quinta-feira, maio 08, 2014

A «Crise Ucraniana», ou melhor, a cavalgada dos EUA e da NATO sobre a Rússia


Se a Rússia quer guerra? Basta observar como ela colocou provocadoramente as suas fronteiras tão próximas das bases militares da NATO…


O presidente Barack Obama foi sincero em admiti-lo, na segunda-feira 03 de Março de 2014, quando afirmou que: "estamos a dizer aos russos que se, de fato, eles continuarem na trajectória atual, então analisaremos toda uma série de passos - económicos, diplomáticos - que irão isolar a Rússia".

Pois bem, é precisamente este desejo de expandir a NATO e isolar a Rússia através da incorporação de todos os países que fazem fronteira com esta na NATO, ou seja, uma estratégia de cerco geopolítico e militar à Rússia, que provocou que este país se tenha sentido ameaçado na sua segurança nacional.

A verdade é que a NATO deveria ter sido dissolvida após o colapso do império soviético, em 1991, e especialmente depois do Pacto de Varsóvia ter sido desmantelado. Mas não! Os Estados Unidos quiseram tirar partido da situação e exigiram que tudo caísse nos braços do seu Império militar-financeiro.


Logotipo da NATO



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A cavalgada da NATO em direcção à Rússia



Ao constituir uma arreliadora barreira ao avanço dos EUA-NATO para leste, o mapa acima mostra claramente a verdadeira causa do desmembramento da Jugoslávia.


A Jugoslávia era formada pelas repúblicas: Eslovénia, Croácia, Bósnia Herzegovina, Sérvia, Montenegro e Macedónia. Ao fazer parte do Movimento dos Não-Alinhados, a Jugoslávia funcionava como um estado-tampão entre o Ocidente e a União Soviética. Perante este entrave, os EUA-NATO trataram de a desintegrar.

A administração Reagan teve como alvo a economia jugoslava numa Decisão Diretiva de Segurança Nacional (NSDD 133), em 1984, classificada como Segredo Sensível e intitulada de Política dos EUA para a Jugoslávia. A versão censurada tratava da Europa Oriental e foi desclassificada em 1990 (NSDD 54). Nesta última, a Administração Americana defendeu "desenvolver esforços para promover uma revolução silenciosa para derrubar governos e partidos comunistas", enquanto reintegrava os países da Europa Oriental numa economia orientada para o mercado.

A desintegração da Jugoslávia, levada a cabo pelos EUA e a pela NATO, provocou 250 mil mortos.


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As «Revoluções Coloridas» nas fronteiras com a Rússia




Revoluções coloridas foi a designação atribuída a uma série de manifestações políticas no espaço da antiga União Soviética. Esses movimentos muitas vezes adotaram uma cor específica ou flores como o símbolo que dá nome à sua mobilização. Esse fenómeno surgiu na Europa Oriental e também teve repercussões no Médio Oriente.

Estas manifestações têm em comum o uso de ação direta, a resistência não violenta (de acordo com os seus apoiantes) e um discurso democratizante, liberalizante e pró-ocidental, destacando-se também o papel desempenhado por algumas ONGs e organizações estudantis. O sucesso de cada um desses movimentos é variável, mas o seu eco repercutiu-se em todo o espaço da antiga União Soviética.

Até agora, esses movimentos foram bem-sucedidos na Sérvia (a Revolução Bulldozer, de 2000), na Geórgia (a Revolução Rosa, em 2003), na Ucrânia (a Revolução Laranja, em 2004), e (ainda o mais violento), a Revolução das Túlipas no Quirguistão (2005). Cada vez que grandes protestos se seguiam a eleições disputadas, o resultado era a renúncia ou deposição de líderes considerados pelos seus opositores como autoritários.

O alcance e o significado dessas "revoluções" ainda estão em discussão, bem como o papel desempenhado por agentes externos, principalmente por norte-americanos - CIA, Fundação Soros, USAID e o National Endowment for Democracy. Apesar de apoiar esses movimentos e de os apresentar como puramente nacionalistas, muitos críticos acusam-nos de serem manipulados e maximizam a importância desses agentes externos.


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Os Estados Unidos mantêm a maior coleção de bases militares estrangeiras na história mundial. Oficialmente, no início de 2011, havia 1.429.367 tropas americanas estacionadas em 150 países do mundo. Este número não inclui os contratados (mercenários) que superam as tropas no Iraque e no Afeganistão ou as operações da CIA ou de outras unidades secretas.

Estima-se em mais de mil as bases militares norte-americanas localizadas em todos os continentes, exceto na Antártida.


7 comentários:

Anónimo disse...

Ao menos já chegaste lá que esses movimentos são todos democráticos...

Mas e a Rússia, terá líder à altura?
Putin teve nos últimos anos uma hipótese de ouro para fazer pontes com Europeus anti-sionistas...

Preferiu ter coluna de plástico e fazer de cristão conservador de manhã, fazer de neo-bolshevista à tarde, e dar uma de pseudo-nacionalista à noite.

É possível haver alguma ligação com um líder desses?
Credibilidade zero...

A Nato é uma organização que tem que ser substituída por uma organização Pan-Europeia(de gema).

Mas a Rússia de Putin como pode esperar ter aliados Europeus quando aposta numa política de submissão e subjugação para com os outros?

E a nível interno a repressão aos nacionalistas lá, é tipo a inquisição.

Não há(ainda)líderes Europeus à altura dos próximos desafios.

Talvez o Nikolaos Michaloliakos possa vir a ser um deles.
Já que ele ao menos rema de facto contra a maré, e está preso porque luta pelo povo e pela Nação que ama apesar de todas as dificuldades.
Já os outros por essa Europa fora andam soltos a trair e a roubar os povos que governam, a trair e a vender as suas Nações aos judeus, e enquanto isso mandam prender patriotas a nível interno.

A Rússia precisa é de um líder Nacionalista com mentalidade pró-Europeia e que crie uma aliança pan-Eslava dentro de uma aliança ainda maior pan-Ariana por toda a Europa.

Quanto aos EUA, aquilo está de tal forma podre(por culpa própria) que prevejo separação de estados e guerras civis nas próximas décadas.
Talvez depois disso se libertem da submissão sionista...

Quanto aos "tugas democráticos"...

Talvez agora percebam a necessidade do militarismo...
Aqueles que controlam os políticos aqui cortam nas Forças Armadas Portuguesas há 40 anos seguidos porque era "faixismo" e coiso e tal e na democracia "não faz lógica tropa obrigatória","não faz lógica grandes exércitos", e blá blá blá...

Mas os grandes exportadores da democraCIA são somente a maior potência bélica.

Qualquer idiota percebe que eles pregam a desmilitarização aos outros enquanto se potenciam para dessa forma subjugar os primeiros.

Aliás,qualquer chavalo com 12 anos que jogue jogos de estratégia percebe que se não investe no aumento e modernização do aparelho militar, vem o inimigo e subjuga-o.

E donde vem esse investimento?
Da economia...
E como está a economia?
Péssima, a ser constantemente sabotada...
E desde quando?
Desde o 25 de abril...
Huuummmm.....

Portanto aqueles que são a maior potência bélica do mundo estão a desmilitarizar e a mercenarizar as nossas Forças Armadas há 40 anos seguidos via mercenários políticos democratas...

Ao mesmo tempo estouram a nossa economia que por sua vez vem daí o investimento para a defesa nacional...

Já para não falar na substituição populacional...

Roubaram-nos o Ultramar,e próximo alvo será a ZEE.
Têm dúvidas?

Não acordem que não é preciso...
Continuem a cantar a grândola...
Qualquer dia cantam-na enquanto vão buscar a ração à porta de uma qualquer sede partidária com um chip no pulso.

Espero que deixes passar o comentário.

Diogo disse...

N: «Talvez agora percebam a necessidade do militarismo... Aliás, qualquer chavalo com 12 anos que jogue jogos de estratégia percebe que se não investe no aumento e modernização do aparelho militar, vem o inimigo e subjuga-o.»

Diogo: É evidente (para qualquer imbecil) que a grande aposta portuguesa deve ser numa grande política de militarização nacional. Vantagens:

1 – Invadia-se a Espanha e apoderávamo-nos da sua imensa frota pesqueira.

2 – Invadia-se a França e apoderávamo-nos das melhores terras aráveis do Continente Europeu.

3 - Invadia-se a Inglaterra e apoderávamo-nos da maior rede de pubs da Europa.

4 - Invadia-se Marrocos e apoderávamo-nos da maior indústria do mundo de caracóis (que infelizmente só dura nos meses de verão).


Em suma, a grande solução para tirar da fossa um dos países mais pequenos e mais pobres da Europa será arregimentar um exército com, pelo menos, sessenta divisões. Em nome do nosso espaço vital…

Anónimo disse...

Obrigado pelo teu comentário Diogo.
Para bom entendedor...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Diogo,

Muito sinceramente, acho que estiveste muito mal na resposta ao comentário do N.

Eu pelo menos nunca o ouvi defender a invasão da Espanha ou da França ou de qualquer outra nação. E isso é desonesto, fazer esse tipo de insinuações.

Eu não o conheço, nem tenho nenhum mandato para o defender(ele sabe-se defender melhor que ninguém), mas ele expõe as suas opiniões e justifica-as bem justificadas, ao contrário da maioria das pessoas, em especial as que mandam no pais e no mundo.

E o tópico é sobre precisamente o militarismo Americano e a possível oposição Russa.
Achas que a Rússia teria alguma voz no mundo sem o poder militar que tem?Pensa bem.

Achas que a Rússia se tivesse desmantelado as forças armadas em especial as estratégicas ainda era independente?

O próprio Irão só ainda não foi arrasado, porque tem um grande exercito e poderia causar mossa no estado pária de Israel.

E já agora, esse estado pária também anda a desmilitarizar-se?
Ou é simplesmente o 5º exercito mais poderoso do mundo sendo metade do tamanho de Portugal?

A Arábia Saudita anda a desmilitarizar-se? E a Turquia?E a China?

Claro, nós Europeus, somos muito mais civilizados, não necessitamos de militares, conseguimos vencê-los com paradas gay e bugigangas tecnológicas tipo iPads e iPhones.


Se achas que consegues que um dia uns servidores vão libertar a humanidade da tirania tudo bem. Ficamos a aguardar esse dia.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.