sexta-feira, julho 30, 2010

Dr. Stefan Szende – Em Belzec, os judeus eram electrocutados e incinerados numa enorme frigideira, fruto da mais avançada tecnologia nazi


Para que se veja até que nível chegou a mentira e o absurdo da História Oficial do «holocasto judeu» totalmente apoiada pelas principais Organizações Judaicas - que lucraram à grande com todas estas fábulas.





Stefan Szende (1901 – 1985), originalmente István Szende, foi um cientista político húngaro-sueco, político socialista, jornalista e combatente da resistência contra os nazis.

Stefan Szende optou, em 1919, por ir estudar política e filosofia nas Universidades de Budapeste e Viena e fez parte, nesse mesmo ano, do Partido Comunista Húngaro. Em 1925 doutorou-se em Budapeste e foi preso pelas suas actividades políticas. Foi condenado a oito anos de prisão, após o que emigrou, em 1928, para Viena, onde obteve um grau adicional de Doutor em Filosofia. No mesmo ano foi para Berlim, onde se juntou ao Partido Comunista Húngaro [KPO] recém-criado e seguiu com a ala minoritária de Jacob Walcher, Paulo Frolich Enderle, em Agosto de 1932, para o SAPD [Sozialistische Arbeiterpartei Deutschlands - Partido dos Trabalhadores Socialistas da Alemanha].

Stefan Szende assistiu à tomada do poder pelo partido nazi, trabalhou ilegalmente no SAPD do distrito de Berlim e editou, com Walter Fabian, a bandeira do órgão partidário do marxismo revolucionário, em Novembro de 1933. Mas foi preso pela Gestapo, detido temporariamente no campo de concentração de Oranienburgo, e depois condenado a dois anos na prisão. Após o cumprimento da pena, no final de 1935, Szende foi expulso, indo primeiro para Praga, e em 1937 para Estocolmo, onde esteve activo na direcção da SAPD, estrutura representada no grupo internacional de socialistas democráticos. Stefan Szende trabalhou de perto com Willy Brandt, August Enderle e Behrisch Arno e aproximou-se do SPD - Partido Social-Democrata [Sozial demokratische Partei Deutschlands], no qual ingressou em 1944/45.

Em 1944, apresentou pela primeira vez em língua sueca o livro "Den siste juden från Pólen" [O último judeu da Polónia], um dos primeiros livros sobre o extermínio dos judeus europeus pela Alemanha nazi. Após 1945, Szende, por razões familiares e políticas, não regressaria à Alemanha ou à Hungria, e ficou a viver na Suécia, onde trabalhou como jornalista, escritor, na educação, e como editor-chefe e proprietário da Agence Européene de Presse (AEP).


O Dr. Stefan Szende descreveu da seguinte forma o extermínio em massa dos judeus no campo de extermínio de Belzec, no seu livro "Der letzte Jude aus Pólen" [O último judeu da Polónia], (Editorial Europa Zürich/New York, 1945), um livro baseado na vivência de Adolf Folkmann, um judeu polaco, nos territórios dominados pelos nazis de Setembro de 1939 a Outubro de 1943. Este livro foi traduzido para inglês com o título "The Promise Hitler Kept" [A Promessa que Hitler Cumpriu].



Retirado a partir da página 290 de "The Promise Hitler Kept":

"A fábrica da morte englobava uma área de aproximadamente sete quilómetros de diâmetro. Esta zona estava protegida com arame farpado e outras medidas de protecção. Nenhuma pessoa se podia aproximar dali. Nenhuma pessoa podia abandonar a zona (...). Os comboios cheios de judeus entravam por um túnel nas salas subterrâneas da fábrica das execuções. Tirava-se-lhes tudo... os objectos pessoais eram separados ordenadamente, inventariados e utilizados para as necessidades da raça superior."

"(...) Os judeus nus eram trazidos para salas gigantescas. Vários milhares de pessoas de uma só vez podiam ser metidas nestas salas. Não tinham janelas e o chão era feito de uma placa de metal que era submergível. Os pisos metálicos destas salas, com os seus milhares de judeus, afundavam numa bacia de água que ficava por baixo – mas só até ao ponto em que as pessoas não ficavam totalmente debaixo de água. Quando todos os judeus sobre o piso de metal estavam com a água pelas coxas, faziam passar através da água uma corrente eléctrica."

"Após alguns momentos, todos os judeus, milhares de uma só vez, estavam mortos. Então, o piso de metal era elevado até sair da água. Sobre ele estendiam-se os corpos das vítimas executadas. Então, era enviada outra corrente eléctrica, e o piso metálico transformava-se num forno crematório, incandescente, para que todos os corpos ardessem até ficarem em cinzas. Gruas gigantescas levantavam imediatamente esta imensa urna e descarregavam as cinzas. Grandes chaminés, tipo fábrica, evacuavam o fumo."

"O próximo comboio já estava à espera com mais judeus à entrada do túnel. Cada comboio trazia de três a cinco mil judeus, e por vezes mais. Havia dias em que o ramal para Belzec trazia vinte ou mais comboios. A tecnologia moderna triunfava no sistema nazi. O problema de como exterminar milhões de pessoas estava resolvido."



Vista do antigo campo de Belzec transformado em Memorial
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terça-feira, julho 27, 2010

O judeu Elie Wiesel, prisioneiro em Auschwitz, preferiu fugir com os genocidas nazis para a Alemanha do que esperar pelos libertadores Soviéticos

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O judeu Elie Wiesel


Elie Wiesel é um judeu nascido na Roménia a 30 de Setembro de 1928. Aos 15 anos é deportado para Auschwitz, onde esteve prisioneiro durante dez meses, e depois para Buchenwald. Sobrevivente dos campos de concentração nazis, torna-se cidadão americano em 1963 e obtém uma cátedra de ciências humanas na universidade de Boston. Em 1980, Elie Wiesel funda o Conselho para o Holocausto americano. Condecorado em França com a Legião de Honra, recebeu a Medalha do Congresso americano, recebeu o título de doutor honoris causa em mais de cem universidades e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1986. O Comité norueguês do Nobel denominou-o "mensageiro para a humanidade."

As suas obras, quase 40 livros, edificadas para resgatar a memória do Holocausto e defender outros grupos vítimas de perseguições receberam igualmente vários prémios literários. Em Outubro de 2006, o Primeiro-ministro israelita Ehud Olmert propôs-lhe o cargo de Presidente do Estado de Israel. Elie Wiesel recusou a oferta explicando que não era mais do que um "escritor". Elie Wiesel preside, nos EUA, desde 1993, à Academia Universal de Culturas.


Elie Wiesel, no seu livro autobiográfico «Noite», onde descreve os dez meses em que esteve prisioneiro no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, não refere uma única vez nenhuma das cinco enormes câmaras de gás que funcionaram em Auschwitz-Birkenau. Ele diz, realmente, que os Alemães executaram Judeus, mas... com fogo, atirando-os vivos para as chamas incandescentes, perante muitos olhos de deportados.


Excerto do livro «Noite» de Elie Wiesel:

«Não muito longe de nós, chamas elevavam-se dum fosso, gigantescas chamas. Eles estavam a queimar algo. Um camião aproximou-se da cova e descarregou a sua carga – crianças pequenas. Bebés! Sim, eu vi – vi-o com os meus próprios olhos... Aquelas crianças nas chamas. (É surpreendente que eu não tivesse conseguido dormir depois daquilo? Dormir era fugir dos meus olhos.)»

«Um pouco mais longe dali estava outra fogueira com chamas gigantescas onde as vítimas sofriam "uma lenta agonia nas chamas". A coluna de Wiesel foi conduzida pelos Alemães a três passos da cova, depois a dois passos. A dois passos da cova foi-nos ordenado para virar à esquerda e ir-mos em direcção aos barracões.»


E quando os Russos estavam prestes a tomar conta de Auschwitz em Janeiro de 1945, Elie e o seu pai escolheram ir para a Alemanha com os nazis em retirada em vez de serem libertados pelo maior aliado de América. Se tivessem permanecido no campo, teriam podido, dentro de dias, contado ao mundo inteiro tudo sobre o extermínio dos judeus perpetrado pelos nazis em Auschwitz - mas, Elie e o pai escolheram, em vez disso, viajar para oeste com os nazis, a pé, de noite, num Inverno particularmente frio, e consequentemente continuarem a trabalhar para a defesa do Reich.

Outro excerto do livro «Noite» de Elie Wiesel:

- O que é fazemos, pai?
Ele estava perdido nos seus pensamentos. A escolha estava nas nossas mãos. Por uma vez, podíamos ser nós a decidir o nosso destino: ficarmos os dois no hospital, onde podia fazer com que ele desse entrada como doente ou como enfermeiro, graças ao meu médico, ou, então, seguir os outros.
Tinha decidido acompanhar o meu pai para onde quer que fosse.
- E então, o que é que fazemos pai?
Ele calou-se.
- Deixemo-nos ser evacuados juntamente com os outros – disse-lhe eu.
Ele não respondeu. Olhava para o meu pé.
- Achas que consegues andar?
- Sim, acho que sim.
- Espero que não nos arrependamos, Elizer!



A escolha aqui feita em Auschwitz por Elie Wiesel e o seu pai, em Janeiro de 1945, é de extrema importância. Em toda a história do sofrimento judeu às mãos dos nazis, que altura poderia ser mais dramática do que o precioso momento em que um judeu podia escolher entre a libertação pelos Soviéticos ou fugir com os genocidas nazis para a Alemanha, continuando a trabalhar para eles e ajudando-os a preservar o seu regime demoníaco?


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Associated Free Press - 23.04.2009 - O presidente Barack Obama e o prémio Nobel da Paz, Elie Wiesel, numa cerimónia em Israel, em Abril de 2009, que lembrou os seis milhões de judeus massacrados durante a Segunda Guerra Mundial:

Barack Obama e Elie Wiesel
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sexta-feira, julho 23, 2010

Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com humor, como os sucessivos Presidentes americanos tentaram, debalde, acabar com a dependência petrolífera

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Jon Stewart: Obviamente, para além de ter de falar sobre a limpeza do Golfo, o discurso do Presidente Obama tinha um objectivo mais vasto:

Barack Obama: Sabemos há décadas que o petróleo barato e acessível não é eterno. Está na hora de esta geração embarcar numa missão nacional para dar largas à inovação e tomar as rédeas do nosso destino.

Jon Stewart: Com tecnologia que não esteja dependente do petróleo… Ou ímanes gigantes… Ou hamsters a correr em rodinhas… Ou outra fonte de energia que ainda não tenha sido aproveitada… Chegou o momento de melhorar seriamente o nosso ambiente e de avançar para lá de uma economia baseada no petróleo. Ao contrário de 2006:

George W. Bush (2006): Este país pode melhorar seriamente o nosso ambiente, avançar para lá de uma economia baseada no petróleo e fazer com que a nossa dependência do Médio Oriente se torne uma coisa do passado.

Jon Stewart: Isso! Mas naqueles tempos, em 2006, não fizemos… nada disso. Porque a dependência do petróleo, nessa altura, só nos tinha metido em duas guerras simultâneas. Mas agora meteu-nos em duas guerras e um derrame gigante. Era o empurrão de que nós estávamos a precisar. Mas não sei, duas guerras e um derrame gigante… é muita coisa para fazer ao mesmo tempo, além de largar o petróleo. O ideal era termos tratado deste problema da energia há dez anos, quando não havia guerra e a economia estava óptima. Essa é que tinha sido uma boa altura para criar um plano energético.

Bill Clinton (2000): Precisamos de um plano energético de longo prazo para maximizar a conservação de energia e o desenvolvimento de fontes de energia alternativa.


Jon Stewart: E teríamos conseguido… se ele não se tivesse distraído com aquele outro derrame. O qual… convém lembrar, também precisou de 9 km de bóias e de toda a Marinha para ser limpo. Por isso é que lhe chamam "o grande chefe". Se ao menos o tipo que veio antes de Clinton tivesse pensado nisto…

Bush pai (1988): Não existe segurança para os Estados Unidos se continuarmos a depender de petróleo estrangeiro.

Jon Stewart: Isso! E ele teria conseguido… se não tivessem aparecido estes [aparecem imagens de jipes no monitor]. Aquilo dava-me mesmo jeito para puxar o barco que não tenho pela estrada de montanha onde não moro. Aposto que os quatro tipos antes dele também tinham resolvido isto, se tivessem pensado nisso:

Ronald Reagan (1981): Vamos continuar a apoiar a pesquisa de novas tecnologias que nos tornem independentes do petróleo estrangeiro.

Jimmy Carter (1979): Esta dependência intolerável do petróleo estrangeiro…

Gerald Ford (1975): Preparar novos programas de emergência para alcançar a independência que desejamos…

Richard Nixon (1974): Colocaremos fim à crise da energia. Criaremos as fundações da nossa capacidade futura para satisfazer as necessidades energéticas da América a partir dos nossos próprios recursos.



Jon Stewart: Se me enganas uma vez… a vergonha é tua. Mas se me enganas duas vezes, a vergonha é minha. Se me enganas oito vezes, eu sou um idiota ou quê…?! Devo ser idiota. Contando com o Barack Obama, os últimos oito presidentes foram à televisão prometer independência energética. Antes disso, aposto que faziam o mesmo na rádio. Porque é que não resultou? Porque é que não conseguimos? Boas ideias não lhes faltavam…

Sucessão dos Presidentes a falar: - Turbinas eólicas - Energia nuclear - Bancos solares - Janelas mais eficientes - Casas eficientes - Gás natural – Hidroeléctrica – Carvão americano – Energia solar – Etanol, e não apenas de milho – Energia atómica - Aparas de madeira e ramos, ou a partir de ervas – Células de combustível – Gás natural – Centrais de carvão sem emissões poluentes – Painéis solares – Melhores baterias para carros eléctricos e híbridos – Metanol – Etanol – Produtos vegetais para produzir gasóleo…

Jon Stewart: que se f…, vamos mas é usar petróleo. Sabem que mais? Tem mesmo de ser. Não vou admitir que os dinossauros tenham morrido em vão. Portanto, tínhamos boas ideias. E somos boas pessoas.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Temos o nível de tecnologia mais elevado do mundo – Temos os conhecimentos – Temos a capacidade – A nossa fé inabalável… - … digna de uma grande nação – Temos a mão-de-obra mais capaz – A nossa tenacidade… - A América é uma nação em ascensão.

Jon Stewart: Somos uma máquina imparável anti-dependência do petróleo! Infelizmente, essa máquina trabalha a petróleo, mas…! Isto é uma loucura. Se calhar só precisamos de um prazo bem definido, como fizemos com a Lua: "Dentro de dez anos chegaremos à Lua… e daí a outros dez anos vamos estar fartos de lá ir". Só precisamos que o Presidente defina prazos razoáveis.

Richard Nixon (1974): No fim desta década, no ano 1980, os Estados Unidos não estarão dependentes de país algum para obter energia.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Em 1985… - No ano 2000… - Será uma questão de três ou quatro anos se nos aplicarmos e tratarmos isto como algo importante – Outro objectivo é substituir mais de 75% das importações de petróleo do Médio Oriente até 2025.



Jon Stewart: O quê…? O Nixon disse: "Vamos largar o petróleo estrangeiro até 1980." E isso entretanto transformou-se em: "Vamos usar menos petróleo estrangeiro em 2025." Redefinimos sucesso e mesmo assim conseguimos falhar. E assim chegamos àquele que é talvez o aspecto mais estranho desta saga triste e interminável. De entre estes oito presidentes de poder incalculável, que falharam na tentativa de nos fazer largar o petróleo, um está claramente acima dos outros, no que diz respeito a fazer algo pelo ambiente – Nixon! Foi ele que criou o departamento de protecção ambiental. Foi ele que assinou a lei das águas limpas de 1972. E a lei de protecção dos mamíferos marinhos. Quando o rio Cuyahoga pegou fogo em 1969, ele foi lá apagá-lo com a sua própria urina. Mas nem o Nixon… Nem o Nixon nos conseguiu fazer largar o petróleo. E ele era um tipo que não se importava de quebrar as regras para conseguir o que queria. Nem assim conseguiu! Porque, como se descobriu, Nixon tinha um grande defeito. Não, não estou a falar das ilusões paranóicas nem da falta de ética. Não. Sabem porque é que o Nixon não conseguiu?

Richard Nixon (1974): Vamos estabelecer um novo sistema que permitirá a todos os americanos ter acesso a cuidados de saúde de uma forma digna e a um preço acessível.

Jon Stewart: Porque o Richard Nixon… era um comunista.


quarta-feira, julho 21, 2010

Não haverá uma "razão atendível" para espetar duas chapadas a este gajo?

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Jornal Público - 20.07.2010: O projecto de revisão constitucional do PSD introduz uma mudança no campo relativo ao trabalho, ao alterar o conceito de "despedimento sem justa causa" pelo de "despedimento sem razão atendível".

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TSF - 08.06.2010 - Ouvido pela TSF, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa também não subscreve alterações à legislação laboral, pois «não é essa a panaceia para os nossos problemas», muito embora seja um dos factores a ter em conta, se bem que não é o mais importante. O problema mais grave com que as empresas hoje se debatem é a escassez do seu financiamento e o custo do dinheiro...

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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê até 2010 uma subida significativa no desemprego em Portugal, que poderá vir a afectar 650 mil pessoas, cerca de 11,7% da população activa, será mais 210 mil desempregados do que os contabilizados no final de 2007.

No relatório apresentado sobre as perspectivas de emprego, a OCDE prevê para o último trimestre de 2010, uma subida de 47,9% no número de desempregados, face ao igual período de 2007.

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Cerca de 1,9 milhões de portugueses são pobres, ou seja, vivem com menos de 407 euros por mês (valor de 2007). Porém, este número pode vir a crescer tendo em conta que uma das causas da pobreza é o desemprego que, em 2010, poderá atingir mais de 12 por cento dos activos portugueses.

Baixos salários, pensões de miséria, precariedade, desemprego levam a situações de risco de pobreza (pessoas que não sendo ainda pobres correm o risco de se tornarem) e pobreza. Estas são as causas da pobreza nos dias que correm e atingem em particular os trabalhadores com baixo nível de qualificações, os idosos e reformados, os desempregados, as mulheres (a esmagadora maioria das famílias monoparentais são sustentadas por mulheres) e, numa nova abordagem da pobreza, os jovens.

No final de 2008, em Portugal, 67,1 por cento dos trabalhadores tinham salários inferiores a 900 euros, o que equivale a 2,654 milhões de activos, sendo que destes 1,619 milhões auferiam salários de 600 euros ou menos.
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segunda-feira, julho 19, 2010

Resposta minha a um economista comentador do Diário Económico a propósito da contrafacção monetária praticada pelos bancos comerciais

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Na sequência do meu post anterior - «Como os bancos comerciais perpetram diariamente um roubo de proporções inimagináveis às famílias, às empresas e ao Estado» - uma crítica a um excerto do livro - «Política Monetária e Mercados Financeiros» - dos autores Emanuel Reis Leão, Sérgio Chilra Lagoa e Pedro Reis Leão, recebi uma resposta de um comentador do Diário Económico.


Comentador do Diário Económico - No essencial é mesmo assim que a coisa funciona.

Diogo – Estamos de acordo.


Comentador do Diário Económico - Do ponto de vista do cliente, notar que o cliente não é roubado, no sentido em que paga pela utilização de um capital que não tinha, ou seja remunera o banco por passar a usar algo a que antes não tinha acesso.

Diogo – Como muito bem afirmou Murray N. Rothbard - "os bancos criam depósitos a partir do nada [out of thin air]. Essencialmente, são contrafactores de falsos recibos de depósitos de activos líquidos ou dinheiro padrão, que circulam como se fossem genuínos, como as notas ou contas de cheques completamente assegurados."

"Os bancos criam dinheiro literalmente a partir do nada, hoje em dia exclusivamente depósitos em vez de notas de banco. Este tipo de fraude ou contrafacção é dignificado pelo termo reservas mínimas bancárias [fractional-reserve banking], o que significa que os depósitos bancários são sustentados apenas por uma pequena fracção de activos líquidos que prometem ter à mão para redimir os seus depósitos."

Quando lhes é pedido um empréstimo, os bancos criam dinheiro (hoje, essencialmente um símbolo – uma abstracção) a partir do nada sob a forma de depósitos bancários, e cobram juros desse «dinheiro» que possui uma existência apenas contabilística. Os clientes pagam juros de dinheiro contrafeito, criado fraudulentamente, donde resulta que os clientes estão a ser roubados.

Estas «operações» são tornadas possíveis porque os bancos comerciais funcionam em circuito fechado - o dinheiro levantado num banco é depositado noutro.


Comentador do Diário Económico - Sim o banco alavanca os depósitos que tem (faltou dizer no exemplo que a posição inicial do banco não é zero).

Diogo – "Alavanca" é um eufemismo muito simpático para contrafacção ou falsificação de dinheiro, e que atinge valores na ordem dos noventa e muitos por cento do total do "empréstimo".



Comentador do Diário Económico - A família pede 100 mil euros e gasta-os logo (é o que acontece com um empréstimo, tipicamente), pelo que o dinheiro não é inventado, ele está lá. O que acontece é um fenómeno de alavancagem dos depósitos. Concordo que o grau de alavancagem é elevado e isso está a ser corrigido - ver em http://www.imf.pt/_content/pdf/Outlooks/2010/OutlookJul2010.pdf. Note-se que está a ser corrigido à força, o que torna a economia ainda mais bela (e justa).

DiogoO dinheiro não está lá. É inventado, falsificado, contrafeito no momento do "empréstimo". A economia está a ser vampirizada por parasitas gigantescos que dão pelo nome de bancos comerciais.


Comentador do Diário Económico - Evasões à parte, a alavancagem de depósitos:

a) Paga impostos, quer no processo de alavancagem, quer nos lucros da banca.

b) Gera emprego.

c) ANTECIPA RECEITAS FUTURAS, acelerando o ciclo de bem-estar e produção de empresas e famílias. Doutra forma, como poderia eu ter comprado um apartamento (e respectivo bem estar) aos 30 anos?


Diogo:

a) Os impostos pagos pelos bancos, fruto da "alavancagem" que praticam e do lucro que obtêm, constituem uma ínfima parte do dinheiro roubado, sob a forma de juros, às Famílias, às Empresas e ao Estado, pelos empréstimos de "dinheiro" que os bancos criaram a partir do nada.

b) Pode gerar algum emprego. Mas se as Famílias, as Empresas e o Estado não tivessem de pagar juros de dinheiro falsificado, a quantidade de dinheiro disponível seria muito mais vasta e a criação de empregos e riqueza infinitamente maior.

c) As Empresas e Famílias poderiam ter pedido emprestado a um banco do Estado que não teria de lhes cobrar quaisquer juros (o cliente pagaria apenas uma pequena taxa mensal para suportar as despesas correntes do banco).



O Dinheiro é Dívida, inventado no momento do empréstimo
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quarta-feira, julho 14, 2010

Como os bancos comerciais perpetram diariamente um roubo de proporções inimagináveis às famílias, às empresas e ao Estado

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Comprei há dias um excelente livro - Política Monetária e Mercados Financeiros - que me foi aconselhado por um jornalista do Diário Económico. O livro, síntese da experiência de ensino ao longo dos últimos dez anos dos autores Emanuel Reis Leão, Sérgio Chilra Lagoa e Pedro Reis Leão, na área da economia monetária e financeira, está escrito de forma inteligível e evita os excessos de gíria que normalmente atafulham as obras dedicadas a estes temas tornando-as totalmente crípticas aos leigos.

O livro começa praticamente pelo processo de criação de moeda e, coisa espantosa, explica-nos candidamente, passo a passo, a forma como os bancos comerciais perpetram diariamente um roubo de proporções inimagináveis às famílias, às empresas e ao Estado. No entanto, os autores do livro não mencionam que há roubo. Descrevem todas as etapas da rapina mas não concluem que tenha havido qualquer furto. Para eles trata-se apenas de um processo monetário normal.

É como se os autores descrevessem todos os pormenores de um assalto a uma casa - arrombar a porta, manietar e amordaçar os residentes, rebentar o cofre, enfiar o dinheiro e as jóias num saco e fugir de carro a toda a velocidade – tratando-o como um legal e banal acontecimento numa pequena cidade pacata. Para os autores não houve assalto e não houve nenhuma ilegalidade, apenas uma corriqueira visita de cortesia.


Pequeno excerto do livro "Política Monetária e Mercados Financeiros":


A criação de massa monetária

De seguida, passaremos a explicar a criação de depósitos resultante da concessão de crédito pelos Bancos Comerciais (ou de 2ª ordem), por exemplo o Millenium BCP, o BPI, o Santander Totta, o BES, etc.) ao sector não monetário da economia (Famílias, Empresas [não financeiras] e Estado):


Concessão de crédito por um banco cria nova moeda na economia

Suponha-se que um banco A concede crédito a uma família no valor de 100.000€. Esta operação pode ser registada da seguinte forma:

Isto é, o banco A credita a conta de depósitos à ordem da família no montante de 100.000€ (algum funcionário do banco A altera os números que estão registados informaticamente na conta à ordem da família, somando 100.000€ ao valor que lá se encontrava anteriormente). Isto significa que, como resultado desta operação de crédito, passam a existir na economia mais 100.000€ de depósitos à ordem. Uma vez que os Depósitos à Ordem fazem parte da massa monetária, a operação de crédito fez aumentar o stock de moeda existente na economia.

A operação de concessão de crédito é realizada pela área comercial do banco. O facto de, como resultado dessa operação, terem surgido mais 100.000€ de Depósitos à Ordem no passivo do banco, obriga a sua área de tesouraria a tomar medidas para que o banco continue a possuir reservas suficientes para:

(a) Satisfazer eventuais pedidos de conversão de Depósitos à Ordem em notas e moedas físicas pela família,

(b) Fazer face a eventuais cheques que a família venha a usar e,

(c) Cumprir as obrigações legais em termos de reservas (as Reservas Legais de 2% da Zona Euro).

Podemos perguntar se o montante de reservas adicionais que a área de tesouraria do banco vai ter de adquirir é próximo dos 100.000€ ou não. A resposta é não. O montante de reservas necessário para suportar o acréscimo de Depósitos à Ordem é comparativamente reduzido. Senão vejamos.

A exigência referida em (a) diz respeito ao facto de a família poder solicitar a conversão de parte ou da totalidade dos 100.000€ em notas e moedas. Suponhamos que a família decide levantar 1000€. Ora, é natural que a família gaste estas notas e moedas no valor de 1000€ a comprar algo que o comerciante que vier a receber estas notas e moedas volte a depositá-las no banco. No caso de o banco com o qual o comerciante trabalha não ser o banco A mas sim o banco B, devemos ter em conta que existirá provavelmente uma situação simétrica de outra família que solicitou 100.000€ ao banco B, que levantou 1000€ e os usou para pagar a um comerciante que tem conta no banco A. Sendo assim, em média, a quantidade de notas e moedas que sai de cada banco é aproximadamente igual à que entra.

Isto não significa que o banco A não necessita de notas e moedas para este fim. De facto, mesmo no caso do comerciante a quem a família paga também tem de ter conta no banco A, existirá sempre algum tempo durante o qual as notas e moedas estarão fora do banco e, por isso, este é obrigado a possuir notas e moedas parta o efeito. Por outro lado, no caso de o comerciante ter conta no banco B, não há garantia de que o outro comerciante, que tem conta no banco A (comerciante da situação simétrica), venha a depositar notas e moedas no banco A exactamente no mesmo montante. Por esta razão, a área de tesouraria do banco A terá de obter alguma quantidade de notas e moedas. Em resumo: em qualquer dos dois casos existe necessidade de alguma quantidade de notas e moedas, embora não muito elevada. Admita-se que, por experiência, o banco A sabe que necessita de cerca de 0,5% do montante de Depósitos à Ordem criado em cada empréstimo para fazer face a este tipo de exigência. Sendo assim, o crédito de 100.000€ faz com que a área de tesouraria do banco A decida ir procurar 500€ de reservas de cobertura adicionais para responder à exigência mencionada em (a).


A exigência referida em (b - fazer face a eventuais cheques que a família venha a usar), refere-se ao facto de a família poder escrever um cheque, por exemplo no valor de 99 000€, e entregá-lo como pagamento de algum bem ou serviço. Se o comerciante que recebe o cheque possuir conta num banco que não o banco A, por exemplo no banco C, quando este banco recebe o cheque que o comerciante lá deposita, leva-o à compensação no Banco de Portugal. Com base nesse cheque, o Banco de Portugal moverá 99 000€ da conta de depósito do banco A no Banco de Portugal para a conta de depósito do banco C no Banco de Portugal. Para estar preparado para esta eventualidade, o banco A tem que possuir reservas suficientes na sua corta no Banco de Portugal.

Um raciocínio idêntico ao feito para o caso da exigência de tipo (a) mostra-nos, no entanto, que o montante de reservas necessárias para este efeito não é muito elevado. De facto, tenderá a existir uma situação simétrica, de uma família que obteve um crédito de 100.000€ junto do banco C, que passou um cheque no valor de 99 000€ a um comerciante que depositou o cheque no banco A. Ao levar este cheque à compensação junto do Banco de Portugal, o banco A consegue assim reaver as reservas que perdera para o banco C. O banco A deve no entanto precaver a possibilidade de desfasamentos entre o montante que recebe e o montante que tem que pagar, facto que o leva a ter reservas preparadas na sua conta junto do Banco de Portugal. Admita-se que, por experiência, o banco A sabe que necessita de possuir 1% do crédito concedido para fazer face a este tipo de desfasamentos. Neste caso, o crédito de 100.000€ obriga o banco a obter 1000€ adicionais de reservas de cobertura.


Finalmente, a exigência referida em (c - cumprir as obrigações legais em termos de reservas), decorre do facto de os Depósitos à Ordem fazerem parte da base de incidência. Assim sendo, o crédito de 100.000€ implica um aumento na base de incidência e consequentemente no montante de reservas necessário para cumprir os requisitos de reservas legais. No entanto, sendo a taxa de reserva legal de 2% na Zona Euro, o montante de reservas que o banco precisa para este fim é também comparativamente reduzido: o banco A irá necessitar de 0,02 x 100.000€ = 2000€ de reservas para poder cumprir os requisitos legais.


A conclusão a tirar é que, para fazer face às exigências referidas nas alíneas (a), (b), e (c), o banco A necessita apenas de 3.500€ ( 500€ + 1000€ + 2000€ ) em reservas adicionais. Ou seja, para fazer face às exigências referidas em (a), (b), e (c), o banco A apenas necessita de um montante comparativamente reduzido de reservas adicionais (reduzido quando comparado com o valor do empréstimo, que foi de 100.000€ e que criou massa monetária também no valor de 100.000€). Se estendermos este raciocínio ao sistema monetário como um todo, chegamos à conclusão de que, para o conjunto da economia, a massa monetária é muito superior à base monetária. Esta ideia é traduzida quantitativamente pelo conceito de multiplicador monetário.

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Stock de moeda e operações de crédito bancário

Como vimos, a operação de crédito do banco A à família provocou o aparecimento de Depósitos à Ordem - e portanto de moeda que não existia antes - no montante de 100.000€. Vamos agora fazer uma afirmação mais forte: nas economias modernas, a principal fonte de criação de moeda é a concessão de crédito pelos Bancos Comerciais às famílias, às empresas e ao Estado. Repare-se que uma coisa é dizer que uma operação de crédito bancário cria moeda; outra, bem mais forte, é dizer que a maior parte da moeda que existe numa economia nasceu de operações de crédito bancário efectuadas até ao presente.

Note-se que, para que ocorra criação de moeda, a operação de crédito tem de ser de um banco para um agente do sector não monetário; caso contrário, não ocorrerá criação de moeda. Por exemplo, quando uma empresa emite obrigações que são compradas por famílias, as famílias estão a conceder crédito à empresa, mas esta operação não cria nova moeda - implica apenas uma transferência de Depósitos à Ordem já existentes das famílias para a empresa. Outro exemplo: quando um banco concede crédito a outro banco ocorre uma mera transferência de reservas de um banco para outro e nenhuma moeda é criada no processo. Terceiro exemplo: quando uma instituição financeira não monetária (por exemplo, uma locadora) concede crédito a uma empresa, não há criação de depósitos à ordem - ocorre uma mera transferência de depósitos à ordem da locadora para a empresa.

Repare-se também que quando a família paga um crédito que pediu anteriormente (e os juros) fá-lo por débito da sua conta de Depósitos à Ordem e, portanto, esse pagamento destrói depósitos e, assim, moeda. Consequentemente, pode dizer-se que nas economias modernas, a moeda está constantemente a ser criada e destruída: é criada quando os bancos concedem crédito ao sector não monetário e é destruída quando os agentes que pediram crédito aos bancos fazem o pagamento do empréstimo e juros correspondentes.


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Em suma

Um banco concede crédito a uma família no valor de 100.000€ para a compra de uma casa, creditando a conta de depósitos à ordem dessa família no montante de 100.000€.

Para essa operação, um funcionário do banco altera os números que estão registados informaticamente na conta à ordem da família, somando 100.000€ ao valor que lá se encontrava anteriormente.

Esse dinheiro não existia antes em lado nenhum. O banco cria-o a partir do nada digitando essa quantia no teclado de um computador.

Como resultado desta «operação de crédito», passam a existir na economia mais 100.000€ de depósitos à ordem. Uma vez que os depósitos à ordem fazem parte da massa monetária, a operação de crédito fez aumentar o stock de moeda existente na economia.

Ao fim de 30 anos, a uma taxa de juro de 5%, a família pagou ao banco um total de cerca de 255.000€, dos quais 155.000€ são juros.

Resumindo, o banco inventou 100.000€ que emprestou com juros a uma família, e esta, ao fim de 30 anos, entrega os 100.000€ inventados pelo banco mais 155.000€ em juros bem reais. A família foi espoliada pelo banco em 155.000€ de juros sobre um capital que o banco inventou e lhe «emprestou».

Esta fraude sem nome acontece quotidianamente em todos os empréstimos dos bancos comerciais às famílias, às empresas e ao Estado. Haverá roubo maior na história da civilização?

Que dizem sobre esta burla assombrosa os autores do livro: Emanuel Reis Leão, Sérgio Chilra Lagoa e Pedro Reis Leão? - Nada! Absoluta e rigorosamente nada!


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Ouçamos as palavras de Murray N. Rothbard [Professor de economia e liberal da Escola Austríaca] quando fala da gigantesca fraude bancária que os bancos comerciais têm vindo a praticar até aos nossos dias:

Murray N. Rothbard

"Desde então, os bancos têm criado habitualmente recibos de depósitos, originalmente notas de banco e hoje depósitos, a partir do nada [out of thin air]. Essencialmente, são contrafactores de falsos recibos de depósitos de activos líquidos ou dinheiro padrão, que circulam como se fossem genuínos, como as notas ou contas de cheques completamente assegurados."

"Os bancos criam dinheiro literalmente a partir do nada, hoje em dia exclusivamente depósitos em vez de notas de banco. Este tipo de fraude ou contrafacção é dignificado pelo termo reservas mínimas bancárias [fractional-reserve banking], o que significa que os depósitos bancários são sustentados apenas por uma pequena fracção de activos líquidos que prometem ter à mão para redimir os seus depósitos."



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Os bancos comerciais praticam essencialmente dois grandes tipos de fraude

1 – Quando lhes é pedido um empréstimo, os bancos criam dinheiro a partir do nada sob a forma de depósitos bancários, e cobram juros desse «dinheiro» que possui uma existência apenas contabilística.

Estas «operações» são tornadas possíveis porque os bancos comerciais funcionam em circuito fechado - o dinheiro levantado num banco é depositado noutro, e actuam sob a batuta dos bancos centrais, na sua maioria privados ou geridos por privados, que determinam as taxas directoras e regulam os movimentos financeiros entre os bancos comerciais.

2 – Facilitam ou dificultam a concessão de crédito, diminuindo ou aumentando as taxas de juro e os spreads, e levando, deste modo, a períodos inflacionários e depressões económicas que conduzem empresas e famílias à pobreza e à falência, e de cujos bens se apropriam por uma fracção do seu real valor.
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quinta-feira, julho 08, 2010

Ron Paul, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos da América, pergunta: "que merdas de guerras são estas onde estamos metidos?"

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Discurso de Ron Paul na Câmara dos Representantes sobre o financiamento da guerra no Afeganistão a 2 de Julho de 2010. Ron Paul é médico e político norte-americano, membro da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos da América. Ron Paul foi candidato à presidência dos Estados Unidos em 1988 e 2008:


«Em Janeiro de 1991, entrámos em guerra no Médio Oriente contra Saddam Hussein, o ditador do Iraque que foi nosso aliado durante a guerra Irão-Iraque. Estalou uma disputa fronteiriça entre o Kuwait e o Iraque depois do nosso Departamento de Estado ter dado luz verde à invasão de Hussein.

Depois da bem sucedida invasão do Kuwait pelo Iraque, nós reagimos com entusiasmo e, desde então, temos estado envolvidos militarmente em toda a região a dez mil quilómetros da nossa costa. Isto incluiu o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, o Iémen, e a Somália. Após 20 anos de mortes e dois biliões (trillions) de dólares gastos, não apenas os combates continuam sem fim à vista, mas os nossos líderes ameaçam deitar as nossas bombas de boa vontade no Irão.

Para a maior parte dos americanos estamos em guerra. Em guerra contra uma táctica chamada terrorismo, não um país. Isto permite aos nossos militares irem para qualquer sítio no mundo sem limites de tempo ou de lugar. Mas como é que podemos estar em guerra? O Congresso não declarou guerra, como é requerido pela constituição, esta é a verdade. Mas o nosso Presidente declarou, e o Congresso e o povo não objectaram. O Congresso obedientemente concedeu todo o dinheiro pedido para a guerra.

As pessoas estão a morrer. As bombas são despejadas. Os nossos soldados são alvejados e mortos. Os nossos soldados usam uniforme; os nossos inimigos não. Eles não fazem parte de nenhum governo. Não têm aviões, tanques, navios, mísseis, nem tecnologia moderna. Que tipo de guerra é esta afinal, se for, de facto, uma guerra? Se fosse uma guerra verdadeira, já a teríamos ganho.

O nosso objectivo expresso desde o 11 de Setembro tem sido destruir a Al-Qaeda. A Al-Qaeda estava no Iraque? Não sob o governo de Saddam Hussein. Os nossos líderes mentiram-nos sobre a invasão do Iraque e enganaram-nos sobre a ocupação do Afeganistão, e não há fim à vista para a guerra. Poderá haver outras razões para esta guerra que não é uma guerra? Uma vitória militar no Afeganistão é ilusória. Alguém saberá contra quem estamos a combater e porquê?

Porque é que a guerra não acabou? Nove anos, e continua a espalhar-se. Alguns alegam que é para manter a América segura, que os nossos soldados estão a combater e a morrer pela nossa liberdade, defendendo a nossa Constituição. Estaremos a ser enganados para nos manterem nesta guerra que se alastra, assim como fomos enganados nos anos 1960s para nos manterem no Vietname?

Dominamos o Governo do Iraque, tal como o do Afeganistão. No Afeganistão, estamos a combater os Taliban, essa perigosa gente com espingardas que defendem a sua terra. Já foram chamados Mujahideen, nossos velhos aliados, tal como Bin Laden, na luta para expulsar os soviéticos do Afeganistão nos anos 1980s. Nessa operação, a nossa CIA financiou a jihad radical contra o detestável ocupante estrangeiro, os russos. Que gratidão! Essas mesmas pessoas agora ofendem-se com a nossa ocupação benevolente, com alguma violência à mistura.

A resistência à nossa presença cresce à medida que a nossa perseverança diminui. O nosso povo está a acordar, mas os nossos dirigentes recusam-se a reconhecer que quanto mais tempo ficarmos, maior é o apoio aos que defendem o princípio de que o Afeganistão é para os afegãos que se ressentem de qualquer ocupação estrangeira.

Quanto mais combatermos numa guerra que não é uma guerra, mais fracos ficamos e mais forte ficará o nosso inimigo. Quando um inimigo sem armas não respeita um exército de grande poder, o mais poderoso de toda a história, devemo-nos perguntar, quem tem autoridade moral?

O fracasso militar no Afeganistão vai ser o nosso destino. Mudar generais sem mudar as nossas políticas ou os nossos estrategas políticos, perpetua a nossa agonia e adia o inevitável.

Esta não é uma guerra para a qual os nossos generais foram treinados. Construtores de nações, trabalho de polícia, engenharia social, nunca foi um trabalho para ocupantes estrangeiros e nunca foi um trabalho apropriado para soldados treinados para ganhar guerras.

Uma vitória militar já nem sequer é um objectivo declarado dos nossos líderes militares ou dos nossos políticos, porque eles sabem que esta espécie de vitória é impossível.

A triste realidade é que esta guerra é contra nós próprios, os nossos valores, a nossa Constituição, o nosso bem-estar económico e contra o senso comum. E ao ritmo a que vamos, vai acabar mal.

O que precisamos é de líderes honestos, com carácter e uma nova política externa.»


segunda-feira, julho 05, 2010

Seis milhões de Judeus

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The American Hebrew (1919) - A Crucificação dos Judeus tem de parar!


(Wikipedia) - O Holocausto é o termo geralmente usado para descrever o genocídio de aproximadamente seis milhões de Judeus Europeus durante a Segunda Guerra Mundial, como parte de um programa de extermínio deliberado, planeado e executado pelo regime Nazi na Alemanha, liderada por Adolf Hitler.


Curiosamente, durante a Segunda Guerra Mundial, em 1939-1945, não foi a primeira vez que seis milhões de judeus foram molestados (neste caso, exterminados pelos Nazis). Já em 1919, um ano após o término da Primeira Guerra Mundial, seis milhões de Judeus estiveram condenados a morrer à fome numa Europa hostil [Revista: "The American Hebrew"]. E mesmo dezassete anos antes, em 1902, seis milhões de Judeus estiveram a ser sistematicamente humilhados na Rússia e na Roménia [Enciclopédia Britânica].


Na Revista «American Hebrew» de 31 de Outubro de 1919, surgiu um artigo intitulado "A Crucificação dos Judeus Tem de Parar!" [The Crucifixion of Jews Must Stop!], escrito por Martin H Glynn, ex-governador do Estado de Nova Iorque. O artigo foi publicado um ano depois de terminada a Primeira Guerra Mundial, aproximadamente 20 anos antes do rebentar da Segunda Guerra Mundial. O artigo refere por sete vezes o número 'seis milhões de Judeus'.


[Clicar nas imagens para ampliar]

The American Hebrew (1919) - páginas 582 e 601


Do outro lado do mar seis milhões de homens e mulheres pedem a nossa ajuda, e oitocentas mil criancinhas choram por pão.

Estas crianças, estes homens e mulheres são os nossos companheiros da família humana, com a mesma reivindicação à vida, a mesma susceptibilidade ao frio do Inverno, a mesma propensão para morrer perante as garras da fome. Dentro deles residem as ilimitadas possibilidades para o progresso da raça humana como residiriam naturalmente em seis milhões de seres humanos. Não devemos ser os seus protectores mas temos de ser o seu socorro.

Em face da morte, na tortura da fome não há lugar para distinções mentais ou credos, não existe lugar para diferenciações raciais. Nesta catástrofe, quando seis milhões de seres humanos estão a caminhar rapidamente para a sepultura por um destino cruel e inflexível, só a mais idealista persuasão da natureza humana pode influenciar o coração e mover a mão.

Seis milhões de homens e mulheres estão a morrer de carência das coisas mais básicas da vida; oitocentas mil crianças choram por pão. E este destino impende sobre eles embora não tenham culpa disso, embora não tenham transgredido as leis de Deus ou do homem, mas por causa da terrível tirania da guerra e um fanático desejo de sangue Judeu.

Neste ameaçador holocausto de vida humana, são esquecidos os preciosismos das distinções filosóficas, são esquecidas as diferenças da interpretação histórica, e a determinação para ajudar os sem ajuda, dar abrigo aos sem-abrigo, vestir os nus e alimentar os que têm fome torna-se numa religião em cujo altar homens de todas as raças podem rezar e mulheres de todos os credos podem ajoelhar-se. Perante esta calamidade, as modas temporais dos homens desmoronam-se perante as eternas verdades da vida, e acordamos para o facto de que todos somos uma criação de Deus e que todos nos encontraremos perante o tribunal de Deus no dia do juízo final. E quando chegar o dia do juízo final uma mera oração não valerá um tostão; mas obras, simples obras intangíveis, obras que secam as lágrimas do sofrimento e aliviam a dor da aflição, obras que no espírito do Bom Samaritano derramam óleo e vinho nas feridas e encontram alimento e abrigo para os que sofrem e para os aflitos, terão mais peso que todas as estrelas no céu, toda a água dos mares, todas as pedras e metais nos astros que giram no firmamento à nossa volta.

A raça é uma questão de acaso; o credo, é em parte uma questão de herança, em parte uma questão de ambiente, em parte uma questão de raciocínio; mas as nossas necessidades físicas e corporais estão implantadas em todos nós pelas mãos de Deus, e o homem ou a mulher que podem, e se recusam, a ouvir o grito da fome; que podem, e se negam, a prestar atenção aos lamentos dos que morrem; os que podem, e não fazem, estender uma mão amiga àqueles que se afundam sob as ondas da adversidade é um assassino de instintos mais selvagens, um traidor à causa da família humana e um apóstata das leis naturais escritas em todos os corações humanos pelo dedo do próprio Deus.

E assim, no espírito que tornou a oferenda em cobre da pobre viúva em prata, e a prata em ouro quando colocado no altar de Deus, é feito um chamamento ao povo deste país para santificar o seu dinheiro com a dádiva de 35 milhões de dólares em nome da humanidade de Moisés aos seis milhões de homens e mulheres famintos.

Seis milhões de homens e mulheres estão a morrer – oitocentas mil crianças estão a chorar por pão. E porquê?

Por causa de uma guerra para derrubar a Autocracia e dar à Democracia o ceptro dos justos.

E nessa guerra pela democracia 200,000 rapazes judeus dos Estados Unidos combateram sob a bandeira americana. Só na 77ª Divisão havia 14,000 deles, e na floresta de Argonne esta divisão capturou 54 peças de artilharia alemã. Isto mostra quem em Argonne os rapazes judeus dos Estados Unidos combateram pela democracia tal como Joshua lutou contra os Amalequitas nas planícies de Abraão. Num discurso ao denominado "Batalhão Perdido" [Lost Battalion] comandado pelo coronel Whittlesey de Pittsfield, o general de divisão Alexander mostrou de que fibra eram formados estes rapazes judeus. Por qualquer motivo o comando de Whittlesey foi cercado. Tinham poucas rações. Tentaram comunicar com a retaguarda dando conta da sua luta. Tentaram e voltaram a tentar, mas os seus homens nunca conseguiram. A paralisia, a estupefacção e o desespero fizeram-se sentir. E no momento mais difícil e quando tudo parecia perdido, um soldado adiantou-se e disse ao coronel Whittlesey: "Vou tentar furar o cerco." Ele tentou, foi ferido, arrastou-se e rastejou, mas conseguiu passar. Hoje usa a Cruz por Serviços Excepcionais [Distinguished Service Cross] e o seu nome é Abraham Krotoshansky.

Por causa desta guerra pela Democracia seis milhões de Judeus, homens e mulheres estão a morrer de fome do outro lado do mar; oitocentos mil bebés Judeus estão a chorar por pão.

Em nome de Abraham Krotoshinsky que salvou o "Lost Battalion," em nome dos outros cento e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove rapazes Judeus que combateram pela Democracia sob a bandeira americana, vocês não dariam cobre, ou prata, ou ouro, para manter a vida nos corações destes homens e destas mulheres; para manter o sangue nos corpos destas crianças?

Na guerra mundial o Judeu ajudou toda a gente excepto o Judeu. "Além" ajudou no acampamento, no conselho e no conflito. "Acolá" ajudou a Cruz Vermelha, a Associação de Jovens Cristãos [Y.M.C.A.], os "Knights of Columbus" [Cavaleiros de Colombo - organização católica], a Maçonaria [the Masons], o Exército de Salvação e toda a gente. Portanto agora é a altura de todos ajudarem o Judeu, e Deus sabe que é agora que ele precisa.

Das trevas desta guerra, todas as outras raças, salvo uma ou duas, teve direito a um raio de sol. Mas entre as trevas circundantes não houve luz para o Judeu "para vós me guiardes". A guerra acabou para todos menos para o Judeu. O punhal ainda está na sua garganta e uma ânsia, velha de um século, irracional e absurda por sangue Judeu abre-lhe as veias. O Judeu na Roménia, Polónia e Ucrânia é feito o bode expiatório da guerra. Desde que o armistício foi assinado, milhares de Judeus na Ucrânia foram oferecidos como sacrifícios vivos a ambições diabólicas e a paixões fanáticas – as suas gargantas cortadas, os seus corpos rasgados membro a membro por bandos assassinos da soldadesca ciumenta. Na cidade de Proskunoff, há poucas semanas atrás, a madrugada viu a porta de cada casa onde vivia um Judeu marcada para um massacre.

Durante quatro dias, do nascer ao pôr-do-sol, fanáticos utilizaram a navalha como demónios do inferno, parando apenas para comer, ébrios com o sangue das vítimas Judias. Mataram os homens; foram menos misericordiosos com as mulheres. Violaram-nas e depois mataram-nas. De um objectivo a uma loucura, de uma loucura a um hábito, aconteceu esta matança de Judeus, até que em quatro dias as ruas de Proskunoff ficaram vermelhas como sarjetas de um matadouro, até que as suas casas se tornaram na morgue de milhares de seres humanos assassinados cujas feridas abertas gritaram por vingança e cujos olhos ficaram empedernidos com os horrores a que assistiram. Como disse o honorável Simon W. Rosendale, parafraseando apropriadamente o pensamento de Bobby Burns no seu discurso recente, é a velha história da "desumanidade de uns homens para com outros que colocam incontáveis milhares de luto". Assim como aconteceu em Proskunoff, o mesmo aconteceu em centenas de outros lugares. A história sangrenta repete-se ad nauseum. É a mesma história manchada de lágrimas – sempre a velha mancha sobre o brasão da humanidade. Realmente, Byron estava certo quando escreveu:

Tribos de pés errantes e de peito fatigado
Para que lugar devem fugir para estarem em descanso?
O pombo selvagem tem o seu ninho, a raposa a sua toca,
A humanidade os seus países, Israel apenas a sepultura.


[Tribes of the wandering feet and weary breast
Whither shall ye flee to be at rest?
The wild dove hath her nest, the fox his cave,
Mankind their countries, Israel but the grave
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]

[Ilegível] para um lugar ao sol, e a crucificação dos Judeus tem de parar. Dizemo-lo novamente, a guerra acabou para todos menos para os Judeus. Como Isaac com a faca na garganta, mas ao contrário de Isaac, nenhum poder é capaz de parar o aço da avidez pelo seu sangue. Mas algum poder no mundo tem de se levantar para impedir o extermínio de uma raça digna. Em nome da paz no mundo temos de ter uma Liga das nações por todos os meios; mas pela Humanidade no Mundo, para fazer justiça ao Judeu e a outros povos oprimidos na terra, deixem-nos ter as Tréguas de Deus!


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Mas já dezassete anos antes da publicação deste artigo na revista «The American Hebrew» (1919), também na Enciclopédia Britânica, em 1902, já se denunciavam as provações de seis milhões de Judeus:

Na página 482 de um artigo sobre Anti-semitismo na 10ª edição da Enciclopédia Britânica (1902) encontram-se as palavras: "Enquanto existem na Rússia e na Roménia seis milhões de Judeus que estão a ser sistematicamente humilhados... [While there are in Russia and Rumania six millions of Jews who are being systematically degraded...]. Estas palavras surgem no último parágrafo da coluna da esquerda da imagem seguinte e precedem a referência aos Seis Milhões das vítimas Judias da Segunda Guerra Mundial em aproximadamente 40 anos:


[Clicar nas imagens para ampliar]


Enciclopédia Britânica (1902): [While there are in Russia and Rumania six millions of Jews who are being systematically degraded...] "Enquanto existem na Rússia e na Roménia seis milhões de Judeus que estão a ser sistematicamente humilhados..."
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quinta-feira, julho 01, 2010

Em 1959, o procurador americano Stephen F. Pinter afirmou: «As "câmaras de gás" exibidas em território alemão eram um embuste»

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Hoje, qualquer visitante da "câmara de gás" de Dachau pode ler num painel a seguinte frase em cinco línguas diferentes:


CÂMARA DE GÁS – disfarçada de "sala de chuveiros"
nunca foi usada como câmara de gás


A fotografia deste painel pode ser observada no site de "The Holocaust History Project" [O Projecto de História de Holocausto].


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Juiz Wilhelm Stäglich
(11 Novembro 1916 – 5 Abril 2006)



Excerto III do livro de Wilhelm Stäglich:

«Auschwitz: a judge looks at the evidence» - «Auschwitz: um juiz examina as provas»


[Tradução minha]

"Eyewitness Accounts" of Auschwitz - Testemunhos de Auschwitz

Se a ideia de Auschwitz era ainda desconhecida do público alemão até fins dos anos 1950, isso não significa que não tenham sido feitas alegações, até essa altura, sobre a existência de câmaras de gás para o extermínio em massa do povo judeu em Auschwitz, tal como foram feitas em relação ao resto dos campos de concentração. Simplesmente, Auschwitz não ocupava, como hoje, o ponto focal das estórias das câmaras de gás.

Durante esses anos, detalhes eram geralmente evitados quando eram feitas referências aos campos de concentração na região de Auschwitz. Em quase todos os outros antigos campos de concentração alemães, por outro lado, a visitantes arrepiados era mostrada pelo menos uma sala que alegadamente tinha servido de câmara de gás durante o Terceiro Reich. Em 1959, o procurador americano Stephen F. Pinter referiu-se a esta acusação numa carta a um jornal americano. Stephen F. Pinter afirmou:

*"Estive em Dachau durante 17 meses depois da Guerra, na qualidade de Procurador do Departamento de Guerra norte-americano, e posso afirmar que não existia nenhuma câmara de gás em Dachau. O que era mostrado aos visitantes e turistas e erroneamente descrito como uma câmara de gás, era um crematório. Nem havia nenhuma câmara de gás em qualquer dos outros campos de concentração na Alemanha [Nor was there a gas chamber in any of the other concentration camps in Germany]. Foi-nos dito que existia uma câmara de gás em Auschwitz, mas como estava na zona de ocupação russa, não nos foi permitido investigar, porque os russos não o permitiriam..."

[ I was in Dachau for 17 months after the war, as a U.S. War Department Attorney, and can state that there was no gas chamber at Dachau. What was shown to visitors and sightseers there and erroneously described as a gas chamber, was a crematory. Nor was there a gas chamber in any of the other concentration camps in Germany. We were told that there was a gas chamber in Auschwitz, but since that was in the Russian zone of occupation, we were not permitted to investigate, since the Russians would not permit it...]

As "câmaras de gás" exibidas em território alemão eram portanto um embuste, algo que hoje ninguém põe em causa nem mesmo pelos historiadores. Nada de definitivo era conhecido acerca dos campos que estavam sob controle soviético, e os rumores que circulavam não podiam ser verificados. O facto de que até o indubitavelmente bem informado oficial de ocupação, Stephen F. Pinter, mencionar que havia rumores de que existia apenas uma "câmara de gás" em Auschwitz, mostra claramente que Auschwitz não desempenhava na altura o papel que a propaganda anti-alemã lhe dá hoje, especialmente, como o alegado centro de extermínio dos judeus.


*Citado em Härtle, Freispruch für Deutschland [Acquittal for Germany – Absolvição para a Alemanha], p. 198; ver também Heinz Roth, Wieso waren wir Väter Verbrecher? [Porque é que fomos grandes criminosos?], p. 111, e Huscher, Die Flossenbürg-Lüge [A mentira de Flossenbürg], p. 12. Foi relatado que a declaração de Pinter foi publicada no American Mercury, Nr. 429 (Outubro de 1959). Surgiu pela primeira vez numa carta publicada no «American Catholic newspaper Our Sunday Visitor», a 14 de Junho de 1959.
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