O atentado bombista de Bolonha
A Operação Gladio consistiu numa operação secreta americana na Europa Ocidental que recorreu a redes clandestinas ligadas à NATO, à CIA e aos serviços secretos da Europa Ocidental durante o período da Guerra Fria, chamadas células «stay-behind». Implantadas em 16 países da Europa Ocidental, essas células visavam (supostamente) deter a ameaça de uma ocupação pelo bloco do Leste e estavam sempre prontas para ser activadas em caso de invasão pelas forças do Pacto de Varsóvia. A mais famosa foi a rede italiana Gladio.
A rede clandestina internacional englobava o grupo dos países europeus que pertenciam à Nato: Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha e Turquia, bem como alguns países neutrais como a Áustria, a Finlândia, a Suécia e a Suíça.
No entanto, o seu verdadeiro objectivo era espalhar o terror e criar um clima de tensão permanente na Europa Ocidental. Entre os muitos actos de terrorismo que lhes são atribuídos, destacam-se:
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A expressão "
Teoria da Conspiração" é amplamente reconhecida como possuindo uma forte carga negativa. É frequentemente usada como
um acto de violência retórica e uma maneira de descartar uma suspeita razoável como paranóia irracional. Por exemplo, a elite dominante: banqueiros, empresários e administradores poderosos, políticos, etc., utilizam-na para escarnecer e descartar alegações contra eles, e como uma arma retórica para evitar oposição ou dissidência.
Rotular uma tese como sendo uma "Teoria da Conspiração" fá-la parecer menos credível baseado numa
visão estereotipada de teorias de conspiração como paranóicas e infundadas.
A maioria das pessoas não pode resistir a obter os detalhes sobre as últimas teorias da conspiração, não importa o quão exageradas possam parecer. Ao mesmo tempo,
muitas pessoas denunciam rapidamente qualquer teoria da conspiração como falsa... e, muitas vezes, como antipatriótica ou simplesmente ridícula. Convém, contudo, que não nos esqueçamos de todos os milhares de conspirações de Wall Street, como as fraudes e extorsões cometidas por Bernie Madoff e muitos outros, entre tantos outros crimes de conspiração.
Teoria da conspiração é uma expressão que originalmente era uma descrição neutra para qualquer alegação de conspiração civil, criminal ou política. No entanto, esta expressão chegou ao ponto de se referir quase exclusivamente a qualquer teoria marginal que explique um acontecimento histórico ou actual como resultado de uma maquinação secreta por conspiradores de poder e astúcia quase sobre-humanos.
Conspirar significa "união de duas ou mais pessoas num acordo secreto para praticar um ato ilícito ou imoral ou usar tais meios para realizar um fim lícito". A expressão "teoria da conspiração" é frequentemente usada por estudiosos e na cultura popular para identificar operações secretas militares, bancárias, ou acções políticas destinadas a roubar poder, dinheiro ou liberdade ao "povo".
Para muitos, as teorias da conspiração fazem parte da natureza humana. Nem todas as pessoas neste mundo são honestas, trabalhadoras e verdadeiras sobre as suas intenções. Certamente todos podemos concordar com isso. Então,
como é que a expressão "teoria da conspiração" foi agrupada com ficção, fantasia e folclore?
Os cépticos são essenciais para alcançar uma visão objectiva da realidade. No entanto, o cepticismo não é o mesmo que fortalecer a história oficial. Na realidade,
uma teoria da conspiração pode ser considerada como uma alternativa à história oficial ou "mainstream" dos acontecimentos. Portanto, quando os cépticos tentam ridicularizar uma teoria da conspiração usando a história oficial como um meio de provar que a conspiração está errada, estão na realidade, apenas a reforçar a visão "mainstream" original da história e, não estão de facto a ser cépticos.
Isto não é cepticismo, é apenas uma maneira conveniente para o ponto de vista da elite do poder ser sempre visto como a versão correcta.
Na verdade, é comum que "artigos que desmontam mitos" escolham teorias de conspiração muito marginais e sem grandes adeptos. Isto, por seu lado, faz com que todas as conspirações sobre um assunto pareçam dementes. A revista “Skeptics” e a “Popular Mechanics”, entre muitas outras, fizeram isso mesmo com o 11 de Setembro. Referiram-se apenas a menos de 10% das muitas teorias de conspiração diferentes sobre os acontecimentos do 11 de Setembro e escolheram as menos populares. Na verdade, eles escolheram a parte marginal, os pontos altamente improváveis de que apenas algumas pessoas falavam. Isto foi usado como a "investigação final" para se considerar as teorias da conspiração.
De facto, se as pessoas decidirem examinar as teorias da conspiração, na sua grande maioria vão imaginar que ponderar sobre uma conspiração está associado à loucura e à paranóia. Alguns sites sugerem que isso é como uma doença. Também
não é surpreendente ver tantas pessoas na Internet a escrever sobre teorias de conspiração num tom condescendente, utilizando geralmente palavras como "excêntricos" ou "malucos". É frequente que um "perito" afirme que "para que estas conspirações sejam verdadeiras, seriam necessárias centenas, senão milhares das pessoas envolvidas. Não é concebível.”
É extremamente estranho que o pressuposto se situe em milhares de participantes numa conspiração. É difícil acreditar em qualquer conspiração envolvendo mais do que um punhado de pessoas, mas o facto é que houve conspirações neste mundo, comprovadas e não inventadas, que envolveram centenas de pessoas. Não é uma questão de opinião, é uma questão de facto.
Outro aspecto a considerar: já repararam que se a conspiração envolve interesses poderosos com capacidade de subornar, ameaçar ou manipular grandes instituições (como a máfia, grandes corporações ou o governo), então não acham estranho quando pessoas usam o argumento dessas instituições como o "contra-argumento" credível "? Ou seja, se estamos a discutir uma conspiração sobre a máfia e lemos um artigo que foi escrito pela máfia a desmascarar essa conspiração, não é necessário ser um génio para olhar para esse artigo com sério criticismo e desconfiança. É o caso de muitas conspirações.
Embora o cinismo inteligente possa ser certamente saudável, contudo, algumas das maiores descobertas de todos os tempos foram inicialmente recebidas (muitas vezes de forma virulenta) como teorias de conspiração blasfemas – pense-se na revelação de que a Terra não era o centro do universo, ou que mundo não era plano, mas sim redondo.
Seguem-se algumas (entre centenas) dessas
teorias de conspiração modernas mais chocantes que se revelaram verdadeiras após investigação profunda. Algumas, através de audiências do Congresso (americano), outras através de jornalismo de investigação. Muitas delas, no entanto, foram simplesmente admitidas pelos envolvidos em notícias originais e credíveis sobre o assunto, bem como em documentários.
Há uns anos, o Canal História trouxe a lume, apresentando provas bastante consistentes, uma exposição do terrorismo da NATO, a CIA e dos Serviços Secretos da Europa Ocidental contra cidadãos europeus em solo do velho continente nos anos 50, 60 e 70. Os atentados mais famosos foram os levados a cabo na Bélgica, na Alemanha e ainda os que ficaram conhecidos como Operação Gládio na Itália.
A NATO, a CIA e os Serviços Secretos da Europa Ocidental atribuíram os atentados a grupos radicais europeus: o «
Nuclei Armati Rivoluzionari» e as «
Brigadas Vermelhas» italianos, o «
Nationalsozialistischer Untergrund» e o Grupo «
Baader-Meinhof» alemães, o «
Projekt 26» da extrema-direita suíça, etc.
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Operação Northwoods: No início da década de 1960, os líderes militares norte-americanos elaboraram planos para angariar apoio público para uma guerra contra Cuba, de forma a expulsar Fidel Castro do poder. Os planos incluíam cometer actos de terrorismo em cidades americanas, matando pessoas inocentes e soldados norte-americanos, fazer explodir um navio americano, assassinar emigrados cubanos, afundar barcos de refugiados cubanos e sequestrar aviões. Os planos foram aprovados pelos Chefes de Estado-maior, mas foram rejeitados pela liderança civil, e mantidos em segredo durante quase 40 anos.
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Incidente do Golfo de Tonkin: O incidente do Golfo de Tonkin foi o falso pretexto em que se baseou a Administração Lyndon B. Johnson para intervir directamente no Vietname numa guerra não declarada que se prolongou por mais de uma década provocando o maior desastre humano e ambiental da história desde a II Guerra Mundial.