Um conhecido banqueiro português tenta simular, sem sucesso, algum embaraço, quando se descobre que boa parte das gorduras do Estado, contra as quais ele tanto se alvoroçou, estavam, afinal, a enchumaçar-lhe o bandulho.
Jornal PÚBLICO (16.04.2010): Vaz Guedes diz que falência do Banco Privado Português (BPP) custa mais de 700 milhões ao Estado.
DN – Economia (25.10.2011): Injecções de dinheiro no Banco Português de Negócios (BPN) ascendem a 8,5 mil milhões.
Diário Económico (26.10.2012): Recapitalização da banca portuguesa vai custar 7,8 mil milhões.
Jornal PÚBLICO (31.12.2012): O Ministério das Finanças anunciou a injecção de mil e cem milhões de euros na recapitalização do Banif. […] O Banif torna-se assim no quarto banco a ser recapitalizado com recurso a fundos públicos, terceiro da banca privada. Com esta operação, o Estado terá injectado um total de 5600 milhões de euros na banca privada através da linha de recapitalização o programa de assistência financeira a Portugal, seguindo-se ao BCP (3 mil milhões), ao BPI (1,5 mil milhões) e CGD (1,65 mil milhões) .
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As manifestações organizadas através das Redes Sociais (Internet), a dos "Indignados" - em Março deste ano, que registou uma enorme participação, e a do Movimento "Que Se Lixe a Troika", de há dois dias, com participação medíocre, revelam duas coisas:
1 – Que existem cada vez mais cidadãos a comunicar diretamente uns com os outros, sem passar pelos Media, pelos Partidos, pelos Sindicatos ou por outra merda qualquer.
2 – Que há cada vez mais cidadãos que já se aperceberam da total inutilidade das manifestações.
Donde, os portugueses estão a começar a compreender que, em vez de se concentrarem em frente de parlamentos vazios, empunhando cartazes, gritando palavras de ordem, cantarolando cantigas de protesto e ouvindo discursos com tanto de «inflamados» como de vazios, fariam melhor em dispersar-se e escolher uma política de maior proximidade em relação aos criminosos que nos estão a conduzira todos à miséria, à fome e à morte:
Organizem-se em pequenos grupos e procurem-nos – eles são os banqueiros ladrões, os governantes corruptos, os
deputados a soldo, os legisladores vendidos e os comentadores venais.
Recorrendo às novas tecnologias de comunicação (Intenet e telemóveis: voz, mensagens, fotografias e vídeos), que permitem entrar em contacto uns com os outros mais rápida e directamente, os cidadãos têm a capacidade de registar as teias de ligações, os jogos de influências e descobrir as agendas dos ladrões que nos estão a conduzir à ruína, bem como montar um sistema de vigilância que lhes monitorize os passos e os localize em tempo real.
Estudem onde eles param – os cafés onde costumam tomar a bica e comer o croissant, os percursos de jogging onde correm, os restaurantes que frequentam, os barbeiros onde cortam a guedelha, os ginásios onde se exercitam, as alcovas da(o)s amantes onde se acoitam por umas horas, os covis onde combinam as falcatruas, etc.
E, que, quando apanhado o criminoso, desprotegido de seguranças, - no momento de enterrar a faca, disparar a pistola ou esborrachar-lhe o crânio à paulada, nada de austeridades lamechas - que a faca seja enterrada até ao cabo, a câmara da pistola esvaziada e o taco de basebol lascado até à medula.
Cidadãos desempregados, despejados de casas que não conseguem pagar, com filhos a passar fome e já sem nada a perder, em locais diferentes e dias diferentes, eliminam um banqueiro ladrão, um político a soldo e um comentador venal, após um paciente estudo da rotina diária destes mafiosos.
A violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar
A violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar. Contra a violência económica e financeira que nos tem atirado a todos para o desespero, repliquemos com a violência que for necessária para desparasitar de vez o país desta cáfila de chupistas assassinos de colarinho dourado.
Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada", ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. A violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar:
Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada", ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. A violência pode funcionar tanto para subjugar como para libertar:
* Se um homem abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa e ameaça degolar-lhe a família, esse homem está a utilizar a violência de uma forma justa;
* Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;
* Um povo está a utilizar a violência de uma forma justa quando utiliza a força, porque sonegado de todas as entidades que o deveriam defender contra a Máfia do Dinheiro, acolitada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e a economia de um país inteiro.
* Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;
* Um povo está a utilizar a violência de uma forma justa quando utiliza a força, porque sonegado de todas as entidades que o deveriam defender contra a Máfia do Dinheiro, acolitada por políticos corruptos, legisladores venais e comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e a economia de um país inteiro.
Num país em que os políticos, legisladores e comentadores mediáticos estão na sua esmagadora maioria a soldo do Grande Dinheiro, só existe uma solução para resolver a «Crise»... Somos 10 milhões contra algumas centenas de sanguessugas... e não há buracos suficientes para elas se esconderem...
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[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]