segunda-feira, janeiro 08, 2007

Porquê apenas 13% de IRC para os bancos?

Napoleão Bonaparte:
«Quando um governo está financeiramente dependente dos banqueiros, estes e não os chefes do governo controlam a situação, porque a mão que dá, está acima da mão que recebe. O dinheiro não tem pátria; os financistas não têm patriotismo nem decência; o seu único objectivo é o lucro

Joaquim Fidalgo - Jornal Público - 13 de Dezembro de 2006:
«Eu não percebo muito bem estas coisas dos bancos. Mas, por mais voltas que dê à cabeça e por mais informação que recolha, acabo por bater sempre em dois pontos: os lucros que eles conseguem são enormes (e cada vez mais enormes, apesar da chamada "crise"...), e os impostos que pagam são proporcionalmente muito baixos (com a ajuda da própria lei...).»

Porque é que os BANCOS que estes cavalheiros dirigem só pagam 13% de IRC, quando todas as outras empresas pagam 25%?








Porquê, Sr. Sócrates?

33 comentários:

Anónimo disse...

Os Bancos ganham cada vez mais com os serviços que prestam aos seus clientes, mas muitos deles são absolutamente desnecessários.

xatoo disse...

o problema é mais vasto que a simples prestação de um serviço meramente bancário. É de indole financeira:
se alguem compra um par de chinelos a outro paga 21% de imposto,
se um banco transacionar 1 milhão de dólares com outro não paga nada - esta é a forma de institucionalizar a exploração dos meios de produção (e dos factores de produção que são as pessoas que trabalham) em beneficio único dos que controlam simplesmente a emissão da moeda (imprimir papel é quase à borliu) - que no caso dos dólares até é moeda falsa, pq não é mensurável por qualquer valor (e quando, e se um destes dias o for, por via do défice yankee plof,,,)

xatoo disse...

a Banca ao serviço do Polvo

http://spectrum.weblog.com.pt/arquivo/2007/01/a_banca_ao_serv_1.html

Unknown disse...

O Sr Fidalgo não sei, mas quanto ao Napoleão, não consta que tais ideias lhe tenham propiciado um futuro auspicioso.

De resto, o nosso país sentiu bem na pele a "decência" e o "desinteresse" das tropas napoleónicas.

Foi tudo a eito, desde as jóias da Tia Joaquina, ao ouro das igrejas, passandi por obras de arte, etc,etc.

Bem prega Frei Tomás.

Quanto aos lucros dos bancos, a explicação dos lucros elevados é simples e qualquer economista a entende sem grandes exercícios de estudo: falta de concorrência!

É exactamente o mesmo princípio que faz com que uma refeição seja carota numa area de serviço e baratucha na area de restauração de um Centro Comercial.

A solução passa, não pelo arrastão fiscal, como acredita a esquerda tonta (por isso é que é tonta), até porque o mais provável era que a malta deslocalizasse os lucros, mas sim por políticas anti-cartel e leis que estimulem a concorrência.
Com mais gajos atrás do bolo, menos toca a cada um e melhor fica servido o consumidor.

É dos livros.

Unknown disse...

Ler estas "análises" do xatoo, é como estar a ler um jornal do séc XIX.
É espantoso como em pleno sec XXI, sabendo-se o que se sabe, conhecendo a História, não podendo ignorar que as profecias marxistas foram todas pelo cano abaixo, haja fósseis que continuam com este tipo de cacarejos de um mundo jurássico, como se a realidade fosse apenas um sonho não existisse.

Ler o que estes zombies escrevem, é como uma viajem no tempo, é como ignorar a química e exaltar a alquimia, é como louvar as ideias de Newton sobre a gravitação universal e recusar as ideias de Einstein.

Vamos lá xatoo, deixe de chorar baba e ranho por teorias religiosas caídas por terra.
Conte anedotas ao seu papagaio, mas evite este tipo de galgas.
Provavelmente não as entende e se se rir, será de si.

Anónimo disse...

Para o-lidador:
e apesar de tudo, apesar da sua tirada "teórica" de sabor aparentemente liberal que tenta explicar ao povo a explicação genérica que o povo não pediu, apesar dessa vaidadezinha sua, que tem VC a dizer concretamente sobre a diferença quantitativa e seu real contexto português: 25% versus 13%

Anónimo disse...

Caro Mir....talvez a decisão do governo sueco de isentar de IRC uma empresa como a Scania, o possa ajudar a comprenderos rudimentos da questão.

Você ainda não entendeu que as empresas multinacionais (e os bancos) estão instaladas em vários países e que podem facilmente deslocalizar lucros e prejuízos?
Você não entende que o Banco X, se lhe forem demasiado ao bolso se limita a ir declarar os lucros por exemplo na Irlanda, ou no Luxemburgo, onde lhe cobram menos.

Desça à terra e trate de entender o mundo real. Berrar slogans e uivar à lua é muito giro, mas é para quem vive na estratosfera.

xatoo disse...

mir:
excusa de puxar pelo bicho que dali não sai nada, nomes, factos? acontecimentos? nada! - só palha!,
Do Lidador só saem juizos de valor e processos de intenção - tudo "consistentemente" alicerçado em profusas doses de adjectivos.
Dados concretos, acções determinantes que não seja do livre arbitrio de um qualquer frequentador de tasca? nada,,,

xatoo disse...

e para corolário o gajo agora travestiu-se de Adam..
eheheh - mas o tipo converseta tem a mesma marca - o bicho pensa que debita larachas mesmo para pacóvios
diz ele:
"as empresas multinacionais (e os bancos)podem facilmente deslocalizar lucros"
como se porventura não haja possibilidade de controlo. Como se esse tipo de actividades não pudessem (e devessem!) ser reguladas.
Espera-lhe pela pancada. Estes neoliberais pensam que são como o Deus dos judeus que fizeram o mundo duma assentada e pimba!
já tá feito pra sempre,,,

Anónimo disse...

Ao Lidador

O seu problema é que não consegue ver que antes do Newton se puseram outras concepções do mundo, igualmente intocaveis para a época, mas que foram destronadas devido sobretudo ao avanço da investigação,o senhor toma a teoria da relatividade como uma verdade absoluta... não é, ela não explica tudo, é apenas uma teoria.

Quanto as teorias Marxistas... Tem a certeza que entendeu bem o que Marx disse? Aposto que o senhor acha que a guerra fria já terminou, vou-lhe contar um segredo... não acabou.

Tese x antitese = sitese, deve dizer-lhe alguma coisa, dialetica e e sistemas dinamicos tambem.

Bem, tudo isto para lhe dizer, que em minha opinião, o senhor tem uma grande aversão a mudança,encara o mundo como... quaquer coisa estatica, a prova disso é que quando alguem tenta trazer uma nova abordagem a qualquer tema o senhor responde com velhos argumentos ultrapassados e bafientos.

Só mais uma coisa, o senhor conhece aquele ditado chines... se uma pessoa te chamar burro não ligues, se duas pessoas te chamarem burro não ligues mas se cinco pessoas te chamarem burro compra um cabresto

Diogo disse...

O Adam-Lidador esquece uma contradição simples: a Scania pode deslocalizar para países onde os ordenados são uma merda para reduzir os custos de mão de obra. Os bancos não podem deslocalizar para países onde os ordenados são uma merda porque os tipos que ganham uma merda não têm dinheiro para fazer depósitos, nem para pagar os juros de empréstimos.

Biranta disse...

Pois eu estou-me cagando para que os Bancos paguem 13% ou 25%. Quer o dinheiro fique nos bamcos quer vá para o Estado está nas mãos de ladrões e bandidos e destina-se a ser apropriado, particularmente, por cado um dos da seita, que é a mesma, não restando nada para o bem comum.

Além disso, já neste momento os Bancos cobram aos seus clientes os impostos que pagam e nada os impede de continuarem a fazer o mesmo, se as taxas aplicadas subirem... como ninguém os tem impedido de se apropriarem, indevidamente, do dinheiro dos clientes, quando querem, debitando "despesas" inventadas; como ninguém os impede de recorrerem a esquemas "manhosos" para aumentarem os seus lucros, À custa de aumentar a inflacção.

Quanto ao lidador de facto só diz asneiras de quem tem mentalidade fossilizada. Absurdos completos!

SErviços que ninguém pediu nem são úteis não são serviços, são assédio e extorsão...

inominável disse...

"SErviços que ninguém pediu nem são úteis não são serviços, são assédio e extorsão..."... concordo a 100%, porque afinal pagamos por um serviço que não pedimos, quando outros pedimos e nõ nos são facultados... le monde à l'envers ou o que lhe quiserem chamar...

xatoo disse...

óh Biranta
a inflação é uma coisa inerente à própria essência do capitalismo. Não é um problema especifico da Banca - é impossivel inverter o sentido entrópico da devastação - se o sistema deixar de crescer morre.
Citando o outro, que só chegou ao Einstein,(eheheh) - para inverter a situação é preciso compreender Niels Bohr e trabalhar no sentido de construir diferentes perspectivas vistas de diversos angulos que se auto-sustentem umas às outras;
a coisa é complexa mas, se o Homem não quiser tratar disso, a própria Natureza se irá encarregar de resolver a aberração - o cancro do capitalismo - um crescimento anómalo das células,,,

a.castro disse...

Sofocleto, essa é uma pergunta muito difícil para o Sr. Sócrates, embora ele saiba a resposta (estou convencido disso). Então não é para os ricos que ele governa, tirando o máximo aos pobres?...
Seja como for, é "histórico" que quanto mais a crise "ataca" os mais pobres e a classe média, mais os ricos enchem o "bandulho", nomeadamente os Bancos.
Abraço.

Motim disse...

O Santana, quando foi primeiro ministro, disse que aumentaria os impostos à banca.
O que aconteceu logo a seguir? O Sampaio despediu-o.

Unknown disse...

Caro anónimo especialista em burros e cabrestos.

O seu ditado chinês é muito interessante e verdadeiro.

O que falha é o seu pressuposto inicial de quem chama quem.

E 5 burros a chamarem burro a uma pessoa, demonstram inequivocamente o carácter asinino e ganachudo dos mesmos.

Mas eu gosto do burro ibérico. Acho que tem particularidades que merecem ser preservadas,
É por isso que venho aqui muitas vezes trazer alguns fardos de palha.

Bom proveito!

Unknown disse...

Já agora, caro anónimo que tanto percebe de dialética.

Não foi o Marx que disse que o comunismo seria a última síntese?
Uma tese que não admitia antítese?

Acha que foi?

Parafraseando-o a si "Tem a certeza que entendeu bem o que Marx disse?"

A meu ver, a última síntese em termos de ideias políticas é a democracia liberal.

Para além da imperfeições instrumentais e formais, consegue encontrar alguma contradição fundamental à ideia de que o poder reside no povo?

Se tem aí uma antítese à democracia liberal, sou todo ouvidos.

Mas não me venha para cá com teses que a História já condenou e enterrou na vala comum.

xatoo disse...

repondo a verdade:
o que Marx escreveu foi que "com o FIM DA SOCIEDADE DE CLASSES acabaria por fim a sociedade tal como a conhecemos". Efectivamente, a mudança de paradigma, ainda segundo Marx, seria o principio efectivo da História (e não o seu fim, como o escrevinhador americo-japonês imperialista fez o frete de prever)
.

augustoM disse...

Porque como diz Napoleão, são eles que controlam tudo. Os países devidem-se em dois sectores, uma minuria que esmifra desavergonhadamente e uma maioria que se deixa, lamentalvelmente esmifrar. São os vampiros que nos sucam o sangue.
Ainda há alguem que acredite no que ministro das finanças disse, areia para tapar os olhos. E onde estão os inquéritos das presumíveis fraudes fiscais?
Um abraço. Augusto

Biranta disse...

Meu caro Xatoo!

Como o meu amigo sabe, está generalizado o uso dos cartões de débito, mais comunmente conhecidos por "cartões multibanco". Por cada compra que se faz pagando com cartão multibanco, o sistema bancário cobra uma comissão (que aumentou recentemente segundo me informaram). Essa comissão é, a meu ver, exagerada; uma chulice.

Mas a coisa não se fica por aqui: Os Bancos inventaram os cartões de crédito e o VISA. O Visa é "vendido" aos comerciantes, como tendo a vantagem de autorizar o uso do dinheiro mesmo sem adesso às contas dos seus titulares. Argumentando com essa "vantagem", que não é vantagem nenhuma, o sistema bancário aumentou MUITO a comissão para os casos de pagamento com VISA. J
a ouvi vários comerciantes queixarem-se do facto desses encargos serem incomportáveis e até há os que resistem, estoicamente, ao sistema multibanco, com muita razão.
Mas a história é mais grave. Constatei, recentemente, que os cartões de débito (multibanco) fornecidos por alguns Bancos, assumem, por defeito e obrigatoriamente, a opção VISA, sempre que o equipamento a permite.

Daí resulta que o dinheiro fica cativo na conta do depositante, sendo o débito feito com alguns, poucos, dias de atraso... e resulta, também, o aumento da comissão (em 2%, salvo erro). Ninguém ganha nada com o esquema (que nem sequer é solicitado ou consen tido por nenhum dos intervenientes (comerciante e cliente), mas os bancos ganham e ganham muito.
Isto é um estratagema para sacar dinheiro aos comerciantes. E não é pouco dinheiro. Repare que uma taxa de juro de 2%, em poucos dias (no máximo serão 5 dias) corresponde a a uma taxa de juro anual absurdamente elevada: de 144%. Faça as contas e confirme.

Tendo em vista que os Bancos conseguem dinheiro a taxas que não vcão além dos 5%, veja o quanto rebde a marosca... É com estes estratagemas e outroa parecidos que eles conseguem ter lucros fabulosos, mesmo em tempo de crise.

Dê-lhe o meu amigo as voltas que der, isto é um estratagema que aumenta a inflacção... porque é um custo que tem de passar a ser incorporado nas margens de comercialização... como todos os outros, aliás.

É por isso que eu digo: "à custa de aumentarem a inflacção". Eu sei bem do que o meu amigo fala, mas aqui estamos a falar de esquemas vigaristas, puramente inflaccionistas, porque não têm qualquer "utilidade" para ninguém... Assim à semelhança dos cartões de desconto, de cujos existiu uma epidemia que, felizmente, desapareceu.

E estou a falar apenas dum exemplo. Existem vários outros no sistema bancário.

A diferença é que as "actividades" inflaccionistas a que se refere (as que estão caracterizadas há muito) têm embalagem de "utilidade" (que se paga muito acima do seu valor) e a remuneração do dinheiro (o lucro) fdaz parte delas. Mas, deste esquema que descrevo, só resulta inflacção, sem nenhuma utilidade real ou aparente, nem sequer do ponto de vista capitalista...

É bom sabermos distinguir estas coisas para não metermos tudo no mesmo saco, radicalmente, dificultando as soluções...

Acabar com o sistema capitalista não se pode fazer dum momento para o outro... mas acabar com estes esquemas pode, desde que as pessoas percebam a sua perversidade e o papel que têm no agravamento dos preços e, consequentemente, das conmdições de vida.
Percebeu?

Manuel disse...

Caro Sofocleto, a sua pergunta é muito relvante e toca um dos factores essênciais da nossa democracia.

Napoleão tinha um problema semelhante, mas tinha também o poder físico (militar) para acabar com esse problema. Mas além deste tinha muitos outros problemas inerentes à sua monarquia transvestida de república.

Voltando à questão, nos EUA já se perdeu o pudor relativamente às campanhas e todos sabem que os candidatos têm apoios multimilionários da banca e de outros sectores empresariais. O cadidato quando chega ao poder não pode cuspir na sopa e o resultado é o que se vê.

Por cá, as coisas vão se encaminhando no mesmo sentido, mas como ainda há algum pudor, o jogo é feito por baixo da mesa. Mas os resultados são exactamente os mesmos. O Sr. Sócrates também não gosta de cuspir na sopa...

Quanto às polémicas que surgem nos comentários, não sei como têm paciência para tentar explicar temas tão complexos a quadrúpedes quem mal conseguem olhar para a frente, quanto mais para os lados. Ainda assim admiro-vos a paciência e dedicação.

Cumps. a todos.

Anónimo disse...

o sócrates não vai responder!
é o chefe de um governo-fantoche ao serviço dos banqueiros....

Rouxinol disse...

Era o que mais faltava que o Estado não conseguisse taxar os lucros que provém da actividade económica nacional. Isso são desculpas de mau pagador. Se a lei o permitisse, todas as empresas declaravam os rendimentos em paraísos fiscais. Admito que conheço pouco da lei nesse aspecto (estou a estudar para a conhecer), mas não me parece que isso seja assim.

Anónimo disse...

Ao o-Lidador

Ai o-lidador, o-lidador...

Bem me parecia que o seu entendimento sobre a teoria Maxista era mais ou menos esse, deixe lá, não faz mal.

Mas se quiser aprender algo mais consensual sobre esse teorico aconselho-o a ler o que escreveu o Xatoo no seu (dele) comentário aqui em cima, é um bom começo.

Quanto ao seu comentário de que vem aqui trazer fardos de palha... o senhor podia ser um pouco mais modesto.

PS : Por engano o meu comentário anterior foi enviado como anonimo

Rouxinol disse...

Lidador:

Tal como eu previa, não sabes do que estás a falar.

"até porque o mais provável era que a malta deslocalizasse os lucros"

Isso não existe, não se podem deslocalizar lucros (a menos que as empresas o façam ilegalmente, por processos contabilísticos menos claros). Mesmo que tenhas um grupo com filhos em diferentes países, tens que apresentar os rendimentos de cada um ao fisco, ou as contas consolidadas das empresas em actividade em Portugal.

A questão aqui não é a falta de concorrência, mas sim o Estatuto dos Benefícios Fiscais que previligia a actividade bancária, sem que isso se justifique.

Anónimo disse...

Viva o lucro!

Cada vez que uma empresa anuncia lucros, a esquerda tonta esganiça a sua sanha justicialista, em decibéis que estão na proporção directa do lucro.
Em Portugal, a banca é o moinho de vento preferido pelos ressabiados D. Quixotes de serviço, a quem o lucro escandaliza, mas que convive tranquilamente com a ineficácia, o mau serviço e os prejuízos de empresas públicas.


Ora no mundo real, os grandes lucros apenas podem indicar 2 coisas:
Ou falta de concorrência, ou gestão eficiente.
Em Portugal, temos um sistema bancário bastante concorrencial e vários estudos internacionais de benchmarking atribuem ao sector financeiro português uma competitividade que mais nenhum sector logra. A banca portuguesa compete sem complexos com instituições bancárias internacionais e consegue lucros. Bons lucros.
Uma vez que o mercado é fortemente concorrencial, esses lucros só se podem dever à eficiência na gestão.


O lucro é uma coisa boa.
Apesar da esquerda tonta continuar atolada no lodaçal conceptual marxista e buscar raízes subliminares no velho preconceito anti-semita que considerava o “juro” e o “lucro” como invenções do judeu e do diabo (lembremo-nos do “onzeneiro”, de Gil Vicente, e dos anátemas islâmicos e cristãos contra o juro), a verdade é que sem lucro, não há capital. E sem capital não há investimento. E sem investimento não há emprego, nem salários, nem riqueza.
E sem isto não há dinheiro nem tempo para ir ao cinema e ao teatro. Para ler. Para navegar na Internet. Para escrever. Para pensar. Sem riqueza não há liberdade. Não há cerveja gelada numa tarde de verão, a preguiçar na esplanada.
Não há carro, não há educação para os filhos, não há bifes, não há cereais ao pequeno-almoço.
Só miséria e repressão, como se viu e vê em países que aboliram o lucro e a propriedade privada
É a perspectiva de lucro que leva as pessoas a empatar capital em iniciativas empresariais que são sempre um risco.
Para os patéticos pós-marxistas que por aí andam aos pinotes, em combates jurássicos contra o “capitalismo”, e os “sionistas da nova ordem”, o lucro (dos outros) é um pecado mortal.
Desprezam o “Grande Capital”, mas não o capital que eles próprios tem no banco.
São contra o “juro”, mas a favor de obter a melhor remuneração para os seus capitais.
Embora em alguns sectores, a ideologia socialista ainda nos lastre os movimentos e a vida, vivemos cada vez mais num sistema de mercado e até agora ninguém inventou um sistema mais eficiente e que crie mais riqueza.
Muito menos a esquerda folclórica!

Diogo disse...

«Ora no mundo real, os grandes lucros apenas podem indicar 2 coisas: Ou falta de concorrência, ou gestão eficiente.»

Resposta incompleta. Os grandes lucros podem indicar quatro coisas: Ou falta de concorrência, e/ou gestão eficiente, e/ou corrupção política e/ou fraude.

A banca portuguesa portuguesa reúne pelos menos três destas condições:

1 – A banca portuguesa funciona em Cartel. Pode existir alguma concorrência a nível dos tostões, mas nas grandes questões funcionam como um todo.

2 – A corrupção de políticos pela banca – autarcas, deputados e governos - é notória. Só assim se justificam IRCs a 13% (enquanto todos os outros pagam 25%), o investimento do Estado em elefantes brancos (TGVs, OTAs, Estádios, etc.) onde os bancos vão buscar 1/3 em juros, e tantas outras prebendas facilitadas por leis aprovadas por políticos corruptos.

3 – Existe fraude generalizada por parte dos bancos (a coberto dos governos) a saber: arredondamentos escandalosos (que não existem noutros países civilizados), os dias que separam o depósito de um cheque e a disponibilidade desse dinheiro, anos de 360 dias para remuneração de depósitos e anos de 365 para remuneração de empréstimos e mais mil e uma vigarices ao nível de taberneiro.

Será, muito provavelmente, pela soma das três razões acima que os tais estudos internacionais de benchmarking atribuem ao sector financeiro português uma grande competitividade. Tirem-lhes a cartelização, a corrupção e a aldrabice e pode ser que a competitividade da banca nacional caia a pique.

Rouxinol disse...

Pst...Ó Lidador, a questão aqui não são os lucros. A questão é o Estatuto dos Benefícios Fiscais.
Nós só queremos que a banca pague o mesmo que as outras empresas. Nem mais, nem menos. É esta a bota que não consegues descalçar.

Unknown disse...

Caro Rouxinol, essa é a sua bota.

O que eu acho é exactamente o inverso. Que todas as empresas deveriam pagar o menos possível de IRC e as pessoas o menos IRS possível.

Vantagens:

Mais dinheiro no bolso das pessoas e das empresas.
Se o Estado não for à bolsa dos rouxinóis sacar-lhe tanto dinheiro, o rouxinol fica com mais algum...e pode usá-lo como bem entende. POde por exemplo dá-lo, gastá-lo, poupá-lo, investi-lo, etc.
A escolha é sua. Se o gastar ou investir, está a transferi-lo para outrem em troca de bens e serviços. Está a dar emprego e riqueza a outras pessoas.

O que o Estado, sem lhe perguntar nada, lhe vem sacar ao bolso, é usado das maneiras que sabemos.
Para coisas úteis e para coisas inúteis.
Por isso, quanto menos dinheiro o Estado tiver, mais tem o rouxinol, e menos asneiras faz o estado.
Posto à míngua irá concentrar-se naquilo que lhe compete e nada mais.

E para isso bastariam os impostos sobre o consumo e uma flat tax, igual para todos.

É aliás o que alguns países já estão a fazer.

É o que irá tb acontecer em Portugal, infelizmente sempre com alguns anos de atraso, como é habitual.

Lembre-se sempre: você está em condições de saber e fazer o que é melhor para si, do que um burocrata que não conhece de lado nenhum e que está incumbido da elevada missão de lhe sacar o seu dinheiro para o proteger de si próprio.

Só pode concordar com isto quem não é pessoa inteira e mantém uma mentalidade de servo da gleba.

Rouxinol disse...

Estava difícil...

"O que eu acho é exactamente o inverso. Que todas as empresas deveriam pagar o menos possível de IRC"
Ou seja, baixar o IRC para os 13%, que é o que pagam os bancos. É isso?

Anónimo disse...

O seu problema, é que só lhe interessa recitar números simples e nem sequer tem a ideia das razões elas quais as taxas médias dos bancos são menores.

A principal razão tem a ver com os fundos de pensões que os bancos têm e que desoneram o Estado da Segurança Social dos seus trabalhadores.

Assim, essas verbas não são deduzidas à "colecta" tal como no seu caso são deduzidas determinadas despesas, razão pela qual a taxa efectiva do seu IRS nunca corresponde à taxa maxima legal.

A outra grande razão tem a ver com a eliminação da dupla tributação dos lucros.
E finalmente o ofshores da Madeira, mas numa proporção insignificante.

Não há aqui nenhuma ilegalidade nem nenhuma imoralidade.

É aliás normal.

A taxa máxima é 25% e os bancos conseguem reduzi-la para 14% ( tal como eu consigo reduzir a minha taxa de IRS e você deverá fazer o mesmo se tiver caco)

Em Espanha, a taxa maxima é 35%, e os bancos pagam 21%.

Qual é o problema?

O que devia acontecer era que as taxas fossem mais baixas para toda a gente.

Isso é que é uma reinvindicação sensata.
O resto é apenas inveja e raiva ideologica, que repousa nas marteladas marxistas que durante tanto tempo se abateram sobre as abóboras de tantos ignorantes com canudo que para aí andam.

Anónimo disse...

Bem, eu não sou da alta finança nem nada que se compare, mas como cidadã e humana responsável, preocupam-me as questões que dizem respeito á sobrevivência ou vivência equitativa. Deixo aqui 2 link para poderem dar uma espreitadela

http://dotsub.com/view/7281f5dc-d4b1-4315-abb7-143becd34f49

http://dotsub.com/view/a34fba0d-4016-4807-b255-021b58dbc9a4
WAKE UP!!!