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quinta-feira, março 24, 2016

O embuste dos atentados terroristas de Bruxelas


Há uns tempos, algo inexplicavelmente, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, a exposição do terrorismo americano contra cidadãos europeus ocidentais em solo do velho continente nos anos 50, 60 e 70. Os atentados mais famosos foram os levados a cabo na Bélgica, na Alemanha e ainda os que ficaram conhecidos como Operação Gládio na Itália. É um vídeo fundamental para se perceber o mundo em que vivemos hoje, que poderes se mexem na sombra e como somos insignificantes e sacrificáveis nestes jogos de guerra. É um documentário que eu não aconselho ninguém a perder.






Depois do desmoronar da União Soviética, a NATO, a CIA e os Serviços Secretos da Europa Ocidental converteram de forma magistral os «terroristas radicais da extrema-esquerda e da extrema-direita europeus» em «terroristas radicais islâmicos».

Alguns dos grupos terroristas radicais europeus mais conhecidos foram o «Nuclei Armati Rivoluzionari» e as «Brigadas Vermelhas», respectivamente da extrema-direita e da extrema-esquerda italiana, o «Nationalsozialistischer Untergrund» e o Grupo «Baader-Meinhof», respectivamente da extrema-direita e da extrema-esquerda alemã, o «Projekt 26» da extrema-direita suiça, etc.

A Operação Gládio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gládio.

O verdadeiro objectivo da Operação Gládio era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental.


A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à NATO: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.


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Entre os muitos actos de terrorismo da Operação Gládio, destacam-se:


O massacre de Bolonha (em italiano: Strage di Bologna) foi um atentado terrorista na Estação Central em Bolonha, Itália, na manhã de sábado, 2 de agosto de 1980, que matou 85 pessoas e feriu mais de 200. O ataque foi materialmente atribuído à organização terrorista neofascista Nuclei Armati Rivoluzionari. As suspeitas de envolvimento do serviço secreto italiano surgiu pouco depois, devido aos uso de explosivos ​​para a bomba e o clima político em que o massacre ocorreu, mas nunca foi provado.


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O atentado bombista dentro do Banco Nacional de Agricultura, na Piazza Fontana da cidade de Milão, em Itália, a 12 de Dezembro de 1969, que matou 17 pessoas e feriu 88. O atentado da Piazza Fontana foi uma grave ação terrorista que pela sua gravidade e importância política, assumiu um papel histórico, sendo geralmente considerado como o primeiro ato produzido pela estratégia da tensão. A responsabilidade pelos ataques foi atribuída a grupos de Extrema direita.

No "Memorial Moro", compilação do interrogatório a que Aldo Moro (que ocupou por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro da Itália ) foi submetido pelas Brigadas Vermelhas, enquanto foi mantido em cativeiro, Moro teria indicado como prováveis responsáveis pelo atentado, bem como pela estratégia da tensão, ramificações do Servizio Informazioni Difesa (o antigo serviço secreto italiano), onde estariam infiltradas várias figuras ligadas à direita, com possíveis influências de elementos de fora da Itália.


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Os massacres de Brabant, na Bélgica, que decorreram entre 1982 e 1985 e nos quais morreram 28 pessoas e outras 20 ficaram feridas. Na imagem o supermercado Delhaize onde foram mortas cinco pessoas.

Os últimos ataques dos massacres de Brabant levaram a rumores de que os terroristas tinham algum tipo de conhecimento interno e, possivelmente, a cumplicidade da Gendarmerie (corporação policial). Foi sugerido que o "Stay-behind" belga (Gladio) - operando como um ramo secreto do serviço militar belga tinha ligações com o gangue terrorista.


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O ataque terrorista Oktoberfest foi um ataque terrorista atribuído à direita radical. Em 26 de setembro de 1980, 13 pessoas morreram e 211 ficaram feridas após a explosão de uma bomba improvisada na entrada principal da Oktoberfest em Munique, Alemanha Ocidental. O ataque foi atribuído ao extremista de direita Gundolf Köhler, que foi morto ao colocar o dispositivo explosivo; no entanto, permanecem dúvidas quanto a saber se ele agiu sozinho.

Tudo o que se sabe sobre o ataque à bomba na Oktoberfest de Munique e, especialmente, a reação das autoridades, está em conformidade com o padrão de cooperação seguida pela NATO e pelas suas forças paramilitares secretas na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial - cooperação que está, possivelmente, ainda em curso. A existência dessas forças "stay-behind" tornou-se amplamente conhecida na Itália em 1990. Foi provado que os atentados em muitos países europeus, como à estação central de Bolonha, poucas semanas antes de ataque ao Oktoberfest em 1980, puderam ser atribuíveis à Gládio. As primeiras tropas de choque paramilitares das forças Gladio na Alemanha foram estabelecidas por agentes da inteligência americana e ex-nazis logo depois da guerra.


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Evidentemente que, com a implosão da União Soviética houve que arranjar outros "inimigos" para continuar o terrorismo da NATO e da CIA - os «felizes» contemplados foram os Muçulmanos.


E aí entram os «terroristas islâmicos» em acção para aterrorizar os ocidentais:







A Lista completa dos "atentados islâmicos" AQUI.


sábado, julho 23, 2011

Atentados na Noruega – apenas o mais recente acto de terrorismo perpetrado pela Nato em países da Europa Ocidental contra cidadãos europeus

Pelo menos 91 pessoas morreram na sequência de um ataque à bomba em Oslo e num ataque a tiro num encontro de jovens, confirmou a polícia norueguesa, que suspeita que os ataques possam ter sido levado a cabo por uma mesma pessoa: o norueguês Anders Behring Breivik, que terá ligações à extrema-direita. A maioria das vítimas (84) perdeu a vida na pequena ilha de Utoeya, onde decorria o campo de jovens, e as restantes sete ocorreram em consequência do ataque à bomba em Oslo.

Imagem dos atentados na Noruega - 22.07.2011

Os primeiros suspeitos foram radicais islâmicos mas a polícia acredita agora que a autoria dos atentados se deverá antes a organizações de ideologia de extrema-direita.

O Presidente norte-americano Barack Obama já condenou os ataques, tendo sublinhado: "Isto lembra-nos que toda a comunidade internacional tem uma grande responsabilidade na prevenção deste tipo de terror". Por seu lado, o Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, indicou que estes "actos de cobardia" não têm justificação.


Mas este atentado é apenas o mais recente de uma série de muitos outros levados a cabo pelos esbirros da NATO em território europeu:

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O atentado bombista de Bolonha - 1980

A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.

A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.

No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental. Entre os muitos actos de terrorismo que lhes são atribuídos, destacam-se:

- O atentado bombista dentro do Banco Nacional de Agricultura, na Piazza Fontana da cidade de Milão, em Itália, a 12 de Dezembro de 1969, que matou 17 pessoas e feriu 88.

- O atentado bombista de Bolonha – uma bomba explodiu na estação central ferroviária de Bolonha, em Itália, a 2 de Agosto de 1980. Morreram 85 pessoas e 200 ficaram feridas.

- Os massacres de Brabant, na Bélgica, que decorreram entre 1982 e 1985 e nos quais morreram 28 pessoas e outras 20 ficaram feridas.

- O atentado bombista na Oktoberfest de Munique, na Alemanha, a 26 de Setembro de 1980, onde morreram 13 pessoas e 201 ficaram feridas, 68 com gravidade.


Há dias, algo inexplicavelmente, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, esta exposição do terrorismo americano contra cidadãos europeus ocidentais em solo do velho continente.




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quinta-feira, novembro 18, 2010

Sobre a Cimeira da NATO [um tentáculo do Pentágono] e das suas «guerras ao terrorismo»

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O Terrorismo




Excerto de um artigo de Mário Soares - Jornal Expresso 27-03-2004

Variações sobre o terrorismo

«É preciso conhecer melhor a Al-Qaeda para a combatermos com eficácia. Não às cegas. Há milhares de livros, publicados em todas as línguas, sobre o terrorismo global - que está intimamente relacionado com a «globalização depredadora» que temos e com a «economia de casino» que nos rege. Estudemo-los. »

«(...) Exploremos os contactos que a Al-Qaeda parece ter com o mundo obscuro das finanças - dos «off-shores» e dos «paraísos fiscais» - com o «dinheiro sujo», com a criminalidade organizada, com o tráfico ilegal de armas, incluindo atómicas, com o mercado da droga. Há franjas desse sub-mundo que, seguramente, serviços secretos, mesmo os minimamente secretos, mesmo os minimamente organizados, podem penetrar e conhecer. Já o devem ter feito. Mas será que os grandes responsáveis querem tomar conhecimento dessa negra realidade e das pistas que indica



Comentário

Os serviços minimamente secretos e minimamente organizados, de que fala Soares, não deverão estar muito interessados em meter o nariz nas tramóias dos serviços secretos mais poderosos e sofisticados. They say curiosity killed the cat!
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segunda-feira, março 31, 2008

Richard Perle - Não há fases. Isto é guerra total



Richard N. Perle é um conselheiro político e lobista americano que trabalhou para a Administração Reagan como assistente do ministro da Defesa e, também, no Conselho do Comité Consultivo da Política da Defesa [Defense Policy Board Advisory Committee] de 1987 a 2004. Foi igualmente Presidente desse Conselho de 2001 a 2003 sob a Administração Bush.

O jornalista John Pilger entrevistou Richard Perle em 1987, quando este era conselheiro do presidente Reagan e falava sobre guerra total. Nessa altura, Pilger pensou que ele era louco. Recentemente Perle usou novamente esse termo sobre a «guerra ao terrorismo»

Richard Perle, presidente do Conselho do Comité Consultivo da Política de Defesa do Pentágono, comentou, em finais de 2002, os planos da administração Bush na guerra ao terrorismo:

- «Não há fases. Isto é guerra total. Estamos a lutar contra uma série de inimigos. São imensos. Esta conversa toda acerca de irmos primeiro tratar do Afeganistão, depois, do Iraque, de seguida olharmos em volta e vermos em que pé estão as coisas. Esta é a maneira mais errada de fazer as coisas... se deixarmos a nossa visão do mundo ir para a frente, se nos dedicarmos totalmente a ela, e se deixarmos de nos preocupar em praticar diplomacia elegante, mas simplesmente desencadearmos uma guerra total... daqui a uns anos os nossos filhos cantarão hinos em nosso louvor.»
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segunda-feira, maio 14, 2007

João Marcelino do Diário de Notícias - um jornalista medíocre ou um aldrabãozito de merda?

Diário de Notícias - 14 de Maio de 2007

«Se a guerra no Iraque começou entre enorme polémica, a do Afeganistão foi alvo de uma quase unanimidade, pelo menos entre os aliados dos EUA. O inimigo era óbvio e em cada mulher de burka havia uma razão para fazer esta guerra. Não por acaso, as forças da NATO - Portugal incluído - rapidamente tomaram o terreno.»

«Depois todos nos esquecemos de que o Afeganistão existia por entre o folclore dos fatos engraçados do Presidente Karzai e os relatos dos jornalistas em reportagens que falavam da liberdade.»

«Esse esquecimento foi também sentido pelas tropas. Com o Iraque a ferro e fogo, os EUA negligenciaram esta guerra que parecia ganha. As forças da NATO começaram a não gerir o terreno. O Governo não conseguiu impor a ordem. E os talibãs aproveitaram o vazio. Para voltar a combatê-los, os EUA e a NATO usaram a força indiscriminada que vitimou muitos civis - também porque eles se distinguem mal dos talibãs

«Mas esta é uma guerra que não podemos perder. Precisamente porque é - e muito mais até que o Iraque - ideológica. Contra um grupo liberticida. Esta é uma guerra pela humanidade


Comentário:

João Marcelino, no curto editorial de hoje do Diário de Notícias, debita meia dúzia de alarvidades que remata pomposamente: "Esta é uma guerra pela humanidade". Marcelino esquece, contudo, alguns pormenores não despiciendos:

a) Washington deu luz verde aos Talibã – Em vez de ter feito soar o alarme pela subida ao poder da milícia islâmica mais fundamentalista, os EUA afirmaram através do porta-voz do Departamento de Estado Glyn Davies, que “não havia nada de objectável às políticas domésticas praticadas pelos talibã”, isto foi afirmado no Middle East International de Outubro de 1996.

«US State Department spokesman Glyn Davies said that there was "nothing objectionable" about the domestic policies pursued by the Taliban.»


b) No «The Tribune» - o plano de construção de um pipeline de gás natural do Paquistão para o Turquemenistão, com passagem pelo Afeganistão. Um negócio em que a Unocal, uma das maiores empresas petrolíferas americanas estava interessada. “Nós vemos a subida ao poder dos talibã, como uma coisa muito positiva”, disse Chris Taggart Vice-Presidente da Unocal (no Observer de Agosto de 98).

«Presumably reflecting contemporary American policy, Unocal’s president, Mr Chris Taggart, was quoted as saying: “If Taliban stabilises the situation in Afghanistan and can gain international recognition, the possibility of constructing the pipeline will be significantly improved.”»


c) E, por falar em Karzai e na UNOCAL, não esquecer que desde meados dos anos de 1990, Hamid Karzai agia como consultor e elemento de pressão da UNOCAL nas negociações com os Talibãs. E ainda que segundo o jornal saudita Al-Watan , “Karzai era agente secreto da Central Intelligence Agency (CIA), a partir dos anos de 1980. Ele colaborava com a CIA, encaminhando a ajuda americana aos Talibãs, desde 1994, quando os americanos, secretamente e através dos paquistaneses, apoiavam as ambições de poder dos Talibãs”.


Portanto, meu bom Marcelino, quando decidir escrever editoriais, tente aprofundar mais a coisa. No entanto, se o objectivo for apenas vomitar merda, meta a cabeça na sanita e puxe repetidamente o autoclismo.