Diário de Anne Frank - testes levados a cabo nos laboratórios do Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão (BKA) mostraram que partes do Diário foram escritas com esferográfica. Como as esferográficas não estavam disponíveis antes de 1951, o BKA concluiu que estas partes teriam sido acrescentadas posteriormente [após a morte de Anne Frank em 1945].
Tradução do artigo:
New York Post – 9 Outubro 1980 - Al Fredricks
Anne Frank pode não ter escrito o famoso Diário
Um relatório do Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão (BKA) indica que partes do Diário de Anne Frank foram alteradas ou acrescentadas depois de 1951, lançando dúvidas sobre a autenticidade de todo o Diário, divulgou o semanário alemão der Spiegel.
O Diário, um relato diário da angústia de uma jovem judia e da sua família escondidos na sua casa em Amsterdão durante a invasão nazi, comoveu milhões de pessoas.
O manuscrito foi examinado por ordem de um tribunal alemão ocidental na sequência de uma acção judicial por difamação interposta por Otto Frank, pai de Anne e o único membro da família a sobreviver aos campos de concentração, contra Ernst Roemer por este ter divulgado a alegação de que o livro era uma fraude.
Esta foi a segunda acção judicial contra Roemer, de há muito um crítico do livro, segundo Frank. Na primeira acção judicial, o tribunal decidiu a favor de Frank que considerou que o testemunho de historiadores e grafologistas era suficiente para autenticar o Diário.
Contudo, em Abril, pouco tempo antes da morte de Otto Frank a 19 de Agosto, o manuscrito foi entregue aos técnicos do BKA [Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão] para ser examinado.
O manuscrito, na forma de três cadernos de capa dura e 324 páginas soltas atadas a um quarto caderno, foi examinado com equipamento especial.
Os resultados dos testes levados a cabo nos laboratórios do BKA mostram que partes do Diário, especificamente do quarto volume, foram escritas com esferográfica. Como as esferográficas não estavam disponíveis antes de 1951, o BKA concluiu que estas partes teriam sido acrescentadas posteriormente [após a morte de Anne Frank em 1945].
O exame do manuscrito, contudo, não descobriu nenhuma prova conclusiva que possa pôr fim às especulações sobre a autenticidade dos três primeiros cadernos [do Diário].
O Diário, um relato diário da angústia de uma jovem judia e da sua família escondidos na sua casa em Amsterdão durante a invasão nazi, comoveu milhões de pessoas.
O manuscrito foi examinado por ordem de um tribunal alemão ocidental na sequência de uma acção judicial por difamação interposta por Otto Frank, pai de Anne e o único membro da família a sobreviver aos campos de concentração, contra Ernst Roemer por este ter divulgado a alegação de que o livro era uma fraude.
Esta foi a segunda acção judicial contra Roemer, de há muito um crítico do livro, segundo Frank. Na primeira acção judicial, o tribunal decidiu a favor de Frank que considerou que o testemunho de historiadores e grafologistas era suficiente para autenticar o Diário.
Contudo, em Abril, pouco tempo antes da morte de Otto Frank a 19 de Agosto, o manuscrito foi entregue aos técnicos do BKA [Departamento Federal de Investigação Criminal Alemão] para ser examinado.
O manuscrito, na forma de três cadernos de capa dura e 324 páginas soltas atadas a um quarto caderno, foi examinado com equipamento especial.
Os resultados dos testes levados a cabo nos laboratórios do BKA mostram que partes do Diário, especificamente do quarto volume, foram escritas com esferográfica. Como as esferográficas não estavam disponíveis antes de 1951, o BKA concluiu que estas partes teriam sido acrescentadas posteriormente [após a morte de Anne Frank em 1945].
O exame do manuscrito, contudo, não descobriu nenhuma prova conclusiva que possa pôr fim às especulações sobre a autenticidade dos três primeiros cadernos [do Diário].