JOEL STEIN – Los Angeles Times - 9/12/2008
Eu nunca estive tão aborrecido com uma sondagem na minha vida. Hoje,
apenas 22% dos americanos acreditam que "as indústrias de cinema e de televisão são em grande medida controladas por judeus", abaixo dos quase 50% em 1964. A Liga Anti-Difamação, que divulgou os resultados da sondagem no mês passado, vê nestes números uma vitória contra estereótipos. Na verdade, mostra apenas como a América se tornou palerma.
Os judeus controlam totalmente Hollywood.
Quão profundamente Hollywood é judeu? Quando os directores de estúdio puseram um anúncio de página inteira no Los Angeles Times há algumas semanas a exigir que o Sindicato de Actores [Screen Actors Guild – que representa mais de 100 mil actores do cinema e da televisão] assinasse o contrato que os estúdios propunham, a carta aberta foi assinada pelo presidente da
News Corp, Peter Chernin (Judeu), o presidente da
Paramount Pictures, Brad Gray (judeu), o presidente-executivo da
Walt Disney Co., Robert Iger (judeu), o presidente da
Sony Pictures, Michael Lynton (surpresa, judeu holandês), o presidente da
Warner Bros., Barry Meyer (judeu), o diretor executivo da
CBS, Leslie Moonves (tão Judeu que o seu tio-avô foi o primeiro primeiro-ministro de Israel), o presidente da MGM, Harry Sloan (judeu) e o presidente da
NBC, Jeff Zucker (mega-judeu). Se algum dos irmãos Weinstein tivesse assinado, este grupo teria o poder de encerrar toda a produção cinematográfica.
A pessoa a quem eles se estavam a dirigir nesse anúncio era o presidente do Sindicato de Actores, Alan Rosenberg (Judeu). A refutação mordaz ao anúncio foi escrita pelo super-agente de entretenimento Ari Emanuel (judeu de pais israelitas) no Huffington Post, que é propriedade de Arianna Huffington (não Judia e nunca trabalhou em Hollywood).
Os judeus são tão dominantes, que eu tive que esquadrinhar profundamente para descobrir seis gentios (não Judeus) em posições de relevo em empresas de entretenimento. Quando lhes telefonei para falar sobre a sua progressão incrível neste ramo, cinco deles recusaram-se a falar comigo, aparentemente por medo de insultar judeus. O sexto, o presidente da AMC, Charlie Collier, vim a saber que era Judeu.
Como judeu orgulhoso que sou, quero que a América conheça o nosso sucesso.
Sim, nós controlamos Hollywood. Sem nós, vocês estariam a saltitar na televisão o dia inteiro entre o "The 700 Club" [um reality show] e "Davey e Goliath"[um programa infantil].
[...]
Abe Foxman disse: "Essa é uma frase muito perigosa, ‘os Judeus controlam Hollywood ‘. O que é verdade é que há muitos judeus em Hollywood ". Em vez de "controlar", Foxman preferiria que as pessoas digam que muitos executivos da indústria "por acaso são judeus", tal como "
todos os oito grandes estúdios de cinema são geridos por homens que por coincidência são Judeus".
Mas Foxman disse que está orgulhoso das realizações dos Judeus americanos. "Eu acho que os judeus estão representados de forma desproporcional na indústria criativa. Tal como estão também na advocacia e na medicina ", disse ele. Argumenta que isso não significa que os judeus façam filmes pró-Judeus tal como não fazem uma cirurgia pró-Judaica. Embora eu tenha reparado que noutros países não se fazem tantas circuncisões.
Agradeço as preocupações de Foxman. E talvez minha vida passada em New Jersey-New York / Bay Area-Los Angeles, o casulo pro-semítico me tenha deixado ingénuo.
Mas não me importo que os americanos pensem que controlamos os meios de comunicação, Hollywood, Wall Street ou o governo. Quero, simplesmente, que os continuemos a controlar.