segunda-feira, setembro 12, 2005

Armas nucleares contra terroristas



Correio da Manhã 12-9-2005

EUA: nova doutrina nuclear reflecte preocupações pós-11 de Setembro

O Pentágono está a estudar a hipótese de recorrer a ataques nucleares preventivos contra estados ou grupos terroristas que possuam armas de destruição maciça, revelou ontem o jornal ‘Washington Times’. A medida insere-se na revisão da doutrina nuclear norte-americana e reflecte as novas preocupações do pós-11 de Setembro

De acordo com o jornal, o documento, intitulado ‘Doutrina para Operações Nucleares Conjuntas’, está desde Março último a circular entre as altas chefias militares norte-americanas e inclui uma referência específica à possibilidade de usar armas nucleares contra grupos terroristas ou estados hostis para os impedir de utilizarem armas de destruição maciça contra os Estados Unidos ou os seus aliados.

Agora, depois do 11 de Setembro ter introduzido uma nova e preocupante realidade, com o advento do terrorismo global e a consolidação da al-Qaeda como uma das principais ameaças à segurança dos EUA e do mundo, o Pentágono tenta encontrar maneira de responder às novas ameaças.

Um dos pontos mais controversos da política em estudo é a possibilidade de o ataque nuclear preventivo poder ser dirigido contra os países acusados de apoiarem o grupo terrorista visado. “A situação é particularmente delicada no que diz respeito a grupos não-governamentais (organizações terroristas) que tentem ter acesso a armas de destruição maciça. Neste caso, a capacidade de dissuasão tanto pode ser dirigida contra os terroristas como contra os estados que os apoiam”, refere o documento.



Mas segundo Chossudovsky, a denominada “guerra ao terrorismo” é uma fabricação completa baseada na ilusão de que um homem, Osama bin Laden, conseguiu ludibriar o aparelho de informações norte-americano que possui um orçamento de 30 mil milhões de dólares.

A “guerra ao terrorismo”é uma guerra de conquista. A globalização é a marcha final para a “Nova Ordem Mundial”, dominada por Wall Street e pelo complexo militar-industrial americano.

O 11 de Setembro de 2001 foi o momento que a administração Bush aguardava, a denominada “crise útil” que forneceu um pretexto para empreender uma guerra sem fronteiras.

A estratégia americana consiste em estender as fronteiras do Império Americano de modo a facultar o controlo completo por parte das grandes corporações americanas, enquanto instala na América as instituições de um estado securitário.

Chossudovsky revela um enorme embuste – Uma complexa teia de logros com o objectivo de defraudar o povo americano e o resto do mundo no sentido de aceitarem uma solução militar que ameaça o futuro da humanidade.

Milhões de pessoas têm sido enganadas em relação às causas e consequências do 11 de Setembro. Quando pessoas nos Estados Unidos e no Mundo descobrirem que a Al-Qaeda não é um inimigo externo mas uma criação da política externa norte-americana e da CIA, a legitimidade da guerra desmoronar-se-á como um castelo de cartas.

Através do país, a imagem de um “inimigo externo”, é instilado na consciência dos americanos. A Al-Qaeda está a ameaçar a América e o mundo. A anulação da democracia sob a legislação «Patriot» é apresentada como um meio de proporcionar “segurança doméstica” e sustentar as liberdades civis.



Comentário:

A teoria de Chossudovsky parece-me absolutamente disparatada. Imaginar que a administração americana possa provocar uma explosão nuclear sobre a al-Qaeda – uma organização que lhes deu tanto trabalho a consolidar – não passa pela cabeça de ninguém.

Por outro lado, o Irão, que, como todos sabemos, abriga grandes reservas de terroristas («hidrocarburetos», na gíria local), anda mesmo a pedi-las. Não se ponham a pau!