Daniel Toledo – 19-10-2017
Parece difícil relacionar os 64 mortos, 200 feridos e 53.000 hectares que sucumbiram ao incêndio em Pedrógão Grande em junho de 2017, com uma série de reuniões informais convocadas todos os anos desde 2001 por um grupo de empresários espanhóis no hotel El Cruce, numa saída da Autovia da Andaluzia, em Manzanares (Ciudad Real). Na verdade, parece complicado relacionar as mortes de Pedrógão e a área queimada pelos incêndios em Portugal e Espanha só neste ano - 118 mil hectares em Portugal - com outras causas que não sejam a inépcia política, os interesses comerciais locais ou dos pequenos proprietários, a plantação descontrolada de eucalipto ou dos pirómanos. No entanto, tudo aponta para o facto de que os incêndios que devastam a Península Ibérica todos os anos se alimentam não apenas de oxigénio e madeira, mas sobretudo de corrupção.
Esta é a conclusão a que se chega se se estudam as investigações de corrupção na adjudicação de contratos públicos de combate a incêndios em Valência, Andaluzia, Baleares, Extremadura, Castela e Leão, Castilla-La Mancha, Galiza, Canárias, Catalunha e Aragão. Em Portugal, começam a haver denúncias de casos semelhantes, inclusivamente com os mesmos protagonistas de Espanha, representados por particulares e por trabalhadores de empresas públicas e privadas de combate a incêndios. Existe até um processo aberto desde 2015 que mantém como acusado o ex-ministro da administração interna portuguesa Miguel Macedo. É um modus operandi que se espalhou para outros países como Itália, França e até Chile, mas em todos há um denominador comum: todos têm a marca Espanha.
Esta é a conclusão a que se chega se se estudam as investigações de corrupção na adjudicação de contratos públicos de combate a incêndios em Valência, Andaluzia, Baleares, Extremadura, Castela e Leão, Castilla-La Mancha, Galiza, Canárias, Catalunha e Aragão. Em Portugal, começam a haver denúncias de casos semelhantes, inclusivamente com os mesmos protagonistas de Espanha, representados por particulares e por trabalhadores de empresas públicas e privadas de combate a incêndios. Existe até um processo aberto desde 2015 que mantém como acusado o ex-ministro da administração interna portuguesa Miguel Macedo. É um modus operandi que se espalhou para outros países como Itália, França e até Chile, mas em todos há um denominador comum: todos têm a marca Espanha.
Artigo completo:
EL CÁRTEL DEL FUEGO. Quemando dinero público en España y Portugal, por Daniel Toledo
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