quinta-feira, abril 23, 2015

Porque cala Daniel Oliveira (no programa Eixo do Mal) a imensa fraude financeira que envolve o BCE e os Bancos Comerciais e que está a destruir Estados, Empresas e Famílias?



Porque motivo o pseudo-ex-bloquista Daniel Oliveira - presença constante no programa «Eixo do Mal» da Sic Notícias – nunca refere a fraude incomensurável que constitui o facto do Banco Central Europeu (BCE) – que tem o monopólio de criar dinheiro a partir do nada - estar proibido, pelos próprios estatutos, de emprestar dinheiro aos Estados, Empresas e Famílias e só o poder fazer a Bancos a taxas de juro próximas do zero, que por sua vez o emprestam aos Estados, Empresas e Famílias a juros de 5%, 7%, 10%, 15%, etc.? Em suma, o maior roubo do universo!

O pseudo-ex-bloquista Daniel Oliveira cala-se para não perder a avença na Sic Notícias e noutros Media, por ignorância ou por estupidez? E o mesmo se poderá dizer de outro pseudo-ex-bloquista – Francisco Louçã (na sua crónica «Tabu», também na Sic Notícias).



Dizem os pseudo-ex-bloquistas serem a favor da «renegociação da Dívida». Mas que Dívida? Quando os Estados Soberanos podem perfeitamente (não fora a «proibição» estampada dos estatutos do BCE) criar o seu próprio dinheiro, sem qualquer encargo, para fazer funcionar a sua economia…

Alguém que é enganado por um vigarista em 1oo€, ficará satisfeito em renegociar com o ladrão uma devolução de 10€ do total que lhe foi extorquido? Ou manda o vigarista para a cadeia depois de lhe pregar uma valente sova?


O esquema do embuste, de uma simplicidade impressionante e nunca explicada nos Media por comentadores e políticos, consiste tão somente no seguinte:

Segundo os próprios estatutos, o Banco Central Europeu (BCE) está proibido de emprestar dinheiro (que cria do nada - out of thin air) diretamente aos Estados, Empresas e Famílias. Mas pode fazê-lo às instituições de crédito privadas (Bancos Privados) e afins:





Artigo 21º - (Operações com entidades do sector público)

21.1 De acordo com o disposto no artigo 101º do presente Tratado, é proibida a concessão de créditos sob a forma de descobertos ou de qualquer outra forma, pelo BCE ou pelos bancos centrais nacionais, em benefício de Instituições ou organismos da Comunidade, governos centrais, autoridades regionais, locais, ou outras autoridades públicas, outros organismos do sector público ou a empresas públicas dos Estados-membros; é igualmente proibida a compra directa de títulos de dívida a essas entidades, pelo BCE ou pelos bancos centrais nacionais.


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O BCE financia a especulação dos bancos (Eugénio Rosa): Tal como aconteceu antes da crise de 2008, em que os bancos financiaram os especuladores, a uma taxa de juro baixa, para que pudessem depois obter elevados lucros, agora também o Banco Central Europeu (BCE) está a financiar a banca a uma taxa de juro também muito baixa (1%), não impondo quaisquer limites na utilização desse dinheiro, para que depois os bancos possam obter lucros extra à custa das taxas de juro elevadas que cobram não só aos Estados, mas também às famílias e às empresas. É um esquema que interessa tornar claro para todos, embora os comentadores oficiais com acesso privilegiado aos media nunca se refiram a ele, procurando assim ocultá-lo. Por isso vamos voltar a ele. E esse esquema "diabólico" é o seguinte.

Antes de ter entrado para a Zona Euro, Portugal possuía um Banco Central (Banco de Portugal) que podia emitir moeda (escudos), e que comprava divida ao Estado a uma taxa reduzida, assegurando assim o seu financiamento e também garantindo que nunca o Estado entrasse em falência porque o Banco de Portugal disponibilizava sempre os meios financeiros para que o Estado pagasse os seus compromissos. As únicas limitações eram em relação à divida externa, que teria ser paga em divisas o que obrigava o Estado a recorrer fundamentalmente ao endividamento interno para se financiar, e a necessidade de evitar que a inflação disparasse.





O BCE empresta aos Bancos Privados a 1% e estes emprestam aos Estados, Empresas e Famílias a 5%, 7%, 10%, 20%, etc.


Com a entrada para o euro, o Banco de Portugal e o Estado português perderam esse poder que passou para o Banco Central Europeu (BCE). Só ele é que pode emitir euros. Para além disso, foi introduzida uma norma nos Estatutos do BCE que proíbe que este banco compre directamente dívida aos Estados. No entanto, pode comprar dívida soberana, ou seja, dos Estados, no chamado "mercado secundário" onde têm acesso os bancos. Portanto, está-se perante a situação caricata que permite à banca especular com a divida emitida pelos Estados, que é a seguinte: o BCE não pode comprar directamente a dívida ao Estado português, mas já pode comprá-la aos bancos que a adquirem. E então o esquema especulativo montado pela UE e pelo BCE para enriquecer a banca à custa dos contribuintes, das famílias, e do Estado português é o seguinte: a banca empresta às famílias, às empresas e ao Estado português cobrando taxas de juro que variam entre 5% e 12%, ou mesmo mais, depois pega nessa divida, titularizando-a, e vende-a ao BCE obtendo empréstimos a uma taxa de juros de apenas 1%.


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E, deste modo, fruto da «Crise Financeira Mundial» e do endividamento para as Parcerias Público-Privadas (PPPs), o Estado Português pediu um empréstimo no valor de 78 mil milhões de euros à Troika (União Europeia - BCE e Comissão Europeia - e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a juros agiotas (superiores a 6%).

Destes 78 mil milhões de euros, 12 mil milhões de euros serviram para a recapitalização dos bancos e, dos 66 mil milhões restantes, o Estado ofereceu, "acomodou", 35 mil milhões de euros em garantias à Banca para que esta pudesse emitir dívida (pedir dinheiro emprestado) para se "financiar"... Ou seja, o Estado Português ofereceu de mão beijada à Banca 47 mil milhões de euros à custa dos contribuintes.

Os restantes 31 milhões de euros estão a pagar os juros dos empréstimos aos bancos privados pelas obras faraónicas e inúteis com que políticos corruptos (a soldo da Banca) endividaram o país.











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Fernando Madrinha - Jornal Expresso de 1/9/2007:

[...] "Não obstante, os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles. [...] os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral. E dizem-nos que o poder do dinheiro concentrado nas mãos de uns poucos é cada vez mais absoluto e opressor. A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais." [...]


BANKSTERS






Paulo Morais, professor universitário - Correio da Manhã – 19/6/2012

[...] "Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex-políticos." [...]

[...] "Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters."


13 comentários:

Thor disse...

exacto. o BE é pseudo-oposição superficial.
falam em 'renegociação da dívida', mas essa dívida é quase toda fictícia.
só uma pequena parte dela se deveria pagar.
mas para apurar qual parte se poderia pagar, era preciso a tal auditoria, e isso também o BE não quer, pois também andou a comer da mesma gamela.
logo, o BE é da mesma àgua que o CDS/PSD/PS que tanto critica.

auditoria era para ontem.


"Alguém que é enganado por um vigarista em 1oo€, ficará satisfeito em renegociar com o ladrão uma devolução de 10€ do total que lhe foi extorquido? Ou manda o vigarista para a cadeia depois de lhe pregar uma valente sova?"


esta analogia está extraordinária.
e sim, o BE é só folclore para enganar otários e 'controlar os danos'.

jamais confiar em partidos marxistas, ou trotskistas ou seja lá que matiz for.

Pedro disse...

O Daniel Oliveira é Marxista-Paneleirista.

Mas alguma vez na vida a SIC do Réptil bolsanamão deixaria falar alguém nos seus programas que tenha realmente uma verdadeira posição anti-sistema?

Esse panasca vai lá a falar como quem vai até ao café da esquina.
Ele o bernardino, o fazenda, o telmo correia, o nuno rogério, o paulo rangel, o lobo xavier e outros bichos rastejantes estão sempre lá batidos na amena cavaqueira.

Mas os que mais me dão vómitos são aqueles que mais se esforçam por serem uma nulidade. Os tais assumem posições "moderadas" , "sérias", de consensos e "responsáveis". Mas são umas nulidades autenticas.

Por exemplo um josé manuel fernandes, um ricardo bosta(Irmão do antónio bosta) ou um antónio josé teixeira. Ou mesmo um marcelo.
Estes ainda são piores.

Ninguém desta gente belisca minimamente o real problema da dívida, do papel do BCE e de nenhum outro assunto importante.

Diogo disse...

Caro Thor,

Já perdi completamente a paciência com o BE e o PCP. Ambos servem apenas como válvula de escape para acalmar revoltas das populações. Mas a abstenção é demasiado expressiva para demonstrar que não atingem os seus intentos.

O PCP é um partido completamente fechado. Nada sai nem nada entra. Até os gajos mais novos continuam com o sotaque do Álvaro Cunhal.

O BE (com excepção da Catarina Martins que já vi abordar esta questão do BCE várias vezes na Televisão), é uma cáfila de «negociadores» a soldo...



Caro Pedro Lopes,

Alguma vez o José Manuel Fernandes, o Ricardo Bosta, o António José Teixeira ou o Marcelo (que lê 40.000 livros por dia, depois de mergulhar da Ponte sobre o Tejo ), revelaram alguma independência?

Thor disse...

caro Diogo, mesmo o PNR que é o único partido que está fora do sistema, vai na conversa fiada de que a dívida tem que ser paga, mas sem usura e agiotagem.

ora, mesmo o PNR não percebe estes esquemas que tu tão bem explicaste.
e nem era preciso isso.
basta ver que toda a dívida é deliberada e feita pelos nossos políticos que estão a soldo do BCE e do grande dinheiro.

nesse sentido, óbvio que a maioria da dívida não deve ser paga coisa nenhuma, nem com usura, nem sem usura.

Diogo disse...

Caro Thor,

Não há nenhuma Dívida a ser paga. Há, sim, que receber todo o dinheiro que o Monopólio Bancário Mundial nos roubou, a nós, aos outros europeus e a todos os povos do mundo - com juros!

E Limpar-lhes o sebo, às elites, aos políticos a soldo e aos comentadores venais. O sofrimento e as mortes que esta escumalha já causou não merece menos que a pena capital.

O facto de nem o PNR perceber isto, diz tudo sobre a desinformação e a ignorância que existe sobre o assunto. Ou o PNR é outro PCP ou BE...

João disse...

Olá Diogo

Todas estas manobras e especulações estão explicadas e estudadas por intelectuais honestos. Que apesar de tudo e com a ditadura mediática continuam a lutar contra o sistema.

Na europa para n ir mais longe, já vai havendo alguns exemplos.
A Islândia que se recusou a pagar a divida soberana e mais recentemente lançou a ideia de querer " acabar com o actual sistema bancário ". Quem analisa esse comportamento????

A irlanda procurou a independência da sua mãe imperial: o fundo da questão é o mesmo. Alguns políticos honestos entendem que o sistema é corrupto e que quem paga são os 99% dos trabalhadores e escravos do capital. E que claro não concordam com o sistema troikiano dos cortes no estado social: Educação, saúde, pensões, etc. Quem analisa ????

Mais recentemente temos o caso da Grécia que n aceita o pagamento com prazos curtos e n aceita seguir o programa de austeridade, que levou milhares de pessoas à pobreza e muitas ao suicídio. Quem quer ver e consegue ver já reparou que a troika já n existe e a elite europeia recuou em toda a linha. Quem comenta e analisa???

O caso dos comentadores das diferentes TVs lacaias e dependentes nada se pode dizer. São lacaios do sistema financeiro e politico e de algum modo beneficiam com ele. Odeiam as mudanças.

N podem matar a galinha dos ovos de ouro. Porque n têm vontade própria ou não os deixam. São uns vendidos ao capital e ao sistema das elites e dos privilégios. Pertencem à elite (herdeira da nobreza ) que comanda os destinos de milhões de escravos e seus súbditos, também eles, carregados de privilégios.

Quanto ganha um comentador de televisão????!!!!

Não podem é convencer todos de que estão a ser intelectualmente honestos e que não existem outras posições. São discussões monolíticas. Só falam das coisas pela rama, sem ir ao fundo da questão. Só falam da parte que os protege e que parecem estar em contra e denunciar. É que do que falam não é o problema.
Não interessa mexer muito e muito menos agitar as mentes adormecidas.

1 abraço

Diogo disse...

Caro João,

Deixo-te a opinião de Mário Soares - um tipo que eu abomino.

Mário Soares (numa das raras ocasiões em que a boca lhe fugiu para a verdade) acerca dos Media no Programa "Prós e Contras" [27.04.2009]:


Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas.»

Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é?»

Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]

João disse...

Olá Diogo

N podes procurar justificação para o actual sistema dentro do sistema.

Esse facho foi o continuador de toda a estrutura fascista que tivemos durante 50 anos e que continuamos a ter.

Dizem alguns ( eu acredito ) que quando estava no exilio já estava ao serviço da CIA.

Entende por favor que o problema é mais profundo. E está a mudar.

Poupa-me com opiniões fascistas.

1 abraço

Diogo disse...

Caro João,

Também eu acho que Soares esteve ao serviço da CIA. Até por isso, é mais importante saber que um insider deu com a língua nos dentes e tenha afirmado tão claramente que os Media estão ao serviço do Dinheiro.

Abraço

Thor disse...

o Soares é faxista!
agora sim, já li de tudo.

isto é com cada atrasado mental...

desculpa a linguagem, Diogo, mas estes tipos são aberrações. se não nascessem tinham que ser inventados.

vá, vão lá cantar a grândola e gritar 'fascismo nunca mais' contra os políticos deste regime, que eles riem-se na vossa cara de palhaços e agradecem.

Pedro Lopes disse...

"o Soares é faxista!
agora sim, já li de tudo."

Thor,

Se até os canalhas que conta histórias do 25 de Abril dizendo que julgavam que se tratava de um golpe fascista e ao mesmo tempo classificam o regime anterior de fascista, já nada me surpreende.

E até tens tens gajos do PCTP/MRPP a chamar fascistas aos do PCP.

Isto transformou-se num manicómio gigante.

Se fosse proibido utilizar a expressão "fascista" muita gente morria de depressão.

O polvo é quem mais ordenha!

Diogo disse...

Thor e Pedro Lopes.

Pensem um bocadinho. Até o chulo do Soares, um vendido (mas desbocado) afirmou que os Media estão ao serviço do Dinheiro. Estas afirmações de Soares (um insider) valem ouro:

Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas.»

Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é?»

Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]

Anónimo disse...

Que a extrema-esquerda cale ou fale de fraudes financeiras é irrelevante, independentemente disso o que a História mostra é aliança do capital financeiro com o marxismo, ao mesmo tempo que este último critica o primeiro, como é de acordo com a hipocrisia natural e característica da Esquerda.
A extrema-esquerda, tendo à cabeça o marxismo, nada mais é do que um conjunto de ideologias que se propõem a fazer alterações profundas na sociedade, ou seja, revoluções, cujo fim inevitável é sempre a intensificação de tudo o que originalmente se propunham a combater: desigualdade, exploração, etc. A extrema-esquerda é isto, é o capitalismo no seu pior.