De Wikipedia:
Horace Jeremiah "Jerry" Voorhis (1901 – 1984) foi um político Democrata da Califórnia. Serviu durante cinco mandatos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Foi o primeiro oponente político de Richard Nixon, que o derrotou na reeleição em 1946 em que Voorhis foi citado como um exemplo de «red-baiting», táctica usada por Nixon que consiste em acusar alguém de ser demasiado esquerdista com o objectivo de o desacreditar.
Em dez anos no Congresso, Voorhis foi um apoiante leal do New Deal. O maior feito legislativo de Voorhis foi a Voorhis Act de 1940, que obrigava ao registo de certas organizações controladas por poderes estrangeiros.
Numa carreira de escritor que se estendeu por meio século, Voorhis escreveu vários livros, e trabalhou durante quase vinte anos a seguir à sua derrota com Nixon como executivo no movimento cooperativo.
[Tradução minha]
A Constituição dos Estados Unidos diz: "O Congresso terá o poder de criar moeda e regular o seu valor." O Congresso não faz tal coisa, o que constitui o cerne dos nossos problemas. Os bancos privados criam o nosso dinheiro e regulam o seu valor. Ao fazê-lo, eles retiram ao governo e ao povo dos Estados Unidos uma boa parte da soberania, uma boa parte do poder de cobrar impostos, e a chave para uma economia próspera sem inflação.
Por exemplo, ao testemunhar perante a Comissão de Banca e Moeda da Câmara dos Representantes, em 1935, Marriner Eccles, então Presidente do Conselho da Reserva Federal, disse: "Ao comprar emissões de títulos do tesouro, o sistema bancário como um todo cria dinheiro novo, ou depósitos bancários. Quando os bancos compram mil milhões de dólares de títulos do tesouro tal como são emitidos – e tem de se considerar o sistema bancário como um todo, como uma unidade – os bancos creditam a conta de depósitos do Ministério das Finanças em mil milhões de dólares; ou criam, na realidade, através de um movimento contabilístico, mil milhões de dólares."
O depoimento do Sr. Eccles é tão verdadeiro hoje como era na altura em que o fez. Eis como funciona: O sistema de banca privada do nosso país cria o nosso dinheiro sob a forma de depósitos à ordem nos livros bancários. O motivo pelo qual pode fazer isto é porque a nenhum banco é exigido que possua nos seus cofres nada que se pareça com a quantidade de dinheiro que os seus depositantes pensam que eles têm nos bancos.
Aos bancos é apenas exigido pelo Sistema de Reserva Federal (Banco Central Americano), ao qual os bancos pertencem seguramente, que tenham nos seus cofres qualquer coisa entre um dólar e um dólar e meio por cada dez dólares em depósitos à ordem nos seus livros. Portanto, por cada dólar ou dólar e meio que as pessoas – ou o governo – depositam num banco, o sistema bancário pode criar a partir do nada (out of thin air) e com um rabisco de caneta cerca de dez dólares de dinheiro em livros de cheques ou depósitos à ordem. Pode emprestar e colocar em circulação os dez dólares desde que possua um dólar ou pouco mais para o apoiar.
Isto é, evidentemente, o "sistema de reservas fraccionais" bancário. É mais ou menos controlado pelo Sistema de Reserva Federal, cujas únicas acções são propriedade dos bancos privados do Sistema de Reserva Federal. Nem uma única dessas acções é propriedade do governo ou do povo dos Estados Unidos, embora, se o termo "soberania nacional" tivesse algum significado, estes bancos emissores deveriam ser propriedade da nação.
Mas o que é que realmente acontece quando o nosso governo incorre em défice financeiro? A forma mais óbvia pela qual o governo pode colocar mais poder de compra nas mãos das pessoas é pondo ele mesmo mais dinheiro em circulação do que aquele que vai buscar em impostos. A tragédia é que, até agora, a única forma que o nosso governo arranjou para gastar mais dinheiro do que recebe (por impostos) é forçando esta nação soberana a pedir emprestado o seu próprio crédito de fontes privadas.
Isto tem sido verdadeiro, não obstante o facto de que se o défice financeiro cumprisse o seu objectivo iria aumentar a produção e o comércio, expandia as receitas fiscais e alargarva a base de crédito governamental.
Na medida em que os títulos do tesouro são vendidos a dinheiro a indivíduos ou a compradores institucionais que não os bancos, o governo está a retirar de circulação aproximadamente tantos dólares como os que repõe quando gasta o dinheiro.
Para atingir este propósito, o défice financeiro deve resultar na criação de dinheiro novo, e na sua utilização para aumentar o poder de compra. Só se isto acontecer é que se dará o estímulo para as fábricas paradas voltarem à laboração, ou para a criação de mais emprego.
Nestas circunstâncias o que tem de acontecer é que o crédito desta grande nação deve partir directamente do governo – sem entrar em dívidas imoderadas.
Já que o crédito desta e de qualquer nação resulta honestamente da produção de riqueza da nação somada ao poder do governo de cobrar impostos. Uma nação como a dos Estados Unidos possui portanto uma quase ilimitada quantidade de crédito. Se não fosse assim não teria conseguido persuadir investidores a comprar 480 mil milhões de obrigações governamentais.
Para qualquer percentagem pode ser previsto que a produção e, por conseguinte, potenciais receitas fiscais irão aumentar em resultado do aumento do défice, equivalente ao aumento do mesmo volume de crédito da nação e do seu Governo. Esta percentagem do volume de crédito do dinheiro previamente em circulação deve aparecer nos livros do Ministério das Finanças como uma entrada de crédito tal como as receitas fiscais. Para que seja apenas contabilidade racional e adequada. Seria também contabilidade moralmente correcta. E daria algum sentido à ideia do Sr. Nixon de "um orçamento para o pleno emprego".
Mas não é nada disto que acontece. Em vez disso, o governo soberano dos Estados Unidos vai, com o chapéu na mão, ao sistema de bancos privados e pede-lhe para criar o dinheiro novo que a economia precisa. O governo dá – esta palavra é usada deliberadamente – dá ao sistema bancário, incluindo os bancos da Reserva Federal, obrigações do Governo, a dívida de todas as pessoas. Obrigações com juros, ou seja, obrigações com a maior taxa de juro sob o regime actual que os bancos decidam pedir. De outra forma os bancos não compram as obrigações. Os bancos "compram" as obrigações com entradas em depósitos à ordem criados nesse momento nos seus livros – nada mais. É a árvore (escriturada) das patacas e muito mais inflacionária do que o mesmo número de notas de dólar criadas pelo Governo. Os depósitos que os bancos criam e graças aos quais se tornam os donos das dívidas das pessoas são apoiados por nada, excepto pelas próprias obrigações! Por outras palavras, são apoiadas pelo crédito do povo americano.
O que o governo pediu "emprestado" aos bancos, e sobre o qual o povo terá de pagar juros durante anos, não é mais nem menos do que o crédito da nação, o qual, obviamente, a nação possuía à partida ou as obrigações não teriam valor nenhum!
Finalmente, há poucos anos a Reserva Federal reconheceu tacitamente estes factos. Como resultado directo da lógica e implacável agitação de membros do Congresso, liderados pelo Congressista Wright Patman assim como outros especialistas em política monetária, a Reserva Federal começou a pagar às finanças dos Estados Unidos uma parte considerável dos seus ganhos em juros das obrigações governamentais. Isto foi consumado sem comunicação pública e poucas pessoas, ainda hoje, sabem que está a acontecer. Isto foi feito, muito obviamente, como reconhecimento de que os Bancos da Reserva Federal estavam a agir por um lado como um banco nacional de emissão, criando o dinheiro da nação, mas por outro lado cobrando o juro da nação a seu favor – o que nenhum banco nacional emissor, de modo concebível ou de alguma forma justa, se atreveria a fazer.
Mas isto é apenas parte da história. E a menos desencorajadora. Porque no que aos bancos comerciais diz respeito, não existe reembolso do dinheiro do povo.
Quando os bancos comerciais criam dinheiro, o que fazem quando adquirem obrigações do governo, eles impões um imposto sobre todas as pessoas dos Estados Unidos. Isto é assim porque cada novo dólar que é criado faz com que cada dólar que já existe valha um pouco menos do que valia antes. É este o verdadeiro cerne da inflação.
É também cobrança de impostos sem representação mais violenta. Até este sistema ser mudado, a nossa dívida continuará a disparar sem limite e a fixação de tectos para a dívida pelo Congresso continuará a ser um exercício absolutamente fútil.
A Constituição dos Estados Unidos diz: "O Congresso terá o poder de criar moeda e regular o seu valor." O Congresso não faz tal coisa, o que constitui o cerne dos nossos problemas. Os bancos privados criam o nosso dinheiro e regulam o seu valor. Ao fazê-lo, eles retiram ao governo e ao povo dos Estados Unidos uma boa parte da soberania, uma boa parte do poder de cobrar impostos, e a chave para uma economia próspera sem inflação.
Por exemplo, ao testemunhar perante a Comissão de Banca e Moeda da Câmara dos Representantes, em 1935, Marriner Eccles, então Presidente do Conselho da Reserva Federal, disse: "Ao comprar emissões de títulos do tesouro, o sistema bancário como um todo cria dinheiro novo, ou depósitos bancários. Quando os bancos compram mil milhões de dólares de títulos do tesouro tal como são emitidos – e tem de se considerar o sistema bancário como um todo, como uma unidade – os bancos creditam a conta de depósitos do Ministério das Finanças em mil milhões de dólares; ou criam, na realidade, através de um movimento contabilístico, mil milhões de dólares."
O depoimento do Sr. Eccles é tão verdadeiro hoje como era na altura em que o fez. Eis como funciona: O sistema de banca privada do nosso país cria o nosso dinheiro sob a forma de depósitos à ordem nos livros bancários. O motivo pelo qual pode fazer isto é porque a nenhum banco é exigido que possua nos seus cofres nada que se pareça com a quantidade de dinheiro que os seus depositantes pensam que eles têm nos bancos.
Aos bancos é apenas exigido pelo Sistema de Reserva Federal (Banco Central Americano), ao qual os bancos pertencem seguramente, que tenham nos seus cofres qualquer coisa entre um dólar e um dólar e meio por cada dez dólares em depósitos à ordem nos seus livros. Portanto, por cada dólar ou dólar e meio que as pessoas – ou o governo – depositam num banco, o sistema bancário pode criar a partir do nada (out of thin air) e com um rabisco de caneta cerca de dez dólares de dinheiro em livros de cheques ou depósitos à ordem. Pode emprestar e colocar em circulação os dez dólares desde que possua um dólar ou pouco mais para o apoiar.
Isto é, evidentemente, o "sistema de reservas fraccionais" bancário. É mais ou menos controlado pelo Sistema de Reserva Federal, cujas únicas acções são propriedade dos bancos privados do Sistema de Reserva Federal. Nem uma única dessas acções é propriedade do governo ou do povo dos Estados Unidos, embora, se o termo "soberania nacional" tivesse algum significado, estes bancos emissores deveriam ser propriedade da nação.
Mas o que é que realmente acontece quando o nosso governo incorre em défice financeiro? A forma mais óbvia pela qual o governo pode colocar mais poder de compra nas mãos das pessoas é pondo ele mesmo mais dinheiro em circulação do que aquele que vai buscar em impostos. A tragédia é que, até agora, a única forma que o nosso governo arranjou para gastar mais dinheiro do que recebe (por impostos) é forçando esta nação soberana a pedir emprestado o seu próprio crédito de fontes privadas.
Isto tem sido verdadeiro, não obstante o facto de que se o défice financeiro cumprisse o seu objectivo iria aumentar a produção e o comércio, expandia as receitas fiscais e alargarva a base de crédito governamental.
Na medida em que os títulos do tesouro são vendidos a dinheiro a indivíduos ou a compradores institucionais que não os bancos, o governo está a retirar de circulação aproximadamente tantos dólares como os que repõe quando gasta o dinheiro.
Para atingir este propósito, o défice financeiro deve resultar na criação de dinheiro novo, e na sua utilização para aumentar o poder de compra. Só se isto acontecer é que se dará o estímulo para as fábricas paradas voltarem à laboração, ou para a criação de mais emprego.
Nestas circunstâncias o que tem de acontecer é que o crédito desta grande nação deve partir directamente do governo – sem entrar em dívidas imoderadas.
Já que o crédito desta e de qualquer nação resulta honestamente da produção de riqueza da nação somada ao poder do governo de cobrar impostos. Uma nação como a dos Estados Unidos possui portanto uma quase ilimitada quantidade de crédito. Se não fosse assim não teria conseguido persuadir investidores a comprar 480 mil milhões de obrigações governamentais.
Para qualquer percentagem pode ser previsto que a produção e, por conseguinte, potenciais receitas fiscais irão aumentar em resultado do aumento do défice, equivalente ao aumento do mesmo volume de crédito da nação e do seu Governo. Esta percentagem do volume de crédito do dinheiro previamente em circulação deve aparecer nos livros do Ministério das Finanças como uma entrada de crédito tal como as receitas fiscais. Para que seja apenas contabilidade racional e adequada. Seria também contabilidade moralmente correcta. E daria algum sentido à ideia do Sr. Nixon de "um orçamento para o pleno emprego".
Mas não é nada disto que acontece. Em vez disso, o governo soberano dos Estados Unidos vai, com o chapéu na mão, ao sistema de bancos privados e pede-lhe para criar o dinheiro novo que a economia precisa. O governo dá – esta palavra é usada deliberadamente – dá ao sistema bancário, incluindo os bancos da Reserva Federal, obrigações do Governo, a dívida de todas as pessoas. Obrigações com juros, ou seja, obrigações com a maior taxa de juro sob o regime actual que os bancos decidam pedir. De outra forma os bancos não compram as obrigações. Os bancos "compram" as obrigações com entradas em depósitos à ordem criados nesse momento nos seus livros – nada mais. É a árvore (escriturada) das patacas e muito mais inflacionária do que o mesmo número de notas de dólar criadas pelo Governo. Os depósitos que os bancos criam e graças aos quais se tornam os donos das dívidas das pessoas são apoiados por nada, excepto pelas próprias obrigações! Por outras palavras, são apoiadas pelo crédito do povo americano.
O que o governo pediu "emprestado" aos bancos, e sobre o qual o povo terá de pagar juros durante anos, não é mais nem menos do que o crédito da nação, o qual, obviamente, a nação possuía à partida ou as obrigações não teriam valor nenhum!
Finalmente, há poucos anos a Reserva Federal reconheceu tacitamente estes factos. Como resultado directo da lógica e implacável agitação de membros do Congresso, liderados pelo Congressista Wright Patman assim como outros especialistas em política monetária, a Reserva Federal começou a pagar às finanças dos Estados Unidos uma parte considerável dos seus ganhos em juros das obrigações governamentais. Isto foi consumado sem comunicação pública e poucas pessoas, ainda hoje, sabem que está a acontecer. Isto foi feito, muito obviamente, como reconhecimento de que os Bancos da Reserva Federal estavam a agir por um lado como um banco nacional de emissão, criando o dinheiro da nação, mas por outro lado cobrando o juro da nação a seu favor – o que nenhum banco nacional emissor, de modo concebível ou de alguma forma justa, se atreveria a fazer.
Mas isto é apenas parte da história. E a menos desencorajadora. Porque no que aos bancos comerciais diz respeito, não existe reembolso do dinheiro do povo.
Quando os bancos comerciais criam dinheiro, o que fazem quando adquirem obrigações do governo, eles impões um imposto sobre todas as pessoas dos Estados Unidos. Isto é assim porque cada novo dólar que é criado faz com que cada dólar que já existe valha um pouco menos do que valia antes. É este o verdadeiro cerne da inflação.
É também cobrança de impostos sem representação mais violenta. Até este sistema ser mudado, a nossa dívida continuará a disparar sem limite e a fixação de tectos para a dívida pelo Congresso continuará a ser um exercício absolutamente fútil.
O que é que tem de ser feito?
Os bancos têm de emprestar dinheiro existente. Mas, tal como a Constituição claramente exige, o dinheiro (ou crédito) da nação nunca deveria ser criado por nenhuma agência bancária, mas antes uma agência da própria nação. É dever do Congresso estabelecer isto por um estatuto cuidadosamente delineado.
As obrigações que estão nos Bancos da Reserva Federal deveriam ser adquiridas pelo governo aos seus actuais proprietários - os bancos privados. A Reserva Federal tornar-se-ia então o nosso banco nacional emissor. Deveria criar Crédito Bancário como faz agora. Mas esse crédito devia ser creditado ao Ministério das Finanças dos Estados Unidos, e não cobrado às pessoas como dívida. Esse novo crédito devia ser criado todos os anos à medida que fosse necessário para manter a nossa economia a funcionar ou próximo disso – e não mais do que isso. Um nível estável dos preços pode resultar. Então, e só então, podemos esperar ultrapassar recessões, pôr as pessoas a trabalhar, e fazê-lo sem o risco da inflação e da dívida sempre crescente da qual não há saída sob o actual sistema monetário.
As obrigações que estão nos Bancos da Reserva Federal deveriam ser adquiridas pelo governo aos seus actuais proprietários - os bancos privados. A Reserva Federal tornar-se-ia então o nosso banco nacional emissor. Deveria criar Crédito Bancário como faz agora. Mas esse crédito devia ser creditado ao Ministério das Finanças dos Estados Unidos, e não cobrado às pessoas como dívida. Esse novo crédito devia ser criado todos os anos à medida que fosse necessário para manter a nossa economia a funcionar ou próximo disso – e não mais do que isso. Um nível estável dos preços pode resultar. Então, e só então, podemos esperar ultrapassar recessões, pôr as pessoas a trabalhar, e fazê-lo sem o risco da inflação e da dívida sempre crescente da qual não há saída sob o actual sistema monetário.
Excerto de - Jerry Voorhis, Beyond Victory, 1944
Como nacionalizar o crédito
Como nacionalizar o crédito
O Congresso deveria tomar medidas para a compra governamental das acções dos 12 bancos centrais da Reserva Federal dos bancos membros que hoje possuem esse capital. Isto custaria 144 milhões de dólares em números redondos, e corrigiria a actual situação anómala de um banco emissor em mãos privadas. Os Bancos da Reserva Federal poderiam então criar dinheiro sob a forma de entradas de crédito do Banco da Reserva Federal nos seus livros contabilísticos como fazem agora. Uma "Conta de Crédito Nacional" (em contraste com a actual dívida nacional) podia ser estabelecida nos livros do banco central a favor do Ministério das Finanças dos Estados Unidos. A esse montante seriam creditados todos os anos os montantes de recentemente criado "crédito do Reserve Bank" que forneceria um aumento no poder de compra necessário para manter estável a balança económica e o nível dos preços estáveis.
O Ministério das Finanças passaria cheques sobre essa conta e procederia aos pagamentos a quem o governo devesse dinheiro, acrescentando, desta forma, esse dinheiro ao poder de compra. Assim, toda a nação tiraria partido da oferta de dinheiro adicional cujo próprio crescimento tornou necessário. Não haveria lugar a juros, mas apenas uma transacção contabilística entre duas agências públicas. Se houvesse ameaça de inflação e fosse desejável reduzir o volume de dinheiro em circulação, o processo poderia ser revertido e o Ministério das Finanças podia transferir uma parte das suas receitas fiscais para os bancos centrais para anulação e retirada de dinheiro para recuperar a estabilidade.
Comentário:
Não obstante os esforços do congressista Jerry Voorhis e de tantos outros, os banqueiros mantêm, majestática e impunemente, o seu monopólio de criação de dinheiro:
No princípio dos anos 1930, os banqueiros, a única fonte de dinheiro e crédito, recusaram deliberadamente empréstimos às indústrias, lojas e quintas. Contudo, os pagamentos dos empréstimos existentes foram exigidos, e o dinheiro desapareceu rapidamente de circulação. Existiam bens para serem vendidos, empregos para serem criados, mas a falta de dinheiro paralisou a nação.
Por este esquema simples a América foi colocada em "depressão" e os banqueiros apropriaram-se de centenas de milhar de quintas, casas e empresas. Às pessoas era dito que "os tempos estão difíceis" e "o dinheiro era pouco". Não compreendendo o sistema, as pessoas foram cruelmente roubadas dos seus pertences, das suas poupanças e da sua propriedade.
Dado que hoje voltamos a entrar em «recessão», que nada mais é que uma repetição dos anos 1930, em que os banqueiros retiram dinheiro de circulação para paralisar a economia e apoderarem-se a preços de saldo dos bens dos cidadãos e empresas, e sabendo que jornalistas e políticos são meros funcionários bancários, talvez não fosse pior trocar a inofensiva arma do voto por algo mais assertivo:
O Ministério das Finanças passaria cheques sobre essa conta e procederia aos pagamentos a quem o governo devesse dinheiro, acrescentando, desta forma, esse dinheiro ao poder de compra. Assim, toda a nação tiraria partido da oferta de dinheiro adicional cujo próprio crescimento tornou necessário. Não haveria lugar a juros, mas apenas uma transacção contabilística entre duas agências públicas. Se houvesse ameaça de inflação e fosse desejável reduzir o volume de dinheiro em circulação, o processo poderia ser revertido e o Ministério das Finanças podia transferir uma parte das suas receitas fiscais para os bancos centrais para anulação e retirada de dinheiro para recuperar a estabilidade.
Comentário:
Não obstante os esforços do congressista Jerry Voorhis e de tantos outros, os banqueiros mantêm, majestática e impunemente, o seu monopólio de criação de dinheiro:
No princípio dos anos 1930, os banqueiros, a única fonte de dinheiro e crédito, recusaram deliberadamente empréstimos às indústrias, lojas e quintas. Contudo, os pagamentos dos empréstimos existentes foram exigidos, e o dinheiro desapareceu rapidamente de circulação. Existiam bens para serem vendidos, empregos para serem criados, mas a falta de dinheiro paralisou a nação.
Por este esquema simples a América foi colocada em "depressão" e os banqueiros apropriaram-se de centenas de milhar de quintas, casas e empresas. Às pessoas era dito que "os tempos estão difíceis" e "o dinheiro era pouco". Não compreendendo o sistema, as pessoas foram cruelmente roubadas dos seus pertences, das suas poupanças e da sua propriedade.
Dado que hoje voltamos a entrar em «recessão», que nada mais é que uma repetição dos anos 1930, em que os banqueiros retiram dinheiro de circulação para paralisar a economia e apoderarem-se a preços de saldo dos bens dos cidadãos e empresas, e sabendo que jornalistas e políticos são meros funcionários bancários, talvez não fosse pior trocar a inofensiva arma do voto por algo mais assertivo:
9 comentários:
Diogo
Trocar pelo o quê?
Não estou a dizer que sou contra.
Eu trocava pela informação e formação a sério das pessoas, pelo extinção desta forma de ter todo o mundo como refem.
Para já voto, refilo, reciclo, contesto.
beijos
Ana, a democracia foi domesticada.
Graças aos jornais e às televisões, propriedade em última instância dos bancos, a maior parte do povo tem direito a escolher entre o partido A1 e o partido A2, irmão gémeos fardados de cores diversas. São gémeos univitelinos, filhos da mesma mãe. Não há nenhuma diferença genética entre eles. São-nos apresentados, ora um, ora outro, e as pessoas, que vêm os telejornais, vão votando, ora num, ora noutro, sempre revoltados contra o último que esteve no poder (em quem votaram e em quem irão votar daqui a 4 ou 8 anos). Não há escapatória.
Quanto aos outros partidos, servem até para provar que vivemos em democracia, embora nenhum deles tenha oportunidade de ganhar coisa nenhuma num jogo viciado de cima a baixo.
É desta armadilha que as pessoas têm de fugir.
Beijo
Diogo,
Tens quase toda a razão.
É mais ou menos que assim se processa o tremendo logro em que vivemos.
E hoje, eu "mexi" em 400.000 euros - cash life.
Durante o dia sou uma mini-peça do maxi-mecanismo.
Tirando hoje, apenas é, todos os dias úteis.
Para compensar, vou escrevendo nas notas, merdices. Como por exemplo:
www.wheresgeorge.com
e outras piores.
Apenas é papel, a questão é a importância que os homens lhes dão.
Abraço,
Zorze
Zorze: «Tens quase toda a razão.
É mais ou menos que assim se processa o tremendo logro em que vivemos.»
Onde é que estou enganado?
Abraço
Let me tell you how it will be;
There's one for you, nineteen for me.
'Cause Im the taxman,
Yeah, Im the taxman.
letra dos Beatles, 1960 e tal
mas já há muita gente a topar o logro.
No dia 25 de Abil passado houve manifestações na América do Norte especificamente pelo fim da Reserva Federal
http://www.endthefed.us/
Xatoo, tive uma conversa com um professor universitário da cadeira de finanças (não vou dizer qual é a faculdade, mas está entre as principais nos cursos de economia deste país), e ele não sabia que o sistema de reservas fraccionais cria dinheiro...
Diogo,
"Onde é que estou enganado?".
Na base.
A elite que domina tem proveniência extra-terrestre. Eu sei que isto é um pouco X-Files e não tenho provas físicas para o comprovar. É a realidade, mas, sem provas.
Por outro lado, a ideia que tudo nos bancos é mau. Eu sei que o teu "focus" incide nos banqueiros.
Mas a ideia que transparece, faz com que as pessoas entrem nas agências bancárias com duas pedras na mão, insultando tudo e todos.
Eu sei que não é essa a tua intenção.
O problema é que a inteligência média dos portugueses é muito baixa e trocam tudo.
Existem milhares de bancários (contrário de banqueiros) que ajudam muita gente no dia-a-dia a pagar menos comissões, a esforçarem-se para reduzirem os spreads do crédito habitação e que primam pela informação transparente.
Abraço,
Zorze
Um texto muito pedagógico e esclarecedor, muito bem editado.
Pois é, as crises são excelentes para os banqueiros, proporcionando-lhes uma acelerada acumulação e centralização de capital, correspondendo à brutal espoliação das pequenas poupanças e dos rendimentos do trabalho, com a apropriação, de bandeja, dos recursos financeiros dos estados.
Responder-lhes com a luta - recorrendo a todas as formas passíveis de utilização pelos explorados - é o caminho seguro e certo, o único que poderá travar-lhes os insaciáveis intentos de rapina criminosa e desapiedada.
Um abraço.
bem, ainda só li metade rsrsrs. Muito interessante.
Mas é preciso acertar no âmago do problema: a raiz dos problemas da economia não está em existirem uns senhores que são maus - e a associação dos ricos aos maus é evidentemente irracional - está em que o sistema que construimos tem defeitos.
é natural - andamos a construir uma sociedade, apalpar as regras, somos burros como as portas, não percebemos as coisas, temos de dar cabeçadas. E temos de ir corrigindo.
Mas não se corrige com palpites. É preciso compreender como as coisas funcionam. Ora eu creio que as suas análises estão um pouco polarizadas, partem do princípio que há uns «culpados» e depois trata-se de construir argumentos para justificar uma conclusão que se tirou a priori.
Mas tenho aprendido muito com os seus posts. Este é especialemente interessante por várias razões. Vou voltar a ler isto com muito cuidado.
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