Miguel Urbano Rodrigues - historiador e jornalista - especialista na Ásia Central (1925-2017)) - Correio da Cidadania:
"Foram os EUA quem desde 1980 financiaram as escolas de terrorismo instaladas nos territórios tribais da fronteira Noroeste. Ali se formaram sucessivas gerações de terroristas primeiro a serviço das chamadas Sete Organizações Sunitas de Peshawar e depois dos Talibã. Os homens saídos da academia do terror ideada e montada sob a supervisão da CIA ficaram internacionalmente conhecidos como «os afegãos», embora alguns fossem árabes, paquistaneses e iranianos."
"Um dos incontáveis absurdos da campanha marcada pelo discurso da irracionalidade é a obsessão do sistema de poder dos EUA em identificar o «grande responsável». Quase imediatamente, o terrorista saudita Osama bin Laden passou a ser apontado como «o inimigo número um» dos EUA. Tal atitude seria ridícula se não fosse acompanhada de iniciativas políticas definidoras da estratégia da resposta político-militar dos EUA. "
"De repente, o sistema de poder da primeira potência do mundo [EUA] fez de um fanático islamita o cérebro e o responsável por um atentado de extraordinária complexidade, sobre cuja montagem e densa rede de cumplicidades no interior dos EUA quase tudo permanece envolvido em mistério."
"Foram os EUA quem desde 1980 financiaram as escolas de terrorismo instaladas nos territórios tribais da fronteira Noroeste. Ali se formaram sucessivas gerações de terroristas primeiro a serviço das chamadas Sete Organizações Sunitas de Peshawar e depois dos Talibã. Os homens saídos da academia do terror ideada e montada sob a supervisão da CIA ficaram internacionalmente conhecidos como «os afegãos», embora alguns fossem árabes, paquistaneses e iranianos."
"Um dos incontáveis absurdos da campanha marcada pelo discurso da irracionalidade é a obsessão do sistema de poder dos EUA em identificar o «grande responsável». Quase imediatamente, o terrorista saudita Osama bin Laden passou a ser apontado como «o inimigo número um» dos EUA. Tal atitude seria ridícula se não fosse acompanhada de iniciativas políticas definidoras da estratégia da resposta político-militar dos EUA. "
"De repente, o sistema de poder da primeira potência do mundo [EUA] fez de um fanático islamita o cérebro e o responsável por um atentado de extraordinária complexidade, sobre cuja montagem e densa rede de cumplicidades no interior dos EUA quase tudo permanece envolvido em mistério."
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