The Daily Express of London - 24 de Março de 1933
O Boicote Económico de 1933
Article from The Barnes Review, Jan./Feb. 2001 - By M. Raphael JohnsonMuito antes do governo de Hitler ter começado a restringir os direitos dos judeus alemães,
os líderes da comunidade judia mundial declararam formalmente guerra à "Nova Alemanha" numa altura em que o Governo Americano e até mesmo os líderes judeus na Alemanha estavam a aconselhar prudência na forma de como lidar com o novo regime de Hitler.
A guerra dos líderes da comunidade internacional judia contra a Alemanha não só provocou represálias por parte do governo alemão mas também preparou o terreno para uma aliança económica e política entre o governo de Hitler e os líderes do movimento sionista que esperou que a tensão entre os alemães e os judeus conduzisse à emigração maciça dos judeus para a Palestina.
Em suma, o resultado foi uma aliança táctica entre os Nazis e os fundadores do moderno estado de Israel - um facto que muitos hoje prefeririam ver esquecido.
Até hoje, é geralmente (embora incorrectamente) aceite que quando Adolf Hitler foi nomeado Chanceler Alemão, em Janeiro de 1933, o governo alemão adoptou políticas para suprimir os judeus de Alemanha, inclusive reunindo-os e colocando-os em campos de concentração e lançando campanhas de terror e violência contra a população judia doméstica.
Embora houvesse erupções esporádicas de violência contra judeus na Alemanha depois de Hitler subir ao poder, estas não eram oficialmente sancionadas ou encorajadas. E a verdade é que os sentimentos anti-judeus na Alemanha (ou em qualquer lugar na Europa) não eram nada de novo. Como todos os historiadores judeus atestam com veemência, insurreições anti-semitas de várias intensidades foram uma constante na história europeia.
Em todo caso, nos princípios de 1933, Hitler não era o líder indiscutível da Alemanha, nem tinha o pleno comando das forças armadas. Hitler era uma figura importante num governo de coligação, mas estava longe de ser o próprio governo. Isso aconteceu após um processo de consolidação que só evoluiu mais tarde.
Até mesmo a Associação Central Judia de Alemanha, conhecida como Verein, protestou contra a sugestão (feita por alguns líderes judeus fora da Alemanha) que o novo governo estava a provocar deliberadamente insurreições anti-judaicas.
A Verein emitiu uma declaração onde afirmava que "as autoridades responsáveis do governo [isto é, o regime de Hitler] não estão a par da ameaçadora situação", e acrescentava, "não acreditamos que nossos concidadãos alemães comecem a cometer violências contra os judeus."
Apesar disto,
líderes judeus nos Estados Unidos e Inglaterra determinaram por sua própria iniciativa que era necessário lançar uma guerra contra o governo de Hitler.
No dia 12 de Março de 1933 o Congresso Judeu Americano anunciou um protesto maciço em Madison Square Gardens para o dia 27 de Março. Naquela altura
o chefe máximo dos Veteranos de Guerra Judia (Jewish War Veterans) apelou a um boicote americano aos produtos alemães. Enquanto isso, no dia 23 de Março, 20,000 judeus protestaram na Câmara Municipal de Nova Iorque, e foram também foram organizadas manifestações junto ao North German Lloyd e à companhia mercante Hamburg-American e foram preparados boicotes contra produtos alemães nas lojas e empresas da cidade de Nova Iorque.
Protesto em Madison Square Gardens
De acordo com "The Daily Express" de Londres de 24 de Março de 1933, os judeus tinham lançado já um boicote contra a Alemanha e o seu governo eleito. Na manchete lia-se "
Judeia declara Guerra à Alemanha (Judea Declares War on Germany ) - os judeus de todo o Mundo Unidos - Boicote de Bens alemães – Manifestações em Massa." O artigo descreveu uma próxima "guerra santa" e solicitou a todos os judeus em todos lugares para boicotarem os produtos alemães e para participarem em demonstrações massivas contra interesses económicos alemães. De acordo com o Express:
"Todo o Israel através do mundo está-se a unir para declarar uma guerra económica e financeira contra a Alemanha. O aparecimento da Suástica como símbolo da nova Alemanha reavivou o símbolo de guerra velho de Judas. Quatorze milhões de judeus espalhados pelo mundo inteiro estão unidos como se fossem um só homem, de forma a declarar guerra contra os opressores alemães e os seus seguidores. O negociante judeu deixará a sua casa, o banqueiro a sua bolsa de valores, o comerciante o seu negócio e o mendigo a sua cabana humilde para se unir à guerra santa contra o povo de Hitler."O Express afirmou que a Alemanha foi agora confrontada com "um boicote internacional ao seu comércio, às suas finanças e à sua indústria....
Em Londres, Nova Iorque, Paris e Varsóvia, homens de negócios judeus estão unidos para uma cruzada económica."
O artigo afirmou que "por todo o mundo estão a ser feitos preparativos para organizar manifestações de protesto," e informou que "a velha e reunida nação de Israel entrou em formação com armas novas e modernas para lutar combater na sua velha batalha contra os seus perseguidores."
Isto poderia verdadeiramente ser descrito como "
o disparo do primeiro tiro na Segunda Guerra Mundial."
Num estilo semelhante, o jornal judeu Natscha Retsch escreveu:
"A guerra contra a Alemanha será empreendida por todas as comunidades judias, conferências, congressos... por todo o judeu individualmente. Assim, a guerra contra a Alemanha estimulará ideologicamente e promoverá os nossos interesses, os quais requerem que a Alemanha seja destruída completamente. O perigo para nós, judeus, assenta em todo o povo alemão, na Alemanha como um todo assim como individualmente. Deve ser tornada inofensiva para sempre.... Nesta guerra nós, os judeus, temos que participar com toda a força e poder que temos à nossa disposição."
Porém, note-se que a Associação Sionista da Alemanha enviou um telegrama a 26 de Março que rejeita muitas das alegações feitas contra os Nacionais Socialistas como "propaganda", "desonestidade" e "sensacionalismo."
Na realidade, a facção sionista tinha todas as razões para assegurar a permanência da ideologia Nacional Socialista na Alemanha. Klaus Polkehn, escrevendo no Diário de Estudos de Palestina (Journal of Palestine Studies ) ("Os Contactos Secretos: Sionismo e Alemanha Nazi, 1933-1941"; JPS v. 3/4, Primavera / Verão 1976), afirma que a atitude moderada dos Sionistas era devida ao interesse próprio vendo que a vitória do Nacional Socialismo forçaria a imigração para a Palestina. Este factor mal conhecido viria a ter um papel decisivo na relação entre a Alemanha Nazi e os judeus.
Enquanto isso, Neurath von Konstantin, Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão reclamou da "campanha de difamação" e disse:
"No que diz respeito aos judeus, eu só posso dizer que os seus propagandista no estrangeiro estão fazendo aos seus correligionários na Alemanha um mau serviço dando ao público alemão, através de notícias mentirosas e distorcidas sobre a perseguição e tortura de judeus, a impressão que eles não recuam perante nada, nem mesmo através de mentiras e calúnias, para combater o presente governo alemão."
O governo de Hitler estava claramente a tentar conter a tensão crescente - tanto na Alemanha como no exterior. Nos Estados Unidos, até o Secretário de Estado Cordell Hull telegrafou ao Rabino Stephen Wise do Congresso Judeu Americano a pedir prudência:
"Apesar de ter havido por um curto período maus tratos físicos aos judeus, essa fase pode ser considerada virtualmente acabada.... Parece ter sido alcançada uma estabilização no que toca a maus tratos pessoais.... Eu tenho esperança de que a situação que causou tão vasta preocupação por todo o país voltará à normalidade."
Apesar de tudo, os líderes da comunidade judia recusaram ceder. No dia 27 de Março houve manifestações de protesto simultâneas em Madison Square Garden, em Chicago, Boston, Filadélfia, Baltimore, Cleveland e outros 70 locais. A manifestação de Nova Iorque foi radiodifunda mundialmente. A razão fundamental era que "a Nova Alemanha " foi declarada um inimigo dos interesses judeus e portanto precisava de ser estrangulada economicamente. Isto aconteceu antes de Hitler decidir boicotar os produtos judeus.
Foi numa resposta directa a isto que o governo alemão anunciou um boicote de um dia aos negócios judeus na Alemanha no dia 1 de Abril. O Ministro de Propaganda alemã, Dr. Joseph Goebbels, anunciou que se, depois do boicote de um dia, não houvesse mais ataques à Alemanha, o boicote seria interrompido. O próprio Hitler respondeu ao boicote judeu e às ameaças num discurso no dia 28 de Março - quatro dias depois da declaração original judia de guerra - dizendo:
"Agora que os inimigos domésticos da nação foram eliminados pelo próprio Povo, aquilo que nós temos esperado há muito não acontecerá. Os criminosos Comunistas e marxistas e os seus instigadores Judeus-intelectuais que, tendo fugido a tempo para o estrangeiro com as suas acções de capital, estão desdobrando-se agora como um todo numa campanha traidora e sem escrúpulos de ataque contra o Povo alemão... Estão perversamente a ser lançadas mentiras e difamações positivamente horripilantes sobre a Alemanha. Histórias de horror de corpos de judeus desmembrados, olhos arrancados e mãos cortadas estão a circular com a finalidade de difamar o Povo alemão no mundo pela segunda vez, tal como já tinham feito com sucesso antes de 1914."
Portanto, o facto - convenientemente omitido de quase toda a História sobre o assunto – é que a ordem de boicote de Hitler a 28 de Março de 1933 foi uma resposta directa à declaração de guerra à Alemanha pela liderança judia mundial apenas quatro dias antes. Hoje, a ordem de boicote de Hitler é descrita como um ato nu de agressão, contudo raramente são descritas as circunstâncias que conduziram à ordem de Hitler, nem mesmo as histórias mais ponderosas e detalhadas sobre "o Holocausto."
Nem mesmo Saul Friedlander na sua, de alguma forma, compreensiva avaliação da política alemã, “A Alemanha Nazi e os judeus”, menciona o facto de que a declaração de guerra judia e o boicote judeu precedeu o discurso de Hitler de 28 de Março de 1933. Aos leitores perspicazes seria inteligente perguntar por que é que Friedlander sentiu este pormenor da História tão irrelevante.
Muito simplesmente é que tudo foi organizado pela Judiaria como uma entidade política - e nem mesmo a comunidade judia alemã por si mesma - que realmente deu o primeiro tiro na guerra com a Alemanha.
A resposta de Alemanha foi uma medida defensiva e não ofensiva -. Fosse esse facto melhor conhecido hoje, e lançaria uma nova luz nos eventos subsequentes que por fim conduziram à conflagração mundial que se seguiu.
Texto no cartaz: "Alemães! Defendam-se! Não façam compras em lojas judias"
Para entender a reacção de Hitler à declaração judia de guerra, é vital entender o estado crítico da economia alemã nessa altura. Em 1933, a economia alemã estava em ruínas. Cerca de 3 milhões de alemães viviam da assistência pública num total de 6 milhões de desempregados. A hiper-inflação tinha destruído a vitalidade económica da nação alemã. Além disso, a propaganda desenfreada anti-alemã despejada pela imprensa global fortaleceu a resolução dos inimigos de Alemanha, especialmente os polacos e os seus falcões militares.
Os líderes judeus não estavam a fazer bluff. O boicote não era somente um acto de guerra metafórico: era um meio, feito com habilidade, para destruir a Alemanha como uma entidade política, social e económica. O objectivo a longo prazo do boicote judeu contra a Alemanha era causar falência dela no que dizia respeito aos pagamentos de reparação impostos à Alemanha depois de Primeira Guerra Mundial e manter a Alemanha desmilitarizada e vulnerável.
Na realidade, o boicote estava a incapacitar totalmente a Alemanha. Estudantes judeus como Edwin Black informaram que, com respeito ao boicote, as exportações alemãs caíram 10 por cento, e muitos queriam confiscar bens alemães em países estrangeiros (Edwin Black, O Acordo de Tranferência - A História não contada do Pacto Secreto entre o Terceiro Reich e a Palestina judia, Nova Iorque, 1984 - The Transfer Agreement - The Untold Story of the Secret Pact between the Third Reich and Jewish Palestine).
Os ataques à Alemanha não cessaram. A liderança judia mundial tornou-se cada vez mais agressiva e trabalhava num frenesim. Uma Conferência judia de Boicote Internacional (International Jewish Boycott Conference) teve lugar em Amesterdão para coordenar a campanha de boicote. Teve o patrocínio da pretensa Federação judia Económica Mundial (World Jewish Economic Federation) da qual foi eleito presidente o famoso advogado de Nova Iorque, Samuel Untermyer.
Samuel Untermyer
Ao regressar aos Estados Unidos após a conferência, Untermyer fez um discurso na Rádio WABC (Nova Iorque), uma cópia do qual foi impresso no The New York Times no dia 7 de Agosto de 1933.
O discurso inflamatório de Untermyer pediu uma "guerra sagrada" contra a Alemanha, alegando sem rodeios que a Alemanha estava envolvida num plano para "exterminar os judeus." Untermyer disse (transcrição parcial):
"... A Alemanha [tem] vindo a ser convertida de uma nação de cultura num verdadeiro inferno de bestas cruéis e selvagens.
Nós não devemos apenas isto aos nossos irmãos perseguidos mas o mundo inteiro deve golpear agora em autodefesa que livrará a humanidade de uma repetição desta afronta incrível....
Agora ou nunca devem todas as nações da terra fazerem uma causa comum causar contra a... matança, fome e aniquilação... tortura diabólica, crueldade e perseguição que estão a ser sendo infligidas diariamente a estes homens, mulheres e crianças…
Quando a história for contada... o mundo confrontará um quadro tão terrível na sua crueldade bárbara que o inferno da guerra e as atrocidades alegadas belgas empalidecem insignificantes quando comparadas ao diabolicamente, deliberadamente, friamente planeada e já parcialmente executada campanha para a exterminação de pessoas orgulhosas, gentis, leais, obedientes à lei...
Os judeus são os aristocratas do mundo. Desde tempos imemoriais eles têm vindo a ser perseguidos e viram os perseguidores chegar e partir. Eles sobreviveram sozinhos. E assim a história vai-se repetindo, mas isso não fornece razão nenhuma para que nós devamos permitir esta reversão do que foi uma grande nação para a Idade da Trevas ou salvar estas 600,000 almas humanas das torturas de inferno....
O que estamos a propor e já avançámos bastante nesse caminho, é accionar um boicote económico puramente defensivo que arruinará o regime de Hitler e trará as pessoas alemãs à razão destruindo o seu comércio de exportação do qual a sua existência depende. ... Propomos e estamos a organizar a opinião mundial para se expressar do único modo que a Alemanha pode entender...."
Untermyer prosseguiu dando aos seus ouvintes uma história completamente fraudulenta das circunstâncias do boicote alemão e de como foi originado. Ele também proclamou que os alemães estavam empenhado num plano para "exterminar os judeus":
"O regime de Hitler originou e está prosseguindo um boicote para exterminar diabolicamente os judeus colocando cartazes em lojas judias, advertindo os alemães para não comprarem nas suas lojas, prendendo os lojistas judeus e fazendo-os desfilar pelas ruas às centenas sob a guarda de tropas Nazis pelo único crime de serem judeus, retirando-os das profissões instruídas nas quais muitos deles tinham atingido relevo, excluindo as crianças judias das escolas, os homens dos sindicatos, fechando-lhes qualquer possibilidade de sustento, prendendo-os em ignóbeis campos de concentração e fazendo-os passar fome e torturá-los sem motivo recorrendo a todas as formas concebíveis de tortura, desumana para além do que se possa imaginar, até que suicídio se tornou o único meios de fuga e tudo somente porque eles são ou os antepassados remotos eram judeus e tudo com o objectivo declarado dos exterminar."
Que as alegações de Untermyer contra a Alemanha foram feitas muito tempo antes de até mesmo actuais historiadores judeus reivindicarem que havia qualquer câmara de gás ou até mesmo um plano para "exterminar" os judeus, exibe a natureza da campanha de propaganda que confronta a Alemanha.
Porém, durante este mesmo período havia alguns desenvolvimentos incomuns em preparação: A primavera de 1933 também testemunhou o começo de um período de cooperação privada entre o governo alemão e o movimento sionista na Alemanha e na Palestina (e mundialmente) aumentar o fluxo de imigrantes judeus-alemães e dinheiro para a Palestina.
Os partidários do Israel moderno sionista e muitos historiadores tiveram sucesso em manter este pacto Nazi-sionista em segredo para o público em geral durante décadas e enquanto a maioria dos americanos não faz ideia nenhuma da possibilidade de que pode ter havido colaboração sincera entre o Nazi liderança e os fundadores do que se tornou o estado de Israel, a verdade começa emergir.
A obra do escritor dissidente judeu Lenni Brennar «Sionismo Na Idade dos Ditadores» (Zionism In the Age of the Dictators), publicou numa pequena editora e sem a publicidade que merece pelos media correntes (que, pelo contrário, está obcecada com o Holocausto)", foi talvez o primeiro grande esforço neste domínio.
Em resposta a Brennar e outros, a reacção sionista tem consistido em declarações de que a sua colaboração com a Alemanha Nazi foi empreendida somente para economizar as vidas de judeus. Mas a colaboração era ainda mais notável porque acontecia cada vez que muitos judeus e organizações judias exigirem um boicote de Alemanha.
Para os líderes sionistas, a tomada do poder por Hitler ofereceu a possibilidade de um fluxo de imigrantes para a Palestina. Antes, a maioria dos judeus alemães que se identificavam como alemães tinham pouca afinidade com a causa sionista causa de promover o agrupamento da Judiaria mundial na Palestina. Mas os Sionistas compreenderam que só um Hitler anti-semítico tinha capacidade para empurrar os judeus alemães anti-sionistas para os braços do Sionismo.
O actual lamento mundial dos partidários de Israel (já para não mencionar os próprios israelitas) sobre "o Holocausto", não ousam mencionar que tornar a situação na Alemanha insustentável para os judeus - em cooperação com Nacional Socialismo alemão - fazia parte do plano.
Este foi a génese do denominado Acordo de Transferência (Transfer Agreement), o acordo entre os judeus sionistas e o governo Nacional Socialista para transferir a Judiaria alemã para a Palestina.
De acordo com historiador judeu Walter Laqueur e muitos outros, os judeus alemães estavam longe de estar convencidos de que a imigração para a Palestina era a resposta. Além disso, embora a maioria dos judeus alemães tenha recusado considerar os Sionistas como seus líderes políticos, é certo que Hitler cooperou com os Sionistas com a finalidade de implementar a solução final: a transferência em massa de judeus para o Oriente Médio.
Edwin Black, no volumoso livro «O Acordo de Transferência» (The Transfer Agreement) (Macmillan, 1984), declarou que embora a maioria dos judeus não quisesse de forma nenhuma ir para a Palestina, devido à influência do movimento sionista dentro da Alemanha Nazi a melhor forma de um judeu de sair de Alemanha era emigrando para a Palestina. Por outras palavras, o próprio Acordo de Transferência ordenou que o capital judeu só poderia ir para a Palestina.
A grande dificuldade com o Acordo de Transferência (ou até mesmo com a ideia de tal um acordo) era que os ingleses estavam a exigir, como condição de imigração, que cada imigrante pagasse 1,000 libras esterlinas à chegada a Haifa ou outro lugar. A dificuldade é que era quase impossível arranjar tal moeda numa Alemanha radicalmente inflacionária. Esta era a ideia principal por trás do Acordo de Transferência final. Laqueur escreveu:
"Um grande banco alemão congelaria fundos pagos por imigrantes em contas bloqueadas por exportadores alemães, enquanto um banco na Palestina controlaria a venda de bens alemães para a Palestina, portanto proporcionando aos imigrantes a moeda corrente estrangeira necessária. Sam Cohen, dono da Hanoaiah Ltd. e dirigente dos encargos de transferência, foi porém sujeito a objecções por parte das próprias pessoas e finalmente teve que conceder que tal acordo de transferência só poderia ser concluída num nível mais elevado com um banco próprio em lugar de uma companhia privada. O reputado Anglo-Palestine Bank em Londres seria incluído nesta transacção de transferência e seria criado uma companhia companhia fiduciária para este fim."
Claro que, isto é da maior importância histórica sobre a relação entre Sionismo e Nacional Socialismo na Alemanha nos anos trinta. A relação somente não era apenas de interesse mútuo e favoritismo político da parte de Hitler, mas igualmente uma relação financeira íntima com famílias bancárias alemãs e instituições financeiras. Black escreve:
"Era uma forma dos Sionistas subverterem o boicote anti-Nazi. O Sionismo precisava de transferir o capital de judeus alemães e as mercadorias eram o único meio disponível. Mas os líderes sionistas depressa perceberam que o sucesso da futura economia palestina judia ficaria inextrincavelmente amarrada à sobrevivência da economia Nazi. Então a liderança sionista foi compelida a ir mais longe. A economia alemã teria que ser salvaguardada, estabilizada, e se necessário reforçada. Consequentemente, o partido Nazi e os organizadores sionistas compartilharam um interesse comum na recuperação de Alemanha."
Desta forma percebe-se uma fractura radical ao redor em Judiaria mundial em 1933 e depois disso. Havia, primeiro, os judeus não sionistas (especificamente o Congresso judeu Mundial fundado em 1933) que, por um lado, exigiu o boicote e a destruição eventual da Alemanha. Black realça que muitas destas pessoas não estavam só em Nova Iorque e Amesterdão, mas uma boa parte vinha da própria Palestina.
Por outro lado, percebe-se o uso judicioso de tais sentimentos pelo Sionistas para o restabelecimento eventual na Palestina. Por outras palavras, pode-se dizer (e Black chama a atenção para isso) que Sionismo acreditou que, desde que os judeus estivessem mudando-se para o Levante (Palestina), a fuga de capitais seria necessária para qualquer nova economia funcionar.
O resultado foi que a percepção de que Sionismo teria que se aliar com Nacional Socialismo, de forma que o governo alemão não impediria o fluxo de capitais judeus para fora do país.
As denúncias das práticas alemãs contra os judeus para os assustar e obrigarem-nos a ir para a Palestina serviu os interesses sionistas, mas, por outro lado, Laqueur declara que "Os Sionistas estavam interessados em não colocar em risco a economia alemã ou a sua moeda corrente." Por outras palavras, a liderança sionista da Diáspora judaica foi um de subterfúgio, porque só com o advento de hostilidade alemã para com a Judiaria se poderia convencer os judeus do mundo que imigração [para a Palestina] era o único escape.
O facto é que o decisivo estabelecimento do estado de Israel foi baseado numa fraude. Os Sionistas não representavam nada mais que uma pequena minoria de judeus alemães em 1933. Por um lado, os sionistas, pais de Israel quiseram denúncias das "crueldades" da Alemanha contra os judeus do mundo enquanto, ao mesmo tempo, pediam moderação de forma a que o governo Nacional Socialista permanecesse estável, financeira e politicamente. Assim o Sionismo boicotou o boicote.
Para todos os propósitos, o governo Nacional Socialista foi a melhor coisa que podia acontecer ao Sionismo na história, pois "provou" a muitos judeus que os europeus eram irreprimivelmente anti-judeus e que a Palestina era a única resposta: o Sionismo veio a representar a grande maioria dos judeus somente por artifício e cooperação com Adolf Hitler.
Para os Sionistas, tanto as denúncias de políticas alemãs contra os judeus (para manter os judeus amedrontados), como o fortalecimento da economia alemã (por causa de restabelecimento final na Palestina) eram imperativos para o movimento sionista. Ironicamente, hoje os líderes sionistas de Israel queixam-se amargamente do regime horroroso e desumano dos Nacionais Socialistas. Deste modo a fraude continua.
Comentário:
Aquilo a que o autor deste artigo, Raphael Johnson, apelida de Sionistas, eu apelido «The Money Masters» - Os Senhores do Dinheiro.
Embora alguns sejam de origem judaica, outros não o são. Nem acredito que tenham alguma religião senão a do dinheiro e do poder. Cito alguns nomes:
Rothschild, Lazard, Morgan, Mantagu, Harriman, Kuhn Loeb, Warburg, Lehman, Schiff, Rockefeller, Pyne, Sterling, Stillman, etc.
Estou convencido que foram estes senhores os grandes obreiros da maior parte dos conflitos mundiais desde os finais do século XIX até hoje. Porque as guerras rendem dinheiro e asseguram poder político.
Como tal, penso que na II Grande Guerra, estes cavalheiros manobraram os alemães, manobraram os judeus dentro e fora da Alemanha (como o autor do artigo bem descreve) e manobraram os aliados. Esta Guerra provocou 50 milhões de mortos e um número incontável de feridos.
O conflito específico entre judeus e alemães foi provocado e orientado no sentido da construção e povoação do «Estado de Israel», que julgo que não é mais do que uma sólida base militar, pertença dos «Money Masters», junto das maiores reservas energéticas do planeta.
Para a edificação desta base militar (Israel), centenas de milhares de judeus foram, durante a II Guerra, arrebanhados pelos nazis e levados para campos de concentração, onde uma boa parte morreu de doenças, fome, trabalhos forçados, condições desumanas e execuções arbitrárias. Ainda não vi até hoje nenhuma prova concludente de que tenham existido câmaras de gás e genocídio deliberado.