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terça-feira, janeiro 14, 2014

Henry Ford - O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra. Os seus meios de poder são o dinheiro e a imprensa



José Luís Arnaut, Carlos Moedas, António Borges e Vítor Gaspar


José Luís Arnaut, foi ministro-adjunto de Durão Barroso e ministro no executivo liderado por Santana Lopes entre 2004 e 2005. Arnaut foi agora nomeado para o conselho consultivo internacional do Goldman Sachs. São públicas as ligações do escritório de José Luís Arnault a um conjunto de privatizações de uma forma mais ou menos directa, nomeadamente as da "ANA, REN e CTT, onde o banco norte-americano detém a maior participação depois da privatização.

Carlos Moedas, Secretário de Estado adjunto do Primeiro Ministro - Após acabar o MBA em Harvard, no ano 2000, o actual responsável pelo acompanhamento do programa da 'troika' foi trabalhar para a divisão europeia de fusões e aquisições do Goldman Sachs. Saiu do banco em 2004.

António Borges, director do Departamento Europeu do FMI - O economista foi vice-presidente e director-geral do Goldman Sachs entre 2000 e 2008. Após sair do banco foi da associação que delineia a regulação dos 'hedge funds'. Em Outubro de 2010, foi nomeado director do FMI para a Europa. Em 2012, António Borges foi encarregado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho para liderar uma equipa que acompanhou, junto da Troika, os processos de privatizações, as renegociações das parcerias público-privadas, a reestruturação do sector empresarial do Estado e a situação da banca (faleceu a 25 de Agosto de 2013).

Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças, pode vir a ser o próximo diretor para os assuntos fiscais do FMI. Vítor Gaspar candidatou-se ao cargo e conta com o apoio de Angela Merkel e do Governo português.


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Afinal, o Goldman Sachs manda no mundo?

"Sou um banqueiro a fazer o trabalho de Deus". É a forma como o presidente do maior banco de investimento do mundo vê a sua missão no comando do Goldman Sachs. Mas na opinião de um número cada vez maior de pessoas, o "trabalho de Deus" do Goldman Sachs é a encarnação do lado negro da força em Wall Street. E há até quem defenda que é este banco que manda no mundo e não os governos.

"Eu concordo com a tese de que os bancos, e especialmente o Goldman Sachs, se tornaram demasiado poderosos na medida em que influenciam a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura", referiu o autor de "Money & Power: How Goldman Sachs Came to Rule the World", William D. Cohan, ao Outlook. E o poder do Goldman Sachs nos centros de decisão política até lhe valeu a alcunha, dada por banqueiros concorrentes, de Government Sachs. O banco liderado por Lloyd Blankfein conta com um exército de antigos funcionários em alguns dos cargos políticos e económicos mais sensíveis no mundo. E o inverso também acontece, o recrutamento de colaboradores que já desempenharam cargos de decisão.

Alessio Rastani transformou-se num fenómeno. O 'trader' em 'part-time' surpreendeu tudo e todos numa entrevista à BBC. Além de vários cenários catastrofistas sobre a crise, Rastani defendeu que "este não é o momento para pensar que os governos irão resolver as coisas. Os governos não mandam no mundo, o Goldman Sachs manda no mundo". Bastaram pouco mais de três minutos para tornar Rastani num fenómeno na Internet. O vídeo tornou-se viral e levantou a controvérsia sobre o poder que o banco liderado por Lloyd Blankfein tem na economia e na política.

Esta semana, numa entrevista ao "Huffington Post", Rastani teceu uma série de ideias sobre o papel do Goldman no mundo. E diz que as teorias da conspiração que aparecem sobre o banco não são uma coincidência: "Os governos dependem dos bancos, os bancos dependem dos governos. A relação é tão cinzenta e quem controla quem? Quem é o marionetista e quem é a marioneta? As pessoas podem ter as suas ideias sobre isto. Eu apenas expressei a minha perspectiva", disse.

Rastani não é o primeiro a atacar o papel do Goldman no mundo. Em Abril de 2010, um jornalista da "Rolling Stone" escreveu um artigo que se tornou famoso, tanto para os contestatários ao banco como para os que defendem o Goldman e utilizam a caracterização feita pelo repórter para ironizar com os detractores do banco. Matt Taibbi descreveu o Goldman como um "grande vampiro" que se alimenta da humanidade, com um apetite sanguinário implacável por tudo o que envolva dinheiro.


Daniel Oliveira - Expresso

- Resumindo: em todos os momentos fundamentais da desregulação económica e financeira do mundo e da Europa e da transformação do projeto europeu no monstro que hoje conhecemos encontramos gente da Golman Sachs… Porque um dos ramos fundamentais da atividade deste colosso é a compra da democracia, pondo os Estados a decidir contra os seus próprios interesses, roubando o sentido do nosso voto e entregando o poder que deveria ser do povo a quem tem dinheiro para o pagar. São um verdadeiro partido invisível, um poder acima das nações que regula as nossas vidas independentemente das nossas vontades. Privatiza o que é nosso, vende lixo aos Estados, armadilha leis, governa em favor de poucos e premeia quem lhe preste vassalagem


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Henry Ford


Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e mais conhecidos do mundo.

Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional].


[Tradução minha]

Jornal "The Dearborn Independent" - 29 de Maio de 1920:



The International Jew

Germany's Reaction Against the Jew [A reacção alemã contra o judeu]

[...] O judaísmo é o mais secreto poder organizado na terra, mais ainda que o Império Britânico. Constitui um Estado cujos cidadãos são incondicionalmente leais onde quer que estejam ou quer sejam ricos ou pobres.

O nome que foi dado pela Alemanha a este Estado e que circula por todos os outros Estados é Al-Judá [All- Judaan].

Os meios de poder do Estado de Al-Judá são o capital e o jornalismo, ou o dinheiro e a propaganda.

Al-Judá é o único Estado que exerce um governo mundial; todos os outros Estados só podem exercer governos nacionais.

A principal cultura de Al-Judá é jornalística; os desempenhos técnicos, científicos, literários dos judeus modernos são em todo o lado desempenhos jornalísticos. São devidos ao extraordinário talento dos judeus para a receptividade das ideias dos outros. Capital e Jornalismo combinam-se na Imprensa para criar o meio espiritual do poder judaico.

O governo deste Estado de Al-Judá está maravilhosamente organizado. Paris foi a sua primeira sede, mas já se mudou para outro lugar. Antes da Guerra (1914-1918), Londres era a sua primeira capital e Nova Iorque a segunda. Resta ver se Nova Iorque não irá suplantar Londres – a tendência é no sentido da América.



Como Al-Judá não está em condições de ter um exército e uma marinha permanentes, outros Estados fornecem-lhos. A sua armada é a armada britânica, que protege dos obstáculos o progresso de toda a economia mundial judaica, ou aquela parte que depende do mar. Em troca, Al-Judá acrescentou a Palestina ao controlo britânico. Onde quer que houvesse uma força terrestre (qualquer que fosse a nacionalidade do uniforme que usasse), esta apoiaria a marinha britânica.

Al-Judá está disposta a entregar a administração de várias partes do mundo aos governos nacionalistas; só pede para si o controlo dos governos. O judaísmo é intensamente a favor de perpetuar as divisões nacionalistas no mundo gentio (não-judeu). Porque, por eles, os judeus nunca serão assimilados por qualquer nação. São um povo à parte, sempre o foram e sempre o serão.

Só ocorrem problemas entre Al-Judá e outra nação quando esta impossibilita a Al-Judá o controlo dos lucros industriais e financeiros dessa nação. Al-Judá pode desencadear uma guerra, pode fazer a paz; pode criar a anarquia em casos mais obstinados, pode restaurar a ordem. Tem a força de uma potência mundial nas suas mãos e partilha-a entre as nações consoante estas apoiem os planos de Al-Judá.



Fotografia da batalha de Verdun – I Guerra Mundial


Ao controlar as fontes de informação mundiais, Al-Judá pode sempre preparar as opiniões dos povos para o seu próximo passo. A maior exposição que ainda falta fazer é a forma como as notícias são produzidas e a forma pela qual a opinião de nações inteiras é moldada para um determinado objectivo. Quando o poderoso judeu é por fim descoberto e a sua mão revelada, vêm então os imediatos gritos de perseguição que ecoam pela imprensa mundial. As causas reais da perseguição (que são a opressão das pessoas pelas práticas financeiras dos judeus) nunca são ditas publicamente.

Al-Judá tem os seus vice-governos em Londres e em Nova Iorque. Tendo obtido a sua vingança sobre a Alemanha, irá continuar a conquistar outras nações. Já possui a Grã-Bretanha. A Rússia debate-se mas as probabilidades estão contra ela. Os Estados Unidos, com a sua tolerância amigável por todas as raças, oferecem um terreno prometedor. O palco das operações muda, mas o judeu é o mesmo através dos séculos.


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Werner Sombart

"The Jews and Modern Capital", pp. 38, 43.
[Os Judeus e o Capital Contemporâneo]

"À primeira vista parece que o sistema económico da América do Norte foi o único que se desenvolveu independentemente dos judeus..."

"Contudo, sustenho a minha afirmação de que os Estados Unidos (talvez mais do que qualquer outro país) estão totalmente embrenhados de espírito judeu. Isto é reconhecido em muitos lugares, sobretudo nos mais capazes de formar uma opinião sobre o assunto..."

"Em face desta realidade, não haverá alguma justificação para a opinião de que os Estados Unidos devem a sua própria existência aos judeus? E se for assim, até que ponto não se poderá afirmar que a influência judaica fez dos Estados Unidos exactamente aquilo que é – ou seja, Americano? Porque aquilo que chamamos americanismo nada mais é, se assim podemos dizer, que o espírito judaico destilado."

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terça-feira, julho 09, 2013

Hitler – um judeu que passou de besta a bestial e vice-versa em menos duma década


Diário de Notícias – 06/07/2013:




Jornalista do Folha de São Paulo:

"Quem viu não esquece. Eu vi e não esqueci. O anúncio que para mim é inesquecível é o do Jornal Folha de são Paulo, de 1988, chama-se Hitler e foi criado pela agência W/Brasil (hoje WmcCann)."

"Vi-o pela primeira vez numa palestra do Washington Olivetto onde ele apresentava este e outros anúncios enquanto falava sobre os prémios que recebera. Este filme foi premiado com o Leão de Ouro em Cannes no ano de 1988 e eleito um dos cem melhores de todos os tempos, num trabalho publicado em 1999 por Bernice Kanner."

"O filme inicia-se com uma tela em que há apenas alguns pontos pretos num fundo branco. O narrador (voz off) começa a enumerar diversos grandes feitos que são atribuídos a 'este homem'."

"Este homem pegou numa nação destruída recuperou a sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Nos seus quatros anos de governo, o número de desempregados desceu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez crescer o produto interno Bruto em 102%, e o rendimento per capita duplicar."

"Aumentou o lucro das empresas de 175 milhões de marcos para 5 mil milhões de marcos. Reduziu uma hiperinflacção em 25% por cento por ano. Este homem adorava música e pintura. E, quando jovem, imaginava seguir a carreira artística."


Em contrapartida, através do zoom out da câmara, o pequeno ponto preto que aparecia na tela, com o passar dos segundos, transformava-se numa retícula formando um retrato a preto e branco. O rosto pertence a uma das mais importantes figuras da história do século XX, o chefe de Estado nazi alemão Adolf Hitler.

"O filme termina com a frase: «é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade»."




Comentário

Eu diria que não é possível contar a verdade toda contando apenas partes dela. Vamos ao que não foi contado:

- Nem um super-economista com poderes cósmicos e super-capa bordada a cifrões poderia recuperar uma economia desta maneira em apenas quatro anos.

- Um tal desenvolvimento em tão curto espaço de tempo (quatro anos) só seria posível com um investimento maciço de dinheiro judeu (que era quem domina a finança) na economia alemã.



A Finança Judia abraça o Mundo num sufoco mortal


Ao contrário de Hitler, o nosso Vítor Gaspar passou da bestial a besta em apenas dois anos


Mesmo o ex-ministro Vítor Gaspar, um caniche a soldo da Finança Judaica, levou dois anos (com a ajuda das políticas trapaceiras do seu antecessor - o vigarista Sócrates) a destruir economicamente um país.

Mas uma coisa é apenas destruir a economia de um país. Outra, é reconstruí-la e depois destruí-la numa guerra viciada à partida. Num caso e noutro, a força por trás de tudo: o Controlo Financeiro Mundial Judaico.



Vítor Gaspar - apanhado inadverdidamente pela populaça no Chiado

domingo, junho 30, 2013

Solução para a «Crise»? - Austeridade em cheio na nuca de Vítor Gaspar (e de outros) no mais curto prazo possível.



Concentrado na nobre tarefa de transferir massivamente a riqueza nacional para os bancos, o ministro das Finanças Vítor Gaspar parece não dar conta da «austeridade» que os portugueses estão cada vez mais próximo de lhe dar a saborear…

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

Paulo Morais afirma que são colossais os encargos do Estado com as parcerias público-privadas (PPP). E acrescento: é forçoso extinguir os contratos e exterminar os criminosos que os forjaram.


Em baixo, seis membros de uma máfia que destruiu economicamente Portugal, enviando milhões para a miséria e o desemprego e muitas centenas para a morte, seja por cortes nos cuidados de saúde, por despejos, por desespero e por fome.


a) À esquerda, dois dos principais lacaios da Banca responsáveis por obras faraónicas e inúteis com o único objectivo de endidividar o país o máximo possível;

b) Ao centro, dois dos vampiros da Banca que proveram os empréstimos para a execução e exploração das ditas obras;

c) À direita, dois serviçais da Banca que têm como missão cobrar aos portugueses impostos colossais para pagar os juros agiotas e os lucros usurários que os vampiros financeiros embolsam à tripa forra.


Perante as exigências da renegociação dos contratos das Parcerias Público-Privadas (PPP’s), o governo veio rapidamente publicar um decreto-lei, o Decreto-Lei 111/2012, de 23 de Maio. Este documento garante aos privados das referidas parcerias lucros fabulosos para sempre (salvo seja, porque o povo não vai deixar que estes e outros roubos continuem).

O Decreto-Lei n.º 111/2012, de 23 de Maio, que tem por objecto a definição de normas gerais aplicáveis à intervenção do Estado na definição, concepção, preparação, lançamento, adjudicação, alteração, fiscalização e acompanhamento global das parcerias público-privadas determina que "da aplicação do presente diploma não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados, ou derrogações [anulações] das regras nelas estabelecidas, nem modificações a procedimentos de parceria lançados até à data da sua entrada em vigor."


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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 12/2/2013


Parcerias? Patifaria


Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.

Os encargos do estado com as parcerias público-privadas (PPP) são colossais, comprometem as finanças públicas por toda uma geração e hipotecam o futuro da economia do país. Mas os governos continuam a ser cúmplices destes negócios ruinosos. O atual ministro das finanças nem sequer diminuiu a despesa com as PPP, a que estava obrigado pelo memorando de entendimento assinado com a troika. Pelo contrário, os custos não cessam de aumentar.

Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem dos dois mil milhões de euros. O valor dos compromissos futuros estima-se em mais de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB anual. Uma calamidade!

Fingindo estar a cumprir o acordo com a troika, que obrigava a "reavaliar todas as PPP", as Finanças anunciam, aqui e além, poupanças de algumas centenas de milhões. Valores ridículos, pois representam apenas cerca de um por cento do valor dos contratos.

Mas, o que é pior, Vítor Gaspar continua a proteger os privados. Já em 2012 e por decreto-lei, determinou que da nova legislação que regulamenta as PPP, "não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados". As rentabilidades milionárias para os privados e a sangria de recursos públicos continuam como dantes... para pior. No último relatório disponível pode apurar-se que em 2011 houve, só nas PPP rodoviárias, um desvio orçamental de 30%. Sendo as despesas correntes de cerca de oitocentos milhões de euros, os custos com pedidos de reequilíbrio financeiro são de… novecentos milhões. A variação é maior que o próprio custo! Só ao grupo Ascendi e seus financiadores foram pagos, a mais (!), quinhentos milhões de euros. Uma patifaria. As poupanças do estado com a redução salarial da função pública em 2011 foram, afinal, diretamente para os bolsos do senhor António Mota, seus associados e financiadores.

Aos acordos ruinosos das PPP, vieram, ao longo dos anos, acrescentar-se custos desmesurados, resultado de negociações conduzidas por responsáveis públicos corruptos. Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.


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Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos [Ota e o TGV], não apenas os directamente interessados - os empresários de obras públicas, os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos - mas também flutuantes figuras representativas dos principais escritórios da advocacia de negócios de Lisboa. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. E o grande dinheiro agradece e aproveita.»

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Coliformes fecais à solta na governação do país



Professor Luís Manuel Cunha

In "Jornal de Barcelos" - 10.10.2012


Os fantasmas

Esta coisa de escrever crónicas "é um jogo permanente entre o estilo e a substância". Uma luta entre "o deboche estilístico" do gozo da escrita e "a frieza analítica" do pensamento do cronista. Por isso, enquanto cidadão, só posso ver este governo como uma verdadeira praga bíblica que caiu sobre um povo que o não merecia. Mas, enquanto cronista, encaro-o como uma dádiva dos céus, um maná dos deuses, "um harém de metáforas", uma verdadeira girândola de piruetas estilísticas.

Tomemos como exemplo o ministro Gaspar. Licenciado e doutorado em Economia, fez parte da carreira em Bruxelas onde foi director do Departamento de Estudos do BCE. Por cá, passou pelo Banco de Portugal, foi chefe de gabinete de Miguel Beleza e colaborador de Braga de Macedo. É o actual ministro das Finanças. Pois bem. O cronista olha para este "talento" e que vê nele? Um retardado mental? Uma rábula com olheiras? Um pantomineiro idiota? Não me compete, enquanto cidadão, dar a resposta. Mas não posso deixar de referir a reacção ministerial à manifestação de 15 de Setembro que, repito, adjectivava os governantes onde se inclui o soporífero Gaspar, como "gatunos, mafiosos, carteiristas, chulos, chupistas, vigaristas, filhos da puta". Pois bem. Gaspar afirmou na Assembleia da República que o povo português, este mesmo povo português que assim se referia ao seu governo, "revelou-se o melhor povo do mundo e o melhor activo de Portugal"! Assumpção autocrítica de alguém que também é capaz de, lucidamente, se entender, por exemplo, como um "chulo" do país? Incapacidade congénita de interpretar o designativo metafórico de "filhos da puta"? Não me parece. Parece-me sim um exercício de cinismo, sarcástico e obsceno, de quem se está simplesmente "a cagar" para o povo que protesta. A ser assim, julgo como perfeitamente adequado repetir aqui uma passagem de um texto em forma de requerimento "poético" de 1934. Assim:



"A Nação confiou- lhe os seus destinos?... / Então, comprima, aperte os intestinos./ Se lhe escapar um traque, não se importe… / Quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte? / Quantos porão as suas esperanças / Num traque do ministro das Finanças?... / E quem viver aflito, sem recursos / Já não distingue os traques dos discursos." Provavelmente o sr. ministro desconhecerá a história daquele gajo que era tão feio, tão feio, que os gases andavam sempre num vaivém constante para cima e para baixo, sem saber se sair pela boca se pelo ânus, dado que os dois orifícios esteticamente se confundiam. Pois bem. O sr. ministro é o primeiro, honra lhe seja concedida, que já confunde os traques com os discursos. Os seus. Desta vez, o traque saiu-lhe pelo local de onde deveria ter saído o discurso! Ou seja e desculpar-me-ão a grosseria linguística, em vez de falar, "cagou-se". Para o povo português. Lamentavelmente.



Outro exemplar destes políticos que fazem as delícias de um cronista é Cavaco Silva. Cavaco está politicamente senil. Soletra umas solenidades de circunstância, meia-dúzia de banalidades e, limitado intelectualmente como é, permanece "amarrado à âncora da sua ignorância". Só neste contexto se compreende o espanto expresso publicamente com "o sorriso das vacas", as lamúrias por uma reforma insuficiente de 10 mil euros mensais, a constante repetição do "estou muito preocupado" e outros lugares-comuns que fazem deste parolo de Boliqueime uma fotocópia histórica de Américo Tomás, o almirante de Salazar. Já o escrevi aqui várias vezes. Na cabeça de Cavaco reina um vácuo absoluto. Pelo que, quando fala, balbucia algumas baboseiras lapalicianas reveladoras de quem não pode falar do mundo complexo em que vivemos com a inteligência de um homem de Estado. Simplesmente por que não a tem. Cavaco é uma irrelevância de quem nada há a esperar, a não ser afirmações como a recentemente proferida aquando das comemorações do 5 de Outubro de que "o futuro são os jovens deste país"! Pudera! Cavaco não surpreenderia ninguém se subscrevesse por exemplo a afirmação do Tomás ao referir- se à promulgação de um qualquer despacho número cem dizendo que lhe fora dado esse número "não por acaso mas porque ele vem não sequência de outros noventa e nove anteriores..." Tale qual.

Termino esta crónica socorrendo- me da adaptação feliz de um aforismo do comendador Marques de Correia e que diz assim: "Faz de Gaspar um novo Salazar, faz de Cavaco um novo Tomás e canta ó tempo volta para trás". É que só falta mesmo isso. Que o tempo volte para trás. Porque Salazar e Tomás já os temos por cá.

P.S.: Permitam-me a assumpção da mea culpa. Critiquei aqui violentamente José Sócrates. Mantenho o que disse. Mas hoje, comparando-o com esse garotelho sem qualquer arcaboiço para governar chamado Passos Coelho, reconheço que é como comparar merda com pudim. Para Sócrates, obviamente, a metáfora do pudim. Sinceramente, nunca pensei ter de escrever isto.



Comentário


Alto lá, Professor Luís Manuel Cunha!

Chamar merda a Passos Coelho, ainda vá, mas, comparativamente, considerar Sócrates a um pudim, isso é ir demasiado longe. Sócrates nada mais á que uma prequela coerente de Passos Coelho (ou, para os menos letrados, Passos Coelho é uma sequela lógica de Sócrates).

Dito de outra maneira - se Passos Coelho é uma merda e Sócrates um pudim, então este teria necessariamente de ser confeccionado da seguinte forma:

Ingredientes do pudim (Sócrates):

1 – Dois barris de fezes com consistência líquida;

2 – Cinco latas de esterco condensado;

3 – Quatro Kg de excrementos;


Preparação: bater tudo num liquidificador, colocar numa forma untada de caca e deixar em banho-maria durante duas horas. Quando a bosta adquirir uma consistência pastosa e esverdeada, decore com caganitas.



quarta-feira, dezembro 05, 2012

Mário Soares avisa Passos Coelho de que "tem Portugal inteiro contra ele, que corre grandes riscos e que tenha cuidado com o que lhe possa acontecer”


Mário Soares, ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República, campeão dos subsídios, das instituições, dos observatórios e das fundações, que asseverou, em 2005, que Portugal só estaria no rumo certo se José Sócrates fosse eleito primeiro-ministro e que considerou, em 2010, que Pedro Passos Coelho era "um líder razoável e sensato", mostra-se agora apoquentado com a agressividade contra os políticos que grassa pelo país.





RTP - 04 Dez, 2012


O antigo Presidente da República Mário Soares escreve hoje no Diário de Notícias um artigo de opinião muito crítico de Passos Coelho, avisando-o de "que corre grandes riscos". "Tem Portugal inteiro contra ele: sacerdotes, militares, de alta e baixa patente, cientistas, académicos, universitários, rurais, sindicalistas, empresários, banqueiros, pescadores, portuários, médicos e enfermeiros e, sobretudo, a maioria dos seus próprios correligionários do PSD", acusa Soares. Para acrescentar: "O povo não existe para o primeiro-ministro e para o seu Governo. Tenha, pois, cuidado com o que lhe possa acontecer".

Num texto carregado de ataques às mais recentes decisões do Executivo, Mário Soares diz que "no Governo de Passos Coelho a regra é ninguém se entender. Desde o terceiro ministro, que devia ser segundo, Paulo Portas, até ao ministro da Segurança Social, que devia chamar-se da insegurança social, passando pelo 'Álvaro', que finalmente compreendeu que a austeridade com a recessão crescente e o desemprego a atingir 17 por cento - o terceiro mais alto da Europa -, tudo o que possamos fazer leva-nos, necessariamente, ao abismo".

Preconizando uma mudança de política, Soares ataca o Governo e não deixa de chamar a atenção para o facto de a situação estar a deteriorar-se de dia para dia: "Com o povo desesperado e, em grande parte, na miséria corre imensos riscos. É preciso e indispensável mudar de política. Com esta política - e a intervenção permanente do ministro das Finanças - tudo vai de mal a pior. São os militantes do PSD que o reconhecem. Será que seremos a Grécia? Ou pior do que ela?".

Vítor Gaspar também não é poupado no texto de Mário Soares. "O ministro das Finanças teve o gosto de voltar a fazer cortes e mais cortes, deixando a maioria dos portugueses no desemprego e a pão e água", escreve o ex-Presidente.

"Entretanto, Passos Coelho lembrou-se de que a Constituição é mais generosa em matéria de ensino do que em saúde e, vai daí, teve a ideia peregrina de anunciar que vai cortar no ensino, até agora gratuito, esquecendo-se ou ignorando o art. 74.º da Constituição, no que foi desautorizado pelo ministro da Educação. Mas isso parece não ter importância para o atual Governo, tanto que o primeiro-ministro já deu o dito pelo não dito, como está a ser seu costume", reforça.


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segunda-feira, dezembro 03, 2012

E quando os violentos começarem a ser dezenas, milhares? E se andar por aí um rastilho subterrâneo a arder, rumo ao coração de multidões, atiçado por cada novo sopro de insensibilidade, de "ai aguentas", de desvergonha autoritária?


Passos Coelho, já fez um aviso àqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo: "Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal. Em Portugal, há direito de manifestação, há direito à greve. Nós não confundiremos o exercício dessas liberdades com aqueles que pensam que podem incendiar as ruas e ajudar a queimar Portugal".



Três incendiários sofrem as consequências da política de terra queimada que elegeram para o país

Ao contrário do que pensa o ainda primeiro-ministro, ninguém pretende uma guerra com o Governo. O que um número cada vez maior de portugueses ambiciona é que os elementos que estão a "incendiar e a queimar Portugal" sejam liminarmente justiçados.


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Por Luis Rainha no blogue «Vias de Facto»


O tabu da violência


Salazar ficcionou a cómoda brandura dos nossos costumes. Franco, camarada ibérico de barbárie, resumiu-nos como uma nação de cobardes. Governo após governo apostaram no comodismo que nos levaria a preferir o resmungo clandestino às dores e ao sangue do confronto; ideia arriscada, face a um povo que tem por tradição enfrentar touros de mãos nuas.

No dia 14, a aposta começou a esgarçar-se sob uma chuva de fogo, pedras e fúria. A resposta policial foi vista pelo bom senso do costume como inevitável, exemplar até. Sempre ordeiras, as almas consensuais tranquilizaram-nos-nos: trata-se apenas de “uma dúzia” de desordeiros; malta sombria, estranha, talvez estrangeira, anarquistas, quiçá criminosos comuns, de cadastro e tudo. Haja obediência, respeitinho. O monopólio estatal da violência é coisa a venerar, pilar da ponte que vai de quem manda a quem obedece.

E quando os violentos começarem a ser dezenas, milhares? E se andar por aí um rastilho subterrâneo a arder, rumo ao coração de multidões, atiçado por cada novo sopro de insensibilidade, de "ai aguentas", de desvergonha autoritária?

Até Gandhi cartografou as fronteiras entre a cobardia e a autodefesa: "arriscaria mil vezes a violência antes de arriscar a castração de uma raça.” E a Constituição garante-nos o direito "de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública." Se esta se couraça e arma até aos dentes com a fúria cega de feras fardadas e bem treinadas, resta o quê?


Fim do texto de Luis Rainha


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A inutilidade do pacifismo contra genocidas encartados


Um ex-pacifista que se viu sem emprego, sem tecto e sem pão para dar aos filhos


Ouve-se muitas vezes dizer que "a violência gera violência", que "a violência nunca consegue nada" ou que "se se usar a violência para nos defendermos daqueles que nos agridem, ficamos ao nível deles". Todas estas afirmações baseiam-se na noção errada de que toda a violência é igual. Nada mais falso!

A violência tanto pode funcionar para subjugar como para libertar

Uma mulher que crave uma lima de unhas no coração de um energúmeno que a arrastou à força para um bosque com o intuito de a violar, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Um homem que abate a tiro um assassino que lhe entrou em casa e lhe degolou a mulher, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Um polícia que dispara contra um homicida prestes a abater um pacato cidadão, está a utilizar a violência de uma forma justa;

Os habitantes de um bairro nova-iorquino que se juntam para aniquilar um bando mafioso (que nunca é apanhado porque tem no bolso os políticos, os juízes e os polícias locais), estão a utilizar a violência de uma forma justa;

Um povo que se revolta de forma sangrenta contra a Máfia do Dinheiro, coadjuvada por políticos corruptos, legisladores venais, comentadores a soldo, e cujos roubos financeiros descomunais destroem famílias, empresas e o país inteiro, esse povo está a utilizar a violência de uma forma justa.

As sanguessugas são apenas algumas centenas e nós somos milhões. Estamos à espera de quê para as esmagar?


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Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 6/11/2012

Os aumentos de impostos que nos martirizam e destroem a economia têm como maiores beneficiários os agiotas que contrataram empréstimos com o estado português. Todos os anos, quase dez por cento do orçamento, mais de sete mil milhões de euros, destina-se a pagar juros de dívida pública.

Ainda no tempo de Sócrates, e para alimentar as suas megalomanias, o estado financiava-se a taxas usurárias de seis e sete por cento. A banca nacional e internacional beneficiava desse mecanismo perverso que consistia em os bancos se financiarem junto do Banco Central Europeu (BCE) a um ou dois por cento para depois emprestarem ao estado português a seis.

Foi este sistema que levou as finanças à bancarrota e obrigou à intervenção externa, com assinatura do acordo com a troika, composta pelo BCE, FMI e União Europeia. [...] Mas o que o estado então assinou foi um verdadeiro contrato de vassalagem que apenas garantia austeridade. Assim, assegurou-se a continuidade dos negócios agiotas com a dívida, à custa de cortes na saúde, na educação e nos apoios sociais.

[...] A chegada de Passos Coelho ao poder não rompeu com esse paradigma. Nem por sombras. O governo optou por nem sequer renegociar os empréstimos agiotas anteriormente contratados; e continua a negociar nova dívida a juros incomportáveis.

Os políticos fizeram juras de amor aos bancos, mas os juros pagámo-los nós bem caro, pela via dum orçamento de estado que está, primordialmente, ao serviço dos verdadeiros senhores feudais da actualidade, os banqueiros."

quinta-feira, outubro 18, 2012

Por quantos meses mais irão estes funcionários bancários continuar a respirar?



Lacaios do Grande Dinheiro e brutais executores
do Holocausto Social em que o país continua a mergulhar


Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]



Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."

quinta-feira, outubro 11, 2012

Vítor Gaspar, em resultado da sua sanha austeritária, surgirá um dia destes mais flamejante que nunca (nostra culpa, porque, há que reconhecê-lo, andámos todos a gastar mais do que devíamos)


Instantâneo do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ao ser surpreendido por populares a tentar escapulir-se à socapa de uma reunião do Conselho de Ministros.

Os manifestantes decidiram passar das palavras aos atos e trocar as habituais palavras de ordem - «Que se lixe a Troyka», «Basta de Austeridade», «Chega de Corrupção», «Gatunos» e «Abaixo o Governo» - por alguns litros de gasolina e a chama de um isqueiro...


Um ministro das Finanças sobreaquecido numa economia em arrefecimento

domingo, abril 22, 2012

Vítor Gaspar: «As pessoas estão totalmente disponíveis para os sacrifícios»...

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Uma brigada constituída por cinco portugueses: um desempregado na casa dos 40-50, um precário com um salário insignificante, um idoso com uma pensão miserável, um jovem licenciado sem futuro e um sem-abrigo que perdeu a esperança, oferece em sacrifício o ministro da das finanças - Vítor Gaspar, a fim de apaziguar os deuses da ganância da Finança Internacional...


Vítor Gaspar: «As pessoas estão totalmente disponíveis para os sacrifícios e para trabalharem mais, para o país ter êxito nos programas de ajustes, se a partilha do esforço for vista como sendo justa. Como tal, temos estado constantemente preocupados com a concepção dos cortes na segurança social, no sistema de saúde, quando aumentamos impostos, para protegermos os menos favorecidos e os mais vulneráveis.»


Comentário

Os sacrifícios de que fala Gaspar estão a empurrar milhões de pessoas para a miséria e dezenas de milhar de jovens (que se vêem sem futuro) e idosos (que se vêem sem amparo) para o suicídio. Quaisquer sacrifícios a que Gaspar seja sujeito saberão sempre a pouco aos deuses da justiça social...


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sábado, novembro 19, 2011

Quantas centenas de milhar (ou milhões) de portugueses não estariam hoje na disposição de cortar as goelas a estes dois funcionários bancários?

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Os risos alarves de um ministro das Finanças e de um Primeiro-Ministro
a soldo de uma Banca que anda a saquear desvairadamente o País


Comentário

1 - A mando da Banca, Sócrates, Teixeira dos Santos (e outros, antes deles) andaram a semear dívidas astronómicas em obras inúteis: Centro Cultural de Belém, Casa da Música no Porto, Estádios do Euro 2004, Expo98, Aeroporto de Beja, Metro Sul do Tejo, Pontes, Submarinos, 700 quilómetros de Auto-Estradas excedentárias, SCUTs, TGVs projectados, mais de 140 Parcerias Público-Privadas (PPP), Projectos do novo Aeroporto de Lisboa (Ota e Alcochete), Empresas Públicas, Consultorias, etc., etc., etc.

2 - A mando da Banca, Passos Coelho e Vítor Gaspar andam agora a recolher os descomunais juros agiotas das ditas obras para atafulhar, ainda mais, a mula aos Bancos. Espera-os, no fim do mandato, e caso os portugueses mantenham o espírito de carneirada mansa que têm tido até agora, uma conta rechonchuda num qualquer paraíso fiscal e um lugar principescamente pago na administração de uma instituição bancária.


No Jornal Expresso de 1/9/2007, o jornalista Fernando Madrinha explicou sucintamente de que forma a Banca, a mais poderosa, interligada e influente quadrilha do planeta, utiliza a política e os políticos, os Media e os jornalistas para saquear os Estados Nacionais:

[...] «Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais
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domingo, setembro 04, 2011

Ou aceitamos a execução do programa do Governo ou optamos simplesmente pela execução dos seus membros

Jornal Algarve: Antevendo as várias manifestações de protesto que já estão marcadas contra as medidas de austeridade do Governo PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro fez questão de ameaçar que não será brando, em declarações no passado domingo, dia 4 de Setembro, em Campo Maior.

"Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal", disse Passos Coelho, avisando de antemão "aqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo".


Mas, ao contrário das palavras de Passos Coelho, ninguém pretende uma guerra com o Governo. O que todos ambicionam é, tão somente, a aniquilação do mesmo. E também que os criminosos e genocidas que o compõem batam com os costados na pildra por muitos e bons anos, ou, em alternativa, que entreguem a alma ao Criador (seja por doença, acidente ou justiça cidadã).


O género de notícias que se segue são praticamente diárias:

Diário Digital (31-8-2011): Governo aprovou agravamento do IRS e IRC em 2012.

Diário de Notícias (1-9-2011): Com a redução de vagas, mais de um quarto dos professores contratados que tiveram lugar o ano passado ficaram este ano sem poder dar aulas. Feitas as contas, 35 mil professores no desemprego poupam 60 milhões ao Ministério da Educação.

Diário de Notícias (7-9-2011): O Governo justificou hoje o aumento do IVA sobre a electricidade e gás natural com a crise e com "a obrigação do Estado" de cumprir a meta de 5,9 de défice este ano

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As manifestações, as palavras de ordem, os cartazes, as bandeiras e as canções de protesto não têm impacto rigorosamente nenhum nas "políticas" do Governo. Para que haja, de facto, mudança efectiva, é necessário que os políticos corruptos, os jornalistas venais e os banqueiros que os trazem a todos presos pela trela, sintam verdadeiramente na carne a fúria do desespero dos que têm salários de fome, dos desempregados, dos precários, dos reformados com pensões de miséria, dos pobres, etc...





Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam o roubo descomunal que os bancos estão a fazer aos portugueses através dos seus políticos corruptos:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".


sexta-feira, agosto 12, 2011

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, teve um encontro casual com alguns populares pouco satisfeitos com a subida generalizada dos preços

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O ministro das Finanças, Vítor Gaspar


Não, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não sofreu um desastre de mota. Tudo não passou de uma acalorada troca de pontos de vista entre o ministro e alguns elementos de uma população cujo descontentamento parece aumentar a cada hora que passa.


Num fortuito rendezvous de alguns populares com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, aqueles deram conta ao governante do seu desagrado com a sobretaxa de IRS sobre salários e pensões, paga por trabalhadores dependentes, independentes e pensionistas, e que abrange 1,7 milhões de contribuintes. Foi também expresso ao ministro o desconforto com a sobretaxa que vai cortar metade do subsídio de Natal das famílias, o aumento de 15% nos transportes públicos, o aumento da taxa do IVA de 6% para 23% no gás e na electricidade, os cortes nos reembolsos na saúde, o fim de muitas comparticipações que vão afectar mais de um milhão de pessoas, e o aumento do IVA de 13% para 23% no sector da restauração (cafés e restaurantes) e que levará a 120 mil despedimentos, bem como várias outras minudências...

E a gente boa perguntou ainda ao ministro porque razão, dos 78 mil milhões de euros, que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), foram dados aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e oferecidos 35 mil milhões de euros em garantias aos bancos para que estes possam emitir dívida que lhes permita "financiarem-se".

Malheureusement, em face das respostas atabalhoadas do ministro das Finanças, os ânimos ter-se-ão exaltado un petit peu...
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quinta-feira, julho 28, 2011

Os lucros pornográficos dos banqueiros e a colaboração cúmplice dos políticos. Porque não os matamos a todos e acabamos com isto de vez?

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Em Dezembro de 1963 começou na cidade alemã de Frankfurt o chamado Julgamento de Auschwitz. Vinte e dois homens das SS do campo de concentração de Auschwitz foram julgados por cumplicidade ou homicídio. Durante o julgamento, na sequência dos horrores descritos por testemunhas sobreviventes, uma senhora que assistia ao julgamento teve o seguinte desabafo que todo o tribunal ouviu:

- Porque não os matam a todos [os réus] e acabam com isto!


Vem isto a propósito dos 78 mil milhões de euros que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional vão emprestar a Portugal a juros agiotas (vão ser pagos durante 13 anos a uma taxa igual ou superior a 6% = 4% de juros + 2% de spreads= 6%).

Destes 78 mil milhões de euros, 12 mil milhões de euros vão servir para a recapitalização dos bancos e, dos 66 mil milhões restantes, o Estado oferece, "acomoda", 35 mil milhões de euros em garantias à Banca para que esta possa emitir dívida para se "financiar"... Ou seja, o Estado vai oferecer de mão beijada à Banca 47 mil milhões de euros à custa dos contribuintes.

Os restantes 31 milhões de euros vão servir para pagar os juros dos empréstimos aos bancos pelas obras faraónicas e inúteis com que os serviçais políticos (a soldo da Banca) endividaram o país.


Presidentes dos Bancos Nacionais, respectivamente:
BCP – CGD – BPI – TOTTA - BES



Políticos a soldo:
Sócrates, Teixeira dos Santos, Passos Coelho, Vítor Gaspar e Paulo Portas


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E assim, os contribuintes portugueses vão injectar directamente 47 mil milhões de euros numa Banca que, como os números comprovam, atravessa "enormes dificuldades":


Banco Espírito Santo

Lucros em 2006 = 420 milhões de euros
Lucros em 2007 = 607 milhões de euros
Lucros em 2008 = 402,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 522 milhões de euros
Lucros em 2010 = 510,5 milhões de euros


Banco Millennium bcp

Lucros em 2006 = 780 milhões de euros
Lucros em 2007 = 563 milhões de euros
Lucros em 2008 = 201,2 milhões de euros
Lucros em 2009 = 225 milhões de euros
Lucros em 2010 = 301,6 milhões de euros


BPI – Banco Português de Investimento

Lucros em 2006 = 308,8 milhões de euros
Lucros em 2007 = 355 milhões de euros
Lucros em 2008 = 150,3 milhões de euros
Lucros em 2009 = 175 milhões de euros
Lucros em 2010 = 184,8 milhões de euros


Banco Santander Totta

Lucros em 2006 = 425 milhões de euros
Lucros em 2007 = 510 milhões de euros
Lucros em 2008 = 517,7 milhões de euros
Lucros em 2009 = 523 milhões de euros
Lucros em 2010 = 434,7 milhões de euros
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Em suma

Como é que ficámos a dever tanto dinheiro aos bancos portugueses e estrangeiros? A resposta é simples: o Banco Central Europeu empresta dinheiro aos bancos mas não pode, estatutariamente, emprestar dinheiro aos Estados e, assim, os Governos são obrigados a negociar com os bancos (nacionais e internacionais) para se poderem financiar.

Visto que os bancos privados se financiam junto do BCE a taxas de juro de cerca de 1% e exigem juros muito superiores para comprarem dívida dos países (Portugal tem andado a a endividar-se a taxas de juro de 6, 7, 8, 9 e 10%), resulta que a banca privada, incluindo a nacional, tem feito fortunas a comprar dinheiro barato na UE e a vender caro cá.

E quem é que paga este enriquecimento da banca privada? Essa resposta é ainda mais simples: somos todos nós. É através dos impostos, dos cortes nos salários e nas pensões, que vamos pagando aquilo que os bancos vão ganhando.


Como explicou linearmente o jornalista Fernando Madrinha no Jornal Expresso de 1/9/2007:

«Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais

O crime destes políticos venais a soldo de agiotas assassinos, ao destruir um país e enviando milhões de pessoas para a miséria - um crime de altíssima traição – deve ser imperativa e rapidamente punido com a morte. E terá de ser o povo a executar a sentença, já que o sistema que deveria tratar disso está podre de alto a baixo.
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