quinta-feira, abril 09, 2009

Um cartoon da época da Grande Depressão em 1934, nos EUA, sob o mandato do Presidente Franklin Roosevelt – Parece familiar?


[Tirado daqui].

Em 1934:

Legenda na parte de trás da carroça:

«Destruição dos recursos do governo mais sólido do mundo»


Texto do indivíduo (Trotsky?) à beira da estrada (à esquerda):

«Plano de acção para os Estados Unidos da América

Gastar! Gastar! Gastar!

Sob a aparência da recuperação económica – estoirem com o Governo – culpem os capitalistas pelo fracasso – atirem para o lixo a Constituição e declarem uma ditadura.
»


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The Stimulus Plan: How to Spend $787 Billion

O plano de incentivo à economia: como gastar 787 mil milhões de dólares

Uma análise detalhada do pacote final aprovado pelo Congresso...
.

18 comentários:

alf disse...

Já se sabe que o capitalismo conduz ao crescimento da desigualdade e que esta estanca o fluxo monetário e conduz ao «crash» e que a saída da crise passa pela redistribuição da riqueza para repor o fluxo económico, portanto o que se está a passar é o que já aconteceu e as receitas já são conhecidas.

a altura da crise tem de ser aproveitada para implementar algumas medidas que diminuam a relação entre riqueza e capacidade de enriquecimento; que só podem ser lançadas nesta altura porque depois os mais ricos opor-se-ão a elas. E encontrarão maneira de ultrapassar as medidas que agora forem lançadas, gerando uma nova crise.

xatoo disse...

se o caricaturista quis representar o Trotsky então o cartoon é reaccionário e tenta explorar a crendice popular anti-comunista que os próprios orgãos de "informação" burguesa difundem (no caso o Chicago Tribune) ; onde se lê assim simplório e a seco "declarem uma ditadura" deveria ler-se
"instalem um ditadura dos explorados que façam prevalecer a regras da maioria (os dominados) para pôr cobro aos desmandos dos capitalistas"

e ainda, é preciso ligar as caracteristicas do cartoon do Chicago Tribune ao facto do jornal estar na zona mais industrializada do país, onde em 1934 existia o maior número de proletários sobre os quais seria preciso fazer incidir as maiores quantidades de acções de spin possíveis.

Diogo disse...

O Chicago Tribune da altura atribuía aos Keynesianos o epíteto de comunistas.

Também hoje, alguma esquerda aplaude as políticas de Keynes, de despejar biliões em obras inúteis para recuperar a economia.

Nem em 1934, nem agora, se pergunta de onde vem a «crise financeira» e a quem aproveita atirar pela sanita biliões de dinheiro dos contribuintes.

xatoo disse...

a "esquerda" que aplaude o revivalismo das politicas económicas de Lord Keynes não é Esquerda.
Tal facto devia ser evidente para todos, não?

Anónimo disse...

Nem por isso. E qual é então a esquerda, a tal que é verdadeira, que é menos apologista do consumo público enquanto estimulador económico?

Anónimo disse...

"Nem por isso. E qual é então a esquerda, a tal que é verdadeira, que é menos apologista do consumo público enquanto estimulador económico?"

eh!eh!eh!
Não adianta Rodrigo esta genta não se enxerga. Tudo que é "bem-intencionado" é da tal esquerda mas a prática mostra que resulta tudo na mesma merda, quer a esquerda deste como a direitinha dos outros.
Filhos da mesma mãe.A propósito - faz-me lembrar aqueles dois manos cá do burgo.

;-)

Optio

Ana Camarra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Camarra disse...

Diogo

Parece-me muito familiar.
Quanto a alguns comentários anteriores não sei de onde tiram essa ideia da esquerda e da direita, mas há quem tire ideias de muitos sitios.
A verdade é que o sistema económico e social criado pelo capitalisma, também lhe chamam neo-liberal é uma pescadinha de rabo na boca que ameaça comer-se a si prop~rio e no decurso vai nos comendo também.
Foram distribuidos milhões por bancos para salvar e revitalizar a economia, será que não se poderia fazer a distribuição do dinheiro de outra forma?
Será que em vez de se apoiar a deslocalização das grandes empresas de sitio para sitio em busca dos salário mais baixos, arrasando tudo como uma praga de gafanhotos não se poderia estancar essa sangria?
E se as pessoas fossem justamente recompensadas pelo seu trabalho, o que daí viria?
Mais consumo, mais impostos, seguramente uma revitalização economica e consequentemente social, não?!
´
Beijos Diogo

Zorze disse...

Diogo,

O grande problema é que a maior parte ainda não vê "the big picture".
Ou não quer ver. Ou não quer entender.
Apenas lutam por ter mais razão, como daí adviesse a salvação da Humanidade.
Esse tipo de discussão é o embrenhamento preferido pelo o topo da "cadeia alimentar".
- "Assim cansam-se entre eles e não chateiam".

Abraço,
Zorze

xatoo disse...

carissimo ultra rnpd
"a esquerda, a tal que é verdadeira" parece-me que é coisa que, para seu azar não existe (não existe só uma verdade, mas diversas, consoante os pontos onde os observadores estão colocados). Assim, parece-me que poderiamos definir Esquerda (fora da área dos Soares e outros marmelos sociais democratas da treta) como qualquer coisa como a que advoga que cada um só poderá consumir o mesmo valor daquilo que produzir.
Eu sei, que para certos sectores parasitários é coisa que não dará muito jeito,,, paciência,

Anónimo disse...

Xatoo, não sei por que me chama "ultra", mas ok...

«"a esquerda, a tal que é verdadeira" parece-me que é coisa que, para seu azar não existe (não existe só uma verdade, mas diversas, consoante os pontos onde os observadores estão colocados)»

Não para meu azar, porque eu compreendo e até simpatizei com o seu ponto de vista. Não digo que a verdade não exista, mas que a interpretação que dela fazemos é, de facto, uma questão de perspectiva.

«Assim, parece-me que poderiamos definir Esquerda (fora da área dos Soares e outros marmelos sociais democratas da treta) como qualquer coisa como a que advoga que cada um só poderá consumir o mesmo valor daquilo que produzir.»

De acordo quanto ao Soares. Já a definição que me deu de Esquerda parece-me "invulgar".De resto fiquei intrigado pela sua proposição, tinha-o como marxista ( e até foi por isso que pensei que tinha utilizado o termo "valor"), mas o que me apresentou assemelha-se a uma contestação do pensamento de Marx.

Repare, o marxismo diz-nos: "de cada um conforme a sua capacidade, a cada um conforme a sua necessidade."

O que o Xatoo disse aproxima-se a um axioma diferente:

"a cada um de acordo com a sua capacidade".

Não leve a mal os meus comentários, eu simpatizei com a definição que me deu da sua esquerda (não é que eu a veja como tal, mas isso não invalida que me pareça justa).

«Eu sei, que para certos sectores parasitários é coisa que não dará muito jeito,,, paciência»

Eu gosto tanto de sectores parasitários como você.

Cumprimentos,
Rodrigo

Anónimo disse...

«a prática mostra que resulta tudo na mesma merda, quer a esquerda deste como a direitinha dos outros.
Filhos da mesma mãe.A propósito - faz-me lembrar aqueles dois manos cá do burgo.»

A esquerda e a direita que nos permitem ter são a mesma merda e não diferem na mundividência. Uns querem um pouquinho mais de Estado, e falam de igualdade, outros contrapõem com um pouquinho menos de Estado e falam de liberdade.Uma comédia!

Anónimo disse...

ULTRA RNPD!

Oh!oh!oh!

:-)

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xatoo disse...

carissimo Rodrigo/rnpd
a mais que conhecida frase de Marx, agora transformada em chavão "de cada um segundo (...) de cada um" etc. aplicar-se-ia caso no centro do presente paradigma estivesse uma opção politica que considerasse o individuo como inserido numa solução colectiva.
Não sendo esse o caso, é preciso não confundir o que eu disse com a noção do individuo na acepção liberal, onde a tal frase nos aparece como disléxica.

ps: quanto ao tê-lo rotulado de "ultra" foi apenas porque no seu blogue existem imensas ligações para sitios tipo front nacional, neocons, etc. Se não estiver correcto peço desculpa
.

Anónimo disse...

Rodrigo,
Falta a ligação ao KKK e à Al-qaeda!
ah! e ao Bloco de Esterco.

;)

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contradicoes disse...

Este modelo económico fracassou como aliás ficou provado, mas ao que parece as soluções que estão a ser encontradas não vão para além da repetição dos mesmos erros. Ou seja vão continuar os mesmos que contribuiram para o fracasso do modelo da sociedade a beneficiar e os outros os que passam por dificuldades a continuarem a senti-las. Resta saber até quando, mas julgo que muito brevemente começará a haver levantamentos populares contra as políticas que estão a ser adoptadas. Imprevisível serão obviamente as consequências.

Anónimo disse...

O povo é sereno! É só fumaça!
O povo é sereno!

Palavras para quê?

Anónimo disse...

«ps: quanto ao tê-lo rotulado de "ultra" foi apenas porque no seu blogue existem imensas ligações para sitios tipo front nacional, neocons, etc. Se não estiver correcto peço desculpa»

O Front National ainda vá, agora, neoconservadores? Nunca tive uma única ligação dessas e é corrente que nada me diz.