quinta-feira, setembro 15, 2016

Bergen-Belsen - um campo de convalescença nazi para judeus demasiado doentes para trabalhar





Texto do site judaico-americano: Jewish Virtual Library:




[Tradução minha]

Bergen-Belsen foi um campo de concentração perto de Hanôver no noroeste da Alemanha, localizado entre as vilas de Bergen e Belsen. Construído em 1940, era um campo para prisioneiros de guerra Franceses e Belgas. Em 1941, foi renomeado Stalag 311 e recebeu 20 mil prisioneiros russos.

O campo mudou de nome para Bergen-Belsen e foi convertido num campo de concentração em 1943. Os Judeus com passaporte estrangeiro eram ali detidos para serem trocados por nacionais alemães presos fora do país, embora poucas trocas tenham sido feitas. A cerca de 200 Judeus foi permitido emigrar para a Palestina e a cerca de 1.500 Judeus húngaros foi permitido emigrar para a Suíça, tendo ambas as migrações sido feitas sob o plano de troca por nacionais alemães.

Bergen-Belsen serviu principalmente como campo de detenção para prisioneiros Judeus. (...) [Bergen-Belsen] Foi concebido para albergar 10 mil prisioneiros, mas, no final da guerra, estavam lá detidos mais de 60 mil prisioneiros, devido ao grande número de prisioneiros evacuados de Auschwitz e de outros campos do Leste. Dezenas de milhar de prisioneiros de outros campos vieram para Bergen-Belsen após cruéis marchas da morte.

As condições no campo [de Bergen-Belsen] eram boas atendendo aos padrões dos campos de concentração e a maioria dos prisioneiros não era sujeita a trabalhos forçados. Porém, no começo da primavera de 1944 a situação deteriorou-se rapidamente. Em Março, Belsen foi renomeado um Ehrholungslager [Campo de Convalescença], para onde eram trazidos prisioneiros de outros campos de concentração, demasiado doentes para trabalhar, embora nenhum recebesse tratamento médico.


Prisioneiras judias sobreviventes em Bergen-Belsen - 28 de Abril de 1945


À medida que o Exército alemão retirava em face do avanço Aliado, os campos de concentração foram evacuados e os prisioneiros enviados para Belsen. As instalações do campo não podiam acomodar a súbita afluência de milhares de prisioneiros e os serviços - comida, água e os serviços sanitários – desmoronaram-se, levando à eclosão de doenças. Anne Frank e a irmã, Margot, morreram de tifo em Março de 1945, assim como outros prisioneiros numa epidemia de tifo.

Anne Frank e a sua irmã Margot Frank, evacuadas de Auschwitz,
morreram de tifo em Bergen-Belsen


Conquanto Bergen-Belsen não tivesse câmara de gás, mais de 35.000 pessoas morreram de fome, excesso de trabalho, doença, brutalidade e experiências médicas sádicas. Em Abril de 1945, mais de 60 mil prisioneiros estavam encarcerados em Belsen, em dois campos separados por três quilómetros. O Campo nº 2 foi aberto apenas umas semanas antes sob a forma de um hospital militar e barracas.

Membros do 63º Regimento Anti-Tanque da Artilharia Real Britânica libertaram Belsen em Abril de 1945, e prenderam o seu comandante, Josef Kramer. A operação de socorro que se seguiu foi dirigida pelo Brigadeiro H. L. Glyn-Hughes, Vice-Director dos Serviços Médicos do Segundo Exército.

Quando o campo principal foi libertado pelos aliados, o evento recebeu uma enorme cobertura mediática e o mundo viu os horrores do Holocausto. Sessenta mil prisioneiros estavam presentes na altura da libertação. Depois disso [da libertação do campo pelos britânicos], 500 pessoas morriam diariamente de fome e tifo, chegando quase aos 14 mil mortos. Valas comuns foram escavadas para receber milhar de corpos daqueles que pereceram.

Corpos definhados eram atirados para valas comuns em Bergen-Belsen

Entre 18 de Abril e 28 de Abril, os mortos foram enterrados. A princípio, os guardas SS foram obrigados a apanhar e enterrar os corpos, mas por fim, os Britânicos tiveram de recorrer a bulldozers para empurrar os milhares de corpos para as valas comuns. A evacuação do campo começou a 21 de Abril. Depois de terem sido desparasitados, os prisioneiros foram transferidos para o Campo nº 2, que fora convertido temporariamente num hospital e num campo de reabilitação.

À medida que cada barraca era evacuada, era queimada para combater a propagação do tifo. A 19 de Maio, a evacuação estava terminada e dois dias mais tarde a queima cerimonial das últimas barracas representaram o fim do primeiro estágio das operações de socorro. Em Julho, 6 mil ex-prisioneiros foram levados pela Cruz Vermelha para a Suécia para convalescença, enquanto os restantes ficaram no campo recém-edificado Displaced Person (DP) [pessoas deslocadas] à espera de repatriação ou emigração.


Queima das barracas infectadas com tifo em Bergen-Belsen
(United States Holocaust Memorial Museum Photo Archives)


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Em suma e de acordo com o texto do Jewish Virtual Library:

1 - As condições no campo de Bergen-Belsen eram boas atendendo aos padrões dos campos de concentração e a maioria dos prisioneiros não era sujeita a trabalhos forçados.

2 - Em Março de 1944, Bergen-Belsen foi renomeado um Campo de Convalescença, para onde eram trazidos prisioneiros de outros campos de concentração, demasiado doentes para trabalhar.

3 - Bergen-Belsen foi concebido para albergar 10 mil prisioneiros, mas, no final da guerra, estavam lá detidos mais de 60 mil prisioneiros, devido ao grande número de prisioneiros evacuados de Auschwitz e de outros campos do Leste.

4 - Em face do avanço Aliado, os campos de concentração foram evacuados e os prisioneiros enviados para Bergen-Belsen. As instalações do campo não podiam acomodar a súbita afluência de milhares de prisioneiros e os serviços - comida, água e os serviços sanitários – desmoronaram-se, levando à eclosão de doenças.


5 - Sessenta mil prisioneiros estavam vivos na altura da libertação. Depois da libertação, 500 prisioneiros morriam diariamente de fome e de tifo, chegando quase aos 14 mil mortos.

Ou seja, quase 30% de todas as mortes de prisioneiros acontecidas em Bergen-Belsen (de um total de 50.000), aconteceram depois da libertação do campo pelos Aliados.



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Clicar nas imagens para ampliar o texto no site judaico-americano
Jewish Virtual Library:

6 comentários:

MPires disse...

«quase 30% de todas as mortes de prisioneiros acontecidas em Bergen-Belsen (de um total de 50.000), aconteceram depois da libertação do campo pelos Aliados»

Isto diz muito sobre os milhões de mortos nas câmara de gás...

Nick disse...



Aconselho o visionamento deste documento muito esclarecedor... Muito mesmo.



Questionando el Holocausto® - ¿Por qué lo creímos?, Sub Esp. (Parte 1 de 2)


https://www.youtube.com/watch?v=-PK818SYvqk

Diogo disse...

Nick, já vi esse vídeo (em inglês) diversas vezes. Considero-o um dos melhores vídeos sobre o «holoconto» que já vi. Espero que a Parte 2 não demore muito.

já o mostrei a um casal de amigos mas as palas são demasiado fortes...

Nick disse...

Isso é geral caro Diogo.

São muitos anos de desinformação, mentiras, aldrabices… Chegam ao ponto de em alguns países divulgar o filme “A lista de Shindler" em escolas e ao público em geral como "testemunho histórico"

Um filme que é baseado num romance que  tem como introdução o seguinte:
 
"Este livro é uma obra de ficção"..."nomes, acontecimentos e lugares são produto da imaginação do autor e usados de forma fictícia"... "qualquer semelhança com factos reais, locais, ou pessoas vivas ou mortas é pura coincidência"

Mais pormenores:

"A lista de Shindler" por  Ernst Zündel:
 https://www.youtube.com/watch?
 

E a fraude do diário de  Anne Frank também. Creio que agora também em Portugal faz parte do ensino obrigatório.



Temos de compreender que além da lavagem cerebral colectiva, há também há também um constante contrapeso emocional, cultivado nas pessoas massivamente desde crianças.

Uma resistência emocional que é difícil de romper mesmo diante de evidências factuais.

Depois de tantos anos a ver imagens e narrativas manipuladas ao som das respectivas musiquinhas tristes e melodramáticas, as pessoas têm até vergonha de duvidar.

Nick disse...


Correcção

O último link do video que coloquei sobre a Lista de Shindler está errado.

O correcto é este:



"A lista de Shindler" por Ernst Zündel:



https://www.youtube.com/watch?v=LsFFUWXNV7w

Anónimo disse...

Se realmente morreram 6 milhões, por que esse número não aparece nesse gráfico (um de vários) do próprio American Jewish Committee?

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTyM4rqPnQS5rey7Dh3tAeuhArAOi8RuNSMwpO7W90WqefLNvjx-w

Cobalto