quinta-feira, setembro 29, 2011

Vídeo dedicado aos nossos admiráveis jornalistas que, por carreirismo, cobardia e cupidez, se limitam a ser caixas de ressonância do poder político, económico e financeiro

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"The War You Don’t See" - A Guerra que não lhe é permitido ver

A imundície a que chegou o "jornalismo" que nos é servido diariamente...

(Legendado em português)



O documentário "The War You Don’t See" [A Guerra que não lhe é permitido ver], do jornalista John Pilger, é uma investigação poderosa e oportuna sobre o papel dos Media na guerra, descrevendo a história das reportagens independentes e das não independentes sobre a carnificina da Primeira Guerra Mundial, a destruição de Hiroshima, a invasão do Vietname, a actual Guerra do Afeganistão e a catástrofe no Iraque.

Como as armas e a propaganda se tornam cada vez mais sofisticadas, a natureza da guerra está a desenvolver-se num "campo de batalha electrónico", em que os jornalistas desempenham um papel fundamental, e os civis são as vítimas.


"Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento." - (Carlos Bernardo González Pecotche)


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Mário Soares acerca da "independência" dos Media no Programa "Prós e Contras" [27.04.2009]:

Mário Soares: [...] «Pois bem, agora um jornal, não há! Uma pessoa não pode formar um jornal, precisa de milhares de contos para formar hoje um jornal e, então, para uma rádio ou uma televisão, muito mais. Quer dizer, toda a concentração da comunicação social foi feita e está na mão de meia dúzia de pessoas, não mais do que meia dúzia de pessoas

Fátima Campos Ferreira: «Grupos económicos, é

Mário Soares: «Grupos económicos, claro, grupos económicos. Bem, e isso é complicado, porque os jornalistas têm medo. Os jornalistas fazem o que lhes mandam, duma maneira geral. Não quer dizer que não haja muitas excepções e honrosas mas, a verdade é que fazem o que lhes mandam, porque sabem que se não fizerem aquilo que lhe mandam, por uma razão ou por outra, são despedidos, e não têm depois para onde ir.» [...]
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domingo, setembro 25, 2011

Jon Stewart do Daily Show: Os ricos e os pobres da América "socialista", um sistema de impostos escandaloso e uns Media absolutamente execráveis

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De como os ultra-bilionários americanos estão a ser acusados de serem "socialistas" pelos Media que, por ironia do destino, são propriedade desses mesmos ultra-bilionários.

Um curto vídeo verdadeiramente imperdível

(Legendado em português)



Um cheirinho do vídeo:

Jon Stewart: Esta semana, o estranhamente não-excêntrico bilionário, Warren Buffett, entrou na guerra.

Canal Televisivo: O bilionário diz: "Enquanto a maioria dos americanos luta para sobreviver, nós, os mega-ricos, continuamos a ter reduções fiscais extraordinárias. Os meus amigos e eu já fomos mimados durante muito tempo."

Warren Buffett: Pago uma taxa muito inferior sobre a maioria dos meus rendimentos do que a minha empregada de limpeza.

Jon Stewart: Para sermos justos, a empregada de limpeza do Warren Buffet também é bilionária.
O artigo de opinião de Warren Buffett foi uma dissertação cuidadosa sobre as vantagens de que os super-ricos desfrutam, actualmente, ao abrigo do código fiscal, ou, por outras palavras…

Fox News: A seguir: Warren Buffett e a luta de classes…

Fox News: Mais luta de classes de um bilionário afável, que deveria deixar de presumir que os ricos são todos bilionários.

Fox News: O Warren Buffett escreveu um artigo de opinião… Será ele completamente socialista?

Jon Stewart: Se o Warren Buffett é um socialista? Nem fazes ideia do que é o socialismo, pois não?
Aquele George Clooney sempre a papar gajas diferentes... Que grande bicha!

Etc., Etc., Etc...

quarta-feira, setembro 21, 2011

«Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro» é provavelmente o melhor documentário jamais feito sobre o embuste do "ataque terrorista islâmico" de 11 de Setembro de 2001 nos EUA.

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«Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro» é o documentário que, de modo mais fundamentado, abrangente e explícito, demonstra as incontáveis mentiras da versão oficial sobre o "ataque terrorista" do 11 de Setembro nos EUA.

Este documentário não é aconselhável a pessoas com menos de dois dedos de testa e que abominam as "teorias da conspiração", como se a própria versão oficial dos acontecimentos não fosse, ela própria, uma teoria da conspiração: uma teoria em que dúzia e meia de islamistas, provenientes das cavernas do Afeganistão, conspiraram para atacar a América, utilizando aviões comerciais como mísseis e iludindo completamente a mais eficaz defesa militar e a mais poderosa força aérea do planeta.

Um documentário que ninguém deve perder



Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro [Zero: An Investigation into 9/11] defende uma tese central – que a versão oficial dos eventos que rodearam os ataques do 11 de Setembro não pode ser verdadeira. Este documentário explora as mais recentes provas científicas e revela dramaticamente novas testemunhas que conflituam directamente com a versão do Governo norte-americano.

Este documentário-inquérito, que reagrupou um painel inédito de especialistas da associação americana ReOpen911 [Reabrir o inquérito ao 11 de Setembro] - centenas de cientistas, arquitectos, pilotos, engenheiros, políticos e militares, beneficia, igualmente, da participação excepcional de Dário Fo, Prémio Nobel da literatura em 1997, e de Gore Vidal, escritor e argumentista norte-americano.

O documentário, já projectado em dezenas de salas de cinema e Itália, foi difundido, extra-competição, no Festival do Cinema de Roma (em 2007) onde recebeu críticas unanimemente positivas, retomadas pelo conjunto da imprensa italiana:

Il Corriere della Sera - «Organizado principalmente via Internet, o movimento pela verdade sobre o 11 de Setembro reúne cada vez mais personalidades, políticos e cientistas através do mundo. Apoiando-se tanto num trabalho de recolha de informação por um lado e de crítica racional por outro, as incoerências, as omissões e as manipulações da versão oficial [do 11 de Setembro] foram amplamente postas em evidência. Um conjunto de contradições, de lacunas e de omissões duma gravidade impressionante. Confirmando que a versão oficial mete água por todos os lados.»


A tragédia do 11 de Setembro de 2001 permitiu a justificação de duas guerras ilegais, o aumento drástico dos orçamentos militares, e também colocou em causa a questão das liberdades individuais. Este acontecimento moldou a geopolítica deste princípio de século. Portanto, a colocação em causa da teoria do complot islamita é cada vez mais aceite no mundo.



Os oradores convidados no debate sobre o documentário no Parlamento Europeu


O euro-parlamentar socialista Giulietto Chiesa exibiu, em Fevereiro de 2008, no Parlamento Europeu, o documentário "Zero: Uma Investigação ao 11 de Setembro".

Não obstante terem sido enviados convites a todos os 785 parlamentares europeus, e a cerca de um milhar de jornalistas, só seis parlamentares, e nenhum jornalista italiano, vieram ver o documentário.

Chiesa atribuiu a falta de interesse dos parlamentares e dos meios de comunicação europeus à influência e ao controlo da informação por parte dos Estados Unidos.



O documentário integral legendado em português (brasileiro), dividido em oito partes:



































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domingo, setembro 18, 2011

O Banco Central Europeu (BCE) explicado a Armandos, Armindos, Frangos e Passarinhos

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A Primavera esmerou-se. Um sol agradável acariciava-nos na esplanada do café à beira da minha porta. A chegada do senhor Antunes, o mais popular dos meus vizinhos, deu ensejo a uma lição sobre Europa e finanças a nós todos que disto pouco ou nada percebemos.

Mais coisa, menos coisa, é assim sem tirar nem pôr:

- Ó sôr Antunes, explique lá isso do Banco Central Europeu aqui à rapaziada do Café.

- Então vá, vá lá, só por esta vez. O BCE é o Banco Central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

- E donde veio o dinheiro do BCE?

- O capital social, o dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

- E é muito, esse dinheiro?

- O capital social era 5,8 mil milhões de euros mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012, até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

- Então, se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, não? Como qualquer banco pode emprestar dinheiro a um ou outro dos seus accionistas.

- Não, não pode.

- ???

- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

- Então, a quem pode o BCE emprestar dinheiro?

- A outros bancos, já se vê, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

- Ah percebo, então Portugal, ou a Alemanha, quando precisam de dinheiro emprestado não vão ao BCE, vão aos outros bancos que por sua vez vão ao BCE e tal.

- Pois.

- Mas para quê complicar? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?

- Não. Sim. Quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

- ??!!..

- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos XPTO, a 1% de juros e esse conjunto de bancos XPTO emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

- Mas isso assim é um "negócio da China"! Só para irem a Bruxelas buscar o dinheiro!

- Neste exemplo, ganharam uns 3 ou 4 mil milhões de euros. E não têm de se deslocar a Bruxelas, nem precisam de levantar o rabo da cadeira. E qual Bruxelas qual carapuça. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt, onde é que havia de ser?


Banco Central Europeu (BCE)


- Mas, então, isso é um verdadeiro roubo... com esse dinheiro escusava-se até de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de nos tirarem o 13º mês, que já dizem que vão tirar...

- Mas, ó seu Zé, você tem de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

- Mas quem é que manda no BCE e permite um escândalo destes?

- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

- Deixa ver se percebo. Então, os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1% para depois estes emprestarem a 5%, a 6% e a 7% aos Governos donos do BCE?

- É quase isso. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar é que levam juros a 6%, a 7% ou mais.

- Nós somos os donos do dinheiro e nós não podemos pedir ao nosso banco...

- Nós, nós, qual nós? Qualquer, Portugal ou a Alemanha, é composto por gentinha vulgar e por pessoas importantes. Você quer comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

- Mas, e os nossos Governos aceitam uma coisa dessas?

- Os nossos Governos, os nossos Governos... mas o que é que os governos podem fazer? Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos. Em resumo, não podem fazer nada, senão quem é que os apoiava?

- Mas que porra de gaita! Então eles não estão lá eleitos por nós?

- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é que manda. Não viu isto da maior crise mundial de há um século para cá? Essa coisa a que chamam sistema financeiro que transformou o mundo da finança num casino mundial como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam e que ia levando os EUA e a Europa à beira da ruína? É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gentinha que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos a ver navios. Os governos, então, nos EUA e cá na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram que repor o dinheiro.

- E onde o foram buscar?

- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. Donde é que havia de vir o dinheiro do Estado?...

- Mas meteram os responsáveis na cadeia?

- Na cadeia? Que disparate. Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram passados à reforma. O Sr. McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

- Ó sôr Antunes, então como é? Comemos e calamos?!

- Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...


Comentário

O que o Sôr Antunes não disse, provavelmente porque não sabia, é que a esmagadora maioria da moeda em circulação é virtual, criada tanto pelo Banco Central Europeu como pelos Bancos Comerciais, na forma de depósitos à ordem (cujas reservas legais são actualmente de 2%).

Nos empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) aos bancos comerciais há três modalidades:

a) Operações de Open-Market: o BCE compra títulos aos Bancos Comerciais e credita as contas de depósitos à ordem dos respectivos Bancos Comerciais. Este «dinheiro» é criado, a partir do nada, pelo BCE com apenas alguns toques no teclado de um computador.

b) A facilidade permanente de cedência de liquidez overnight: essencialmente um empréstimo do BCE aos Bancos Comerciais de um dia para o outro.

c) Operações de redesconto.


Em suma, quando os Bancos Comerciais se queixam da «dificuldade em se financiarem», era obrigação de todos os cidadãos europeus irem à procura dos banqueiros e respectivos testas de ferro, incluindo políticos corruptos e jornalistas e opinadores venais, e aplicar-lhes um dos seguintes correctivos:

1 - Decapitação

2 - Defenestração

3 - Desmembramento

4 – Empalamento

5 – Lapidação

6 – Esquartejamento

7 – Morte na fogueira

8 – Etc., Etc., Etc...


Não! Esta não é a face de um banqueiro ladrão, de um político corrupto ou de um jornalista venal, a sofrer as agruras acima descritas (ante fosse!). Esta é a face de um cidadão europeu a quem os bancos estão a regredir o nível de vida em cerca de 100 anos.
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quarta-feira, setembro 14, 2011

Um chulo não tem necessariamente de passar as noites a jogar poker e ter um grupo de prostitutas a atacar por conta

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Há muito chulo que trabalha 8, 10, 12 ou mais horas por dia, e que tem sob as suas ordens um grupo de «colaboradores» a quem paga salários miseráveis. Estes dinâmicos empresários, não obstante a sua elevada capacidade de trabalho, acumulam enormes fortunas assente em trabalho semi-escravo de muita e boa gente. Estes ditos empresários, embora não se possa dizer que vivam à custa de meretrizes "protegidas", não passam também de imundos e ignóbeis "pimps"!

Alexandre Soares dos Santos


Vem este intróito a propósito de Alexandre Soares dos Santos, presidente e principal accionista do Grupo Jerónimo Martins (a que pertence o Pingo Doce).

Em Março 2011 a Forbes anunciou que Alexandre Soares Santos era o segundo português mais rico, valendo 2,3 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros).

Os principais accionistas do Grupo Jerónimo Martins são a Sociedade Francisco Manuel dos Santos, a Asteck. S.A, a Carmignac Gestion (Gestão de activos financeiros), a Freffloat, a Ameriprise Financial, a Julius Baer Inv. Management e, já tinha sido o BPP. Tudo entidades profundamente ligadas à Grande Finança, como seria de esperar.

E Alexandre Soares Santos tornou-se o segundo português mais rico, valendo 2,3 mil milhões de dólares porque, entre outras coisas, como afirmou Antónia Figueiredo, presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA), nas frutas e nos hortícolas, "a grande distribuição encaixa 70 a 80% do valor do preço final".





Em suma, as grandes distribuidoras esmagam os preços nos produtores, com a consequente diminuição dos salários das pessoas que aí trabalham, e pagam uma miséria aos funcionários dos super e hipermercados, encaixando, de longe, a maior parte da fatia do bolo. Ao fazê-lo, criam dois tipos de escravatura – a montante (na produção) e a jusante (nas lojas).



A escravatura a jusante

Há dias, fui ao Pingo Doce comprar alguns artigos e quando ia pagar, perguntei à caixa se lhe podia fazer uma pergunta um pouco indiscreta. Ela, hesitante, respondeu-me que sim. Perguntei-lhe quanto é que ganhava:

- Um pouco mais do que o ordenado mínimo – respondeu ela.

- Mas quanto, ao certo? – perguntei eu.

- 520 Euros – disse-me ela.

- Eu estou a perguntar-lhe isto porque ontem ouvi na televisão o seu patrão a deitar postas de pescada sobre o benemérito que ele tem sido para os seus funcionários.

A mulher da caixa, a rodar os trinta anos, sorriu com ar acanhado.



A escravatura a montante

Na Luminária:

Pierre Priolet, fruticultor, que se tornou porta-voz dos produtores franceses de frutos e legumes que não conseguem viver das suas colheitas, há vinte anos tornou-se produtor de maçãs e peras. Primeiro empresário, depois simples agricultor, enquanto poda as suas árvores interroga-se: como explicar que ele venda um quilo de maçãs a 17 cêntimos, ao passo que os consumidores o compram entre 1,70 e 3 euros? Em 2009, após ter vendido a sua fruta, faltavam-lhe 15 mil euros para remunerar os que as tinham colhido.

O mesmo princípio pode aplicar-se a outras produções agrícolas e não agrícolas, a outros sectores produtores da economia, tornando esta mais 'real', mais próxima das verdadeiras necessidades das populações, com menos custos/margens de intermediação e muito menos especulação.

- Será que as grandes superfícies (cadeias de distribuição) não estiveram/estão a incentivar a produção e 'fidelização' dos pequenos e médios empresários (fruticultores, horticultores, vitivinicultores, pecuários, 'leiteiros', pescadores, ...) com contratos e apoios que, ao fim de alguns poucos anos, os 'esmagam' com preços demasiado baixos e os levam à ruína, à venda das suas propriedades/empresas, ou sua total dependência (subordinação hiper-exploradora) às cadeias de distribuição (e/ou aos bancos)... ?!



No Jornal de Leiria:

Nos pomares de pêra rocha do Oeste já se vive a agitação da apanha do fruto, cuja produção deverá este ano atingir as 200 mil toneladas. Ultrapassada a fase de produção, os agricultores confrontam-se agora com a necessidade de escoar o produto. Dizem que nem sempre é fácil negociar com as grandes superfícies, que exigem grande qualidade mas pagam preços baixos. Apesar disso, entre o pomar e o consumidor o preço da fruta muitas vezes triplica.

O gerente da Fruticordeiro revela, por exemplo, que a fruta que vendia a 50 cêntimos o quilo era depois colocada nas lojas com "mais 50% ou 60%" sobre esse valor. Mas os produtores "não podem fazer nada [quanto a isto], porque têm de escoar o produto, não o podem guardar". O agricultor lamenta que haja a ideia de que os produtores ganham muito dinheiro. "De facto a fruta está cara nas lojas, mas não são os produtores que ganham. A maior fatia fica no comércio", sustenta.

Telmo Prezado, produtor do Oeste, em recentes declarações à SIC, disse que um quilo de pêra rocha vendido pelo produtor entre 50 e 90 cêntimos, dependendo do calibre, "está nas lojas a 1,60 ou 1,80 euros". A fruta "chega sempre à mesa quatro vezes mais cara do que sai do pomar".
"A grande distribuição aposta numa política de preços baixos que não ajuda os produtores a cobrir os custos de produção, esmaga as margens e desincentiva o investimento na agricultura", disse ao Diário Económico Pedro Queiroz, director-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares.

Filipe Ribeiro, sócio da Carsag, frisa: "O grande problema é a concentração que se tem operado na distribuição". "Quem está muito dependente das grandes superfícies acaba por ficar nas mãos delas. Têm formas de pressionar o produtor a baixar os preços, não fazendo encomendas ou impondo outros ‘castigos’, o que dificulta bastante a relação". Ou então, “importam produto para criar excesso de oferta no mercado, o que faz baixar os preços".
Filipe Ribeiro entende que as cadeias de distribuição têm uma grande margem de lucro em muitos dos produtos agrícolas que vendem e estranha que apresentem como chamariz abacaxi ou banana importada a menos de um euro, quando vendem fruta da época produzida em Portugal a valores na casa de 1,5 euros ou mais. "Isto prejudica o produtor e é um contra-senso." Diz ainda que nas cadeias de distribuição "o que conta é o lucro imediato, o que não é compatível com a sustentabilidade". Entende, por isso, que o consumidor tem também um papel importante a desempenhar para que as coisas mudem.

Jorge Soares, em declarações ao Público, fala em "oligo-poderes" que "espartilham" os produtores, apontando o dedo à banca, ao sector energético e à distribuição. Os três "atingiram uma posição assustadora que violenta a relação com os produtores. Sobretudo a distribuição tem um peso excessivo contra o qual nós nada podemos. São eles que ditam os preços", diz o presidente da Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça, lembrando que em 1992 havia 15 insígnias no mercado e que hoje há apenas cinco.



No Expresso:

O produtor de batata está a receber entre cinco e sete cêntimos por cada quilo vendido. No entanto, na prateleira do supermercado o consumidor pode ter de gastar entre 50 e 60 cêntimos por cada quilo daquele produto alimentar. Ou seja, dez vezes mais.

Este é apenas um exemplo, mas a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) garante que no vinho acontece exactamente o mesmo: "O produtor recebe 40 cêntimos por litro e depois é vendido a quatro euros no restaurante". E a CNA dá ainda o exemplo do arroz, cujo quilo é pago a 40 cêntimos ao agricultor mas que, no supermercado, atinge os 80 cêntimos. O leite era pago a 45 cêntimos por litro ao produtor, em 2008, "mas agora este recebe apenas 20 a 27 cêntimos pela mesma quantidade".

João Dinis, da direcção nacional da CNA, diz que mais que falta de transparência "há claramente manipulação de preços e cartelização por parte da grande distribuição. Só assim se explicam as grandes diferenças entre o que é pago ao agricultor e o que é apresentado ao consumidor".

Maria Antónia Figueiredo, presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA), lembra que várias grandes empresas de distribuição têm contratos directos com clubes de produtores, como por exemplo a Sonae, grupo a que pertence o presidente da APED. E frisa ainda que, nas frutas e nos hortícolas, "a grande distribuição encaixa 70 a 80% do valor do preço final".



Na SIC Notícias de 9/9/2011, Alexandre Soares dos Santos explicou em tom paternalista, aos portugueses, o que há a fazer para sair da crise. Afirmou, em suma:

1 – Honrar os nossos compromissos com os nossos credores [agiotas financeiros internacionais], FMIs e quejandos.

2 – Fazer compreender aos portugueses que têm de trabalhar mais.



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domingo, setembro 04, 2011

Ou aceitamos a execução do programa do Governo ou optamos simplesmente pela execução dos seus membros

Jornal Algarve: Antevendo as várias manifestações de protesto que já estão marcadas contra as medidas de austeridade do Governo PSD/CDS-PP, o primeiro-ministro fez questão de ameaçar que não será brando, em declarações no passado domingo, dia 4 de Setembro, em Campo Maior.

"Pode haver quem se entusiasme com as redes sociais e com aquilo que vê lá fora, esperando trazer o tumulto para as ruas de Portugal", disse Passos Coelho, avisando de antemão "aqueles que pensam que podem agitar as coisas de modo a transformar o período que estamos a viver numa guerra com o Governo".


Mas, ao contrário das palavras de Passos Coelho, ninguém pretende uma guerra com o Governo. O que todos ambicionam é, tão somente, a aniquilação do mesmo. E também que os criminosos e genocidas que o compõem batam com os costados na pildra por muitos e bons anos, ou, em alternativa, que entreguem a alma ao Criador (seja por doença, acidente ou justiça cidadã).


O género de notícias que se segue são praticamente diárias:

Diário Digital (31-8-2011): Governo aprovou agravamento do IRS e IRC em 2012.

Diário de Notícias (1-9-2011): Com a redução de vagas, mais de um quarto dos professores contratados que tiveram lugar o ano passado ficaram este ano sem poder dar aulas. Feitas as contas, 35 mil professores no desemprego poupam 60 milhões ao Ministério da Educação.

Diário de Notícias (7-9-2011): O Governo justificou hoje o aumento do IVA sobre a electricidade e gás natural com a crise e com "a obrigação do Estado" de cumprir a meta de 5,9 de défice este ano

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As manifestações, as palavras de ordem, os cartazes, as bandeiras e as canções de protesto não têm impacto rigorosamente nenhum nas "políticas" do Governo. Para que haja, de facto, mudança efectiva, é necessário que os políticos corruptos, os jornalistas venais e os banqueiros que os trazem a todos presos pela trela, sintam verdadeiramente na carne a fúria do desespero dos que têm salários de fome, dos desempregados, dos precários, dos reformados com pensões de miséria, dos pobres, etc...





Num artigo de Fernando Madrinha, no Jornal Expresso de 01-09-2007, há três frases que nos explicam o roubo descomunal que os bancos estão a fazer aos portugueses através dos seus políticos corruptos:

a) Os poderes do Estado cedem cada vez mais espaço a poderes ocultos ou, em qualquer caso, não sujeitos ao escrutínio eleitoral.

b) A ponto de os próprios partidos políticos e os governos que deles emergem se tornarem suspeitos de agir, não em obediência ao interesse comum, mas a soldo de quem lhes paga as campanhas eleitorais.

c) Os bancos continuarão a engordar escandalosamente porque, afinal, todo o país, pessoas e empresas, trabalham para eles.


E a somar às declarações de Fernando Madrinha, são cada vezes mais os que se questionam porque razão, dos 78 mil milhões de euros que a Troika nos emprestou a juros agiotas (de quase 6%), o Governo deu aos bancos 12 mil milhões de euros para a sua "recapitalização", e ainda lhes ofereceu mais 35 mil milhões de euros em garantias para que estes possam emitir dívida para se "financiarem".


quinta-feira, setembro 01, 2011

Seis milhões de Judeus

(Wikipedia) - O Holocausto é o termo geralmente usado para descrever o genocídio de aproximadamente seis milhões de Judeus Europeus durante a Segunda Guerra Mundial, como parte de um programa de extermínio deliberado planeado e executado pelo regime Nazi na Alemanha liderada por Adolf Hitler.

Curiosamente, em 1939-1945, não foi a primeira vez que seis milhões de judeus foram molestados (neste caso, exterminados pelos Nazis). Já em 1919, um ano depois de terminada a Primeira Guerra Mundial, seis milhões de Judeus estiveram condenados a morrer à fome numa Europa hostil [Revista: "The American Hebrew"]. E mesmo mesmo dezassete anos antes, em 1902, seis milhões de Judeus estiveram a ser sistematicamente humilhados na Rússia e na Roménia [Enciclopédia Britânica].

Na Revista «American Hebrew» de 31 de Outubro de 1919, surgiu um artigo entitulado "A Crucificação dos Judeus Tem de Parar!" [The Crucifixion of Jews Must Stop!], escrito por Martin H Glynn, ex-governador do Estado de Nova Iorque. O artigo foi publicado um ano depois de terminada a Primeira Guerra Mundial, aproximadamente 20 anos antes do rebentar da Segunda Guerra Mundial. O artigo refere por sete vezes o número 'seis milhões de Judeus'.



(Clicar nas imagens para aumentar)




The American Hebrew (1919) - páginas 582 e 601

Do outro lado do mar seis milhões de homens e mulheres pedem a nossa ajuda, e oitocentas mil criancinhas choram por pão.

Estas crianças, estes homens e mulheres são os nossos companheiros da família humana, com a mesma reivindicação à vida, a mesma susceptibilidade ao frio do Inverno, a mesma propensão para morrer perante as garras da fome. Dentro deles residem as ilimitadas possibilidades para o progresso da raça humana como residiriam naturalmente em seis milhões de seres humanos. Não devemos ser os seus protectores mas temos de ser o seu socorro.

Em face da morte, na tortura da fome não há lugar para distinções mentais ou credos, não existe lugar para diferenciações raciais. Nesta catástrofe, quando seis milhões de seres humanos estão a caminhar rapidamente para a sepultura por um destino cruel e inflexível, só a mais idealista persuasão da natureza humana pode influenciar o coração e mover a mão.

Seis milhões de homens e mulheres estão a morrer de carência das coisas mais básicas da vida; oitocentas mil crianças choram por pão. E este destino impende sobre eles embora não tenham culpa disso, embora não tenham transgredido as leis de Deus ou do homem, mas por causa da terrível tirania da guerra e um fanático desejo de sangue Judeu.

Neste ameaçador holocausto de vida humana, são esquecidos os preciosismos das distinções filosóficas, são esquecidas as diferenças da interpretação histórica, e a determinação para ajudar os sem ajuda, dar abrigo aos sem-abrigo, vestir os nus e alimentar os que têm fome torna-se numa religião em cujo altar homens de todas as raças podem rezar e mulheres de todos os credos podem ajoelhar-se. Perante esta calamidade, as modas temporais dos homens desmoronam-se perante as eternas verdades da vida, e acordamos para o facto de que todos somos uma criação de Deus e que todos nos encontraremos perante o tribunal de Deus no dia do juízo final. E quando chegar o dia do juízo final uma mera oração não valerá um tostão; mas obras, simples obras intangíveis, obras que secam as lágrimas do sofrimento e aliviam a dor da aflição, obras que no espírito do Bom Samaritano derramam óleo e vinho nas feridas e encontram alimento e abrigo para os que sofrem e para os aflitos, terão mais peso que todas as estrelas no céu, toda a água dos mares, todas as pedras e metais nos astros que giram no firmamento à nossa volta.

A raça é uma questão de acaso; o credo, é em parte uma questão de herança, em parte uma questão de ambiente, em parte uma questão de raciocínio; mas as nossas necessidades físicas e corporais estão implantadas em todos nós pelas mãos de Deus, e o homem ou a mulher que podem, e se recusam, a ouvir o grito da fome; que podem, e se negam, a prestar atenção aos lamentos dos que morrem; os que podem, e não fazem, estender uma mão amiga àqueles que se afundam sob as ondas da adversidade é um assassino de instintivos mais selvagens, um traidor à causa da família humana e um apóstata das leis naturais escritas em todos os corações humanos pelo dedo do próprio Deus.

E assim, no espírito que tornou a oferenda em cobre da pobre viúva em prata, e a prata em ouro quando colocado no altar de Deus, é feito um chamamento ao povo deste país para santificar o seu dinheiro com a dádiva de 35 milhões de dólares em nome da humanidade de Moisés aos seis milhões de homens e mulheres famintos.

Seis milhões de homens e mulheres estão a morrer – oitocentas mil crianças estão a chorar por pão. E porquê?

Por causa de uma guerra para derrubar a Autocracia e dar à Democracia o ceptro dos justos.

E nessa guerra pela democracia 200,000 rapazes judeus dos Estados Unidos combateram sob a bandeira americana. Só na 77ª Divisão havia 14,000 deles, e na floresta de Argonne esta divisão capturou 54 peças de artilharia alemã. Isto mostra quem em Argonne os rapazes judeus dos Estados Unidos combateram pela democracia tal como Joshua lutou contra os Amalequitas nas planícies de Abraão. Num discurso ao denominado "Batalhão Perdido" [Lost Battalion] comandado pelo coronel Whittlesey de Pittsfield, o general de divisão Alexander mostrou de que fibra eram formados estes rapazes judeus. Por qualquer motivo o comando de Whittlesey foi cercado. Tinham poucas rações. Tentaram comunicar com a retaguarda dando conta da sua luta. Tentaram e voltaram a tentar, mas os seus homens nunca conseguiram. A paralisia, a estupefacção e o desespero fizeram-se sentir. E no momento mais difícil e quando tudo parecia perdido, um soldado adiantou-se e disse ao coronel Whittlesey: "Vou tentar furar o cerco." Ele tentou, foi ferido, arrastou-se e rastejou, mas conseguiu passar. Hoje usa a Cruz por Serviços Excepcionais [Distinguished Service Cross] e o seu nome é Abraham Krotoshansky.

Por causa desta guerra pela Democracia seis milhões de Judeus, homens e mulheres estão a morrer de fome do outro lado do mar; oitocentos mil bebés Judeus estão a chorar por pão.

Em nome de Abraham Krotoshinsky que salvou o "Lost Battalion," em nome dos outros cento e noventa e nove mil, novecentos e noventa e nove rapazes Judeus que combateram pela Democracia sob a bandeira americana, vocês não dariam cobre, ou prata, ou ouro, para manter a vida nos corações destes homens e destas mulheres; para manter o sangue nos corpos destas crianças?

Na guerra mundial o Judeu ajudou toda a gente excepto o Judeu. "Além" ajudou no acampamento, no conselho e no conflito. "Acolá" ajudou a Cruz Vermelha, a Associação de Jovens Cristãos [Y.M.C.A.], os "Knights of Columbus" [Cavaleiros de Colombo - organização católica], a Maçonaria [the Masons], o Exército de Salvação e toda a gente. Portanto agora é a altura de todos ajudarem o Judeu, e Deus sabe que é agora que ele precisa.

Das trevas desta guerra, todas as outras raças, salvo uma ou duas, teve direito a um raio de sol. Mas entre as trevas circundantes não houve luz para o Judeu "para vós me guiardes". A guerra acabou para todos menos para o Judeu. O punhal ainda está na sua garganta e uma ânsia, velha de um século, irracional e absurda por sangue Judeu abre-lhe as veias. O Judeu na Roménia, Polónia e Ucrânia é feito o bode expiatório da guerra. Desde que o armistício foi assinado, milhares de Judeus na Ucrânia foram oferecidos como sacrifícios vivos a ambições diabólicas e a paixões fanáticas – as suas gargantas cortadas, os seus corpos rasgados membro a membro por bandos assassinos da soldadesca ciumenta. Na cidade de Proskunoff, há poucas semanas atrás, a madrugada viu a porta de cada casa onde vivia um Judeu marcada para um massacre.

Durante quatro dias, do nascer ao pôr do sol, fanáticos utilizaram a navalha como demónios do inferno, parando apenas para comer, ébrios com o sangue das vítimas Judias. Mataram os homens; foram menos misericordiosos com as mulheres. Violaram-nas e depois mataram-nas. De um objectivo a uma loucura, de uma loucura a um hábito, aconteceu esta matança de Judeus, até que em quatro dias as ruas de Proskunoff ficaram vermelhas como sarjetas de um matadouro, até que as suas casas se tornaram na morgue de milhares de seres humanos assassinados cujos feridas abertas gritaram por vingança e cujos olhos ficaram empedernidos com os horrores a que assistiram. Como disse o honorável Simon W. Rosendale, parafraseando apropriadamente o pensamento de Bobby Burns no seu discurso recente, é a velha história da "desumanidade de uns homens para com outros que colocam incontáveis milhares de luto". Assim como aconteceu em Proskunoff, o mesmo aconteceu em centenas de outros lugares. A história sangrenta repete-se ad nauseum. É a mesma história manchada de lágrimas – sempre a velha mancha sobre o brasão da humanidade. Realmente, Byron estava certo quando escreveu:

Tribos dos pés errantes e do peito fatigado
Para que lugar devem fugir para estarem em descanso?
O pombo selvagem tem o seu ninho, a raposa a sua toca,
A humanidade os seus países, Israel apenas a sepultura.

[Tribes of the wandering feet and weary breast
Whither shall ye flee to be at rest?
The wild dove hath her nest, the fox his cave,
Mankind their countries, Israel but the grave
.]

[Ilegível] para um lugar ao sol, e a crucificação dos Judeus tem de parar. Dizemo-lo novamente, a guerra acabou para todos menos para os Judeus. Como Isaac com a faca na garganta, mas ao contrário de Isaac, nenhum poder é capaz de parar o aço da avidez pelo seu sangue. Mas algum poder no mundo tem de se levantar para impedir o extermínio de uma raça digna. Em nome da paz no mundo temos de ter uma Liga das nações por todos os meios; mas pela Humanidade no Mundo, para fazer justiça ao Judeu e a outros povos oprimidos na terra, deixem-nos ter as Tréguas de Deus!


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Mas já dezassete anos antes da publicação do artigo anterior na revista «The American Hebrew», também na Enciclopédia Britânica, em 1902, já se denunciava as provações de seis milhões de Judeus:

Na página 482 de um artigo sobre Anti-semitismo na 10ª edição da Enciclopédia Britânica (1902) encontram-se as palavras: "Enquanto existem na Rússia e na Roménia seis milhões de Judeus que estão a ser sistematicamente humilhados... [While there are in Russia and Rumania six millions of Jews who are being systematically degraded...]. Estas palavras surgem no último parágrafo da coluna da esquerda da imagem seguinte e precedem a referência aos Seis Milhões das vítimas Judias da Segunda Guerra Mundial em aproximadamente 40 anos:

Enciclopédia Britânica (1902): [While there are in Russia and Rumania six millions of Jews who are being systematically degraded...] "Enquanto existem na Rússia e na Roménia seis milhões de Judeus que estão a ser sistematicamente humilhados..."
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