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O objectivo supremo da propaganda é conseguir que milhões de pessoas forjem entusiasticamente as grilhetas da sua própria servidão [Emil Maier-Dorn].
quinta-feira, outubro 28, 2010
domingo, outubro 24, 2010
Cinco formas, quase indolores, de obviar o profundo desgosto de Cavaco Silva com a actual situação do país
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Jornal Expresso - 23 de Outubro de 2010
(Clicar para ampliar a imagem)
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Jornal Expresso - 23 de Outubro de 2010
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O Presidente da República anda triste e amargurado com a situação em que vivemos, sabendo, ele, do gesto inútil em insultar banqueiros internacionais e o FMI , porque (sic) "eles, pura e simplesmente, não nos ligam".
Para debelar a amargura que flagela o espírito do mais alto Magistrado da Nação existem, todavia, vários bálsamos muito populares e ao alcance de qualquer bolsa:
1 - Exsanguination (sangramento): Este método implica cometer suicídio executando uma incisão nos punhos ou na artéria carótida. A perda sanguínea é tão elevada que a vida se esvai num ápice.
2 - Afogamento: Muita gente comete suicídio por afogamento. Este consiste na aspiração de líquido não corporal causada por submersão ou imersão. Mesmo sabendo nadar, o indivíduo fica debaixo de água o tempo suficiente para deixar de respirar.
3 - Asphyxia: Este modo de cometer suicídio envolve asfixia. A pessoa que pretende o sufocação, opta normalmente por um saco de plástico enfiado na cabeça ou respirar monóxido de carbono (um dos gases que sai do escape de um automóvel).
4 - Enforcamento: Este é talvez o método mais comum de cometer suicídio. É um processo que conduz à quebra do pescoço ou o esmagamento da traqueia.
5 - Saltar de uma ponte: A Ponte 25 de Abril, tal como a famosa Golden Gate Bridge, nos E.U.A., é um local popular para as pessoas saltarem e cometerem suicídio. Aqui, a pessoa morre pelo impacto na água ou da queda.
Esperam os cidadãos deste país não ter de assistir, por muito mais tempo, à agonia moral de Cavaco Silva, ou ao pagamento das chorudas reformas que ele acumula (e o país paga). Um tal gesto, além de revelar o profundo patriotismo da figura mais grada da nação, seria um alívio para as depauperadas finanças do contribuinte.
Para debelar a amargura que flagela o espírito do mais alto Magistrado da Nação existem, todavia, vários bálsamos muito populares e ao alcance de qualquer bolsa:
1 - Exsanguination (sangramento): Este método implica cometer suicídio executando uma incisão nos punhos ou na artéria carótida. A perda sanguínea é tão elevada que a vida se esvai num ápice.
2 - Afogamento: Muita gente comete suicídio por afogamento. Este consiste na aspiração de líquido não corporal causada por submersão ou imersão. Mesmo sabendo nadar, o indivíduo fica debaixo de água o tempo suficiente para deixar de respirar.
3 - Asphyxia: Este modo de cometer suicídio envolve asfixia. A pessoa que pretende o sufocação, opta normalmente por um saco de plástico enfiado na cabeça ou respirar monóxido de carbono (um dos gases que sai do escape de um automóvel).
4 - Enforcamento: Este é talvez o método mais comum de cometer suicídio. É um processo que conduz à quebra do pescoço ou o esmagamento da traqueia.
5 - Saltar de uma ponte: A Ponte 25 de Abril, tal como a famosa Golden Gate Bridge, nos E.U.A., é um local popular para as pessoas saltarem e cometerem suicídio. Aqui, a pessoa morre pelo impacto na água ou da queda.
Esperam os cidadãos deste país não ter de assistir, por muito mais tempo, à agonia moral de Cavaco Silva, ou ao pagamento das chorudas reformas que ele acumula (e o país paga). Um tal gesto, além de revelar o profundo patriotismo da figura mais grada da nação, seria um alívio para as depauperadas finanças do contribuinte.
quinta-feira, outubro 21, 2010
No Daily Show, Jon Stewart mostra-nos uma Wall Street genuinamente revoltada contra os contínuos ataques do contribuinte americano
Anthony Scaramucci, gestor de hedge funds de Wall Street, queixa-se dos ataques de Obama ao mais importante centro comercial e financeiro do mundo:
Jon Stewart: Acha que o governo o tem agredido? O que consideram agressão em Wall Street é visto pelos americanos como um apoio de um bilião de dólares à vossa indústria. Sabe o que muitos americanos diriam a Obama neste momento?
Wall Street está-se a preparar para pagar este ano (2010) um recorde de 144 mil milhões de dólares em bónus, prémios e benefícios aos seus executivos, um aumento em relação ao recorde anterior 139 mil milhões de dólares de 2009.
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segunda-feira, outubro 18, 2010
Todos os políticos em cargos de poder são funcionários bancários
Dirigentes do Bloco estudaram o percurso de 115 ex-governantes: 84 foram para a Banca
ou tiveram uma ligação ao sector bancário, passando por órgãos sociais dos mais diversos bancos. Mais interessante ainda: desses 84 ex-governantes com ligação à banca, na grande maioria dos casos (56, ou seja, dois terços,) essa ligação não tinha antecedentes, e só surgiu depois da passagem pelo Governo.
Os dados apurados permitem aos autores sustentar a tese da “integração sistémica assegurada por estes dirigentes. São portadores de informação valiosa e de redes de influência. As responsabilidades partidárias, que se prolongam além dos cargos de governo e são valorizadas por estes, asseguram um canal permanente com várias dimensões do poder central e local”, o que é um “ativo estratégico” para os empregadores.
A generalidade dos bancos reconhece a importância deste “ativo estratégico” e vai buscar ex-ministros e secretários de Estado (sobretudo os que passaram pelas finanças e economia, mas não só — basta pensar nos casos de Dias Loureiro e Armando Vara, que vinham da Administração Interna, ou Celeste Cardona, que foi ministra da Justiça). BES e BCP são, no universo analisado, os que mais apostaram nestas contratações — um em cada dez está ou esteve no BES, e quase um em cada cinco teve ou tem uma ligação ao BCP. Rui Machete, ex-ministro e barão social-democrata, conseguiu juntar as duas marcas no seu currículo. Também o grupo Champalimaud (e, depois, Santander) apostou forte em ex-governantes, quase todos do PSD.
ou tiveram uma ligação ao sector bancário, passando por órgãos sociais dos mais diversos bancos. Mais interessante ainda: desses 84 ex-governantes com ligação à banca, na grande maioria dos casos (56, ou seja, dois terços,) essa ligação não tinha antecedentes, e só surgiu depois da passagem pelo Governo.
Os dados apurados permitem aos autores sustentar a tese da “integração sistémica assegurada por estes dirigentes. São portadores de informação valiosa e de redes de influência. As responsabilidades partidárias, que se prolongam além dos cargos de governo e são valorizadas por estes, asseguram um canal permanente com várias dimensões do poder central e local”, o que é um “ativo estratégico” para os empregadores.
A generalidade dos bancos reconhece a importância deste “ativo estratégico” e vai buscar ex-ministros e secretários de Estado (sobretudo os que passaram pelas finanças e economia, mas não só — basta pensar nos casos de Dias Loureiro e Armando Vara, que vinham da Administração Interna, ou Celeste Cardona, que foi ministra da Justiça). BES e BCP são, no universo analisado, os que mais apostaram nestas contratações — um em cada dez está ou esteve no BES, e quase um em cada cinco teve ou tem uma ligação ao BCP. Rui Machete, ex-ministro e barão social-democrata, conseguiu juntar as duas marcas no seu currículo. Também o grupo Champalimaud (e, depois, Santander) apostou forte em ex-governantes, quase todos do PSD.
A banca é o máximo denominador comum neste universo, mas os ex-governantes ganharam destaque nas mais variadas empresas e grupos económicos. Destaque-se o Grupo Mello pela sua tendência para dar novas oportunidades a ex-governantes — dos 115 analisados, contratou 16, com percursos tão diversos como Álvaro Barreto, António Vitorino, Nogueira Leite, Couto dos Santos ou Luís Filipe Pereira. As empresas públicas ou aquelas onde o Estado tem participação relevante também se tornam autênticos albergues de ex-governantes — veja-se a CGD, a PT ou a EDP.
Os autores notam que “muitos destes dirigentes político-empresariais tomam ainda formas de ‘participação cruzada’, tecendo pontes eficientes entre vários grupos económicos cujos órgãos sociais integram simultaneamente”. Casos notórios são Mira Amaral, Ferreira do Amaral, Murteira Nabo, Nogueira Leite ou Luís Todo Bom.
Por outro lado, esta contaminação entre política e negócios permite “a promoção de uma meteórica mobilidade social ascendente”, pois a passagem pelo Governo é “um condão que transforma dezenas de quadros técnicos, docentes universitários ou responsáveis partidários em administradores de empresas privadas ou participadas, com acesso a rendimentos absolutamente incomparáveis com os auferidos anteriormente”. O exemplo mais evidente é Vara, que chegou à política como bancário e saiu como banqueiro, mas há muitos outros, como Jorge Coelho ou José Penedos.
Os bloquistas apontam um terceiro aspeto deste fenómeno: a “forte promiscuidade”, com “governantes que transitam diretamente da tutela para a gestão de topo de empresas cujo quadro de atuação condicionaram imediatamente antes”. Há bons exemplos nas obras públicas (Ferreira do Amaral, Jorge Coelho, Luís Parreirão) e na energia (Pina Moura, Fernando Pacheco). A grande maioria dos ex-governantes portugueses que se dedicaram aos negócios privados têm ou tiveram uma ligação ao sector bancário — esta é uma das conclusões de uma pesquisa desenvolvida por cinco dirigentes do Bloco de Esquerda, que será editada em livro na próxima semana. “Os Donos de Portugal — Cem Anos de Poder Económico”, a que o Expresso teve acesso, da autoria de Francisco Louçã, Luís Fazenda, Fernando Rosas, Cecília Honório e Jorge Costa, faz um retrato do século republicano olhando para os detentores do poder económico.
Há anos que os dirigentes do BE denunciam a “promiscuidade” entre política e negócios, de que Armando Vara se tornou o caso mais paradigmático nos últimos anos. Agora, os bloquistas tentaram aprofundar a questão da “contaminação intensa entre poder de Estado e negócios privados”. Olharam para as “áreas governativas estratégicas da economia, finanças, obras públicas, emprego e planeamento” e identificaram 115 percursos individuais de ministros e secretários de Estado “com currículo empresarial e de negócios relevante”, nas palavras de Jorge Costa. Não é um levantamento exaustivo das carreiras profissionais dos ex-governantes, mas apenas daqueles que mais se destacaram no regresso ao privado.
Os autores notam que “muitos destes dirigentes político-empresariais tomam ainda formas de ‘participação cruzada’, tecendo pontes eficientes entre vários grupos económicos cujos órgãos sociais integram simultaneamente”. Casos notórios são Mira Amaral, Ferreira do Amaral, Murteira Nabo, Nogueira Leite ou Luís Todo Bom.
Por outro lado, esta contaminação entre política e negócios permite “a promoção de uma meteórica mobilidade social ascendente”, pois a passagem pelo Governo é “um condão que transforma dezenas de quadros técnicos, docentes universitários ou responsáveis partidários em administradores de empresas privadas ou participadas, com acesso a rendimentos absolutamente incomparáveis com os auferidos anteriormente”. O exemplo mais evidente é Vara, que chegou à política como bancário e saiu como banqueiro, mas há muitos outros, como Jorge Coelho ou José Penedos.
Os bloquistas apontam um terceiro aspeto deste fenómeno: a “forte promiscuidade”, com “governantes que transitam diretamente da tutela para a gestão de topo de empresas cujo quadro de atuação condicionaram imediatamente antes”. Há bons exemplos nas obras públicas (Ferreira do Amaral, Jorge Coelho, Luís Parreirão) e na energia (Pina Moura, Fernando Pacheco). A grande maioria dos ex-governantes portugueses que se dedicaram aos negócios privados têm ou tiveram uma ligação ao sector bancário — esta é uma das conclusões de uma pesquisa desenvolvida por cinco dirigentes do Bloco de Esquerda, que será editada em livro na próxima semana. “Os Donos de Portugal — Cem Anos de Poder Económico”, a que o Expresso teve acesso, da autoria de Francisco Louçã, Luís Fazenda, Fernando Rosas, Cecília Honório e Jorge Costa, faz um retrato do século republicano olhando para os detentores do poder económico.
Há anos que os dirigentes do BE denunciam a “promiscuidade” entre política e negócios, de que Armando Vara se tornou o caso mais paradigmático nos últimos anos. Agora, os bloquistas tentaram aprofundar a questão da “contaminação intensa entre poder de Estado e negócios privados”. Olharam para as “áreas governativas estratégicas da economia, finanças, obras públicas, emprego e planeamento” e identificaram 115 percursos individuais de ministros e secretários de Estado “com currículo empresarial e de negócios relevante”, nas palavras de Jorge Costa. Não é um levantamento exaustivo das carreiras profissionais dos ex-governantes, mas apenas daqueles que mais se destacaram no regresso ao privado.
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Comentário
Comentário
A tese do Bloco de Esquerda da «integração sistémica de dirigentes políticos na banca por serem portadores de informação valiosa e de redes de influência» é falsa.
Toda esta rapaziada ascendeu a cargos políticos por decisão ab anteriori da Banca. Sem o apoio desta nunca teriam chegado a cargos de poder. A Banca, que domina por completo os Media e os Partidos Políticos, nunca o permitiria. Quem comanda, aqui e lá fora, é o Poder Financeiro. É esse que tem de ser destruído.
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Toda esta rapaziada ascendeu a cargos políticos por decisão ab anteriori da Banca. Sem o apoio desta nunca teriam chegado a cargos de poder. A Banca, que domina por completo os Media e os Partidos Políticos, nunca o permitiria. Quem comanda, aqui e lá fora, é o Poder Financeiro. É esse que tem de ser destruído.
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terça-feira, outubro 12, 2010
quinta-feira, outubro 07, 2010
Um vislumbre do que o neoliberalismo prepara com a extinção do Serviço Nacional de Saúde
ADMINISTRATOR PYCROFT: Morning, gentlemen.
DOCTOR SPENSER: Morning!
OBSTETRICIAN: Morning, Mr. Pycroft.
DOCTOR SPENSER: Morning, Mr. Pycroft.
ADMINISTRATOR PYCROFT: Oh, very impressive. Very impressive. And what are you doing this morning?
OBSTETRICIAN: It's a birth.
ADMINISTRATOR PYCROFT: Aahh. What sort of thing is that?
DOCTOR SPENSER: Well, that's when we take a new baby out of a lady's tummy [barriga].
ADMINISTRATOR PYCROFT: Wonderful what we can do nowadays. Aah! I see you have the machine that goes 'ping'. This is my favourite. You see, we lease this back from the company we sold it to, and that way, it comes under the monthly current budget and not the capital account. [applause] Thank you. Thank you. We try to do our best. Well, do carry on.
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DOCTOR SPENSER: Morning!
OBSTETRICIAN: Morning, Mr. Pycroft.
DOCTOR SPENSER: Morning, Mr. Pycroft.
ADMINISTRATOR PYCROFT: Oh, very impressive. Very impressive. And what are you doing this morning?
OBSTETRICIAN: It's a birth.
ADMINISTRATOR PYCROFT: Aahh. What sort of thing is that?
DOCTOR SPENSER: Well, that's when we take a new baby out of a lady's tummy [barriga].
ADMINISTRATOR PYCROFT: Wonderful what we can do nowadays. Aah! I see you have the machine that goes 'ping'. This is my favourite. You see, we lease this back from the company we sold it to, and that way, it comes under the monthly current budget and not the capital account. [applause] Thank you. Thank you. We try to do our best. Well, do carry on.
sábado, outubro 02, 2010
Dois funcionários bancários explicaram na televisão como tencionam destruir o país
Estas poderão vir a ser as respostas mais adequadas por parte dos cidadãos portugueses às actuais "medidas económicas" dos principais responsáveis políticos para "debelar a crise". Quando é a Grande Finança que tudo controla - a Política, os Media e a Justiça, que mais resta fazer?
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Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006:
«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita.»
«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»
«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos da Ota e do TGV, [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita.»
«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»
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Um artigo da primeira página do Expresso de hoje explica muito:
Banca é refúgio para ex-ministros
Um artigo da primeira página do Expresso de hoje explica muito:
Banca é refúgio para ex-ministros
"Dirigentes do Bloco [de Esquerda] estudaram o percurso de 115 ex-governantes: 84 foram para a Banca..."
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