Pedro Passos Coelho, notoriamente mais revigorado - tal como aconteceu com a população portuguesa - após uns cortes sensata e cirurgicamente executados pelos cidadãos deste país (sem apoios da Troika, de Resgates Financeiros ou Memorandos de Entendimento).
Nas eleições legislativas portuguesas de 2011, há quatro anos, o PSD de Passos Coelho (22%) e o CDS de Paulo Portas (7%) obtiveram a maioria absoluta no parlamento com 29% de votos do total do eleitorado. O PS obteve 16%.
Destes votantes no Centrão (45% do do eleitorado: PSD + PS + cds) há dois grandes grupos que representam a esmagadora maioria desses eleitores:
1 - O grupo «ora-vota-num-ora-vota-noutro-mas-sempre-nos-mesmos-de-sempre», que representa aqueles que acreditam que a solução só pode estar nos partidos do Centrão e, eternamente, ora votam PSD porque estão agastados com o anterior governo PS, ora votam PS porque estão agastados com o anterior governo PSD. E daqui não saem, daqui ninguém os tira.
2 - O grupo dos «clubistas», que hão-de votar no mesmo partido até morrer não importa quanta porcaria o «seu» partido faça. Tal como os adeptos dos clubes de futebol, por mais mal que a sua equipa jogue, hão-de ser sempre adeptos fervorosos do partido do seu coração. E, tal como o grupo anterior, daqui não saem, daqui ninguém os tira.
Vale a pena lembrar que nas eleições legislativas de 2011, a Abstenção (42%) + Brancos + Nulos + outros Partidos (PCP, BE, etc.) representaram 55% do eleitorado.
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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:
[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]