sexta-feira, julho 15, 2011

Esta crise financeira é o maior roubo jamais perpetrado contra a humanidade, afirmou Joe Berardo – um especulador de segunda a falar dos especuladores de primeira


Joe Berardo, um especulador financeiro português de meia tigela mas com conhecimentos da poda, aponta com precisão algumas minudências da situação aflitiva em que nos encontramos mergulhados. Em suma:

- Esta crise financeira é o maior roubo feito à humanidade e é levado a cabo pelos grandes especuladores mundiais, que é como quem diz, pelo oligopólio bancário que controla o sistema financeiro mundial.

- Vivemos numa democracia podre! Estes políticos não nos representam.

- O desemprego entre os jovens - o problema mais grave a nível mundial - vai resultar em revoluções.





Entrevista à Lusa de Joe Berardo - 19.02.2011

Numa entrevista à agência Lusa, o empresário disse estar "muito preocupado com o aumento do custo de vida em Portugal" e elegeu o desemprego entre os jovens como "o problema mais grave a nível mundial" porque "vai resultar em revoluções", como as da Tunísia e Egipto.

Sustentou que os aumentos do petróleo, IVA, impostos, redução dos ordenados na função pública, ou a duplicação do preço do trigo em menos de um ano são situações que vão provocar "uma inflação incontrolável daqui a pouco tempo".

"Alguém tem que vir com um novo sistema de democracia e, se for preciso, mudar o sistema político", declarou, recordando que também quando "Salazar tomou conta de Portugal não havia alimentação e havia bombas em Lisboa todos os dias nos anos 30".

"Temos que ter liderança. Tem que haver uma nova ordem de progresso", frisa, mencionando que "vivemos numa democracia podre", na qual os políticos têm a lógica do "vota em mim" prometendo vantagens.

"Portugal já deu uma volta grande no passado, foi um povo que dominou o mar há 200 anos e temos que arranjar maneira de todos nós vivermos e darmos uma oportunidade aos jovens, à nova geração", realça.

O empresário considera também que Portugal tem de começar a pensar em projetos de longo prazo e não em função dos actos eleitorais e reeleições e refere o exemplo da China, que "está a resolver os problemas para daqui a 40 anos, faz planos a 40 anos e nós em Portugal a 2 ou 3 anos, só para resolver o problema de amanhã".

"Vão ao mercado internacional apenas para pagar as dívidas, e entretanto o que vamos comer?", questiona.

Berardo salientou ainda que esta situação de crise financeira generalizada acontece enquanto "o UBS, o banco que foi o causador de uma das maiores desgraças do sistema financeiro, anunciou recordes de ganhos, mas é tudo ganhos fictícios, feitos em especulação".

"O maior roubo que está a acontecer na humanidade é feito pelos especuladores", disse, censurando o facto de ainda por cima se "estender o tapete vermelho" para os responsáveis dessas instituições quando fazem as conferências para debater os problemas financeiros, o que diz ser "inadmissível".

Segundo Berardo "não é bem a divida pública que é tão importante, mas credibilidade a nível do euro, combater as posições negativas dos especuladores nos mercados".
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8 comentários:

J. Lopes disse...

Joe Berardo já defendeu que uma das soluções para Portugal sair da actual crise financeira passa pelo Governo «nacionalizar tudo e começar tudo de novo».

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1615896

A. João Soares disse...

Vale a pena pensar no que está a passar-se no mundo à volta do Poder real internacional:

Deslocação geográfica do Poder mundial
No post Crise, história e mudança ficou resumidamente a ideia de como ao longo da história a sede do Poder mundial se deslocou através do planeta e previa-se que os denominados países emergentes irão ter um papel de realce no futuro próximo.

Aparece agora a notícia de que a China «aconselha» aos Estados Unidos terem responsabilidade para com os seus investidores. Isto passa-se depois de a agência Moody’s ameaçar baixar a classificação da dívida norte-americana.

Por detrás de tal «conselho» ou aviso está o facto de a China ser o maior credor dos Estados Unidos, com mil milhões em títulos no final do mês passado, o que a faz temer dificuldades se a economia norte-americana entrar em recessão e destabilizar os mercados financeiros mundiais.

Sobre as perspectivas de desenvolvimento da China e a sua possibilidade se tornar potência mais poderosa do mundo, sugere-se a leitura dos seguintes textos:

- Os europeus correm contra o muro
- A China entra na Europa pacificamente
- A China e o futuro da geoestratégia
- A China em fase de evolução rápida
- Transformações no Mundo
- As mães chinesas educam melhor?

Cumprimentos
João

Ricardo Zenner disse...

Só que o dito oligopólio já preparou a sua deslocação para uma capital luxuosa que estão a acabar de construir no sítio de uma cidadezinha existente, e onde têm havido as verdadeiras reuniões do G20 (as de que sabemos são para «pacóvio ver»). É num local inóspito, no meio de uma estepe: no Cazaquistão (isso mesmo, o país do Borat). A antiga cidade tinha o nome de Akmolinsk, mas mudaram-lhe o nome para Astana (anagrama de Sataan), e está repleta de gigantescos símbolos esotéricos. É lá que tencionam fundar a sua «capital mundial».

Dêem uma espreitadela pelo Google e verão que a realidade ultrapassa as mais loucas «teorias da conspiração». O Berardo está apenas a «jogar ao lado»...

Vejam:

http://www.squidoo.com/Astana

http://www.dailypaul.com/152112/astana-flagship-city-of-the-nwo

BRUXA disse...

...mas antes de tudo, ele precisa de um Logopedista...

Joaquim disse...

Mas a china também precisa que as economias ocidentais ou outras tenham papel para lhe aguentar o crescimento.
Se todos ficarem pobres ninguém compra nada à china.
além disso no espaço de uma geração eles terão problemas com o envelhecimento da população, devido à politica do filho único.
Enfim se eles continuarem....e vão continuar na onda capitalista, irão ao fundo como os outros.

Anónimo disse...

Vamos apurar as contas públicas

Boa Noite

Queria apenas dar o conhecimento, de que começou ontem a Petição Online "Queremos Saber sobre as contas do Estado", no sentido levar até á classe política não mais um lamento,
ou descontentamento do povo português, mas antes uma posição determinante e de dedo apontado ao apuramento das responsabilidades cometidas ao longo de décadas.

Saiba mais em:

http://www.contaspublicas.wordpress.com/

Apoie esta iniciativa. É para o bem de todos.
Só assim poderemos tentar evitar uma situação ainda mais agonizante nos próximos tempos.


Obrigado

Cidadão anónimo

Zorze disse...

Isto está demais, é um facto incontornável!
Os links do Ricardo Zenner são extremamente interessantes.

Abraço.

simon disse...

olha, olha,
a rapina da banca universal,
o tiro na tola dos mandados a serviço,
no calor das revoluções,
mas está certo isso tudo e a condizer muito bem