião reflecte-se no facto de podermos satirizar com ela." Se pudermos gozar com ela, então, é uma religião superior.

Terry Jones: É um bom argumento para o Catolicismo.


Rogeiro: O que o irrita mais na conjuntura mundial actual? Sei que a questão do Iraque é algo que lhe custa a digerir.

Terry Jones: Sim, acho que o Iraque é o verdadeiro… Antes de invadirem o Iraque… A reacção ao 11 de Setembro foi completamente estúpida.


Rogeiro: O que significou, para si, o 11 de Setembro?

Terry Jones: Para mim, o 11 de Setembro resumiu-se a umas quantas pessoas que desviaram uns aviões para... Acho que o 11 de Setembro teve origem devido à situação no Médio Oriente com a Palestina, aquilo que os israelitas estão a fazer à Palestina, com a protecção e o aval dos Estados Unidos. O 11 de Setembro resumiu-se a isso. Claro que foi uma oportunidade imperdível para que os neo-conservadores norte-americanos transformassem isso numa cruzada contra o Islão.


Martim Cabral: Se fosse presidente dos Estados Unidos, como reagiria a um ataque como o das Torres Gémeas? O que faria? Como reagiria?

Terry Jones: Quando se é um presidente patético ao serviço das grandes empresas e do sector do armamento transformamos isso em algo politicamente vantajoso e fazemos disso um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Cria-se um estado permanente de guerra contra o "terror". É uma guerra que nunca pode ser vencida.


Martim Cabral: Mas o que faria? Imagine que está na Casa Branca.

Terry Jones: Foi um acto criminoso. Não podíamos apanhar os culpados porque estavam mortos. Tinha de haver operações secretas para descobrir os mentores. Não se fazem anúncios públicos, do género: "Achamos que estão escondidos no Afeganistão. Vamos bombardear-vos daqui a três semanas, está bem?" Isso dá à Al-Qaeda tempo suficiente para sair do Afeganistão e ir para outro local. Só então é que se bombardeia o Afeganistão.


Rogeiro: Escreveu no "The Guardian" que a gramática é vítima da guerra, penso eu, e defende que é impossível combater algo abstracto.

Terry Jones: Sim, na guerra contra o terror, estamos a enfrentar um substantivo abstracto.


Rogeiro: O terrorismo, além de ser abstracto, é algo muito concreto que mutila pessoas, que destrói vidas e cidades.

Terry Jones: Mas precisamos de um inimigo. Não podemos combater um conceito abstracto. É impossível combater o terrorismo. É como a luta contra a droga. É um conceito abstracto. Temos de saber quem vamos enfrentar. Temos de descobrir quem está por detrás disso para depois os capturar. Não se anuncia ao mundo onde estão os suspeitos para depois bombardear esses locais e criar ainda mais animosidade contra nós. É essa a intenção. A ideia não é salvar o Iraque, mas sim criar animosidade contra o Ocidente, para que haja um estado permanente de guerra.


Rogeiro: Porque acha que os britânicos reelegeram Tony Blair, depois de ele se ter envolvido na questão do Iraque?

Terry Jones: Porque reelegeram Tony Blair? Não faço ideia. Há muita… Até sei, mas não devia dizer isto. Acho que muita gente rema conforme a maré. Não sei.


Martim Cabral: Correndo o risco de sermos os três alvos de uma fatwa, não acha que Osama bin Laden seria uma personagem ideal para os Monty Pyton? Seria impossível inventar uma personagem como ele.


Terry Jones: Acho que ele (Osama bin Laden) deve ter sido influenciado pelos Monty Python.



A entrevista completa a Terry Jones, aqui:

segunda-feira, fevereiro 20, 2017

As diferenças entre a capa de um álbum musical e os Atentados de 11 de Setembro às Torres Gémeas do World Trade Center

Meses antes dos atentados de 11 de Setembro de 2001, o duo de rap «The Coup» publicou uma imagem promocional do seu álbum "Party Music", no web site da sua companhia de publicidade, que representava explosões nas Torres Gémeas do World Trade Center, quase exactamente nos mesmos pontos em que os aviões pirateados atingiram as Torres.




Jornal Expresso – 15 de Setembro de 2001 (quatro dias após o 11 de Setembro de 2001):

«A coincidência é chocante: a capa de um disco do grupo musical The Coup, criado muito antes dos atentados do dia 11, antecipou a realidade. Nessa capa as torres do World Trade Center explodem, proporcionando imagens muito semelhantes às que a tragédia real viria a registar.»

quarta-feira, dezembro 21, 2016

Sobre os atentados terroristas islâmicos que se têm abatido em catadupa sobre a Europa

Mais um atentado terrorista islâmico aconteceu ontem em Berlim. Mas relembremos a extraordinária coincidência que se deu no atentado terrorista islâmico em Londres a 7 de Julho de 2005. O Diário de Notícias afirmava:

«Aquilo que todos os britânicos temiam aconteceu no dia 7 de Julho de 2005. Ao início da manhã, três bombas explodiram na rede de metro e num autocarro de Londres, fazendo mais de meia centena de mortos e pelo menos sete centenas de feridos.»

«Na origem daqueles que foram os piores atentados no Reino Unido desde Lockerbie, em 1988, estiveram quatro extremistas islâmicos que actuaram como bombistas suicidas. Alguns deles tinham estado recentemente a receber instruções em madrassas paquistanesas. Alguns dias mais tarde, a 21 de Julho, outros extremistas tentaram repetir o ataque. Foram mal sucedidos e acabaram presos, uns em Londres, outros em Birmingham, mas também em Roma, na Itália, à luz do mandado de captura europeu.»


Mas parece que no atentado terrorista islâmico em Londres
aconteceu uma espantosa coincidência:

Peter Power

O diálogo seguinte teve lugar na tarde do dia dos atentados (7 de Julho de 2005) na rádio BBC 5.

O repórter da BBC entrevistou Peter Power, Director Chefe da empresa Visor Consultants, que se define a si própria como uma empresa de consultoria para a “gestão de crises”. Power é um ex-funcionário da Scotland Yard:

PETER POWER: Às nove e meia da manhã estávamos efectivamente a realizar um exercício, utilizando mais de mil pessoas, em Londres, exercício esse baseado na hipótese de acontecerem explosões simultâneas de bombas, precisamente nas estações de metro onde elas aconteceram esta manhã, por isso ainda estou estupefacto.

BBC: Sejamos claros, você estava e efectuar um exercício para testar se estavam à altura de um acontecimento destes, e ele [o atentado] aconteceu enquanto faziam o exercício?

PETER POWER: Exactamente, e foi cerca das nove e meia da manhã. Nós planeámos isto para uma empresa, que por razões óbvias não vou revelar o nome, mas eles estão a ouvir e vão sabê-lo. Estava numa sala cheia de gestores de crises e, em menos de cinco minutos, chegámos à conclusão que aquilo era real, e portanto passámos dos procedimentos de exercícios de crise para uma situação real.



sexta-feira, julho 15, 2016

Atentado Terrorista em Nice


Este vídeo de 24 segundos é supostamente o primeiro vídeo do atentado. Vê-se um camião branco a andar bastante devagar na marginal de Nice e depois a acelerar. Duas questões:

1 – Porque é que alguém estava a filmar o camião quando ele vinha tão devagar e quando ainda nada faria supor que se preparava para atropelar pessoas.

2 – Porque é que quando o camião começou a acelerar (e mesmo antes disso) se viram uma data de indivíduos a correr atrás dele?






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Daniele Ganser, professor de história contemporânea na universidade de Basileia e presidente da ASPO-Suíça, publicou um livro de referência sobre os "Exércitos secretos da NATO". Segundo Ganser, os Estados Unidos organizaram na Europa Ocidental durante 50 anos atentados que atribuíram mentirosamente à esquerda e à extrema esquerda para as desacreditar aos olhos dos eleitores. Esta estratégia continua hoje em dia para criar o temor do Islão, implementar legislação securitária e justificar as guerras do petróleo.

In «A estratégia da tensão - O terrorismo não reivindicado da NATO» de Silvia Cattori (Leia, a entrevista a Daniele Ganser feita pela jornalista.)




segunda-feira, abril 11, 2016

Sobre o "Terrorismo Islâmico" - dois palhaços da SIC Notícias ridicularizados por um humorista dos Monty Python

Martim Cabral, Terry Jones (dos Monty Python) e Nuno Rogeiro


A dupla da SIC Notícias (Martim Cabral - Nuno Rogeiro), entrevistou em 2007 o humorista dos Monty Python, Terry Jones, no programa "Sociedade das Nações".

Martim Cabral e Nuno Rogeiro, os grandes arautos da "Guerra ao Terrorismo" na SIC, trouxeram à baila, evidentemente, a intolerância religiosa islâmica, o Iraque, o 11 de Setembro e o terrorismo em geral.

Terry Jones, de sorriso no lábios, explicou-lhes, candidamente, que a "Guerra ao Terrorismo" constitui um excelente negócio para a indústria do armamento, e que certos governos fazem dela um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Contou-lhes, ainda, que Geoge W. Bush é um presidente patético ao serviço das grandes empresas do armamento.

A SIC Notícias passou, prudentemente, esta entrevista às 20:10 (à hora dos telejornais) do dia 28/12/2007, e às 3:30 da madrugada do dia 29/12/2007, porque, como afirma Alcides Vieira, Director de Informação da SIC, este canal o que pretende é que "quando um telespectador olha para a informação da SIC, veja que todos os jornalistas que aparecerem no ecrã estão a falar verdade e não estão ao serviço de um interesse. Porque essa é uma marca da SIC."




Os principais momentos da entrevista a Terry Jones:

Terry Jones: Quando fizemos "A Vida de Brian" lembro-me de ter dito ao resto da equipa: "Sabem que isto pode ser muito perigoso. Podemos ter um fanático religioso a fazer de nós alvos." E eles responderam: "Não há problema." Mesmo nessa altura em 1978, achei que seria uma área potencialmente perigosa de abordar. Mas acho que não hesitava em retratar a vida de Maomé.


Martim Cabral: Acha que alguém o apoiaria? Não acha que existe uma atmosfera internacional em que ninguém considera sequer fazer este tipo de paródia, especialmente se recordarmos os problemas que houve devido aos cartoons de uma revista norueguesa?

Terry Jones: Sim, seria quase impossível obter apoio, mas não pensei em fazer isso. Não vejo o Islão como a grande fonte do Mal, como as pessoas dizem e como Bush quer fazer parecer. Em 1998… Não, em 1990, antes da primeira Guerra do Golfo, li uma revista interna da indústria do armamento, chamada "Weapons Today", que tinha grandes caças na capa. Era uma revista interna da industria do armamento e o editor-chefe escreveu: "Graças a Deus que Saddam existe." O editorial dizia que, com a queda do comunismo, o sector do armamento estava a atravessar uma crise. Não havia encomendas. "Mas agora temos um inimigo ao qual ninguém põe objecções, que é Saddam Hussein." Depois o editorial sugeria: "No futuro, podemos esperar que o Islão substitua o comunismo, porque haverá mais encomendas de armas." E podem apostar que, desde 1990, o sector do armamento tem promovido um conflito entre o Cristianismo e o Islão e é isso que temos visto desde então.


Martim Cabral: Já não é divertido nem legítimo fazer sátiras sobre religião, no ambiente em que vivemos actualmente.

Terry Jones: Concordo, mas não sei se esta situação se deve ao Islão ou à nossa indústria do armamento, que atiça e provoca o Islão.


Rogeiro: É curioso porque Chesterton, que era católico, comentou: "A superioridade de uma religião reflecte-se no facto de podermos satirizar com ela." Se pudermos gozar com ela, então, é uma religião superior.

Terry Jones: É um bom argumento para o Catolicismo.


Rogeiro: O que o irrita mais na conjuntura mundial actual? Sei que a questão do Iraque é algo que lhe custa a digerir.

Terry Jones: Sim, acho que o Iraque é o verdadeiro… Antes de invadirem o Iraque… A reacção ao 11 de Setembro foi completamente estúpida.


Rogeiro: O que significou, para si, o 11 de Setembro?

Terry Jones: Para mim, o 11 de Setembro resumiu-se a umas quantas pessoas que desviaram uns aviões para... Acho que o 11 de Setembro teve origem devido à situação no Médio Oriente com a Palestina, aquilo que os israelitas estão a fazer à Palestina, com a protecção e o aval dos Estados Unidos. O 11 de Setembro resumiu-se a isso. Claro que foi uma oportunidade imperdível para que os neo-conservadores norte-americanos transformassem isso numa cruzada contra o Islão.


Martim Cabral: Se fosse presidente dos Estados Unidos, como reagiria a um ataque como o das Torres Gémeas? O que faria? Como reagiria?

Terry Jones: Quando se é um presidente patético ao serviço das grandes empresas e do sector do armamento transformamos isso em algo politicamente vantajoso e fazemos disso um motivo para criar o caos no Médio Oriente, para que haja um estado permanente de guerra. Cria-se um estado permanente de guerra contra o "terror". É uma guerra que nunca pode ser vencida.


Martim Cabral: Mas o que faria? Imagine que está na Casa Branca.

Terry Jones: Foi um acto criminoso. Não podíamos apanhar os culpados porque estavam mortos. Tinha de haver operações secretas para descobrir os mentores. Não se fazem anúncios públicos, do género: "Achamos que estão escondidos no Afeganistão. Vamos bombardear-vos daqui a três semanas, está bem?" Isso dá à Al-Qaeda tempo suficiente para sair do Afeganistão e ir para outro local. Só então é que se bombardeia o Afeganistão.


Rogeiro: Escreveu no "The Guardian" que a gramática é vítima da guerra, penso eu, e defende que é impossível combater algo abstracto.

Terry Jones: Sim, na guerra contra o terror, estamos a enfrentar um substantivo abstracto.


Rogeiro: O terrorismo, além de ser abstracto, é algo muito concreto que mutila pessoas, que destrói vidas e cidades.

Terry Jones: Mas precisamos de um inimigo. Não podemos combater um conceito abstracto. É impossível combater o terrorismo. É como a luta contra a droga. É um conceito abstracto. Temos de saber quem vamos enfrentar. Temos de descobrir quem está por detrás disso para depois os capturar. Não se anuncia ao mundo onde estão os suspeitos para depois bombardear esses locais e criar ainda mais animosidade contra nós. É essa a intenção. A ideia não é salvar o Iraque, mas sim criar animosidade contra o Ocidente, para que haja um estado permanente de guerra.


Rogeiro: Porque acha que os britânicos reelegeram Tony Blair, depois de ele se ter envolvido na questão do Iraque?

Terry Jones: Porque reelegeram Tony Blair? Não faço ideia. Há muita… Até sei, mas não devia dizer isto. Acho que muita gente rema conforme a maré. Não sei.


Martim Cabral: Correndo o risco de sermos os três alvos de uma fatwa, não acha que Osama bin Laden seria uma personagem ideal para os Monty Pyton? Seria impossível inventar uma personagem como ele.


Terry Jones: Acho que ele (Osama bin Laden) deve ter sido influenciado pelos Monty Python.



A entrevista completa a Terry Jones, aqui:

quinta-feira, março 24, 2016

O embuste dos atentados terroristas de Bruxelas


Há uns tempos, algo inexplicavelmente, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, a exposição do terrorismo americano contra cidadãos europeus ocidentais em solo do velho continente nos anos 50, 60 e 70. Os atentados mais famosos foram os levados a cabo na Bélgica, na Alemanha e ainda os que ficaram conhecidos como Operação Gládio na Itália. É um vídeo fundamental para se perceber o mundo em que vivemos hoje, que poderes se mexem na sombra e como somos insignificantes e sacrificáveis nestes jogos de guerra. É um documentário que eu não aconselho ninguém a perder.






Depois do desmoronar da União Soviética, a NATO, a CIA e os Serviços Secretos da Europa Ocidental converteram de forma magistral os «terroristas radicais da extrema-esquerda e da extrema-direita europeus» em «terroristas radicais islâmicos».

Alguns dos grupos terroristas radicais europeus mais conhecidos foram o «Nuclei Armati Rivoluzionari» e as «Brigadas Vermelhas», respectivamente da extrema-direita e da extrema-esquerda italiana, o «Nationalsozialistischer Untergrund» e o Grupo «Baader-Meinhof», respectivamente da extrema-direita e da extrema-esquerda alemã, o «Projekt 26» da extrema-direita suiça, etc.

A Operação Gládio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gládio.

O verdadeiro objectivo da Operação Gládio era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental.


A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à NATO: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.


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Entre os muitos actos de terrorismo da Operação Gládio, destacam-se:


O massacre de Bolonha (em italiano: Strage di Bologna) foi um atentado terrorista na Estação Central em Bolonha, Itália, na manhã de sábado, 2 de agosto de 1980, que matou 85 pessoas e feriu mais de 200. O ataque foi materialmente atribuído à organização terrorista neofascista Nuclei Armati Rivoluzionari. As suspeitas de envolvimento do serviço secreto italiano surgiu pouco depois, devido aos uso de explosivos ​​para a bomba e o clima político em que o massacre ocorreu, mas nunca foi provado.


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O atentado bombista dentro do Banco Nacional de Agricultura, na Piazza Fontana da cidade de Milão, em Itália, a 12 de Dezembro de 1969, que matou 17 pessoas e feriu 88. O atentado da Piazza Fontana foi uma grave ação terrorista que pela sua gravidade e importância política, assumiu um papel histórico, sendo geralmente considerado como o primeiro ato produzido pela estratégia da tensão. A responsabilidade pelos ataques foi atribuída a grupos de Extrema direita.

No "Memorial Moro", compilação do interrogatório a que Aldo Moro (que ocupou por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro da Itália ) foi submetido pelas Brigadas Vermelhas, enquanto foi mantido em cativeiro, Moro teria indicado como prováveis responsáveis pelo atentado, bem como pela estratégia da tensão, ramificações do Servizio Informazioni Difesa (o antigo serviço secreto italiano), onde estariam infiltradas várias figuras ligadas à direita, com possíveis influências de elementos de fora da Itália.


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Os massacres de Brabant, na Bélgica, que decorreram entre 1982 e 1985 e nos quais morreram 28 pessoas e outras 20 ficaram feridas. Na imagem o supermercado Delhaize onde foram mortas cinco pessoas.

Os últimos ataques dos massacres de Brabant levaram a rumores de que os terroristas tinham algum tipo de conhecimento interno e, possivelmente, a cumplicidade da Gendarmerie (corporação policial). Foi sugerido que o "Stay-behind" belga (Gladio) - operando como um ramo secreto do serviço militar belga tinha ligações com o gangue terrorista.


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O ataque terrorista Oktoberfest foi um ataque terrorista atribuído à direita radical. Em 26 de setembro de 1980, 13 pessoas morreram e 211 ficaram feridas após a explosão de uma bomba improvisada na entrada principal da Oktoberfest em Munique, Alemanha Ocidental. O ataque foi atribuído ao extremista de direita Gundolf Köhler, que foi morto ao colocar o dispositivo explosivo; no entanto, permanecem dúvidas quanto a saber se ele agiu sozinho.

Tudo o que se sabe sobre o ataque à bomba na Oktoberfest de Munique e, especialmente, a reação das autoridades, está em conformidade com o padrão de cooperação seguida pela NATO e pelas suas forças paramilitares secretas na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial - cooperação que está, possivelmente, ainda em curso. A existência dessas forças "stay-behind" tornou-se amplamente conhecida na Itália em 1990. Foi provado que os atentados em muitos países europeus, como à estação central de Bolonha, poucas semanas antes de ataque ao Oktoberfest em 1980, puderam ser atribuíveis à Gládio. As primeiras tropas de choque paramilitares das forças Gladio na Alemanha foram estabelecidas por agentes da inteligência americana e ex-nazis logo depois da guerra.


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Evidentemente que, com a implosão da União Soviética houve que arranjar outros "inimigos" para continuar o terrorismo da NATO e da CIA - os «felizes» contemplados foram os Muçulmanos.


E aí entram os «terroristas islâmicos» em acção para aterrorizar os ocidentais:







A Lista completa dos "atentados islâmicos" AQUI.


terça-feira, março 22, 2016

O que verdadeiramente está por detrás dos atentados terroristas de Bruxelas



(Nota minha: O Sem-Abrigo da imagem, quando fala em Terroristas de Bruxelas, referir-se-á a meia dúzia de muçulmanos do "DAESH" ou à rapaziada da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu?)




State sponsored terrorism .
Publicado por Never give up em Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016

quinta-feira, novembro 19, 2015

Um conselho a todos os terroristas: se por acaso vos apetecer fazer um atentado não caiam na asneira de levar documentos de identificação convosco...



«Ele seguiu-me até casa... Posso ficar com ele?»



Texto de Jean-Claude Paye

Devemos rir ou chorar? Desde o 11 de setembro de 2001, não há um ataque terrorista sem que os culpados, que era suposto esconderem-se, tudo façam para se identificar deixando para trás os seus documentos de identidade. Para o sociólogo Jean-Claude Paye, a aparente estupidez repetitiva dos terroristas deve ser interpretada como um dispositivo retórico do Poder para desorientar os cidadãos. Porque sendo a história oficial um absurdo, não podemos e não devemos desafiá-la.




Como parte da investigação sobre os assassinatos em Paris, um passaporte sírio foi encontrado junto de um dos homens-bomba do Stade de France. Depois de ser designado como responsável pelos ataques pelo presidente francês Hollande, o "Estado islâmico" reconheceu a autoria desses ataques.

Para o executivo francês que disse que queria intervir na Síria contra o Estado Islâmico, na realidade, contra a República Árabe da Síria e o seu presidente constitucional, Bashar Assad, que "tem de partir", esta é uma pista importante para consolidar uma operação militar. A duplicidade do discurso - apoiar uma organização que é designada inimiga e apelidar de terroristas pessoas que foram consideradas anteriormente como "combatentes da liberdade", não é uma prerrogativa do governo francês. Criar o seu próprio inimigo tornou-se um eixo da estratégia ocidental, confirmando que na estrutura imperial não há separação entre interior e exterior, entre o direito e a violência pura, entre o cidadão e o inimigo.

Na Bélgica, o pregador muçulmano Jean-Louis Denis é perseguido "por incitar os jovens a fazer a jihad armada na Síria", porque se acredita que ele tenha tido contactos com a «Sharia4Belgium», um grupo qualificado de "terrorista", o que o réu nega. O seu advogado destacou a ambiguidade da acusação neste caso, acusando no Tribunal Criminal de Bruxelas: "Enviamos as crianças para os braços do estado islâmico na Síria e são os vossos serviços (de informações) que o fizeram. O advogado sustentou as suas acusações destacando o papel nesta matéria de um agente infiltrante da Polícia Federal.

Em relação aos massacres de Paris, afigura-se que as principais preocupações dos terroristas eram ser identificados o mais rápido possível. No entanto, este paradoxo quase não nos surpreende. Um documento de identidade, milagrosamente encontrado e indicando o autor dos ataques que acabavam de ser cometidos, tornou-se um clássico. Este é um evento que se repete numa compulsão repetitiva designando sempre um culpado pertencente ao "movimento jihadista".

Na versão oficial do 11 de Setembro, o FBI alegou ter encontrado o passaporte intacto de um dos kamikazes [Satam Al Suqami, um dos sequestradores que ia a bordo do Voo 11 o primeiro avião a embater no World Trade Center] na proximidade de uma das duas torres completamente pulverizadas pelas explosões que libertaram uma temperatura capaz de fundir o aço das estruturas metálicas do edifício, mas preservaram intacto um documento em papel.


Investigators discovered the passport of Satam al Suqami, one of the terrorists aboard American Airlines Flight 11, the first plane to hit the World Trade Center - [ [ABC NEWS, 9/12/2001;ASSOCIATED PRESS, 9/16/2001; ABC NEWS, 9/16/2001]]


O embate do quarto avião (Flight 93 do 11 de Setembro) no campo aberto em Shanksville, também permitiu que a Polícia Federal encontrasse dois passaportes de dois dos presumidos terroristas. Um dos passaportes, pertencente a Saeed Alghamdi, parcialmente queimado ainda permitiu a identificação do terrorista, graças à presença do seu nome, apelido e fotografia. O outro passaporte, pertencente a Ziad Jarrah, está quase todo queimado, mas parte da fotografia ainda é visível. Esta possibilidade é particularmente bizarra porque do embate do avião apenas ficou a cratera do impacto. Nenhuma parte da fuselagem, dos passageiros ou do motor escapou. Apenas dois passaportes parcialmente queimados.


The Saudi passport of Saeed Alghamdi, said to be discovered in the wreckage of Flight 93. [Source: FBI]. And the Lebanese passport of Ziad Jarrah - wreckage of Flight 93. [Source: FBI].



O inverosímil como uma medida da verdade

No caso de Charlie Hebdo, os investigadores encontraram o cartão de identidade dos irmãos mais velhos Kouachi no carro abandonado no nordeste de Paris. A partir deste documento, a polícia fica a saber que se trata de indivíduos já conhecidos pelos serviços antiterroristas, «pioneiros do jihadismo francês». A perseguição pode começar. Como é que assassinos, perpetrando um ataque com um sangue frio e uma competência profissional, podem cometer um tal erro? É sabido que não trazer papéis de identificação faz parte do ABC de qualquer ladrão de meia tigela.


Os cartões de identidade dos irmãos Kouachi

Depois do 11 de setembro, o inverosímil faz parte do nosso quotidiano. Tornou-se o fundamento da verdade. A Razão é banida. No se trata de acreditar naquilo que é dito, mas de aderir ao que é dito nos Media pelas autoridades, seja qual for o absurdo da declaração. Quanto mais isto é evidente, tanto mais a crença no que é dito tem de ser inabalável. O improvável torna-se a medida e a garantia da verdade.



Um acto de guerra contra as populações

Aprovada em Junho de 2015, a lei sobre os serviços de informações, um projecto já com um ano, foi apresentado como uma resposta aos atentados de Charlie Hebdo. A lei permite incluindo a instalação de "caixas negras" nos provedores de serviços de Internet para capturar os metadados do utilizador em tempo real. Permite também a instalação de microfones, balizas de localização, instalação de câmaras e spyware.

Estão sujeitos a essas técnicas especiais de vigilância, não os agentes de uma potência estrangeira, mas a população francesa. Esta última é assim tratada como um inimigo do poder executivo, que toma a decisão e o "controlo" desses dispositivos secretos. Sob o pretexto da luta contra o terrorismo, esta lei legaliza as medidas já em vigor, colocando à disposição do Executivo um dispositivo permanente, clandestino e quase ilimitado de vigilância sobre os cidadãos. A ausência de qualquer eficácia na prevenção de ataques mostra claramente que são os cidadãos franceses que estão sujeitos à lei e não os terroristas. Ao alterar a natureza dos serviços de contra-espionagem para a vigilância dos cidadãos, esta lei é um ato de guerra contra eles. Os massacres que acabam de ter lugar em Paris são bem reais.