sexta-feira, abril 03, 2009

As incoerências do Grande Arquitecto do Universo (ou Deus, Ishvara, Allah ou Yahweh para os profanos)


[Tradução minha]

Se Deus existe, porque criou Ele a infelicidade? Se Deus é omnisciente [sabe tudo], a liberdade humana é impossível porque Deus conhece o futuro. De facto, uma crítica bastante mais profunda é possível: Deus é considerado uma boa explicação para o mundo, mas, se Deus existe, porque haveria Ele de ter criado o mundo? Tinha necessidade de criar este mundo? Foi simplesmente para se divertir? Por lhe apetecer de ter adoradores entre os homens?

A existência de Deus não explica a existência do mundo, e torna este ainda mais misterioso sabendo-se que Deus se basta a si mesmo. Poder-se-ia responder que Deus criou um mundo porque este era necessário como lugar para testar os homens (a sua moral, a sua fé, etc.). Esta resposta é insatisfatória por duas razões. Por um lado é incompatível com a omnisciência divina: não se testa uma coisa cujo comportamento conhecemos em absoluto; isso resumiria a existência humana a um jogo de Deus comparável a uma criança a atirar pedras ao ar sabendo perfeitamente que elas vão cair. Por outro lado, essa resposta, (a necessidade de testar os homens) só justifica a criação do mundo em função da existência do homem.

É possível concluir que a criação é independente de Deus? Poder-se-ia responder que os caminhos do Senhor são insondáveis, e que Deus está acima da lógica e portanto os motivos não existem para Ele, que é inútil procurar uma causa para a criação. Mas mesmo dentro dessa perspectiva, estamos a admitir que existe uma vontade divina (Deus não criou o mundo sem o querer: isso limitaria a sua perfeição, fosse por inépcia ou irresponsabilidade ou acaso ou extravagância…). Deus teve então realmente a vontade de criar o mundo e o homem.

A sua intenção era criar a felicidade? A felicidade, subjectiva, foi forçosamente criada pelo homem e não foi obrigada por Deus; a felicidade é uma propriedade dos homens comparável à cor ou ao tamanho, e portanto não tem para Deus outro valor que não o arbitrário; Em qualquer caso o problema da arbitrariedade volta a colocar-se: porque criou Deus um valor arbitrário num mundo, com homens submetidos a esse valor? Para mais, a experiência parece mostrar que a felicidade está longe de ter uma posição dominante na espécie humana. Deus tinha também a possibilidade de não criar o mundo (já que é omnipotente [pode tudo], e não é constrangido por nada. Ele escolheu criar o mundo. Como é que se operou essa escolha?

Se Deus tivesse um objectivo ao decidir criar o mundo, tal significaria que Deus tinha necessidade do mundo. Ora, a necessidade é incompatível com a perfeição. Se Deus não tivesse um objectivo ao criar o mundo, então essa criação resultou de um determinismo anterior a Deus (Deus não teve escolha), o que limita ainda mais a sua perfeição; mas vamos supor que a criação não resulta nem de um objectivo, nem de um determinismo, mas antes de um capricho. Neste caso, é inútil procurar um propósito no mundo para a ajuda de Deus. Ainda para mais, o conceito de capricho parece também ele contrário à ideia de perfeição, o que implica uma razão para tudo e a ausência de arbitrariedade.

Faz-se normalmente uma distinção entre livre-arbítrio e liberdade. A sabedoria de Deus limita o seu livre-arbítrio; mas restringe a sua liberdade infinita, ou seja, a sua omnipotência? Deus podia não querer qualquer coisa, e contudo ter a capacidade de a fazer. Mas no caso de Deus, a noção de liberdade confunde-se com a de livre-arbítrio. De facto, num humano, a diferença entre as duas faz-se da seguinte forma: a liberdade é a possibilidade física de fazer qualquer coisa ditada pela vontade e o livre-arbítrio é a possibilidade psicológica de decidir o que se quer fazer. Com Deus, não existe a noção de «capacidade física» distinta da de «capacidade psicológica»: se Ele não pode querer uma coisa, por exemplo porque essa coisa é «má», Ele não pode simplesmente fazê-la (porque é contraditório imaginar Deus a fazer uma coisa que Ele não quer).

Deus não tem simplesmente a capacidade de fazer uma coisa que Ele não quer. Consequentemente, a sua omnipotência é limitada: Ele quer o que fez, fez tudo o que quis, e não podia fazer senão aquilo que fez. De qualquer forma, Deus fez o mundo de acordo com a sua vontade, e colocou-se à parte do mundo (fora do tempo); a noção de que «Deus pode fazer isto ou aquilo» não faz sentido: se foi feito, e então Deus queria-o e podia-o, ou não foi feito, e Deus não o quis, não o podia querer (a vontade divina é imutável), e não o podia fazer. Se a vontade de Deus é limitada pela sua sabedoria (Deus não quer qualquer coisa, não importa o quê), a obra de Deus também é limitada, porque coincide forçosamente com a sua vontade.

Coloca-se também o problema clássico do determinismo. Se Deus conhece o futuro (sem ser necessariamente considerado intemporal), então sabe o que eu vou fazer: ou não me pode dizer, o que limita a sua omnipotência, ou pode dizer-me; então, se eu sou livre, posso fazer o contrário, o que seria uma contradição com o facto de Deus o ter previsto. Portanto, Deus não me pode avisar sobre o meu futuro sem entrar em contradição lógica, portanto não é omnipotente; ou então eu não sou livre. Isto não se reduz simplesmente ao facto de que Deus não possa fazer com que as contradições sejam verdadeiras: o facto de avisar um acontecimento a um humano não é absolutamente contraditório em si. Por outro lado, o argumento de que Deus conhece o futuro mas que deixa ao homem a liberdade de decidir por si próprio é inválido: Deus criou o mundo, criou todos os momentos do mundo e não apenas o passado, pois Ele é intemporal. Portanto, Ele criou também todas as nossas acções futuras, todo o nosso comportamento. E se os homens decidissem livremente, se fossem essas entidades independentes de Deus (!), e contudo por Ele previsíveis?

Se nos é dito que Deus não é acessível ao entendimento humano, podemos perguntar porque é que os crentes recusam uma explicação inteligível (dada pela ciência) em favor de uma solução ininteligível. O crente pode responder que prefere a fé porque a ciência não fornece uma explicação genuína e completamente inteligível porque a ciência nunca será final. Para justificar o facto de que a ciência poderá nunca explicar tudo, e temos de nos contentar com explicações parcialmente ininteligíveis, um crente poderá argumentar por exemplo que não é evidente que a inteligência humana tenha capacidade suficiente para compreender uma teoria. A isto, o não crente pode responder que ter uma explicação do mundo não significa conhecer todos os seus detalhes, o que estaria com efeito para lá das nossas capacidades.

Porque é que Deus criou o mundo? Se Deus tem um objectivo, porque não foi directamente a esse objectivo sem passar por uma infinidade de estados intermediários? Estes estados intermediários pertencem então ao objectivo em si mesmo, se houver um objectivo. Terá Deus algum interesse em criar o mundo? Dizer que Deus quer o bem equivale a raciocinar sobre Deus como se raciocina sobre o homem.

O Bem é definido por Deus, o homem também. Como o homem é uma criação de Deus, Deus conhece todo o seu comportamento, e se Deus criou um mundo para julgar o homem, Deus está de facto a julgar-se a si próprio; o resultado é conhecido à partida. Deus conhece o resultado do julgamento final (que, aliás, Ele próprio escolheu), porque será então necessário passar no exame?

Existirá uma dependência de Deus em relação ao Bem que Ele próprio criou, uma necessidade irresistível que Ele tem de satisfazer esse Bem cujo conceito criou, e não apenas a sua concretização? [pode-se procurar uma coisa cujo conceito se cria a priori e arbitrariamente, sabendo que é criada à priori?] A vontade de fazer o bem é parecida com a vontade de criar qualquer outra característica do mundo (também ela definida arbitrariamente): tamanho, cor... Se a criação do mundo responde a uma vontade de testar o que quer que seja, tal é incompatível com a omnisciência.



Get off my back, you little bastards! I'm nothing at all.


Deus, o Grande Arquitecto do Universo, o Ser supremo, o Espírito infinito e eterno, criador e preservador do Universo, o Ente tríplice e uno, infinitamente perfeito, livre e inteligente, é, afinal, um mito. Hélas!
.

31 comentários:

Pascal disse...

Admitindo que o meu argumento não nos diz muito sobre as características de Deus, mesmo assim é necessário estabelecer que existe um Deus.

A minha experiência diz-me que as pessoas intituivamente acham que a existência do universo é uma razão suficiente para acreditar em Deus.

Primeiro Vigilante disse...

Curioso já tinha lido este texto mas foi em Francês.

Li-o em
http://www.yann-ollivier.org/philo/Incoherences_de_Dieu

Teria sido ético pelo menos citar a fonte e o tradutor.

Ou será que o autor do Blog pretende passar por erudito à conta de trabalho de outrem ?

Diogo disse...

Caro Primeiro Vigilante,

O link para o artigo está precisamente por baixo da primeira imagem e serve de título ao texto:

INCOHÉRENCES DE DIEU

http://www.yann-ollivier.org/philo/Incoherences_de_Dieu


A tradução é minha (traduzi apenas uma parte do texto).

Abraço

Primeiro Vigilante disse...

Muito bem, resolvida que está a questão da formalidade e que o seu a seu dono está corrigido, permita-me uma questão.

Como a partir de um texto genérico faz a ligação com a Maçonaria ?

Parece-me um pouco forçada.

Diogo disse...

Caro Primeiro Vigilante, c’etait seulemente une petite blague.

Como tive um debate no vosso Blog sobre a existência de um Grande Arquitecto do Universo, e como, depois disso, tive de procurar um texto em francês para responder a Jean-Pierre Grassi que reflectisse a minha opinião (encontrei-o em Yann Ollivier), decidi traduzir partes do texto e fazer um post sobre a inexistência de Deus.

Relacionei-o com a maçonaria como o poderia ter relacionado com qualquer outra religião. Simplesmente, o post veio no seguimento desse comentário. C'est pourquoi.

Primeiro Vigilante disse...

Qual Blog?

Não escrevo nem participo em qualquer blog, nem sei quem é esse senhor de que fala.

Estará seguramente equivocado, tendo feito algma confusão.

Sou leitor atento de muitos blogs, incluindo o seu, mas não sou dono de nenhum.

Por verificar que de repente incluiu a tematica da maçonaria no seu blog, daí a minha questão.

Mas pegando na sua resposta, percebo que considera a maçonaria uma religião. Que bases usa para tal ?

O que o leva a fazer essa comparação?

AFSC disse...

Adorei. Muito interessante este post. Obrigado por o partilhar. Abraço

contradicoes disse...

O tema é deveras delicado sobretudo para aqueles que acreditam na existência de Deus e claro está é passível de gerar discussão entre os muitos que acreditam e outros tantos que não acreditam na sua existência.
Eu sinceramente confesso sou dos que acreditam que muitos dos crentes que se dizem acreditar em Deus, fazem-no não por convicção mas apenas porque precisam de se agarrar a algo que nos momentos dificeis da vida e depois pensarem que eles foram ultrapassados porque têm, fé em Deus. Daí achar que Deus existe para aqueles que
acreditam na sua existência e obviamente existe um largo universo de gente que pura e simplesmente não acredita porque não tem fé na sua existência. Portanto a lógica é que ele existe para os crentes na sua existência e não existe para os largos milhões de descrentes. Mas julgo meu caro Diogo os muçulmanos que crêem na existência do Ala o seu Deus, andam da mesma forma equivocados, mas estou como diz o outro o problema é deles.
Um abraço

Motim disse...

Permitam-me discordar, mas o "grande arquitecto" que os maçons servem não é o Deus do Cristianismo, eles servem outra entidade. Aliás, um dos objectivos da maçonaria é a destruição do Cristianismo.

Diogo disse...

Primeiro Vigilante: «Mas pegando na sua resposta, percebo que considera a maçonaria uma religião. Que bases usa para tal ? O que o leva a fazer essa comparação?»


Bom, o símbolo de Grande Arquitecto do Universo, por muitas maçons definido como «Título da Divindade Suprema em todos os Ritos e Sistemas maçónicos de todo o mundo, significado de DEUS, o criador de todas as coisas», implica um sistema deísta, hajam ou não cultos ou dogmas.

«a crença no Grande Arquitecto do Universo, permanecerá, entre todas as Lojas independentes do mundo, como o critério essencial de regularidade e de fidelidade aos "Antigos Deveres»

http://glnp.net/index.php?option=com_content&task=view&id=180&Itemid=62


Não sendo o Grande Arquitecto o Deus cristão, nem o maometano nem nenhum das outras religiões, deve-se concluir que se trata de um outro Deus, máximo divisor comum ou menor múltiplo comum de todos os outros. De qualquer forma, um novo Deus. Donde, a maçonaria constitui uma nova religião.

Ana Camarra disse...

Diogo

Deus, a existir, seja com que nome for é um sádico distraido!

Beijos

ah, também deve ter as costas largas porque serve de desculpa para muita coisa!

Primeiro Vigilante disse...

Parece-me simplista demais a sua resposta.

Mas não tendo outra para me dar, tenho que a aceitar.

No entanto, admitindo a Maçonaria gentes de todos os credos, e nos casos da Maçonaria Liberal gente sem credo, e permitindo a liberdade de religião a cada um, penso que essa sua tese cai pela base.

Experimente perceber o conceito de Grande Arquitecto como uma forma generica de cooncepção de Deus de maneira a ser abrangente com as religiões dos membros e talvez perceba que Maçonaria não é religião.

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

Pelo que tenho lido, a maçonaria é uma religião «cosmopolita». Como você diz, «o conceito de Grande Arquitecto como uma forma genérica de concepção de Deus de maneira a ser abrangente com as religiões dos membros».

Ou, como diz Rui Bandeira, da escola Affonso Domingues - «A Maçonaria Regular nem sequer pretende que os seus membros pratiquem qualquer religião. Basta-lhe que os seus membros sejam crentes num Criador, qualquer que seja a forma como se corporiza tal crença (ver artigo "O processo iniciático maçónico, de 3 de Outubro).»
http://www.rlmad.net/arquivoblog/59-a-maconaria/190-mac-relig.html


O «Basta-lhe (á maçonaria) que os seus membros sejam crentes num Criador», de Rui Bandeira, significa «é necessário que os seus membros sejam crentes num Criador».

Volto a confirmar que o vosso Grande Arquitecto é um máximo divisor comum ou menor múltiplo comum dos outros deuses.

Donde, ao maçon, é necessário um Criador. Logo é uma religião.

Primeiro Vigilante disse...

Estranha logica a sua.

Pouco convincente a sua dedução, mas não lhe disputo o direito à sua opinião.

Gostaria no entanto que me explicasse esse conceito que trás aqui de "máximo divisor comum ou menor multiplo comum de outros Deuses".

Conceito que me parece deveras interessante porque contraditório em si.

Mas seguramente que consiguirá explicá-lo.

Fiquei também curioso com a "religião cosmopolita", por ser a primeira vez que leio o termo pergunto-lhe o que entende por tal?

Finalmente no seu comentário trata-me como se eu fosse membro da maçonaria, coisa que não lhe afirmei e que fico sem perceber porque me considera. Mas terá as suas razões.

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

http://www.lojasaopaulo43.com.br/maconaria.php#1

«A Maçonaria não é contra qualquer religião. Ela ensina e pratica a tolerância, defendendo o direito do homem praticar a religião do seu agrado. A Maçonaria não dogmatiza as particularides do credo e da religião. Ela reconhece os benefícios e a bondade assim como a verdade de todas as religiões, combatendo, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo. »


É isto que quero dizer com a frase «a Maçonaria constitui um máximo divisor comum ou menor multiplo comum das outras religiões» A maçonaria engloba todas todas as outras religiões (meenor múltiplo comum), e «combate, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo» (máximo divisor comum).

O cosmopolitismo significa isso mesmo: não está sujeito a uma religião regional ou particular. A maçonaria é uma «religião do mundo».


Ainda no mesmo site que coloquei acima está: « Para ser aceito e ingressar na Maçonaria, o candidato deve afirmar a crença em Deus.»


E, concluo, se o maçon, para ser maçon, tem de acreditar num Deus, então a maçonaria é uma instituição religiosa. Se tem um Deus próprio - «O Grande Arquitecto do Universo» - então é uma religião.

Primeiro Vigilante disse...

Não sei qual o dicionário de sinónimos que usa, mas parece-me ser muito pouco preciso.

É preciso uma grande dose de imaginação para a partir da citação do site da Loja São Paulo inferir a sua conclusão.

Mas terei que aceitar que este é o seu limite. Fraco mas é o que há.

Evidentemente que as demais explicações aparecem por acréscimo à primeira.

Se quiser acho que consegue se mais conclusivo.

Creio que poderá ir mais além na sua tentativa de me explicar porque diz que Maçonaria é uma religião.

Como sabe existe Maçonaria dita liberal que não exige aos seus membros quaisquer crenças.

A maçonaria regular considera Maçons os membros de certas organizaçoes maçonicas liberais ditas também irregularidades.

Apenas este argumento anula os seus.

Sabemos também que o Vaticano não considera a Maçonaria uma religião, considerando-a mesmo uma heresia.

Mas aceitando que possa eventualmente ter forma de o demonstrar, fico aqui aguardando o seu saber sobre aquilo que poderá ser uma "première" mundial e que seria a demonstração inequivoca e fundamentada de que Maçonaria é uma religião.

Flávio Gonçalves disse...

O Grande Arquitecto é o Deus deste mundo, Lúcifer.

O Deus cristão, foi o Deus que nos abandonou... por alguma razão no mundo real o mal triunfa sempre, ou nunca pensaram nisso?

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

IS MASONRY A RELIGION? By Dr. P. Bradley Carey:

«If you go up to a Mason and ask them if Masonry is a religion, a majority of them will tell you that it is not, that they are a fraternity organization. In the publication, FREEMASONRY SALUTES THE CONSTITUTION, on page 7, we find that they claim Masonry is "the world's oldest, most benevolent fraternity." On the same page they also tell us that Masonry "is not a religion..."

Now let's examine what some of their other publications have to say about Masonry:

"Every Masonic Lodge is a temple of religion; and its teachings are instruction in religion." (MORALS AND DOGMA, p. 213)

Masonry is "...from the earliest times the custodian and depository of the great religious truths, unknown to the world at large, and handed down from age to age by an unbroken current of tradition, embodied in symbols, emblems, and allegories." (MORALS AND DOGMA, p. 210)

"...the religion of Masonry..." (MORALS AND DOGMA, p. 212)

"It is the universal, eternal, immutable religion...in the heart of universal humanity...The ministers of this religion are all Masons..." (MORALS AND DOGMA, p. 219)

"...Freemasonry is a religion..." (FREEMASONRY: ITS AIMS AND IDEALS, p. 187)

According to their own publications they are indeed a religion, despite what their members may publicly claim.»

http://www.icwseminary.org/masonryreligion.htm

*********************

Freemasonry is a Non-Christian
Occult Religion:

Most people, even many Masons, incorrectly believe that Masonry is merely a fraternal order, like the Lions Club, Elks Club, etc. Masonry expressly denies it is a religion. Nothing could be further from the truth. Freemasonry is a non-Christian occult religion that teaches a different way to salvation and considers Jesus, Buddha, Confucius, and all spiritual leaders to be only messengers of "The Grand Architect of the Universe". The Grand Architect is not just another term for Jehovah. Freemasonry teaches that there are two basic Gods: Adonay, the god of the Christians, a god of evil and Lucifer, a separate god of good. Freemasonry considers the religious scriptures of all religions to be equally valid.

http://www.godonthe.net/cme/links/masons.htm

**************

The Masonic Religion

by William A. Whalen

Masonry Encompasses All Elements of a Religion of Naturalism

The basic Christian objection to Freemasonry is that the Craft constitutes a religious sect in opposition to the revealed truths of the Gospel. Whatever the religious doctrines of the Masonic sect it is plain that they do not embrace the central Christian doctrines of the Trinity, the Fall, the Incarnation, the Atonement. To the lodge these essential Christian beliefs are completely irrelevant. No one need accept the Christian revelation, acknowledge Jesus Christ as God and Man, or receive baptism in order to attain salvation and enjoy the eternal happiness promised by the lodge.

Not all the religious systems in the world are exclusive; Christianity is. A Chinese may combine elements of Confucianism, Buddhism, and Taoism and a Japanese may successfully blend Shintoism and Buddhism. A Christian owes complete loyalty to Jesus Christ, God made man; he may not divide his allegiance among other gods.

Most Masons who deny that Masonry is a religion confuse religion with the Christian religion. They know Masonry is not Christian since if it were their Jewish and Moslem brethren would object. Since it is not Christian they assume that it is not religious. Or their views of Christianity as primarily a system of character building and as synonymous with the decent. kindly. and gentlemanly coincide with their appraisal of the lodge and they see no conflict between the two institutions. The fact is, however, that the lodge is essentially religious and possesses all the elements of a religion of naturalism.

http://www.ewtn.com/library/newage/masonrel.txt


Etc. Etc. Etc.

Primeiro Vigiliante disse...

Gosto essencialmente dos Etc.

Mostrou-me nesta sua resposta que tem uma biblioteca vasta, e que sabe usar o google.

Transcreveu algumas citações, eventualmente retiradas do seu contexto, e assim sendo manipuladas para servir o fim a que se propôs.

Mais uma desilusão. Não me trouxe nenhum facto novo.

Tente não usar frases feitas, use a sua inteligência, pois parece-me ser pesssoa inteligente, para demonstrar que maçonaria é religião.

Aqui o aguardo.

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

Diga-me uma coisa: como define o Grande Arquitecto do Universo?

Zorze disse...

Diogo,

Já conhecia parcialmente este texto.
Como sempre quando se toca em temas religiosos várias forças se levantam espalhando confusionismo. A caixa de comentários deste post prova tal facto.

A religião é um termo que procura definir confluências de conceitos, interesses, ideias comuns e lóbis.
Nas sociedades ocidentais a igreja católica monopolizou o termo, de tal forma que religião é quase sinónimo de crente da linha apostólica romana. Desta forma não é correcto afirmar que o Vaticano pode determinar o que é certo ou o que é errado.
As divinizações do fundador de uma religião não são sempre seres etéreos. Como tal e esticando o limite da comparação, pode-se dizer que a Maçonaria é uma religião. A discussão se se acredita em Deus ou não distorce a questão. Pois tal congregação tem todas as características de uma religião.
Como o Benfica pode ser também considerado uma religião.
Ideologias políticas, também.
Ou quiçá, a associação de arranjos florais de Moscavide.

Têm regras, livros sagrados, fundadores adorados (os quais nunca são postos em causa), rituais, têm os seus pecados e têm as suas linhas de pensamento bem delineadas.

Misteriosos são os caminhos do Senhor...

Abraço,
Zorze

Primeiro Vigilante disse...

O Grande Arquitecto do Universo como já lhe disse em comentário anterior é uma Forma de Linguagem que permite ser suficientemente genérica para que concepção de Deus seja abrangente ao que é teorizado por cada religião. Assim e desta forma são admitidos membros que manifestem a sua crença no GRande Arquitecto do Universo visto à luz das suas respectivas concepções religiosas.

Este argumento de per si é suficiente para demonstrar que Maçonaria não é uma religião.

Mas disso eu estou ciente.

Quanto a si parece querer provar-me que a maçonaria é uma religião, pelo que continuo a aguardar os seus argumentos, devidamente fundamentados.

Exlique-me, ou melhor demonstre-me, então como é a Maçonaria uma religião.

Dou-lhe uma ajuda.

O conceito de religião pressupõe uma universalidade dos preceitos religiosos e uma hierarquia definida, normalmente transnacional.

Zorze disse...

Apesar de os comentários terem saído in schedule, a resposta ficou.
O esclarecimento tem mistérios do arco-da-velha.

O segundo vigilante foi-se embora e o terceiro tinha ar de suspeito, o quarto cochichava com o quinto. É sempre assim, nunca se entendem com os turnos.

Anónimo disse...

Este texto, para além das insufuciências metafísicas, está eivado de um erro, esse sim omnipresente, embora me pareça inconsciente ao autor: é que não há outra ideia de Deus ali do que aquela que o Mito cristão impôs. Ora, já antes do cristo, os povos europeus (e os outros)tinham uma ideia de Deus (como aliás demonstram os textos clássicos), e ela não se retratcta de todo pelos pressupostos aqui enumerados.

De qualquer forma, hoje em dia até o Anthony Flew (talvez aquele que era o mais conhecido filósofo ateísta) chegou à conclusão que Deus existe. Mas atenção, contudo, que afirmar isto é muito diferente de afirmar qure o cristianismo é "verdadeiro".

Cumprimentos,
Rodrigo

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

Vamos de ter se ser mais precisos nas definições e nos conceitos.

O Grande Arquitecto do Universo é uma «Forma de Linguagem» ou é um Deus, conjunto de divindades, códigos morais ou o quê?


Conceito de Religião (no Wikipedia):

«Dentro do que se define como religião podem-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. As diversas religiões do mundo são de fato muito diferentes entre si. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre todas elas. É fato que toda religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades ou deuses.

Outras definições mais amplas de religião dispensam a idéia de divindades e focalizam os papéis de desenvolvimento de valores morais, códigos de conduta e senso cooperativo em uma comunidade.

Algumas religiões não consideram deidades, e podem ser consideradas como ateístas (apesar do ateísmo não ser uma religião, ele pode ser uma característica de uma religião). É o caso do budismo, do confucionismo e do taoísmo. Recentemente surgiram »movimentos especificamente voltados para uma prática religiosa (ou similar) da parte de deístas, agnósticos e ateus - como exemplo podem ser citados o Humanismo Laico e o Unitário-Universalismo. Outros criarão sistemas filosóficos alternativos como August Comte fundador da Religião da Humanidade.
»


Primeiro Vigilante, a maçonaria não cabe em nenhum destes conceitos?

Só lhe posso dizer se a maçonaria é uma religião se você me souber explicar o que é o Grande Arquitecto. A sua definição é demasiado vaga e serve para tudo.

Diogo disse...

Rodrigo,

Yann Ollivier refere-se apenas ao Deus Judaico-Cristão-Muçulmano e a todos as características que lhe são atribuídas.

Quanto a mim, ele desmonta-as por completo e de forma categórica.

Primeiro Vigilante disse...

Concluo portanto que se declara incapaz de provar a sua tese.

Foi interessante ve-lo deambular de um lado para outro saltaricando de frase feita em frase feita.

Tentando transpor para terceiros a sua incapacidade, nomeadamente com o seu ultimo comentário em que diz necessitar de mim para demonstrar o que pensa.

Dado que, e já o havia percebido há muito tempo, não vou ter a oportunidade de o ver conseguir aquilo que muitos já tentaram e não conseguiram, que é demonstrar que Maçonaria é uma religião dou por aqui esgotado o tempo que tenho para este assunto.

Se no futuro vier a ter outra ideia ou forma de avançar neste assunto voltarei a atribuir algum do meu tempo ao tema.

Até lá continuarei a passar por aqui quando me apetecer, até porque a sua forma de maldicencia me diverte. Acho que consegue dizer mal de uma forma humorada.

Pense no entanto que o mundo anda para a frente assente essencialmente nos que fazem, e não tanto nos que só acham mal por achar.

Até breve

Diogo disse...

Primeiro Vigilante,

Saltiquei, como você diz, por todas as definições de religião que existem. Você continua a dizer que a maçonaria não se encaixa em nenhuma, definindo o Grande Arquitecto como uma Forma de Linguagem abrangente…

Vou-lhe ser honesto. Eu também acho que a maçonaria não é uma religião.

alf disse...

Estas argumentações sobre «deus» (há um? muitos? infinitos? nenhum?) são como uma conversa de cegos sobre as cores.

Acham que cegos podem discutir as cores?

se querem ter alguma ideia sobre o que possa existir para além do que apalpam, têm de começar por conseguir «ver» para além disso.

Em 23 de Junho de 2007 tenho um post chamado «os 5 sentidos». Diz em muito menos linhas bem mais do que este texto... para quem for capaz de ver...mas para isso é preciso querer ver e não apenas querer argumentar.

victor rosa de freitas disse...

Deus criou o Mundo de SI e em SI, tandp-se, para tanto, involuindo em princípios "inferiores", do que resultou um "aperto" fortíssimo que "explodiu" no Big-Bang,criador de "individualidades", é o que ensina o misticismo milenar oriental...

Para que criou Deus o Mundo?

Para, num gesto de Amor Puro, criar individualidades que venham a partilhar da Sua Glória, por isso que Deus é Amor, como resumidamente diz qualquer "religião" na sua pureza inicial.

Para quem quizer debater o tema com seriedade e serenidade,encontrará neste meu blogue, postagens sobre "Da Existência de Deus e Qual a SUA Vontade".

victor rosa de freitas disse...

O 1º parágrafo do meu comentário anterior deve ler-se:

"Deus criou o Mundo de SI e em SI, tendo-se, para tanto, involuido em princípios "inferiores", do que resultou um "aperto" fortíssimo que "explodiu" no Big-Bang,criador de "individualidades", é o que ensina o misticismo milenar oriental..."