quinta-feira, maio 25, 2017

Manchester - Atentados terroristas e exercícios antiterroristas... As semelhanças são tenebrosas...

Há praticamente um ano, a 10 de Maio de 2016, a polícia e os serviços secretos ingleses realizaram um exercício antiterrorista no Centro Comercial de Trafford em Manchester, não muito longe do Manchester Arena onde ocorreu o real atentado suicida da passada segunda-feira (22 de Maio de 2017).




Observe: Momento dramático em que o falso bombista suicida se fez explodir no exercício antiterrorista no Centro [Comercial] Trafford.

Voluntários no shopping gritaram e correram para se abrigarem durante o assustador exercício para ajudar a polícia a saber lidar com um ataque vida real.



Num dramático exercício de treino antiterrorismo um "bombista-suicida" detonou um dispositivo no Centro Trafford - matando e ferindo dezenas de "clientes".

Cerca de 800 voluntários ajudaram a fazer o ataque simulado tão real quanto possível para testar como os serviços de emergência reagiriam no caso de um ataque real.

O exercício começou à meia-noite na entrada da zona de restauração Oriente, quando um homem vestido de preto entrou e gritou para a multidão.

Momentos depois, uma explosão abalou a zona de restauração e os voluntários - usando protectores de ouvidos e óculos de segurança - caíram no chão.

Muitos mascararam-se para parecer como se tivessem lesões horríveis e outros gritaram como se estivessem com dores.

O fumo encheu a entrada para da zona de restauração e alguns dos voluntários fugiram dos restaurantes, como se estivessem a tentar fugir para um lugar seguro.



O M.E.N. [Manchester Evening News] foi uma das poucas organizações mediáticas a quem foi permitido estar no Centro Trafford para observar a operação de contra-terrorismo, apelidado de Exercício Winchester Accord.

Ouviu-se o som de tiros disparados da zona de restauração, enquanto os voluntários gritavam por ajuda.

Observe: Polícia armada responde ao "ataque"


Momentos depois um pistoleiro mascarado apareceu junto dos degraus da entrada do Oriente, disparando uma série de tiros.

Anteriormente, os voluntários tinham tido um briefing de segurança e foram tranquilizados de que não seriam usadas balas reais.

Depois de observar o "ataque" inicial, os meios de comunicação foram convidados a sair para testemunhar a chegada, cerca de cinco minutos depois, da polícia armada.






Dois polícias armados – trazendo o que pareciam ser espingardas - moveram-se cautelosamente para a entrada, com as armas apontando para a frente.

Um deles cobria o outro enquanto os dois entravam na zona de restauração, ignorando os "feridos" ao passar por eles.

Foi nessa altura que os meios de comunicação foram convidados a sair embora o exercício do Trafford Center ainda fosse continuar até às 6:00 horas.

O centro comercial estará aberto como de costume na terça-feira, embora o exercício antiterrorista vá continuar despercebido em locais não divulgados até à quarta-feira, quando terminará em Merseyside.

O teste, planeado há cinco meses, é o mais recente de uma série que ocorreu em todo o país tendo em conta as hipóteses de um verdadeiro ataque terrorista ser considerado "provável".





A Polícia da grande Manchester, a Unidade de Contra-Terrorismo do Noroeste e o Serviço de Ambulâncias do Noroeste estavam a ser testados como parte do exercício, sem que ninguém dissesse exactamente como o "ataque" se desenrolaria.

O Manchester Evening News soube que as SAS [forças especiais das forças armadas do Reino Unido] também estiveram envolvidas na operação.

Os moradores que viviam nas proximidades tinham sido avisados de que podiam ouvir explosões ruidosas e ver equipas de emergência a participar no teste.

Após os ataques mortais em Paris e Bruxelas, a ameaça terrorista continua "grave" de acordo com o MI5 [serviço britânico de informações de segurança interna e contra-espionagem].





Contudo, a polícia de combate ao terrorismo diz que não existe uma ameaça específica contra o Trafford Center, que este foi escolhido porque ali o exercício podia ter lugar longe do público e àquela hora da noite.

Operações semelhantes ocorreram em todo o país, incluindo uma envolvendo 1.000 polícias em Londres no ano passado.

Nenhum dos serviços de emergência que participam no exercício nem os voluntários foram informados de detalhes precisos do cenário que se desenrolará, embora saibam que envolverá algum tipo de ataque terrorista.


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