segunda-feira, outubro 26, 2015

Paulo Morais - Abuso da maioria. Não tem sido por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


Paulo Morais é candidato anunciado às eleições presidenciais de 2016


Paulo Morais é licenciado em Matemática, tem um MBA em Comércio Internacional e é doutorado em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Porto. Foi vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, de 2002 a 2005, tendo sido responsável pelos pelouros do Urbanismo, Acção Social e Habitação. Regressou então ao ensino e ao seu combate de sempre pela denúncia dos mecanismos de corrupção em Portugal. É professor na Universidade Portucalense e investigador no InescPorto. Integrou o grupo de trabalho para a revisão do Índice de Percepções da Corrupção, levada a cabo pela Transparency International. Foi perito no Comité Europeu Económico e Social. É perito do Conselho da Europa em missões internacionais sobre boa governação pública, luta anti-corrupção e branqueamento de capitais.


Publicou os livros “Porto de Partida, Porto de Chegada”, “Mudar o Poder Local” e “Da Corrupção à Crise”. É docente do ensino superior nas áreas da Estatística e Matemática e director do Instituto de Estudos Eleitorais da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias do Porto. É vice-presidente da Direcção - Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), com o mandato suspenso desde 13 de Março de 2015, a seu pedido, por período indeterminado. Pediu a suspensão do mandato de vice-presidente da TIAC para se candidatar à presidência da República.

Tem fortemente denunciado, em diversos meios de comunicação social, a corrupção e a promiscuidade entre os poderes políticos e os poderes económicos, e a inconstitucionalidade preconizada por alguns escritórios de advogados, ao serem redactores das leis nacionais, e ao mesmo tempo representantes nos meios judiciais de entidades que se deparam com essas mesmas leis.


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Abuso da maioria. Não tem sido por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


As legislativas aproximam-se e são cada vez mais os atores políticos que secundam a opinião de Cavaco Silva: reclamam um resultado de maioria, que gere estabilidade governativa. Discordo em absoluto, pois foram as maiorias que nos trouxeram à crise e a miséria. Todas as maiorias governativas são de má memória: Cavaco, Guterres, Sócrates e Passos. Foi com Cavaco Silva no governo que se desbarataram fundos europeus sem critério, se começou a instalar a promiscuidade entre negócios e política e se assistiu à instalação da corrupção no regime. Os dinheiros do Fundo Social Europeu para formação foram desviados para o bolso de alguns. A política era dominada por Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Em maioria.

Cavaco Silva, Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa


Foi Guterres que, apesar de prometer "no jobs for the boys", permitiu a entrada na Administração Pública de milhares de boys sem concurso. Na enxurrada, Guterres engordou a Administração. Dominavam a política socialista Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e Sócrates. Tudo gente séria, portanto. Em maioria. Foi já a maioria absoluta de Sócrates que celebrou os contratos ruinosos das dezenas de parcerias público-privadas que comprometem as contas públicas até 2035. Foi também Sócrates que nacionalizou o BPN, assumindo todos os prejuízos e deixando intactos os bens dos responsáveis pelo descalabro do banco.

António Guterres, Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e José Sócrates


Também Passos Coelho dispôs de uma confortável maioria, em coligação com Paulo Portas. Aproveitou esse poder absoluto para privatizar sem critério e ao desbarato a REN, a EDP, EGF, CTT, ANA e TAP. Entregou o ouro ao bandido e fê-lo sem sentido estratégico ou patriótico. Hoje os chineses dominam a energia elétrica em Portugal, num modelo neocolonial em que os colonizados somos nós. Os aeroportos são controlados pela mesma empresa que detém as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, pelo que as entradas na capital estão fora do controlo público, uma verdadeira ameaça à nossa segurança.

Passos Coelho e Paulo Portas


Não tem sido, pois, por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


7 comentários:

Anónimo disse...

"É professor na Universidade Portucalense e investigador no InescPorto"

O Paulo Morais quando dá notas aos seus alunos soma a totalidade dos valores dos diferentes exames e depois divide esse valor pelo número de alunos para todos terem a mesma nota?

É que quem defende a democracia igualitária de 1 homem=1 voto independentemente de, tem que ser coerente e defender o mesmo sistema igualitário na sua sala de aulas.

Quem defende a democracia é contra a meritocracia.
Quem defende a meritocracia tem que ser contra a democracia.
Não se pode é defender a democracia e a meritocracia simultaneamente, pois tal é um parodoxo.


Há uma coisa que eu concordo com o Paulo Morais.
Todas as figuras que ele acusa de corrupção, são TODOS eles democratas.

Só que eu vou mais longe e digo que a forma de regime que permite tal corrupção é precisamente a democracia, logo fazendo desta última o problema, e assim sendo o problema não pode ser simultaneamente a solução.

Só que eu não faço "esparregatas", e por isso sou intelectualmente honesto a 100%.
Paulo Morais não pode ser, e por isso vai enganando os tolos...
Faz lembrar o antigo paladino Marinho Pinto. Há uns anos o "papel" era dele. Lembram-se?

Thor disse...

o papel era dele (Marinho Pinto) e do judeu Medina Carreira...

agora, é do Paulo Morais e, de vez em quando, o Pacheco Pereira também manda umas bocas.

enfim, embustes...

João disse...

Ola Diogo

Todos estes " senhores " são uns fascistas.
E de antes do 25 de Abril.
Herdaram a trama do fascismo de antes de 24 de Abril de 1974.
E abraçaram o fascismo financeiro.
Democratas??!! nem pensar.
Estão podres de ricos.
1 abraço para o sem abrigo e o cão.
1 abraço

Diogo disse...

N,

Também eu sou absolutamente contra a «democracia representativa». Mas Paulo Morais sabe que vive num mundo em que a «democracia representativa» é considerada o melhor sistema de organização política. Donde, não pode ataca-la directamente. Assim vai expondo todos os seus podres. E fá-lo de uma maneira que eu nunca vi ninguém fazer: exponde de que forma as fraudes são feitas, que fraudes são feitas e os nomes de quem as faz. É preciso coragem.

Bessa disse...

Quando Paulo Morais saiu da Câmara do Porto, a imprensa deu conta da sua demissão por incompatibilidades com o seu Presidente Rui Rio. Durante a sua vereação, Paulo Morais falou de forma crítica sobre a gestão dos interesses na Câmara Municipal, referindo mesmo que os partidos políticos são “bandos de assalto ao poder”. Numa entrevista à revista Visão Morais afirmou: “Rio não tira o sono aos interesses instalados”.

Se existissem mais meia dúzia como ele neste País, talvez este pobre País não se encontrasse no estado em que está, onde como Ele afirma, grassa a corrupção e compadrio, impunemente.

Anónimo disse...

O Medina Carreira é judeu?

Thor disse...

é