segunda-feira, janeiro 04, 2016

Paulo de Morais - indiscutivelmente o meu candidato a Presidente da República - esmaga Maria de Belém, uma candidata com um percurso político pouco transparente...


Paulo de Morais

Debate entre Paulo Morais e Maria de Belém para as presidenciais (1-jan-2016):



Corrupção marca debate entre Paulo Morais e Maria de Belém


[Maria de Belém foi Ministra da Saúde durante os primeiros quatro anos (1995 a 1999) do primeiro governo de Guterres, e foi criticada por não se ter conseguido impor e ter engrossado o orçamento da Saúde. Resultado: "Foi um desastre financeiro", "gastou mais do que devia" e foi alvo das maiores críticas por parte da sua sucessora (Revista Visão). 

Em 2006, Maria de Belém esteve envolvida numa polémica que na altura fez correr muita tinta: era presidente da Comissão Parlamentar de Saúde quando aceitou acumular com uma consultoria junto do grupo Espírito Santo Saúde - que na altura tinha projectos de expansão de grande envergadura e se posicionava como uma das maiores empresas privadas do sector. Maria de Belém sempre afirmou não descortinar qualquer incompatibilidade entre as duas funções, mas o rol de críticas não a deixaram sossegada.]


Com o início do novo ano, arrancaram os debates televisivos entre os candidatos presidenciais. Um dos primeiros teve lugar na SIC-Notícias, foi protagonizado por Maria de Belém e Paulo Morais e teve como tema central o combate à corrupção.

O candidato independente (Paulo Morais) acusou os políticos que fazem parte dos partidos que têm governado o país nas últimas décadas (PS, PSD e CDS) de terem criado e desenvolvido mecanismos de corrupção. Como consequência, o que existe hoje é um sistema que leva a que cidadãos e as empresas sejam fustigadas com impostos “para alimentar um Orçamento de Estado que serve de manjedoura para alguns grupos económicos irem lá criar fortunas multimilionárias”.

Maria de Belém considerou que este tipo de “acusações generalizadas é inaceitável”, pois leva a que qualquer pessoa que esteja inscrita num partido político fique com “uma mácula em cima de si” só por isso e não por algo menos correcto que tenha feito. No seu caso pessoal, diz ter combatido a corrupção enquanto ministra da Saúde, sendo que uma das medidas que tomou foi “reconduzir as obras dos hospitais aos seus orçamentos iniciais”. Enquanto deputada, teve intervenção na tomada de medidas para “aperfeiçoamento da legislação contra a corrupção” e garante que sempre se bateu contra os paraísos fiscais.

Como resposta às acusações de que foi deputada ao mesmo tempo que trabalhava para grupos privados, Maria de Belém diz que cumpriu a lei que regula a possibilidade de não-exclusividade parlamentar e deixou ao jornalista um dossier sobre a sua actividade para que possa ser escrutinada e “ver se alguma vez fiz alguma coisa que não fosse a defesa intransigente do interesse público”.

Paulo Morais deu como “caso típico de corrupção a favor de determinados interesses económicos” o da isenção de IMI para os fundos de investimento imobiliários. Considera uma profunda injustiça que qualquer família que possua um modesto apartamento tenha de pagar este imposto, enquanto que alguém que tem centenas de prédios registados num fundo imobiliário nada pague. Para além de que, na sua opinião, se trata de uma legislação inconstitucional, pois viola o artigo 104 da lei fundamental do país. E lembrou que foi um governo liderado por António Guterres, que tinha Maria de Belém como ministra, que introduziu a medida.

Os responsáveis pela implementação da legislação que permite a corrupção são, acusou, “todos os governos que a propuseram nos diversos orçamentos, todos os membros dos governos que fizeram estas propostas e todos os membros do Parlamento que as aprovaram”.

Outro tema abordado no debate foi o Banif. Paulo Morais manifestou-se claramente contra a solução encontrada pelo actual governo e garantiu que, se fosse presidente, teria vetado o Orçamento Rectificativo.

Maria de Belém preferiu atirar boa parte das culpas para as instituições europeias responsáveis por esta área que, autenticamente, nos têm feito “cobaias de medidas de resolução”. Lembrou que, neste caso específico, a Direcção-Geral da Concorrência da União Europeia impediu outras soluções de resolução. Maria de Belém deixou, inclusivamente, no ar a suspeição de que as determinações das instâncias europeias não tenham como objectivo regular bem o sistema financeiro, mas “pura e simplesmente obrigarem os bancos portugueses a desaparecerem”.

15 comentários:

Maria disse...

Houvessem outros a dizer o que Paulo Morais diz......e são muitas as verdades e não tínhamos tanta corrupção neste país. Gosto de ouvi-lo assim como ao Pacheco Pereira e muitos outros, todos aqueles que quando necessário enfrentam o seu Partido.

J. Bessa disse...

Aproveito para os esclarecer que quando o Paulo Morais saiu da Câmara do Porto, a imprensa deu conta da sua demissão por incompatibilidades com o seu Presidente. No entanto, mais importante de tudo, eu que ele praticamente não conhece, mas trabalhei no mesmo local de trabalho dele (três anos), só vos posso assegurar que se existisse mais meia dúzia como ele neste País, talvez este pobre País não se encontrasse no estado em que está, onde como Ele afirma, grassa a corrupção e compadrio, impunemente.

Anónimo disse...

Este Sr Paulo Morais é a meu ver um cidadão sério e realista que diz algumas verdades e incomoda muita gente.
Não é só o norte que o admira pois aqui no Algarve também lhe reconhecemos valor e devíamos ter mais comentadores como ele para dar conhecimento de todos os passarões e vígaros que temos no nosso país.

Anónimo disse...

Caro Diogo
Tb indiscutivelmente o meu candidato!
O resto é mesmo palha.
Carlos

Anónimo disse...

Vou-te dizer por que motivo os fundos imobiliários não pagam IMI.

Em Portugal existe uma aberração chamada lei dos PIN, Projectos de Interessa Nacional. Assim é possível fazer casas e campos de golfe onde bem se entender, parques naturais, por exemplo. «Empresários» tugas e malta da lavagem de dinheiro da finança internacionalista fizeram muita porcaria desta e agora há milhares de casas e apartamentos a preços milionários que ninguém compra que estão nas mãos da Banca. Se pagarem IMI, é um rombo brutal na nossa banca falida e moribunda. Portanto, basicamente o objectivo é proteger a Banca nacional e estrangeira das consequências dos seus erros. Um tuga com casa num parque natural não pode aumentar uma cozinha, mas um Salgado da vida pode destruir o que quiser para fazer campos de golfe e moradias. É isto Portugal.

Filipe Bastos disse...

Quanto à Maria de Belém, nada de novo: outra lacaia do Partido da Sucata. Vendo e ouvindo a senhora, é possível reconhecer-lhe capacidade para gerir um pequeno salão de cabeleireiro. Seria essa a sua vocação natural. Só o cabelo dela deve consumir horas e latas de laca sem fim.
Qualquer cargo acima disso, só mesmo nesta pulhítica tuga e neste regime podre.

Quanto ao Paulo Morais, é inegável que é o único - com alguma projecção me(r)diática - a chamar bois pelos nomes. Só por isso merece crédito. Mas tenho contra ele duas coisas:

1) Há tempos colou-se ao "Congresso da cidadania". Uma daquelas "iniciativas" de esquerda, que não passam de meras congregações de chulos, tachistas, e pulhas. Coisas de Mamões Alegres, Mários Chulares, Sampaios da Nódoa, Berloques, fãs do 44, etc.
Tudo bem que o Morais, sem o dinheiro ou a máquina dos partidos, precise de palco para ser ouvido. Mas uma vez lá devia demarcar-se daquela pandilha, e não parecer mais do mesmo.

2) Denuncia muito mas compromete-se pouco. Não é, que eu saiba, perseguido pelo regime ou processado pelos pulhas que denuncia. Logo aí é de desconfiar: cumpre o papel anti-sistema necessário à perpetuação do sistema, pois este precisa de vozes críticas para parecer livre e "democrático". Como não dá em nada, fica bem e não custa nada.

Anónimo disse...

O Paulo Morais já denunciou esta máquina sinistra chamada Misericórdias e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que chula o dinheiro de todo o país para gastar apenas na capital e nos ministérios da capital, com jogos de sorte e de azar onde as probabalidades são ínfimas, explorados lá está sob a forma de Monopólio. Os portugueses pagam impostos para um Estado Social oficial mas também estão a pagar um Estado paralelo que consome 2 mil milhões de euros ao Orçamento de Estado, mais apoios das autarquias, benefícios e isenções fiscais e o monopólio do jogo e das apostas. MARIA DE BELÉM vai defender obviamente este mama sinistra que come dos nossos impostos, ora investiguem porquê. E quem dirige estas instituições? Aventalada e Igreja...

Thor disse...

o Filipe Bastos está "quase" lá...
se bem que a direita também não vale um corno, tal como a esquerda.

ao Filipe só lhe falta recusar a conotação positiva para a palavra "democracia".

Filipe Bastos disse...

O Thor parece sempre partir do pressuposto de que tem uma revelação, um insight qualquer, que nunca nos passou pela cabeça.

A esquerda, a direita, toda esta democracia mete nojo. Um livrinho chamado "Textos de Crítica da Democracia", que li há uns 25 anos, contava esta história:

«O gado eleitoral guarnece a sala e escuta o orador-candidato.
- Terás a papinha feita, e os passarinhos cairão fritinhos do céu para a tua boca!, diz o candidato.
- Ah!, como este homem fala bem! São mentiras, mas como gostamos de acreditar que são verdades!, diz o maníaco do voto.
Algumas vezes, acontece que outro candidato interrompa para dizer:
- Não é exacto, os passarinhos cairão cozidinhos do céu para a tua boca!
E o gado eleitoral segue atento o debate: cozidos ou fritos, como serão preparados esses pássaros que não comeremos?»

Isto foi escrito em 1906. Após cento e dez anos - cento e dez! - aplica-se, sem tirar nem pôr, às democracias de hoje. Nada disto é novo.

A questão é que centralizar o poder numa pessoa é ainda menos novo: o mundo sempre foi assim. Voltar a isso é sempre um retrocesso. E é uma submissão que, falando por mim, ninguém merece. Ninguém é mais do que eu. Não reconheço a ninguém, seja Hitler, Salazar ou o vizinho do 5º esquerdo, o direito de decidir a minha vida por mim.

Quando muito pode-se confiar certas decisões a especialistas, pois ninguém sabe tudo. Mas só a população pode ter o poder absoluto, jamais uma pessoa ou uma elite. Esta pseudo-democracia é um mero passo nesse sentido, pouco acima da monarquia. Só mudou a elite dominante: agora é a Banca e os seus capachos pulhíticos.

Mesmo uma verdadeira democracia, mais DIRECTA, não tem nenhuma propriedade mágica, nem resolve nada por si mesma. É apenas uma evolução natural. Não podemos voltar atrás, nem podemos ficar assim. Defendo a democracia directa por mera exclusão de partes.

Filipe Bastos disse...

Também para o Thor, noutro registo: leu certamente a notícia dos ataques organizados de mil(!) homens a dezenas de mulheres, no Ano Novo, em Colónia... homens que, quem diria, "pareciam ser de origem árabe".

Claro que "pareciam", ninguém diz que eram... tudo vago e ligeiro, como convém. Se fossem alemães, checos, gregos, lituanos ou portugueses, no próprio dia havia 200 políticos a berrar, e 500 ONGs e "observatórios" a exigir penas mais duras para tais selvagens. Como eram árabes ou do norte de África, tudo porreiro pá.

Para resolver o problema, a Presidente da Câmara, chamada Henriette Reker, decidiu recomendar um - não estou a gozar - "código de conduta" para as mulheres da cidade. Detalhe: esta D. Reker fez campanha a favor dos refugiados e foi eleita há poucos meses, após ser esfaqueada por um terrível neonazi que disse "ter actuado por xenofobia"...

E é esta escumalha - árabe, turca, palestina - que, diz o Thor, tem mais em comum connosco?

Pedro Lopes disse...

Caros,

Oferta da casa.

http://i.imgur.com/V1spdVc.gif

Diogo disse...

Filipe Bastos: «Denuncia muito mas compromete-se pouco. Não é, que eu saiba, perseguido pelo regime ou processado pelos pulhas que denuncia. Logo aí é de desconfiar: cumpre o papel anti-sistema necessário à perpetuação do sistema, pois este precisa de vozes críticas para parecer livre e "democrático". Como não dá em nada, fica bem e não custa nada.»


http://expresso.sapo.pt/politica/2015-06-21-Paulo-Morais-absolvido-em-tribunal

Críticas valeram-lhe (a Paulo Morais) quatro processos por difamação. Ganhou a Guilherme d’Oliveira Martins e a Sérvulo Correia.

Para o advogado José Puig, os processos por difamação levantados contra Paulo Morais “são, sem sombra de dúvida, uma forma de condicionamento”. Defendeu já, por quatro vezes, em tribunal o agora candidato presidencial, sempre acusado de ofender personalidades públicas com as suas denúncias de má gestão de dinheiros públicos. O advogado trabalhou sempre pro bono, por ser esta a forma que encontrou “para contribuir para a causa de Paulo Morais” e permitir que “ele não tenha de se calar”. Ganhou.

O último processo judicial terminou há poucas semanas. Sérvulo Correia e a sua sociedade de advogados consideram-se lesados na sua honra pelas afirmações de Paulo Morais proferidas em dezembro de 2012, no programa de José Gomes Ferreira, na SIC Notícias. Na altura, Morais acusou o poderoso escritório de advocacia de ter ganho “muito dinheiro a elaborar o Código de Contratação Pública” e depois faturar “quase oito milhões de euros em pareceres para explicar o código que ele próprio tinha feito”. Chamava a este procedimento um “outsourcing legislativo”.

José António Barreiros defendeu em tribunal o colega Sérvulo Correia e sustentou que havia matéria criminal suficiente para condenar o arguido. A 15 de maio, o juiz do TIC de Lisboa decidiu fechar o processo. “As palavras que proferiu e os textos que produziu traduzem uma opinião que, sendo objetivamente crítica, deve ser necessariamente tolerada numa sociedade democrática e plural”, dizem os autos. Além de mais, “as polémicas suscitadas têm relevância para o interesse geral”, conclui o juiz.

O advogado de Paulo Morais concorda. O candidato presidencial “só fala em matérias de interesse público e na gestão da coisa pública”, afirma. E não negando que Morais “usa uma linguagem forte, ou desprimorosa” acha que, em termos jurídicos isso não se pode traduzir em matéria criminal, “porque nunca é ofensivo”. A jurisprudência europeia e, agora também dos tribunais nacionais, tende a concordar. O princípio da liberdade de expressão tem salvaguardas constitucionais e deve prevalecer sobre outras garantias jurídicas. A vitória em tribunal soube bem a Paulo Morais. “Mostra que não se pode resolver em tribunal, o que não se consegue fazer no debate público”, conclui José Puig.

“ESTIMADA AMIGA”
O presidente do Tribunal de Contas também se queixou em tribunal da língua afiada de Paulo Morais. Não gostou que o agora candidato a Belém exigisse explicações sobre a alegada existência de contratos secretos das PPP, que Oliveira Martins disse existirem no Estado. “Ou o presidente os torna públicos e explica ou os anula ou se demite”, disse Morais que, logo a seguir classificou de “organismo inútil” o conselho contra a corrupção a que Oliveira Martins preside por inerência de funções.

Na queixa enviada, o presidente do TC dirigiu-se à procuradora responsável com um “estimada amiga”, que a defesa de Morais fez questão de “lamentar” nos autos e registar o desagrado pela “informalidade excessiva” entre o queixoso e a magistrada. A queixa seria rapidamente arquivada.

Dois outros processos contra Paulo Morais tiveram o mesmo destino. Um deles, movido pelo deputado Altino Bessa e outro pelo empresário Cerejo Bastos. Luís Filipe Menezes também se considerou vítima de difamação. A queixa ainda corre em tribunal.


Diogo disse...

http://www.noticiasaominuto.com/pais/514972/grupo-lena-avanca-com-processo-paulo-morais-mentiu-grosseiramente

O Grupo Lena vai recorrer à justiça para se defender das acusações do candidato a Belém, Paulo Morais, que acusou o grupo de ter sido favorecido durante os governos de Sócrates.

Difamação e atentado à reputação são as acusações dirigidas pela empresa de Leiria a Paulo Morais. O Jornal de Negócios dá conta de que a decisão surge depois de ontem, no debate televisivo com Sampaio da Nóvoa, o candidato presidencial ter estabelecido uma relação direta entre a ascensão do Grupo Lena e a governação de Sócrates.

Thor disse...

Pedro Lopes, se essa imagem é tua, então andas inspirado ;)

Filipe Bastos, deturpar o que é dito é uma forma muito pouco ou nada séria de "argumentar". já tive disso que chegue noutras paragens, nas quais não podia dizer nada que havia logo 3 ou 4 energúmenos a aumentar até ao limite tudo o que eu dizia. chegaram a meter na minha boca que eu queria que a maioria de Portugal fosse outra vez conquistado pelos mouros.

o que eu disse não foi que a escumalha àrabe tivesse muito em comum connosco.
o que eu disse e mantenho, foi que entre um judeu e um palestino, se tiver que escolher algum dos dois, então venha o palestino. judeus NUNCA, NUNCA, jamais!
confio mais em qualquer um do que confio em judeus.

não que os muçulmanos valham alguma coisa, mas os judeus são piores. e muito piores!
apenas judeus conseguem ser piores que os muçulmanos!

Anónimo disse...

Os narigudos são especialistas a dividir sociedades. Para isso criam teorias socialistas e comunistas que estão na génese de movimentos e partidos. O objectivo é partir, é dividir. O sonho narigudo é o fim dos tempos com o rei globalista narigudo e a população partida em indivíduos felizes e contentes com o seu iPhone. Fim da família, fim da propriedade privada, limitação dos recursos. A máquina soma e segue. Sobe o petróleo, formam-se bolhas nos países pobres. Desce o petróleo, os países pobres, que entretanto já se endividaram com a ilusão do petróleo caro, vendem recursos, entretanto há umas guerras e tal, e vendem-se umas armas. Com o petróleo barato, os países mais ricos ficam com bolhas, como a imobiliária, há um torrente de crédito, e depois estoira tudo, os países ricos e as famílias vendem património, e tudo recomeça. Neste lento processo, há um Moloch que tudo come.