quarta-feira, junho 01, 2005

O foguetório que se prepara para o Santo António




By Mark Jensen - United for Peace of Pierce County (WA) - 21 de Fevereiro de 2005

Ataque ao Irão marcado para Junho

O chefe dos inspectores da Nações Unidas Scott Ritter, que confirmou a inexistência de armas de destruição maciça no Iraque, deu uma entrevista a 21 de Fevereiro de 2005 em Washington ao jornalista Dahr Jamail onde afirmou que o ataque ao Irão está marcado para Junho (de 2005) e que o plano para o ataque foi apresentado a George W. Bush que o aprovou. Afirmou ainda que fontes bem informadas “cozinharam” os resultados das eleições de 30 de Janeiro no Iraque.



Michel Chossudovsky – 1 de Maio de 2005

Num extenso artigo Michel Chossudovsky explica a preparação do ataque americano ao Irão e conclui:

O mundo encontra-se numa importante encruzilhada. A Administração Bush embarcou num aventura militar que ameaça o futuro da humanidade.

O Irão será o próximo alvo militar. A planeada operação militar, que não está de forma nenhuma limitada a ataques punitivos contra instalações nucleares no Irão, faz parte de um projecto de domínio mundial começado no fim da Guerra Fria.

Uma acção militar contra o Irão envolve directamente a participação de Israel, o que, por seu lado, pode despoletar uma guerra mais ampla no Médio Oriente, já para não falar na implosão dos territórios palestinianos ocupados. A Turquia está associada com os ataques aéreos propostos.

Israel é uma potência nuclear com um arsenal nuclear sofisticado. O uso de armas nucleares por Israel ou pelos Estados Unidos não pode ser excluída, sobretudo pelo facto das armas nucleares tácticas foram agora reclassificadas como uma variante das bombas convencionais estoira-abrigos (bunker buster) e são autorizadas pelo Senado norte-americano para uso em teatros de guerra convencional. (“São inofensivas para os civis porque a explosão é subterrânea”). A este respeito tanto os Estados Unidos como Israel constituem uma ameaça nuclear muito maior do que o Irão.

O ataque planeado contra o Irão deve ser compreendido no quadro dos actuais teatros de guerra existentes no Médio Oriente, nomeadamente o Afeganistão, o Iraque e a palestina.

O conflito pode espalhar-se facilmente do Médio Oriente para a bacia do mar Cáspio. Pode ainda envolver a participação do Azerbeijão e da Geórgia, onde tropas americanas estão estacionadas.

Um ataque ao Irão teria um impacto directo no movimento de resistência dentro do Iraque. Faria também pressão nas já esticadas capacidades e recursos militares tantos nos palcos de guerra iraquianos como afegãos. (Os 150 000 soldados americanos no Iraque não podem ser utilizados numa guerra contra o Irão.)

Por outras palavras, a geopolítica instável da região Ásia Central – Médio Oriente, os três teatros de guerra nos quais os Estados Unidos estão neste momento envolvidos, a participação directa de Israel e da Turquia, a estrutura de alianças militares patrocinadas pelos Estados Unidos, levanta o espectro de um conflito mais alargado.

Mais ainda, uma acção militar dos Estados Unidos no Irão ameaça os interesses russos e chineses, que possuem interesse políticos na bacia do mar Cáspio e que têm acordos bilaterais com o Irão. Por outro lado, vai contra os interesses petrolíferos europeus no Irão e pode criar maiores divisões entre os aliados Ocidentais, entre os Estados Unidos e os seus parceiros bem como entre os países da União Europeia.

Através da sua participação na NATO, a Europa, não obstante a sua relutância, será envolvida na operação iraniana. A participação da NATO está bastante dependente de um acordo de cooperação militar conseguido entre a NATO e Israel contra a Síria e o Irão. Este acordo obrigará a NATO a defender Israel contra a Síria e o Irão. A NATO apoiará, portanto, um ataque preventivo contra as instalações nucleares iraquianas, e poderá ter um papel mais activo se o Irão retaliar contra os ataques aéreos americanos e israelitas.

Desnecessário é dizer que a guerra contra o Irão é parte de um longo programa militar americano que procura militarizar toda a zona da bacia do Cáspio e levando provavelmente à desestabilização e conquista da Federação Russa.

Teerão confirmou que retaliará se for atacado, sob a forma de ataques com mísseis balísticos contra Israel (CNN, 8 de Fevereiro de 2005). Estes ataques podem também alvejar instalações militares americanas no Golfo Pérsico, que imediatamente nos conduziria a um cenário de escalada militar e a uma guerra total.

Chossudovsky afirma ser necessário revelar o verdadeiro objectivo do Império Americano e a sua criminosa política externa, que utiliza a “guerra ao terrorismo” e a “ameaça da Al-Qaeda” para galvanizar a opinião pública no suporte ao seu programa de guerra global.


Comentário:
Eis um mapa que explica, de forma abrangente, a «guerra ao terrorismo», a «procura de armas de destruição maciça», o «disseminar da democracia», os «países párias dos eixos do mal» e todos os motivos nobres que George W. Bush vai engendrando de forma a aniquilar-nos a todos.

Bacia do mar Cáspio - os quadrados azuis são bases americanas. As vermelhas são russas, chinesas, iranianas e sírias:

3 comentários:

Tojó_Cafunfa disse...

a confirmar-se isso, será que vem ai a 3ª Grande Guerra?... É que se vier, os EUA caem!
Não podias referir 1 ou 2 fontes para este artigo?

Anónimo disse...

pois...já não é propriamente uma novidade mas nunca deixa de preocupar...a seguir viram-se para a Coreia...e axo que ai é que vem a casa abaixo.

Anónimo disse...

This is very interesting site... »