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O candidato às Presidenciais 2011, José Manuel Coelho
O candidato às Presidenciais 2011, José Manuel CoelhoPor Ricardo Noronha
Não se entende muito bem como nem porquê, continua-se a escrever sobre José Manuel Coelho como se ele não tivesse sido, de longe, o candidato mais à Esquerda nestas eleições. Insiste-se em colá-lo à figura de um palhaço, quando ele teve a firmeza e o desassombro de chamar as coisas pelos nomes, sempre que foi necessário. Acompanhou a votação num café, desafiando Cavaco para um debate que nunca teve lugar - por razões inconfessáveis e que deveriam os democratas desta praça corar de vergonha -, depois de uma campanha feita sem qualquer aparato, em que falou sempre alto e bem. Acabou a denunciar o capitalismo selvagem e a defender os «valores de Abril».
Pode-se não gostar do estilo, preferir um poeta caçador e tauromáquico ou um funcionário partidário patriota, mas ainda não encontrei nenhum argumento contra ele que ultrapassasse o tacticismo ou, pior ainda, um elitismo rasteiro, que considera que a política é um assunto de gente bem e chama «populista» a quem desafia esse raciocínio. Para ele seguiu o meu voto anti-capitalista. Pior do que está não fica.
Não se entende muito bem como nem porquê, continua-se a escrever sobre José Manuel Coelho como se ele não tivesse sido, de longe, o candidato mais à Esquerda nestas eleições. Insiste-se em colá-lo à figura de um palhaço, quando ele teve a firmeza e o desassombro de chamar as coisas pelos nomes, sempre que foi necessário. Acompanhou a votação num café, desafiando Cavaco para um debate que nunca teve lugar - por razões inconfessáveis e que deveriam os democratas desta praça corar de vergonha -, depois de uma campanha feita sem qualquer aparato, em que falou sempre alto e bem. Acabou a denunciar o capitalismo selvagem e a defender os «valores de Abril».
Pode-se não gostar do estilo, preferir um poeta caçador e tauromáquico ou um funcionário partidário patriota, mas ainda não encontrei nenhum argumento contra ele que ultrapassasse o tacticismo ou, pior ainda, um elitismo rasteiro, que considera que a política é um assunto de gente bem e chama «populista» a quem desafia esse raciocínio. Para ele seguiu o meu voto anti-capitalista. Pior do que está não fica.
Jardim nunca teve tantos votos como Coelho
José Manuel Coelho tem um folgado segundo lugar na Madeira. Em número de votos já duplicou a maior vitória alguma vez obtida pelo seu principal adversário Alberto João Jardim. Clique para visitar o dossiê Presidenciais 2011.
José Manuel Coelho tem razões para se sentir feliz. O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional e os 39% obtidos na Região Autónoma da Madeira permitem-lhe dizer que este é "um basta ao Jardinismo".
O deputado madeirense conta vários números a seu favor: o segundo lugar garantido na Madeira (39% contra 45% de Cavaco Silva, de acordo com os resultados oficiais, ainda não finais, por volta das 22:00) deixou francamente para trás Manuel Alegre (com apenas 7% dos votos dos madeirenses).
Mas maior é, sem dúvida, a diferença entre os resultados nominais obtidos nestas eleições Presidenciais por José Manuel Coelho com os números registados em qualquer das eleições regionais pelo sempre vencedor madeirense, Alberto João Jardim.
As diferenças entre os universos eleitorais - um nacional, outro regional, um maior o outro mais pequeno - explicam, claramente, a diferença de números.
Mas o certo é que José Manuel Coelho leva vantagem: menos de três horas depois do encerramento das urnas, o deputado do PND regista já mais de 180 mil votos. No melhor dos seus scores eleitorais - precisamente o das últimas eleições regionais, de 2007 - o presidente do Governo madeirense obteve 90 377 votos.
O seu segundo melhor resultado, obtido em 1980, dava a Jardim uns escassos 81 mil votos, se comparados com os registados agora por Coelho.
Curiosamente, o deputado do Parlamento madeirense, até agora um ilustre desconhecido na generalidade do país, consegue, só com esta investida nas Presidenciais, registar mais votos que os somados pelos principais partidos candidatos na Madeira - PS e PSD - em todas as eleições realizadas desde 1976.
José Manuel Coelho tem razões para se sentir feliz. O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional e os 39% obtidos na Região Autónoma da Madeira permitem-lhe dizer que este é "um basta ao Jardinismo".
O deputado madeirense conta vários números a seu favor: o segundo lugar garantido na Madeira (39% contra 45% de Cavaco Silva, de acordo com os resultados oficiais, ainda não finais, por volta das 22:00) deixou francamente para trás Manuel Alegre (com apenas 7% dos votos dos madeirenses).
Mas maior é, sem dúvida, a diferença entre os resultados nominais obtidos nestas eleições Presidenciais por José Manuel Coelho com os números registados em qualquer das eleições regionais pelo sempre vencedor madeirense, Alberto João Jardim.
As diferenças entre os universos eleitorais - um nacional, outro regional, um maior o outro mais pequeno - explicam, claramente, a diferença de números.
Mas o certo é que José Manuel Coelho leva vantagem: menos de três horas depois do encerramento das urnas, o deputado do PND regista já mais de 180 mil votos. No melhor dos seus scores eleitorais - precisamente o das últimas eleições regionais, de 2007 - o presidente do Governo madeirense obteve 90 377 votos.
O seu segundo melhor resultado, obtido em 1980, dava a Jardim uns escassos 81 mil votos, se comparados com os registados agora por Coelho.
Curiosamente, o deputado do Parlamento madeirense, até agora um ilustre desconhecido na generalidade do país, consegue, só com esta investida nas Presidenciais, registar mais votos que os somados pelos principais partidos candidatos na Madeira - PS e PSD - em todas as eleições realizadas desde 1976.
21 comentários:
Um grande democrata.
Só tem o pequeno pequeno pormenor de ser comunista,ou seja,avesso à liberdade e a respeitar os direitos fundamentais dos demais.
Os países que levaram à práctica a ideologia deste democrata,matam,torturam e prendem sem culpa formada bandidos que querem liberdade de voto e expressão,etc.
Mas esta insignificância não deslustra,afinal na AR está lá muita gente ilustre como ele.
Nisso o regime está bem fornecido.
Anónimo,
José Manuel Coelho já foi comunista mas já não é. Se vir a entrevista constatará que o homem é um adepto das sociais democracias dos países nórdicos, tal como eu.
Está bem,Diogo.
Mas o homem descobriu que era democrata recentemente?
Lol.
“O seu surpreendente resultado de 4,5% a nível nacional...”
Caro Diogo
O percentual divulgado deste e dos outros candidatos, é fraudulento.
Cavaco silva ----------------- 52,94% - 2.230.101votos
Manuel alegre --------------- 19,75% --- 831.959 votos
Fernando nobre ------------- 14,10% ----593.868 votos
Francisco lopes -------------- 7,14% ---- 300.840 votos
José coelho ------------------- 4,50% ---- 189.340 votos
Defensor moura -------------- 1,57% ----- 66.091 votos
Os candidatos mereceram -100,00%- 4.212.199 votos
Etc...
'democrata,matam,torturam e prendem sem culpa formada bandidos que querem liberdade de voto e expressão,etc.'Pois!É o Iraque,não é?Kosovo,Afeganistão,Pinochet,Ben Ali,Mubarack,Saudi....
Social democracia ou social fascismo?
Anónimo das 12:29 - Parece que José Manuel Coelho já se afastou do PCP há uns tempos. Mas não sei. Informe-se.
Carlos - Relativamente aos outros candidatos a percentagem mantém-se. Em termos absolutos, na Madeira, José Manuel Coelho (46 247 votos) teve mais de metade do melhor resultado de sempre de Alberto João Jardim (90 377 votos). Ou seja, um ardina, praticamente sozinho, obtém mais de metade de um ditador que controla toda a ilha.
Os madeirenses preferiram votar num madeirense; parece que foi mais isso. Extrapolar consequências para a política regional a partir daí é manifestamente exagerado.
Comparar um labrego com um discurso de café a um presidente de um governo regional com obra feita (goste-se ou não do estilo) é ridículo.
Tudo indica que foi assim.
Se o homem não fosse madeirense,talvez não levasse voto nenhum na ilha.
Nada mais que isto.
Caro Anónimo das 16H54,estava a falar de política interna,como deve ter percebido,apesar de fingir que não.
E apesar da agressividade da política externa,apesar de tudo,não se encontram massacres como o de Katyn.
Não significa isto que apoio o que fazem de errado e os atropelos ao respeito pelas pessoas.
mesmo nisso,os países comunistas não dão lições a ninguém.
a minha segunda escolha.
Por acaso, também votei Coelho...
Anónimo das 18:49 - Eu comparo um «labrego com um discurso de café» e sem apoios nenhuns com «um ditador da ilha e presidente de um governo regional com obra feita» com todos os apoios e mais alguns.
Pois o «labrego», mesmo assim, obteve mais de metade dos votos que o ditador na sua melhor votação.
Se nos próximos tempos o ditador fizer desaparecer o «labrego», defendo uma intervenção militar na ilha.
Porque é que, quando alguém rompe com o status quo vigente, tem de ser logo rotulado de labrego ou lunático?
Mas quem são as pessoas sérias, honestas e de respeitabilidade acima de qualquer suspeita?
O Dias Loureiro, o Oliveira e Costa, o Paulo Pedroso, o Carlos Cruz, o Tavares Moreira, o Durão Barroso, O Santana Lopes, o deputado Ricardo Rodrigues, a lista de gente séria neste país é imensa.
Ou seja, é tudo gente séria!
Entre as várias pérolas da campanha de JMC, a que na minha opinião foi a mais significativa foi o candidato à porta da vivenda de outro candidato na "Coelha" a chamar - Ó da casa! Ó da casa!
Foi do melhor que tenho visto.
Lunático é quem pensa que a política se resume a gritar slogans e a não ser corrupto. Não fazem a mínima ideia do que é governar alguma coisa...
'Caro Anónimo das 16H54,estava a falar de política interna,como deve ter percebido,apesar de fingir que não.
E apesar da agressividade da política externa,apesar de tudo,não se encontram massacres como o de Katyn.
Não significa isto que apoio o que fazem de errado e os atropelos ao respeito pelas pessoas.
mesmo nisso,os países comunistas não dão lições a ninguém.'
Em termos de veracidade é equivalente a falar nos Milhões de mortos no consulado de Staline-uma grande treta!!!
Katyn,há muita manipulação acerca disso por parte da burguesia russa.
quer falar do afeganistão e dos casebres onde foram mortos os ex-amigos dos americanos(taliban ou mujahedines),quer falçar nas valas comuns da Colombia,já agora acerca da democracia na Tunísia ou no Egito?
Smolensk foi uma ironia do 'destino'-bateram com os cornos cá embaixo e foram para junto de vosso senhor.Da-se!!!!Weimar?
Anónimo das 13H53,pode ir buscar exemplos a todos os torcionários do mundo,muitos deles até apoiados pelo imperialismo soviético,se pensa que isso justifica as barbaridades cometidas pelos comunistas,faça bom proveito.
Por outro lado,não entendo porque supõe que apoio os desmandos dos americanos,que levam a guerra aos mais longínquos pontos do mundo para manter as suas zonas de influência,entre eles o Afeganistão,onde os soviéticos também já estiveram pelas mesmas razões.
Em vez destas comparações despropositadas,compare as ditaduras comunistas com as sociais democracias europeias.
Talvez assim perceba melhor a razão porque os povos que eram dominados por essa aberração sanguinária os mandaram às malvas.
Capitalismo, fascismo, comunismo...
A mesma BESTA, apenas com mais do que uma cabeça...
Demorará assim tanto a perceber isso?...
Sovcial democracia europeia =Capitalismo,mormente nesta sua última etapa,selvagem,terorista,imperialista e sem vergonha nenhuma com a participação ativa da socialdemocracia europeia.
Vide a socialdemocracia sueca e o caso de Assange...emtermos de liberdade de expressão estamos falados,sem invocar a propriedade PRIVADA dos media,deidamente amestrada e propagandistica...bye,bye.Parece q o Egito está a aderir à socialdemocracia...eheheh.Coitadinhos.
cavaco, ar de coveiro....
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