sexta-feira, agosto 31, 2007

Antigo conselheiro de George W. Bush denuncia um golpe de estado a 11 de Setembro de 2001

Nos finais de Agosto de 2005 (há dois anos) coloquei este post. Mantém-se perfeitamente actual. Podem ver o vídeo aqui: Morgan Reynolds at Chicago 911 Truth Conference 02 Jun 2006



Tornando pública uma análise detalhada dos atentados do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, Morgan Reynolds declarou a 12 de Junho de 2005: «Se os três arranha-céus de aço foram abatidos por uma demolição controlada, então a hipótese de uma conspiração interna e de um atentado governamental contra o povo americano seria incontestável

Morgan Reynolds é hoje professor emérito de economia na universidade A&M no Texas. Foi conselheiro económico de George W. Bush, encarregado do departamento do Trabalho desde o primeiro mandato presidencial. Foi o último director do Centro de Justiça penal do Centro Nacional para a Análise Política de Dallas.

«É impossível negar a existência do debate científico acerca das causas reais do abatimento das torres gémeas e do edifício nº 7. A tese oficial contradiz-se a si própria. Só uma demolição profissional, controlada, pode explicar todos os elementos averiguados e o abatimento das três torres.

Morgan Reynolds acrescentou ainda que os peritos em explosivos e em construção foram sistematicamente postos de lado e intimidados durante todo o inquérito conduzido pela comissão governamental Kean.





Comentário:

Nenhum avião embateu na torre 7 do World Trade Center. Donde, três hipóteses igualmente verosímeis se perfilam para a demolição do edifício:

a) O embate de um pirotécnico português e astro da mísica pimba, em parapente, a caminho de uma festa da nossa comunidade emigrante em New Jersey.

b) O embate de um cidadão alemão, em asa delta, cheio de gases de cerveja, antecipando animadamente a Oktober Fest de München.

c) A implosão controlada, por competentes técnicos yankees, já tão comprovadamente eficientes nas Twin Towers, minutos antes.




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terça-feira, agosto 28, 2007

Mário Lino ao Expresso - “Não tenho opinião sobre a Ota”

Entrevista do jornalista Fernando Diogo ao ministro Mário Lino - Jornal Expresso – 25 de Agosto de 2007

Numa feroz entrevista realizada para o Expresso, o jornalista Fernando Diogo almoça no Pabe com o ministro Mário Lino. O ambiente, dada a controvérsia dos temas, foi de cortar à faca. O tom agressivo do jornalista Fernando Diogo para com Mário Lino é revelador da crispação de uma comunicação social interventiva. O ministro Mário Lino foi, por assim dizer, encostado à parede:


Fernando Diogo:

- «Mário Lino fala de si próprio, da Ota, do TGV, de Sócrates, das «gaffes» e do PCP. De coração nas mãos»

- "Um grande sorriso iluminava-lhe a cara redonda e os grandes olhos verdes brilhavam de genuína satisfação."

- «a provocação pelo nosso ligeiro atraso deu-lhe um gozo muito especial»

- «O ministro das Obras Públicas riu-se com gosto»

- «O ministro opta sem hesitações pelos pastelinhos de bacalhau»

- «À hora dos linguadinhos o ministro das Obras Públicas de José Sócrates já está às voltas com a Ota. Sem desculpas esfarrapadas nem subtilezas semânticas, assume que teve de mudar de opinião. "Sou capaz de mudar radicalmente de opinião"»

- «“É verdade que sou muito teimoso, mas não o sou ao ponto de teimar num caminho apenas porque é aquele que sempre defendi” - A confissão [do ministro] é feita num tom de sincera convicção»

- «Apesar do recuo na Ota e da continuação dos investimentos no aeroporto de Lisboa, Mário Lino não se converteu à opção Portela+1, devido em larga medida ao aumento dos custos operacionais e à incerta rentabilidade da operação

- «Aterramos e logo seguida apanhamos o TGV para uma curta viagem, durante a qual se percebe que o Governo não vai fazer alterações ao traçado. "Qualquer que seja o local do aeroporto teremos de fazer uma linha ferroviária dedicada. É óbvio que não iremos fazer qualquer estação de TGV na Ota ou em Alcochete".»

- «...mas o seu irreprimível bom-humor leva de vencida a desconfiança e quando completa a frase já o omnipresente sorriso lhe banha a face»

- «As Obras Públicas agradam-lhe, ele que é um executivo nato, um "homem a quem dá grande um gozo fazer coisas", ou não fosse ele um engenheiro»

- «O sentido prático distanciou-o da "esquerda proclamatória" e aproximou-o da esquerda que deixa marcas civilizacionais»


Comentário:

Até que enfim, um repórter consegue, graças a uma agressividade pouco habitual, obrigar um ministro a respostas concretas sobre assuntos vitais para todos nós. Ainda bem que tivemos um Fernando Diogo, ao invés de um Miguel Sousa Tavares (um reconhecido banana), a interpelar um homem do «inner circle» do poder.

Relembremos um inofensivo artigo de opinião neste jornal assinado por Miguel Sousa Tavares sobre os candentes problemas dos transportes do nosso rectângulo:


Miguel Sousa Tavares - Expresso 07/01/2006

«Todos vimos nas faustosas cerimónias de apresentação dos projectos [Ota e TGV], [...] os empresários de obras públicas e os banqueiros que irão cobrar um terço dos custos em juros dos empréstimos. Vai chegar para todos e vai custar caro, muito caro, aos restantes portugueses. O grande dinheiro agradece e aproveita

«Lá dentro, no «inner circle» do poder - político, económico, financeiro, há grandes jogadas feitas na sombra, como nas salas reservadas dos casinos. Se olharmos com atenção, veremos que são mais ou menos os mesmos de sempre.»
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terça-feira, agosto 21, 2007

Miguel Sousa Tavares discorre sobre os Joe Berardos deste rectângulo

Texto de Miguel Sousa Tavares - Expresso 18/08/2007

Os ricos

O que faz impressão na lista dos cem mais ricos de Portugal é constatar que as suas fortunas acumuladas representam 22% de toda a riqueza do país e que o fosso entre os que mais ganham e os que menos ganham é o maior de toda a Europa comunitária a quinze. E faz impressão pensar que, enquanto os trabalhadores por conta de outrem e a generalidade da classe média e média-baixa viu os seus rendimentos subir entre zero e três por cento no ano passado, os cem mais ricos aumentaram a sua riqueza em 36%. E fizeram-no essencialmente através da bolsa - ou seja, não pelo desempenho das suas empresas, não pela criação de riqueza para o país, mas sim através da simples especulação com o dinheiro. Mais interessante ainda seria podermos dispor da lista dos cem maiores pagadores de impostos do país em nome individual, para compararmos com os cem mais ricos. Ou sabermos quanto pagaram de impostos sobre os lucros as empresas ou fundações onde se abrigam os cem mais, para compararmos com os que, vivendo apenas do seu trabalho, pagam 42% de IRS. Aí, sim, poderíamos perceber a dimensão da injustiça social e fiscal em que vivemos.

Mas, num país que alimenta essa coisa indecorosa que é o «off-shore» da Madeira (um simples território de evasão fiscal promovida pelo Estado), num país onde mais de metade das fundações servem apenas para fugir ao fisco, onde dois terços das empresas nunca declaram lucros, onde se baptiza de ‘empresário’ quem nunca criou um posto de trabalho nem produziu um euro de riqueza facturável, onde os gestores públicos recebem indemnizações escandalosas para saírem de uma empresa e passarem para outra e onde o Estado oferece de graça (e ainda paga os encargos) o seu maior museu para albergar uma colecção de arte privada emprestada, não é de admirar que a generalidade das pessoas não acredite na seriedade dos meios pelos quais alguns se tornaram tão ricos. É que não se pode ter tudo: boa cama e boa fama.


Comentário:

Há quem se contente com boa cama e boa mama. Para muitos indígenas tal é sinônimo de boa fama.
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terça-feira, agosto 14, 2007

Os “donos do País” porque estão “gordos e anafados” não podem apertar o cinto nem prescindir destes luxos.

Correio da Manhã - 12 de Agosto de 2007

Texto de Rui Rangel:

É um verdadeiro escândalo a proposta de alteração ao Estatuto dos Deputados. Os senhores deputados da Nação que, como sabemos, muito trabalham, muito pensam e muito contribuem para a dignificação do Parlamento, que já gozam de várias benesses, fizeram aprovar uma alteração que lhes concede o direito a que cada um tenha o seu assessor particular, a ganhar 1500 euros/mês, com passagem, de imediato, ao quadro da função pública. Na prática aprovaram a contratação de 230 assessores particulares.

Esta alteração, que foi proposta pelo deputado socialista António José Seguro, constitui uma chaga no prestígio da democracia parlamentar. Não é com mais assessores que se melhora a imagem da vida parlamentar. Melhora-se reduzindo o número de deputados, recrutando os melhores, os mais inteligentes, os que pensam bem. A virtude do Parlamento assenta nos homens que têm da política uma visão nobre, nos homens de acção, e não naqueles que actuam em função dos interesses de grupo e não dos interesses do País. Para que servem assessores particulares a deputados que só estão no Parlamento para se levantarem e sentarem consoante o ritmo das votações que lhes são impostas? É público que, em cada grupo parlamentar, só uma minoria pensa e trabalha. Se o trabalho parlamentar não chega sequer para todos os deputados, o que faz o assessor particular? Trata-se de uma medida excessiva, que obriga a gastos supérfluos numa altura em que se atravessam inúmeras dificuldades económicas.

Todos os dias o Governo pede mais sacrifícios aos portugueses, corta nas reformas e em pensões de velhice, asfixia o cidadão com uma verdadeira ditadura de impostos, encerra unidades hospitalares e escolas. Tudo em nome do apertar do cinto, que pelos vistos é uma receita só para ser cumprida pela população que está cada vez mais pobre. Os “donos do País” porque estão “gordos e anafados” não podem apertar o cinto nem prescindir destes luxos. Só com estas prebendas podem finalmente descansar. Enfim, o povo que aguente. Mais uma vez vai ser o cartão partidário e a cunha que vão ditar as regras de contratação e não a independência e a qualidade das pessoas. E depois admirem-se dos níveis de abstenção nas eleições.



Não resisti a colocar alguns comentários de leitores do Jornal Público:

Por Marcelo, Lisboa:

Quem fiscaliza a Assembleia da Republica? Os deputados podem fazer todas as asneiras que lhes apetece à custa do Orçamento (dos nossos impostos)? E o Presidente não tem uma palavra a dizer? E o tribunal de contas está calado? E o ministro das finanças caladinho? E os partidos de direita e de esquerda da oposição estão todos no mamanço? Na chulice do povo português? Mas que é isto Sr 1º Ministro? É uma benesse para os deputados que já nada fazem, para não serem tão críticos do Governo? E os assessores vão dar muito jeito aos amiguinhos e aos sobrinhos dos deputados, claro! Acabe-se com esta pouca vergonha. Por causa destas porcarias é que ha mais de 60% de abstenção nas eleições! E depois vem Cavaco dizer que não percebe? Porra homem se não percebe demita-se ou cumpra o seu papel de presidente da republica a sério! Agora que respondam: quem fiscaliza a assembleia da republica? Será que o parlamento se tornou num cabaré de chulos do povo português?


Por Dinis Evangelista, Queluz:

Se 230 deputados é muita gente, um assessor por cada deputado é escândaloso. Todos sabemos que a maioria dos deputados nada faz no Parlamento, além de carregar no botão nas votações. Será que é o assessor que vai carregar no botão, em vez do deputado? Se há deputados que têm outros (vários) empregos (ou tachos) para que são necessários tantos assessores para estas funções? Ou será que o País está bem de finanças no que respeita a benefícios para os políticos. Assessores, técnicos para apoiar os grupos parlamentares, concordo, agora, um assessor para cada deputado, é gozar com a miséria em que vivem a maioria dos portugueses.


Por Sousa da Ponte, Faro:

A democracia virou nepoticracia. Há alguma justificação para tanto assessor, tanto assistente, tanto chulo? O cumulo é atingico com o PEV(FVD): 12 assessores para dois deputados? Mas para fazerem o quê? O Jaime Gama diz: "O Orçamento da Assembleia não pode ter uma expansão superior à do Orçamento de Estado em termos de despesa pública e de despesas com pessoal". Podemos suspeitar que ele está sendo tão enganador como os números fornecidos pelo organimo que dirige. O grupo parlamentar do PS, com 76 assessores, tem disponíveis 2,2 milhões de euros por ano para despesas com pessoal enquanto o PEV(FVD) tem 203 mil euros para 12 assessores.


Por vasco, vasco:

Já sei porque é que a Assembleia da República tem tantos assistentes: o objectivo é chegar aos 150.000 postos de trabalho, lembram-se?!?

sábado, agosto 11, 2007

Os lucros fabulosos das sanguessugas, devidamente avalizados por Trichet, Constâncio e Teixeira dos Santos

Jornal de Negócios - 1 de Agosto de 2007

Os quatro maiores bancos privados portugueses lucraram, no primeiro semestre de 2007, 1.138,9 milhões de euros, mais 182 milhões do que há um ano. Em média, os resultados líquidos aumentaram cerca de 30% até Junho, afectados pela quebra de 22,2% nos lucros do Millennium bcp.

O jornalista que escreve o artigo, Maria João Babo, não esquece contudo o «reverso da medalha»:

«No total, os quatro bancos entregaram aos cofres do Estado 109,6 milhões de euros, um aumento médio de 36,2% face a Junho de 2006»

«Os custos operativos dos quatro bancos cresceram até Junho. No BPI, os custos de estrutura aumentaram 14,4%, mas excluindo os custos relacionados com a OPA do BCP - que somaram 9,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano - a subida seria de 11,3%. A este agravamento não é alheio o programa de investimento em Angola...»

«Em termos de rendibilidade dos capitais próprios (ROE), o BCP está no fundo da tabela, tendo mesmo registado uma queda, de 20,1% em Junho do ano passado para 17,8% este ano.»


Jornal de Notícias - 1 de Agosto de 2007

Os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal lucraram cerca de 6,3 milhões de euros por dia, ou seja, 263,6 mil euros por hora, nos primeiros seis meses do ano, um ganho de 19% face ao período homólogo.

O jornalista que assina o artigo, Ricardo David Lopes, assinala, contudo, que em tempos de tamanha abundância nem tudo são rosas:

«Os lucros do BCP no semestre, recorde-se, caíram mais de 22%, "arrastados" pelos custos da oferta sobre o BPI (cerca de 65 milhões).»

«Mas o semestre - no qual os lucros dos quatro maiores bancos privados passaram pela primeira vez a fasquia dos mil milhões de euros - fica também marcado pelo aumento dos impostos pagos pela banca, frequentemente acusada de ganhar muito e pagar pouco

«Se é verdade que aquilo que entrou nos cofres do Estado é quatro vezes menos do que aquilo que ficou nas instituições, também é certo que o volume de impostos pagos cresceu (36,9%) ao dobro dos lucros


Comentário:

Não haverá uma alminha, em todos estes órgãos de comunicação, que tenha a coragem de questionar porque disparam trimestralmente as prestações dos empréstimos que todos nós pagamos, sem que a taxa de inflação suba? Não haverá uma cabecinha em todos estes MERDIA que pergunte porque sobem os juros desalmadamente? Todos estes «especialistas económicos» tiraram o curso na Universidade Independente? Ou são pagos para não questionar?

Não obstante todas as «contrariedades», as sanguessugas continuam confiantes que melhores tempos virão:


terça-feira, agosto 07, 2007

Ministério Público (MP) conclui que o Sr. Pinto de Sousa (Sócrates), foi prejudicado na Universidade Independente

Jornal Expresso – 4 de Agosto de 2007

«O aluno José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa até foi prejudicado na Universidade Independente (UnI) em relação a dois antigos colegas. Esta é uma das conclusões do despacho de arquivamento do Ministério Público (MP) da investigação sobre a licenciatura em Engenharia do primeiro-ministro, que não apurou quaisquer irregularidades no processo.»

«O documento, a que o Expresso teve acesso, revela o caos organizativo e pedagógico da UnI. de que beneficiaram todos os alunos. Sócrates foi apenas mais um. Se conclusão diferente se pode retirar sobre o processo de licenciatura do então ministro do Ambiente, diz o MP, é que até foi prejudicado, pois teve de frequentar as aulas da cadeira de Inglês Técnico e fazer um trabalho final, ao contrário dos seus colegas Carlos Pereira e Maria Carmen Antunes. Estes, segundo o MP, foram "brindados com a nota de 13 valores sem que tivessem obtido aproveitamento em disciplina que lhes permitisse a atribuição de equivalências".»

«E como eram as aulas de Inglês Técnico? Eram "conversas mantidas em inglês técnico no espaço reitoral" entre o ex-reitor Luiz Arouca e o aluno José Sócrates. "Duravam em média 15 minutos, com excepção dos dias em que faltasse algum professor, alturas em que a conversa duraria mais tempo", segundo descreveu o próprio Luiz Arouca. Questionado sobre a validade deste método, o antigo reitor respondeu que o mesmo é aplicado "nas universidades estrangeiras, como na Sorbonne e Cambridge".»


Comentário:

De seguida um curto vídeo da apresentação do trabalho final de curso (em Inglês Técnico), no qual Sócrates (Pintainho para os mais chegados, Effeminate para os mais Santanistas), sustenta de forma brilhante como, contra a vontade de uma população maioritariamente hostil, é possível construir dez úteis estádios de futebol, um premente e faraónico aeroporto na Ota e vários TGVs, infinitamente mais dispendiosos que apressurados.

A convicção inquebrantável de Pinto é imediatamente perceptível nas primeiras estrofes da sua magnífica retórica:

«First I was afraid, I was petrified

Kept thinking I could never live without you by my side

But I spent so many nights thinking how you did me wrong

I grew strong, I learned how to carry on...»


(O "YOU" do poema refere-se, como é óbvio, ao contribuinte)

Sócrates first graduated at UnI, as a minister he became petrified, but soon he realized, how much money it could be: