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segunda-feira, março 14, 2016

Essa fraude imensa chamada Austeridade



Como podem os políticos representar o povo, se lhes são dados milhões para representar uma elite?


Texto de Caoimhghin Ó Croidheáin

Global Research - 08/02/2013


A austeridade é uma farsa. Dívida é a economia dos "pequenos". Se são as pessoas que produzem a riqueza, então por que é que elas são sempre pobres e / ou pessoas a pagar dívidas? Porque as pessoas ricas, nacionais e estrangeiros, emprestam-nos o dinheiro (com juros) que retiraram à sociedade, sob a forma de lucros, para preencher o buraco que eles criaram. Desta forma, somos triplamente explorados:

1 - Somos tributados sobre os salários;

2 - Somos alienados (roubados) da riqueza criada (lucros);

3 - Pagamos juros sobre o dinheiro pedido emprestado pelos ricos para pagar o capital e as despesas correntes necessárias para a subsistência da sociedade.


Quando existe uma crise económica causada por essa drenagem constante da riqueza da economia, os "especialistas" debatem a melhor maneira de impor cortes para nos trazer de volta para "o caminho para a recuperação". Isto até seria engraçado se tantas pessoas não fossem apanhadas pelo mar do desemprego e por uma vida de subsistência. Além disso, qualquer rejeição dessa "Dívida" não é tolerada pelas elites que supervisionam os “reembolsos da Dívida” pelos "pequenos".

Se uma forma de pagamento de uma dívida (notas promissórias) é vista como desonesta e provavelmente insustentável (devido à lei ou oposição pública), então é criada legislação à pressa para converter a "Dívida" numa forma mais aceitável aos olhos do povo - títulos do tesouro. Esta era a situação esta semana (8/2/2013) em Dublin. Como é que isto aconteceu?

"Em 2010, dois bancos, na altura, o Anglo Irish Bank e o Irish Nationwide (agora Irish Bank Resolution Corporation ou IBRC), tiveram necessidade de receber do Estado cerca de 30 mil milhões de Euros por causa de seu “estado periclitante, na sequência do colapso do mercado imobiliário.”



Eu sou irlandês, não Anglo-Irlandês.
A dívida do banco não é um problema meu.

O ministro das Finanças, Brian Lenihan passou uma nota promissória ao IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) - dizendo basicamente "Devemos-lhe € 31 mil milhões de euros" - que o banco usou como garantia para pedir esse dinheiro emprestado ao fundo de emergência de assistência de liquidez ao Banco Central da Irlanda (ELA). Segundo esse acordo, o Estado concordou em pagar € 3.06 centenas de milhões de euros (€ 306.000.000) todos os anos ao IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) até 2023, seguido de pagamentos menores até completar o pagamento do capital emprestado mais os juros.

Como Stephen Donnelly, que foi veementemente contrário às notas promissórias, salienta: "[Isso] iria entrar certamente em conflito com duas directivas europeias: Que nenhum banco europeu poderia falhar e que as perdas potenciais e perda de lucros dos grandes investidores jamais seria pago integralmente pelo público ".

Uma das hipóteses colocadas na mesa pela Irlanda foi trocar as notas promissórias por um título do tesouro a longo prazo - possivelmente proveniente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM) - com os pagamentos distribuídos por 40 anos. O que é que se pretendia com tudo isto? Bem o primeiro-ministro da República da Irlanda - Enda Kenny – explica provavelmente melhor quando recentemente afirmou que seria como trocar um "gravíssimo saque a descoberto (ordem de pagamento de valor maior que o existente numa determinada conta) por uma hipoteca a longo prazo com juros baixos.



Enda Kenny: Eu sei como é estar desempregado.
Durante anos não fiz a ponta de um chavo.

A aterradora expectativa do BCE (Banco Central Europeu) seria a perda do controlo sobre a oferta de dinheiro e o efeito de arrastamento que isto iria ter nos mercados se cada governo da UE fizesse o mesmo. Portanto, de um dia para o outro, foi aprovada em Dublin uma legislação para passar notas promissórias para títulos do tesouro, para encerrar o IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) e colocar os pagamentos numa base mais estável, mais "normalizada". O primeiro-ministro Enda Kenny explicou no parlamento:

A parte principal do pagamento sobre esses títulos será feita em 25 anos (até 2038), com o resto a ser pago até 2053. O prazo médio desses títulos do tesouro será de 34 anos em vez dos normais 7 – 8 anos das notas promissórias.” A taxa de juro média desses títulos do tesouro será de 3 por cento, comparada com os 8 por cento das notas promissórias.”

Claro que os filhos e os netos dos "pequenos" podem pagar a "Dívida" em vez de nós! Isto foi confirmado pelo ministro das Finanças Michael Noonan, que disse que o acordo sobre a Dívida bancária garantida pelo Governo "alivia a carga distribuindo-a por todos" (exceto os seus filhos desavisados).

O Anglo Irish Bank: não apenas o nosso porta-voz da campanha da Dívida, Andy Storey, descreveu a Dívida como "ilegítima – como se arranjou dinheiro para pagar aos especuladores que apostaram o seu dinheiro num banco desonesto, agora sob investigação criminal, e que a Dívida não é das pessoas comuns e não deve em nenhuma circunstância ser reclassificada como "soberana". Afirmou igualmente que apressar hoje "legislação de emergência através do parlamento e do senado nessa base, seria "desonesto e antidemocrático - em vez de haver um debate adequado e informado sobre este assunto extremamente sério, o governo corta a direito através de legislação que levará as pessoas que vivem na Irlanda a assumir a responsabilidade formal do pagamento de dívidas que não são suas"."

Como se isso não fosse suficientemente cruel, o Eurostat, a agência de dados da Comissão Europeia, calculou o custo da crise bancária em cada país da UE e de acordo com Michael Taft, a Irlanda ficou quase a par da Alemanha no sombrio título de gastar mais com a crise bancária. € 41 mil milhões de euros até agora, de acordo com os dados da contabilidade do Eurostat (este número não leva em conta os milhares de milhões enterrados nos bancos pelo nosso Fundo Nacional de Reserva de Pensões, não sendo estes contados como um "custo" para o orçamento do Governo Geral). [...] A crise bancária europeia até o momento custou a cada indivíduo na Irlanda quase 9.000 €. A média em toda a UE é de € 192 por habitante. [...] O povo irlandês pagou 42 por cento do custo total da crise bancária europeia. "

Não é por acaso que Angela Merkel declarou que a Irlanda era um "caso especial" para um acordo da Dívida bancária. Revisando a famosa frase de Churchill - "Nunca tão poucos roubaram tanto a tanta gente ".


quinta-feira, dezembro 10, 2015

Sobre a verdadeira causa das «Crises Financeiras» e das «Austeridades» que grassam por esse mundo fora…


Post dedicado aos "Comentadores Económicos" de pacotilha que pululam nos jornais, televisões, rádios e revistas, e que, por venalidade, ignorância ou estupidez, defendem que os países devem pagar uma «dívida» criminosa, que foi deliberadamente criada pelo Poder Financeiro Internacional, devidamente acolitado pelos «nossos representantes eleitos»...



Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.

Em 22 de Maio de 1920, Henry Ford escreveu no Jornal "The Dearborn Independent":

"Existe no mundo de hoje, ao que tudo indica, uma força financeira centralizada que está a levar a cabo um jogo gigantesco e secretamente organizado, tendo o mundo como tabuleiro e o controlo universal como aposta. As populações dos países civilizados perderam toda a confiança na explicação de que «as condições económicas» são responsáveis por todas as mudanças que ocorrem. Sob a camuflagem da «lei económica» muitíssimos fenómenos foram justificados, os quais não se deveram a nenhuma lei económica a não ser a do desejo egoísta humano operado por meia dúzia de homens que têm o objectivo e o poder de trabalhar a uma vasta escala com nações como vassalas."


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Senador e candidato a presidente norte-americano Barry Morris Goldwater (1909 – 1998), escreveu no seu livro - "With No Apologies" (página 231):

"Uma organização em mãos privadas, a Reserva Federal (banco central norte-americano) não tem nada a ver com os Estados Unidos. A maior parte dos americanos não compreende de todo a actividade dos agiotas internacionais. Os banqueiros preferem assim.

Nós reconhecemos de uma forma bastante vaga que os Rothschilds e os Warburgs da Europa e as casas de J. P. Morgan, Kuhn, Loeb & Co., Schiff, Lehman e Rockefeller possuem e controlam uma imensa riqueza. A forma como adquiriram este enorme poder financeiro e o empregam é um mistério para a maior parte de nós. Os banqueiros internacionais ganham dinheiro concedendo crédito aos governos. Quanto maior a dívida do Estado político, maiores são os juros recebidos pelos credores. Os bancos nacionais da Europa são na realidade possuídos e controlados por interesses privados.
"


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Woodrow Wilson (1856 - 1924), que foi Presidente dos Estados Unidos de 1913 a 1921, escreveu no seu livro "The New Freedom" (1913):

"Uma grande nação industrial é controlada pelo seu sistema de crédito. O nosso sistema de crédito está concentrado. O crescimento da Nação e de todas as nossas actividades está nas mãos de meia dúzia de homens. Tornámo-nos num dos mais mal governados, num dos mais completamente controlados e dominados Governos no mundo – não mais um Governo de liberdade de opinião, não mais um Governo pela convicção e pelo voto da maioria, mas um Governo pela opinião e intimidação de um pequeno grupo de homens dominantes.[...]

Desde que entrei para a política, tenho ouvido maioritariamente opiniões de homens que me são segredadas em privado. Alguns dos maiores homens nos Estados Unidos, no campo de comércio e da manufactura, estão com medo de alguém, estão com medo de alguma coisa.
Eles sabem que existe um poder algures tão organizado, tão subtil, tão vigilante, tão integrado, tão completo, tão penetrante, que preferem sussurrar quando o amaldiçoam."



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Na imagem, um processo de «Recapitalização da Banca»
por forma a prevenir possíveis «Riscos Sistémicos»...

segunda-feira, outubro 05, 2015

Resultados das Eleições Legislativas 2015: há cerca de dois milhões de retardados em Portugal a votar contra si próprios...


O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].


Na imagem, uma das milhões de vítimas da «AUSTERIDADE»



Os dados publicados pelo INE, demonstram como a pobreza e a desigualdade se agravaram nos últimos quatro anos em consequência da política seguida pela Coligação PSD + CDS. Segundo os últimos dados apurados, Portugal está mais pobre em resultado da «Austeridade», responsável pela destruição de emprego e do aumento da precariedade no trabalho, pela diminuição do nível de vida por cortes e pela diminuição nos salários, nas pensões e outras prestações da segurança social, e ainda ao agravamento dos impostos sobre os rendimentos do trabalho e pensões, degradação na educação, degradação nos cuidados de saúde, etc., etc., etc.

Sabe-se que o total de votos na coligação PSD + cds foi de dois milhões, sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (2.060.186), cerca de 738 mil pessoas a menos do que nas últimas eleições de há quatro anos (2011) e que se devem ter distribuído pela Abstenção, pelo PS, pelo Bloco de Esquerda, etc..

Politólogos calculam que o total pessoas que beneficiaram de conexões com a Coligação PSD + cds: financeiros recapitalizados, industriais e empresários com negociatas por baixo da mesa, tipos engajados nos partidos da Coligação e gente cujos empregos dependeram de uma cunha da Coligação - rondaria os cerca de sessenta mil, cento e oitenta e seis pessoas (60.186).

E quem tem queda para a matemática facilmente chegará à conclusão que 2.060.186 menos 60.186 dará aproximadamente dois milhões de pessoas (2.000.000).

Donde facilmente se concluiu que estes dois milhões de pessoas que agora votaram na Coligação foram prejudicados por ela (a Coligação): com a «Austeridade» muitos ficaram desempregados, outros precarizados, outros sofreram cortes e diminuições nos seus salários, pensões e outras prestações da segurança social, sofreram agravamento de impostos e diminuição do nível de vida.

Ora, cidadãos que viram as suas condições de vida diminuir desta forma devido à política de «Austeridade» levada a cabo por indivíduos a quem toda a gente (da esquerda à direita) chamava abertamente mentirosos e gatunos e, mesmo assim, voltaram a votar neles, são pessoas que apresentam sintomas de atraso mental em graus variáveis - demonstram pouca capacidade de julgamento, falta de prevenção e demasiada credulidade entre outras coisas...



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Por outro lado, A coligação Portugal à Frente - PàF está convencida que ganhou as eleições legislativas com 36,8 por cento dos votos (embora sem maioria absoluta). Pois a PàF está enganada. Nestas eleições teve apenas 22% dos votos e a Abstenção 45%.



Acontece que, quem se abstém está também a dar uma opinião. E essa opinião sugere que essa pessoa já deixou de acreditar na fantochada da «democracia representativa» apinhada de vendidos, vigaristas, bandidos e mentirosos.

Quem se recusa a entregar os seus destinos a «representantes eleitos» talvez queira fazer parte integrante do processo de decisão. Talvez queira uma Democracia Directa.

E porque não? A evolução dos computadores e das telecomunicações já o permitem. Porque diabo há-de alguém de entregar uma decisão que o afecta - a nível de prédio, de bairro, de localidade, de freguesia, de concelho, de distrito, de país, da Europa - seja qual for o tema em debate, a indivíduos que não conhece e que não sabe quem estará por trás dele?




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Um jornalista dá uma fortíssima machadada na «democracia representativa»:


Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

sexta-feira, julho 03, 2015

A verdadeira razão pela qual a Austeridade se tornou imprescindível em todo o mundo…


Esta necessidade da Austeridade deveu-se sobretudo a duas ordens de razões:

1 – Subitamente, em 2008, fosse por causa da crise do Subprime (hipotecas de risco), dos activos tóxicos bancários, da incompetência, distração ou ladroagem dos banqueiros, ou pela evaporação pura e simples do dinheiro dos bancos (devido ao aquecimento global), os governos de quase todos os países viram-se na obrigação de forçar os cidadãos a injectar quantias incomensuráveis de dinheiro do seu próprio bolso nos conglomerados financeiros de forma a prevenir a sempre aborrecida "desestabilização" dos bancos, das empresas de seguros e de investimento.



2 – Em simultâneo, constatou-se que 99% dos cidadãos da Europa, da América e de todo o planeta vivia muito acima das suas possibilidades. Desta forma, e a contragosto, os governos, sensatamente coadjuvados pelos conglomerados financeiros, venderam ao desbarato as principais e mais prósperas empresas dos respectivos Países, cortaram corajosamente nos salários, pensões e subsídios de desemprego da população, "transferiram" boa parte das verbas destinadas à educação, saúde e segurança social para empresas privadas, etc., etc., etc.

Evidentemente, e como já seria de esperar, os radicais fundamentalistas da esquerda mais extremada (e, não tenhamos medo das palavras - terroristas anarquistas), logo vieram gritar que o desemprego tinha subido para mais de 20%, que a classe média estava a cair na miséria, que os pensionistas e desempregados não tinham meios para sobreviver, que a emigração e as taxas de suicídio dispararam e mais uma data de outras palermices próprias de dementes...

A seguir, imagens de algumas "Manifestações Anti-Austeridade", levadas a cabo um pouco por todo o lado, por alguns desses tresloucados que se obstinam de forma insana contra as boas práticas da Finança e da Economia:


Canadá - Montreal - 12 Dezembro 2014





Estados Unidos - Portland - Los Angeles - Nova Iorque





Islândia - Reiquiavique - Janeiro 2009





Suécia - Estocolmo - 20 Setembro 2007





Dinamarca - Copenhaga - 10 Junho 2010





Alemanha - Frankfurt - 18 Março 2015 e Berlim - 17 Maio 2014





Holanda - Amsterdão - 21 Setembro 2013





Bélgica - Bruxelas - Abril 2014





Inglaterra - Londres - 20 Junho 2015 e 22 Julho 2014






Irlanda - Dublin - 3 Outubro 2014





França - Paris - 9 Abril 2015





Itália - Milão - 4 Outubro 2013





Espanha - Madrid - 20 Maio 2011





Portugal - Lisboa - 2 Março 2013





Grécia - Atenas - 29 Maio 2011





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Na imagem, a responsável acção dos governos na "estabilização" das instituições financeiras, transferindo dinheiro dos cidadãos que viviam acima das suas possibilidades (praticamente todos) e entregando-o avisadamente aos verdadeiros criadores de riqueza:


terça-feira, março 10, 2015

O embuste Syriza - ou uma forma encontrada pelo Monopólio Financeiro para serenar o crescente sentimento de rebelião das populações



Na imagem, uma criança usufruindo da sua zona de conforto depois da casa onde vivia ter sido penhorada, porque os pais, ambos desempregados, ficaram a dever 30 cêntimos ao Fisco...


Cronologia da extorsão e de uma tentativa de amansamento da população

1 - Subitamente e SIMULTANEAMENTE, em todo o Planeta, o Monopólio Banqueiro Mundial (nas mãos de meia-dúzia de indivíduos) forja uma «Crise Financeira Global». Ali, é a crise dos subprime; acolá, são os produtos tóxicos; além são as «imparidades bancárias»; algures, é a incompetência dos banqueiros; aqui é a corrupção dos banqueiros, alhures é o dinheiro que se evapora dos bancos, etc. Em suma, por uma extraordinária coincidência e pelos mais variados motivos, a «Crise Financeira Global» aconteceu em todo o lado ao mesmo tempo. Este facto é claramente indiciador de que toda a banca mundial age a uma só voz e é propriedade de uma pequena elite.




2 - Consequentemente, e para evitar um efeito dominó (ou de contágio) de cariz financeiro de consequências "catastróficas", os «representantes eleitos - políticos» de todos os países afadigaram-se em recapitalizar os bancos à custa dos respetivos contribuintes. Nunca, na história da humanidade, tantas «indústrias financeiras» receberam tanto apoio monetário de tantos pagadores de impostos...




3 - Neste esforço para aguentar a «Indústria Financeira», sem a qual (segundo a esmagadora maioria dos comentadores mediáticos) a vida económica no planeta seria insustentável, o Monopólio Financeiro Mundial criou, e falando apenas da Europa, os «Serviços da Dívida», os «Memorandos da Troika», as «Políticas de Austeridade», as «Reformas do Estado», as privatizações das empresas nacionais lucrativas, etc., etc., etc...




4 - Contudo, perante a crescente revolta das populações que, com tanto de estúpidas como de ingratas, não sabem reconhecer o esforço que a «Indústria Financeira» têm feito por elas, o Monopólio Financeiro Mundial achou por bem, e graças ao seu apoio financeiro e mediático, substituir alguns partidos do «Centrão» por partidos de «Esquerda Radical». Isto, para acalmar a ira das populações...



5 - Desta forma, a Grande Finança subsidiou e propagandeou na Grécia o partido Syriza (Coligação da Esquerda Radical ) para substituir o PASOK (o PS grego) nos partidos que formavam o Centrão grego. Em Espanha, a Grande Finança está a subsidiar e a propagandear o partido «Podemos», que já aparece como vencedor no caso de umas eleições gerais em Espanha com 27,7 % dos votos em comparação aos 26,2 % do PSOE (PS) e 20,7 % do PP (PSD).




6 - O Syriza, que antes de ter vencido as eleições, prometia partir a loiça toda - recusar o pagamento da «Dívida», rasgar o memorando da Troika, dizer não às privatizações, acabar com a Austeridade, etc. - em menos de uma semana após as eleições virou o bico ao prego e deu uma volta de 180º.




7 - O Monopólio Banqueiro Mundial, para tentar manter a aparência de veracidade da «revolução grega», deu instruções a alguns dos seus actores (melhor dizendo, lacaios) na Alemanha, em Portugal e no grego Syriza, para protagonizarem uma pequena comédia cujo guião consistiria no seguinte:



a) A Chanceler alemã, Angela Merkel, e o Ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, dariam a impressão que é a Alemanha que anda a sustentar isto tudo e mostrar-se-iam irredutivelmente contra qualquer mudança de políticas não austeritárias.


b) O Primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, e a Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, mostrar-se-iam absolutamente solidários com as posições do governo alemão, reforçando que mais austeridade é o caminho certo para a prosperidade, e dando um valente puxão de orelhas ao Syriza, aos gregos em geral e a outras populações europeias pouco dadas a sair da sua zona de conforto...


c) O Primeiro-ministro grego, Aléxis Tsípras, e o seu Ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, mostrar-se-iam triunfantes por terem afrontado os grandes poderes financeiros europeus e mundiais, embora sem terem conseguido qualquer resultado.


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Num futuro que se espera para breve, banqueiros (too rich to jail), políticos (too corrupt to run a country) e jornalistas-comentadores (too deceivers to inform) - but not too wet to burn,

Serão justiçados por cidadãos too tired to be austerized:


terça-feira, dezembro 09, 2014

Quando dúzia e meia de vampiros apátridas conseguem espoliar e enviar para a miséria um planeta inteiro




Henry Ford (The Dearborn Independent, 22 Maio de 1920):

«Existe no mundo de hoje, ao que tudo indica, uma força financeira centralizada que está a levar a cabo um jogo gigantesco e secretamente organizado, tendo o mundo como tabuleiro e o controlo universal como aposta. As populações dos países civilizados perderam toda a confiança na explicação de que «as condições económicas» são responsáveis por todas as mudanças que ocorrem. Sob a camuflagem da «lei económica» muitíssimos fenómenos foram justificados, os quais não se deveram a nenhuma lei económica a não ser a do desejo egoísta humano operado por meia dúzia de homens que têm o objectivo e o poder de trabalhar a uma vasta escala com nações como vassalas

«(...) Aquilo a que chamamos capital aqui na América é normalmente dinheiro usado na produção, e referimo-nos de forma errada ao fabricante, ao gerente do trabalho, ao fornecedor de ferramentas e empregos – referimo-nos a ele como o "capitalista". Mas não. Ele não é o capitalista no verdadeiro sentido do termo. Porque, ele próprio tem de ir ao capitalista pedir o dinheiro que precisa para financiar os seus projectos. Existe um poder acima dele – um poder que o trata muito mais duramente e o controla de uma maneira mais implacável do que ele alguma vez se atreveria a fazer com o trabalho. Essa, na verdade, é uma das tragédias dos nossos tempos, que o "trabalho" e o "capital" lutem um com o outro, quando as condições contra as quais cada um deles protesta, e com as quais cada um deles sofre, não está ao seu alcance o poder para o remediar, a não ser que arranjassem uma forma de arrancar à força o controlo mundial de um grupo de financeiros internacionais que forjam e controlam estas condições


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Quem tem nas mãos o monopólio do poder financeiro mundial? Quem tem o poder de criar «Crises Financeiras» a nível global, simplesmente com malabarismos contabilísticos de dinheiro que criam do nada, e empobrecer centenas de milhões de pessoas (ao mesmo tempo que os avanços tecnológicos nos permitem multiplicar a produção de bens)? Quem são estas sanguessugas que nos andam a destruir? E de que forma é que as podemos esmagar?






Portugal - Milhares contra austeridade nas principais cidades do País - Em Lisboa, milhares de pessoas já estão a caminho da Praça de Espanha e no Porto são também milhares os que desfilam na Avenida dos Aliados contra as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, num protesto que também vai decorrer noutras 40 cidades portuguesas.



Bélgica - Uma manifestação contra a austeridade em Bruxelas juntou hoje cerca de cem mil pessoas e acabou com confrontos entre manifestantes e a polícia.



França - Milhares de pessoas manifestaram-se, este sábado, em Paris contra as medidas de austeridade do governo francês, uma acção organizada por sindicatos e associações que conseguiram realizar trinta protestos simultâneos em diversas cidades francesas como Toulouse, Bordéus e Estrasburgo.



Espanha - Milhares de pessoas manifestaram-se, sábado, em várias cidades espanholas contra a austeridade e a miséria, num protesto em que a classe política foi acusada de "corrupta".



Itália - Manifestantes e policias enfrentaram-se neste sábado durante protestos contra a austeridade nas cidades italianas de Roma, Turim e Veneza…



Alemanha - Milhares de alemães e italianos manifestaram-se hoje, sábado, contra os planos de austeridade dos respectivos governos.



Holanda - Haia - Manifestação contra cortes nas despesas sociais. O governo holandês, que tem sido um dos mais extremados defensores da política de austeridade, decidiu esta semana suspender um novo plano de cortes nas despesas sociais, no montante de 4.300 milhões de euros. Esta suspensão deve-se ao facto da Holanda ter entrado em recessão pelo segundo ano consecutivo.



Grécia - Milhares de gregos manifestam-se contra a austeridade. Os manifestantes concentraram-se na Praça Syntagma, junto ao Parlamento, em Atenas, para contestar a existência de um milhão e meio de desempregados no país e de meio milhão de trabalhadores que não recebem salário há vários meses.



Inglaterra - Londres: Baixos salários geram grande manifestação. Pelo menos 80 mil pessoas manifestaram-se hoje em Londres contra os baixos salários e os cortes na despesa pública para diminuir o défice britânico… O Governo britânico já assegurou que a austeridade deve continuar para equilibrar as contas públicas e que não pode aumentar os salários no setor público.


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Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel Modelo T revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.

Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos considerados anti-judaicos, cumulativamente intitulados «O Judeu Internacional» - «The International Jew».

Segue-se um excerto do primeiro artigo [The Dearborn Independent, 22 Maio de 1920]:


«Existe no mundo de hoje, ao que tudo indica, uma força financeira centralizada que está a levar a cabo um jogo gigantesco e secretamente organizado, tendo o mundo como tabuleiro e o controlo universal como aposta. As populações dos países civilizados perderam toda a confiança na explicação de que «as condições económicas» são responsáveis por todas as mudanças que ocorrem. Sob a camuflagem da «lei económica» muitíssimos fenómenos foram justificados, os quais não se deveram a nenhuma lei económica a não ser a do desejo egoísta humano operado por meia dúzia de homens que têm o objectivo e o poder de trabalhar a uma vasta escala com nações como vassalas.

Embora qualquer coisa possa ser nacional, hoje ninguém acredita que a finança seja nacional. Ninguém acredita hoje que a finança internacional esteja em competição. Existem algumas instituições bancárias independentes, mas poucas verdadeiramente autónomas. Os grandes senhores, os poucos cujos espíritos abarcam claramente o plano em toda a sua extensão, controlam numerosos bancos e companhias fiduciárias, e um é usado para isto e outro usado para aquilo, mas não existe antagonismo entre eles, não sancionam os métodos uns dos outros, não há competição nos interesses do mundo dos negócios. Existe tanta concordância nas políticas das principais instituições bancárias de cada país como existe nas várias secções do Serviço Postal dos Estados Unidos – e pela mesma razão, são operadas pelas mesmas fontes e com os mesmos objectivos.


«...»

Certamente, as razões económicas já não conseguem explicar as condições em que o mundo se encontra hoje em dia. Nem sequer a explicação usual da "crueldade do capital". O capital tem-se esforçado como nunca para ir ao encontro das exigências do trabalho, e o trabalho chegou ao extremo de obrigar o capital a novas concessões – mas qual é a vantagem para cada um deles? O trabalho tem até agora acreditado que o capital era o céu por cima dele, e tem feito o céu recuar, mas vejam, existe um céu ainda mais alto que nem o capital nem o trabalho se deram conta nas suas lutas um com o outro. Esse céu ainda não recuou até agora.

Aquilo a que chamamos capital aqui na América é normalmente dinheiro usado na produção, e referimo-nos de forma errada ao fabricante, ao gerente do trabalho, ao fornecedor de ferramentas e empregos – referimo-nos a ele como o "capitalista". Mas não. Ele não é o capitalista no verdadeiro sentido do termo. Porque, ele próprio tem de ir ao capitalista pedir o dinheiro que precisa para financiar os seus projectos. Existe um poder acima dele – um poder que o trata muito mais duramente e o controla de uma maneira mais implacável do que ele alguma vez se atreveria a fazer com o trabalho. Essa, na verdade, é uma das tragédias dos nossos tempos, que o "trabalho" e o "capital" lutem um com o outro, quando as condições contra as quais cada um deles protesta, e com as quais cada um deles sofre, não está ao seu alcance o poder para o remediar, a não ser que arranjassem uma forma de arrancar à força o controlo mundial de um grupo de financeiros internacionais que forjam e controlam estas condições.

Existe um super-capitalismo que é totalmente sustentado pela ficção de que o ouro é riqueza. Existe um super-governo que não é aliado de governo nenhum, que é independente de todos eles, e que, no entanto, tem as suas mãos em todos eles. Existe uma raça, uma parte da humanidade, que ainda nunca foi recebida como uma parte bem-vinda, e que teve sucesso em alcandorar-se a um lugar de poder que a mais orgulhosa raça de gentios nunca reivindicou – nem sequer em Roma nos tempos do seu mais poder orgulhoso. Há uma convicção crescente nos homens de todo o mundo de que a questão laboral, a questão dos salários e a questão da terra não pode ser solucionada antes deste assunto de um governo super-capitalista internacional estar resolvido.

"Os despojos pertencem ao vencedor" diz um velho ditado. E, de certo modo, é verdade que se todo este poder de controlo foi adquirido e mantido por uns poucos homens de raça judia, então ou eles são super-homens contra quem é inútil resistir, ou são homens comuns a quem o resto do mundo tem permitido obter um grau de poder indevido e perigoso. A não ser que os judeus sejam super-homens, os não-judeus devem culpar-se a si mesmos pelo que tem sucedido, e devem procurar uma rectificação com uma análise da situação e um exame justo das experiências de outros países.»




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Palavras do senador e candidato a presidente norte-americano Barry Morris Goldwater (1909 – 1998) - (Barry Goldwater, With No Apologies, page 231):

"Uma organização em mãos privadas, a Reserva Federal (banco central norte-americano) não tem nada a ver com os Estados Unidos."

"A maior parte dos americanos não compreende de todo a actividade dos agiotas internacionais. Os banqueiros preferem assim.

Nós reconhecemos de uma forma bastante vaga que os Rothschildse e os Warburgs da Europa e as casas de J. P. Morgan, Kuhn, Loeb e Companhia, Schiff, Lehman e Rockefeller possuem e controlam uma imensa riqueza. A forma como adquiriram este enorme poder financeiro e o empregam é um mistério para a maior parte de nós.

Os banqueiros internacionais ganham dinheiro concedendo crédito aos governos. Quanto maior a dívida do Estado político, maiores são os juros recebidos pelos credores. Os bancos nacionais da Europa são na realidade possuídos e controlados por interesses privados."

segunda-feira, agosto 18, 2014

De como as “Notícias” são veiculadas pelos «Merdia Venais» de forma a que mais de 99% da população não perceba como está a ser espoliada...


Retrato de uma Cabra


Maria Luís Albuquerque (desde 2/7/2013, Ministra das Finanças de Portugal)


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Jornal Público - 13/08/2014

Este título do «Público» significa, tão simplesmente, o seguinte:

1 - Que o Estado – ou seja, (quase) todos os contribuintes – emprestaram ao BES mais de 10.000 milhões de euros. Vá o diabo saber porquê, porque o BES pode pedir o dinheiro que quiser ao Banco Central Europeu (BCE) a juro próximo do zero.

2 – Que os contribuintes portugueses nunca mais vão recuperar esse dinheiro. Este irá ser retirado (por "políticos" cujo nível de corrupção merece a pena capital) aos salários, às pensões, à saúde, à educação e aos apoios sociais.

3 – Que a expressão «Exposição do Estado à crise no BES» está escrita em econocorruptês – uma linguagem utilizada por jornalistas corruptos (com alguns conhecimentos de economia e finanças) para deixarem os seus leitores completamente às escuras.


Totalmente às ordens do Poder Financeiro Mundial, a ministra Maria Luís Albuquerque tem por missão empobrecer os portugueses, conduzi-los à miséria, despejá-los das casas e matá-los – seja por falta de apoio médico, pela fome ou pelo suicídio causado pelo desespero. Entretanto, alguma entidade financeira há-de criar-lhe uma choruda conta num qualquer paraíso fiscal (pelos serviços prestados).


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Um povo que usar todas as armas à sua disposição (já que sonegado de todas as entidades que o deveriam defender), contra a Máfia do Dinheiro acolitada por políticos corruptos, legisladores venais, boa parte dos juízes ligados à política e comentadores a soldo, cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e a economia de um país inteiro, esse povo está a utilizar a violência de uma forma justa.

Num país em que os políticos, legisladores e comentadores mediáticos estão na sua esmagadora maioria a soldo do Grande Dinheiro, só existe uma solução para resolver a «Crise»... Somos 10 milhões contra algumas centenas de sanguessugas...


Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]

terça-feira, junho 17, 2014

Essa fraude imensa chamada Austeridade



Como podem os políticos representar o povo, se lhes são dados milhões para representar uma elite?


Texto de Caoimhghin Ó Croidheáin

Global Research, Fevereiro 08, 2013


A austeridade é uma farsa. Dívida é a economia dos "pequenos". Se são as pessoas que produzem a riqueza, então por que é que elas são sempre pobres e / ou pessoas a pagar dívidas? Porque as pessoas ricas, nacionais e estrangeiros, emprestam-nos o dinheiro (com juros) que retiraram à sociedade, sob a forma de lucros, para preencher o buraco que eles criaram. Desta forma, somos triplamente explorados:

1 - Somos tributados sobre os salários;

2 - Somos alienados (roubados) da riqueza criada (lucros);

3 - Pagamos juros sobre o dinheiro pedido emprestado pelos ricos para pagar o capital e as despesas correntes necessárias para a subsistência da sociedade.


Quando existe uma crise económica causada por essa drenagem constante da riqueza da economia, os "especialistas" debatem a melhor maneira de impor cortes para nos trazer de volta para "o caminho para a recuperação". Isto até seria engraçado se tantas pessoas não fossem apanhadas pelo mar do desemprego e por uma vida de subsistência. Além disso, qualquer rejeição dessa "Dívida" não é tolerada pelas elites que supervisionam os “reembolsos da Dívida” pelos "pequenos".

Se uma forma de pagamento de uma dívida (notas promissórias) é vista como desonesta e provavelmente insustentável (devido à lei ou oposição pública), então é criada legislação à pressa para converter a "Dívida" numa forma mais aceitável aos olhos do povo - títulos do tesouro. Esta era a situação esta semana (8/2/2013) em Dublin. Como é que isto aconteceu?

"Em 2010, dois bancos, na altura, o Anglo Irish Bank e o Irish Nationwide (agora Irish Bank Resolution Corporation ou IBRC), tiveram necessidade de receber do Estado cerca de 30 mil milhões de Euros por causa de seu “estado periclitante, na sequência do colapso do mercado imobiliário.”



Eu sou irlandês, não Anglo-Irlandês.
A dívida do banco não é um problema meu.

O ministro das Finanças, Brian Lenihan passou uma nota promissória ao IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) - dizendo basicamente "Devemos-lhe € 31 mil milhões de euros" - que o banco usou como garantia para pedir esse dinheiro emprestado ao fundo de emergência de assistência de liquidez ao Banco Central da Irlanda (ELA). Segundo esse acordo, o Estado concordou em pagar € 3.06 centenas de milhões de euros (€ 306.000.000) todos os anos ao IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) até 2023, seguido de pagamentos menores até completar o pagamento do capital emprestado mais os juros.

Como Stephen Donnelly, que foi veementemente contrário às notas promissórias, salienta: "[Isso] iria entrar certamente em conflito com duas directivas europeias: Que nenhum banco europeu poderia falhar e que as perdas potenciais e perda de lucros dos grandes investidores jamais seria pago integralmente pelo público ".

Uma das hipóteses colocadas na mesa pela Irlanda foi trocar as notas promissórias por um título do tesouro a longo prazo - possivelmente proveniente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM) - com os pagamentos distribuídos por 40 anos. O que é que se pretendia com tudo isto? Bem o primeiro-ministro da República da Irlanda - Enda Kenny – explica provavelmente melhor quando recentemente afirmou que seria como trocar um "gravíssimo saque a descoberto (ordem de pagamento de valor maior que o existente numa determinada conta) por uma hipoteca a longo prazo com juros baixos.



Enda Kenny: Eu sei como é estar desempregado.
Durante anos não fiz a ponta de um chavo.

A aterradora expectativa do BCE (Banco Central Europeu) seria a perda do controlo sobre a oferta de dinheiro e o efeito de arrastamento que isto iria ter nos mercados se cada governo da UE fizesse o mesmo. Portanto, de um dia para o outro, foi aprovada em Dublin uma legislação para passar notas promissórias para títulos do tesouro, para encerrar o IBRC (Irish Bank Resolution Corporation) e colocar os pagamentos numa base mais estável, mais "normalizada". O primeiro-ministro Enda Kenny explicou no parlamento:

A parte principal do pagamento sobre esses títulos será feita em 25 anos (até 2038), com o resto a ser pago até 2053. O prazo médio desses títulos do tesouro será de 34 anos em vez dos normais 7 – 8 anos das notas promissórias.” A taxa de juro média desses títulos do tesouro será de 3 por cento, comparada com os 8 por cento das notas promissórias.”

Claro que os filhos e os netos dos "pequenos" podem pagar a "Dívida" em vez de nós! Isto foi confirmado pelo ministro das Finanças Michael Noonan, que disse que o acordo sobre a Dívida bancária garantida pelo Governo "alivia a carga distribuindo-a por todos" (exceto os seus filhos desavisados).

O Anglo Irish Bank: não apenas o nosso porta-voz da campanha da Dívida, Andy Storey, descreveu a Dívida como "ilegítima – como se arranjou dinheiro para pagar aos especuladores que apostaram o seu dinheiro num banco desonesto, agora sob investigação criminal, e que a Dívida não é das pessoas comuns e não deve em nenhuma circunstância ser reclassificada como "soberana". Afirmou igualmente que apressar hoje "legislação de emergência através do parlamento e do senado nessa base, seria "desonesto e antidemocrático - em vez de haver um debate adequado e informado sobre este assunto extremamente sério, o governo corta a direito através de legislação que levará as pessoas que vivem na Irlanda a assumir a responsabilidade formal do pagamento de dívidas que não são suas"."

Como se isso não fosse suficientemente cruel, o Eurostat, a agência de dados da Comissão Europeia, calculou o custo da crise bancária em cada país da UE e de acordo com Michael Taft, a Irlanda ficou quase a par da Alemanha no sombrio título de gastar mais com a crise bancária. € 41 mil milhões de euros até agora, de acordo com os dados da contabilidade do Eurostat (este número não leva em conta os milhares de milhões enterrados nos bancos pelo nosso Fundo Nacional de Reserva de Pensões, não sendo estes contados como um "custo" para o orçamento do Governo Geral). [...] A crise bancária europeia até o momento custou a cada indivíduo na Irlanda quase 9.000 €. A média em toda a UE é de € 192 por habitante. [...] O povo irlandês pagou 42 por cento do custo total da crise bancária europeia. "

Não é por acaso que Angela Merkel declarou que a Irlanda era um "caso especial" para um acordo da Dívida bancária. Revisando a famosa frase de Churchill - "Nunca tão poucos roubaram tanto a tanta gente ".