André Rogerie tinha 21 anos quando foi preso pela Gestapo, a 3 de Julho de 1943, quando tentava juntar-se às tropas francesas no Norte de África. André Rogerie esteve sucessivamente prisioneiro nos campos de concentração de Buchenwald, Dora, Maidanek, Auschwitz, Gross-Rosen, Nordhausen e Harzungen.
Em 1945, escreveu uma obra intitulada "Vivre c’est Vaincre" [Viver é Vencer]. André Rogerie escreveu este livro porque, já desde 1943, estava convicto de que era necessário fazer saber ao mundo o que ele passou e viu nos campos de concentração.
No prefácio da reedição do seu livro, em 1988, escreveu: "Tendo assistido pessoalmente ao que se chama hoje «Holocausto», creio ser o meu dever, como testemunha ocular, imprimir novamente este documento histórico para que aqueles que procuram a verdade sobre este período encontrem um testemunho autêntico". Contra os negacionistas, André Rogerie traz-nos o testemunho de um deportado que observou o genocídio dos Judeus.
Tendo subido ao posto de General, André Rogerie recebeu em 1994 o prémio "Mémoire de la Shoah" [Memória do Holocausto Judeu] da Fundação Bushmann. A 16 de Janeiro de 2005, no Hôtel de Ville em Paris, por ocasião da comemoração da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, André Rogerie foi, a par com Simone Veil (a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu [1979-1982]), um de dois sobreviventes dos campos a testemunhar.
André Rogerie foi deportado para Dora, adoeceu, foi considerado inapto para o trabalho e, depois de algumas peripécias, chega a Auschwitz-Birkenau em Abril de 1944, nessa altura ele não pesa mais de quarenta quilos.
«Os prisioneiros com fatos às riscas estão lá para nos receber. É um comando especial. Em geral são muito simpáticos, ajudam-nos a descer e depois a subir para os camiões. Estamos muito cansados, chegamos extenuados e a ajuda que nos deram não foi inútil» (pág. 63).
André Rogerie depois de passar pela desinfecção vai para um bloco de quarentena. Ao fim de cinco semanas, pesa 43 kg. Ao ver o seu estado de magreza, o médico envia-o para o campo-hospital (pág. 69): «fomos colocados num bloco muito simpático. O chão está coberto com um pavimento, há janelas, as camas estão espaçadas umas das outras, os cobertores são bons. A sopa é abundante e pela primeira vez desde há uns tempos eu comia o suficiente» (pág. 69).
Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, «reservado às doenças de pele» (pág. 70). «Todos os dias, o suplemento de sopa é distribuído àqueles que estão mais magros […] vou portanto para a fila (sempre em camisa) para o meu suplemento». «Em poucos dias, voltei a ter cinquenta quilos. Graças às pomadas do doutor Landemann, a minha pele está completamente sarada» (pág. 71).
No dia em que devia finalmente sair do hospital para trabalhar, André Rogerie ficou com febre: «Os médicos auscultaram-me uns após outros e desconfiaram que eu tinha malária. O doutor Herz recolheu uma amostra do meu sangue para que fosse estudada no microscópio […] o laboratório respondeu na manhã seguinte a dizer que a malária não foi detectada. Eu tenho o sangue muito puro […]. Continuo portanto a viver no bloco 15 com a minha pequena febre semanal […]. Pouco a pouco, graças aos bons cuidados de Piccos, a agulha da balança sobe e em Julho eu já peso 56 quilos» (pág. 72).
«Eis que, ainda por cima, eu contraio uma doença do couro cabeludo que é tratada por depilação. É necessário rapar todo o cabelo, pêlo a pêlo. Para isso, sou levado para o campo das mulheres para ir ao aparelho de raios X, porque não falta nada em Birkenau».
Pouco depois, André Rogerie seria inscrito num comando de trabalho de Auschwitz.
Em 1945, escreveu uma obra intitulada "Vivre c’est Vaincre" [Viver é Vencer]. André Rogerie escreveu este livro porque, já desde 1943, estava convicto de que era necessário fazer saber ao mundo o que ele passou e viu nos campos de concentração.
No prefácio da reedição do seu livro, em 1988, escreveu: "Tendo assistido pessoalmente ao que se chama hoje «Holocausto», creio ser o meu dever, como testemunha ocular, imprimir novamente este documento histórico para que aqueles que procuram a verdade sobre este período encontrem um testemunho autêntico". Contra os negacionistas, André Rogerie traz-nos o testemunho de um deportado que observou o genocídio dos Judeus.
Tendo subido ao posto de General, André Rogerie recebeu em 1994 o prémio "Mémoire de la Shoah" [Memória do Holocausto Judeu] da Fundação Bushmann. A 16 de Janeiro de 2005, no Hôtel de Ville em Paris, por ocasião da comemoração da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, André Rogerie foi, a par com Simone Veil (a primeira mulher a presidir ao Parlamento Europeu [1979-1982]), um de dois sobreviventes dos campos a testemunhar.
André Rogerie foi deportado para Dora, adoeceu, foi considerado inapto para o trabalho e, depois de algumas peripécias, chega a Auschwitz-Birkenau em Abril de 1944, nessa altura ele não pesa mais de quarenta quilos.
«Os prisioneiros com fatos às riscas estão lá para nos receber. É um comando especial. Em geral são muito simpáticos, ajudam-nos a descer e depois a subir para os camiões. Estamos muito cansados, chegamos extenuados e a ajuda que nos deram não foi inútil» (pág. 63).
André Rogerie depois de passar pela desinfecção vai para um bloco de quarentena. Ao fim de cinco semanas, pesa 43 kg. Ao ver o seu estado de magreza, o médico envia-o para o campo-hospital (pág. 69): «fomos colocados num bloco muito simpático. O chão está coberto com um pavimento, há janelas, as camas estão espaçadas umas das outras, os cobertores são bons. A sopa é abundante e pela primeira vez desde há uns tempos eu comia o suficiente» (pág. 69).
Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, «reservado às doenças de pele» (pág. 70). «Todos os dias, o suplemento de sopa é distribuído àqueles que estão mais magros […] vou portanto para a fila (sempre em camisa) para o meu suplemento». «Em poucos dias, voltei a ter cinquenta quilos. Graças às pomadas do doutor Landemann, a minha pele está completamente sarada» (pág. 71).
No dia em que devia finalmente sair do hospital para trabalhar, André Rogerie ficou com febre: «Os médicos auscultaram-me uns após outros e desconfiaram que eu tinha malária. O doutor Herz recolheu uma amostra do meu sangue para que fosse estudada no microscópio […] o laboratório respondeu na manhã seguinte a dizer que a malária não foi detectada. Eu tenho o sangue muito puro […]. Continuo portanto a viver no bloco 15 com a minha pequena febre semanal […]. Pouco a pouco, graças aos bons cuidados de Piccos, a agulha da balança sobe e em Julho eu já peso 56 quilos» (pág. 72).
«Eis que, ainda por cima, eu contraio uma doença do couro cabeludo que é tratada por depilação. É necessário rapar todo o cabelo, pêlo a pêlo. Para isso, sou levado para o campo das mulheres para ir ao aparelho de raios X, porque não falta nada em Birkenau».
Pouco depois, André Rogerie seria inscrito num comando de trabalho de Auschwitz.
Comentário
Poucos deportados terão tido tanta sorte como o prisioneiro André Rogerie. Não só passou incólume por sete campos de extermínio - Buchenwald, Dora, Maïdanek, Auschwitz, Gross-Rosen, Nordhausen e Harzungen, como, dentro do campo de extermínio de Auschwitz, correu quase todos os blocos hospitalares do campo:
André Rogerie depois de passar pela desinfecção foi para um bloco de quarentena. Cinco semanas depois o médico envia-o para o campo-hospital. Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, reservado às doenças de pele. Ao contrair uma doença no couro cabeludo tem de ir ao aparelho de raios X que fica situado no campo das mulheres.
Esta roda-viva pelos diversos blocos hospitalares de Auschwitz não é alheia à recuperação física de André Rogerie. Chegado a Auschwitz, em Abril de 1944, não pesando mais do que 40 kg, ao fim de cinco semanas já pesa 43 kg, atingindo pouco depois os 50 kg e em Julho do mesmo ano os 56 kg. Pouco tempo depois, André Rogerie já estava suficientemente robusto para ser integrado num comando de trabalho.
Em face da existência de tantos blocos hospitalares no campo de extermínio de Auschwitz, é difícil discordar de André Rogerie: «não falta nada em Auschwitz-Birkenau».
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André Rogerie depois de passar pela desinfecção foi para um bloco de quarentena. Cinco semanas depois o médico envia-o para o campo-hospital. Ao verificar-se que tinha sarna, foi enviado para o bloco 15, reservado às doenças de pele. Ao contrair uma doença no couro cabeludo tem de ir ao aparelho de raios X que fica situado no campo das mulheres.
Esta roda-viva pelos diversos blocos hospitalares de Auschwitz não é alheia à recuperação física de André Rogerie. Chegado a Auschwitz, em Abril de 1944, não pesando mais do que 40 kg, ao fim de cinco semanas já pesa 43 kg, atingindo pouco depois os 50 kg e em Julho do mesmo ano os 56 kg. Pouco tempo depois, André Rogerie já estava suficientemente robusto para ser integrado num comando de trabalho.
Em face da existência de tantos blocos hospitalares no campo de extermínio de Auschwitz, é difícil discordar de André Rogerie: «não falta nada em Auschwitz-Birkenau».
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21 comentários:
Auchwitz/Birkenau era um campo de concentração para trabalhores (forçados), da enorme fábrica quimíca construida pelos nazis com o financiamento da Union Banks of New York, chamada IG Farben.
Um dos directores deste banco era nada mais nada menos do que Prescot Bush, avô do George, ex presidente dos EUA. Este banco, estava sobre as ordens directas da Casa de Rothchild e recebia garantias financeiras do Banco de Inglaterra.
Aquando dos intensivos bombardeamentos das indústrias de guerra nazis, esta foi supreendemente poupada, de tal forma que até os próprios prisioneiros se questionaram sobre esse facto. Em vez disso as forças aéreas, americana e britânica, "preferiram" cobardamente bombardear a cidade hospital de Dresden, que nada tinha de indústria militar ou outra e era um refúgio para civis feridos e desalojados, quando a Alemanha já estava acabada e prestes a aceitar as condições impostas o que veioa acontecer 3 meses depois. Durante 3 dias, 24 horas por dia foram despejadas milhares de toneladas de bombas sobre esta cidade, matando mais de 60 mil pessoas e ferindo muitas mais centenas de milhar. O assalto a Volvogrado pelos nazis, fica para trás em termos de destruição causada pelos bombardeamentos. Isto foi um genocidio que nunca foi julgado em tribunal e que envergonha qualquer pessoa decente. Tal como as bombas atómicas lançadas sobre o Japão, quando este já se tinha rendido, o que veio a acontecer dias depois, nas mesmissimas condições que o Japão propunha, o que incluía a não abdicação do Imperador. É um facto que o palhaço do Trumam, que chamou de "a coisa mais grandiosa feita pelo homem" ao lançamento destas bombas, acabou os seus dias como alcoólico, deambulando pelos bares das ruelas de Washington, como que perseguido pela sua própria culpa.
http://www.sunray22b.net/theresienstadt_and_jews.htm
Carlos
Diogo
Se nunca lá foste visita o Forte de Peniche, vê o local e lê os testemunhos dos prisioneiros, interessante o que regime de brandos costumes fazia.
beijos
"O Trigo e o Joio":
Além das bombas atómicas, convém recordar o (raramente mencionado) bombardeamento de Tóquio em Março/45 - talvez ainda superior em vítimas, ao de Dresden:
http://www.eyewitnesstohistory.com/tokyo.htm
Ah sim totalmente de acordo, o bombardeamento de Tóquio foi outra barbaridade. Alías o massivo bombardeamento do Japão, foi outro genócidio cometido pelos EUA.
LOL!
Os sobreviventes do Holocausto já são poucos e daqui a uns anos não haverá nenhum vivo!
Aposto que irão (não o país) encontrar um novo Holocausto, versão século XXI, para continuarem a fazer-se de coitadinhos perante o mundo...
"Em face da existência de tantos blocos hospitalares no campo de extermínio de Auschwitz, é difícil discordar de André Rogerie: «não falta nada em Auschwitz-Birkenau»."
É. … Estavam bem equipados para as experiências sobre os prisioneiros.
Que se fale de todos os outros crimes, sim, é necessário que alguém o faça.
Que se fale do duplo jogo de quem fabricou as guerras, sim é necessário.
Acusar uns criminosos para proteger outros???
Nem percebo a lógica.
Demonstra-se a lligação entre uns e outros, NÃO a inocência dos Nazis.
Para campo de extermínio, convenhamos que Auschwitz estava realmente muito bem equipado. Não sei se o Diogo já mencionou isto, noutros posts:
Além dos blocos hospitalares, de fazer inveja a muitas cidades da época, tinha campo de futebol e de básquete, biblioteca, ajuda legal para os presos(!), cozinha dietética para alguns dos doentes, cinema, cabaret, orquestra, e até uma piscina(!!) para os detidos.
Tudo isto foi descrito por Marc Klein, que esteve lá detido a partir de Junho/44, e se tornou depois professor na faculdade de medicina de Estrasburgo. Foi também confirmado por outros detidos, como Robert Weil (judeu), famoso sobrevivente do campo.
A piscina ainda lá está, apesar de ter sido sempre omitida pelos guias do campo. Um belo dia, ninguém sabe quando ou porquê, surgiu uma placa a dizer: "Reservatório de água dos bombeiros do campo, em forma de piscina".
Reservatório em forma de piscina!!! Incluindo uma prancha, e 3 blocos de partida para corridas:
http://www.scrapbookpages.com/auschwitzscrapbook/2005Photos/AuschwitzPool.jpg
E ouvi dizer que o Barreirinhas Cunhal se formou em Direito nas tenebrosas prisões do Estado-Novo!
Será verdade?
Diogo,
Ainda bem que existe informação não filtrada pelos grandes interesses económicos.
Sem dúvida de que existem muitas verdades.
Abraço,
Zorze
Ó Diogo, então a malta lá do "Holocausto.doc" sobre isto não diz nada????
Será que a vontade rir já lhes passou???....
A mim não... rsrsrsrsrsrs
Depois de lermos estes "testemunhos" ficamos a perceber que a única forma de impedir o fim do Holoconto é só mesmo criar uma barreira penal forte. Aquilo cai tudo como um castelo de cartas.
Um abraço
JD
Estive vendo fotos das piscinas que o Filipe falou e achei estranho o modo como as escadas estão dispostas: diferente dos modelos usuais para piscinas, em que as escadas ficam na lateral e não entre os locais de salto.
Mesmo na primeira metade do sec. XX as piscinas seguiam um padrão semelhante ao de hoje.
No entanto, não deixei de parte a ideia de que poderiam ter um design diferente mesmo!
Daniel: de facto, é bem observado. Já nadei em piscinas com escadas em muitos lados, mas não me recordo de nenhuma com escadas no topo de onde se mergulha. Além do risco de acidentes, há a questão de a profundidade ser maior desse lado.
O campo de Mauthausen também tinha uma pisc...perdão, reservatório de água, com uma configuração menos vulgar:
http://www.air-photo.com/grap/maupool2.jpg
Boa tarde ao Homem das Cidades.
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A história escrita pelos vencedores é sempre uma grande mentira; a história que tem «bons» e «maus» é sempre uma grande mentira.
E é uma mentira que serve os vencedores e todos os que partilham os seus interesses. É por isso que estas mentiras são quase impossíveis de desmascarar, porque as «pessoas» alinham-se com os vencedores e não estão nada interessadas na «verdade».
Mas isso não é impedimento, não é verdade? O Galileu também não desistiu!
O Trigo e o Joio lança aí uma lebre interessante: as barbaridades cometidas pelos ingleses e americanos nas grandes guerras. Embora a guerra seja toda ela uma barbaridade... mas falar disso serve para relativizar a questão dos campos de concentração. É que temos de os inserir no contexto da guerra e não da paz, e isso faz toda a diferença
Ao alf: o branqueamento das atrocidades aliadas, é hipócrita e vergonhoso, mas temos de admitir que é coerente.
Mais curiosa, é a demonização dos alemães, face aos japoneses. Qualquer coisa que se leia sobre as acções dos japoneses nos países que ocuparam, sobretudo na China, faz empaliceder o mais convicto Holocrente.
E no entanto, os livros, filmes, etc., sobre essas atrocidades, estão para os dos nazis, na proporção de 1 para 20 - se tanto. Os documentários mainstream, focam sobretudo o tratamento japonês dos POWs americanos. Daí também - é claro - a "justiça" da brutalidade americana contra eles...
O Japão nunca teve a sua Nuremberga. Só a Alemanha, e isto depois dos (leves) bombardeamentos aliados, da (nada cruel) retaliação russa, e dos (confortáveis) campos de concentração americanos e soviéticos. Só Eisenhower, matou perto de 1 milhão.
Mas claro, para quê falar nos largos milhões de vítimas asiáticas, sendo o Japão um grande compincha americano (pudera), e tendo os nazis campos tão atrozes, como os descritos nos comentários acima?
Filipe
hummm... será porque muitos homens adoram uma boa batalha? por alguma razão os filmes de tiros têm tanta audiência, um livro deve começar logo com um assassinato se quiser ter sucesso...
para isso, a violênca tem de ser legitimada como uma luta contra «os maus»;logo tem de haver «os bons». Assim, a descrição duma guerra não pode tratar os dois lados por igual, tem de escolher quais são os maus e quais os bons.
Nós, que não apreciamos particularmente esse desporto, olhamos e vemos as atrocidades dos dois lados; mas se calhar a generalidade das pessoas aprecia esse desporto e por isso apoia e propaga essa visão dos «bons» e dos «maus». Não são os políticos, são as próprias pessoas que desenvolvem estas visões distorcidas porque é a visão que agrada aos seus instintos.
E a razão porque ignoram os japoneses pode ser simplesmente porque eles estão longe, demoniza-se sempre os que estão perto - o vizinho, os mouros de lisboa, os espanhóis...
Terrível, não é? Pode ser que uma próxima geração aprenda a ser mais confiante no próximo.
alf,
Compreendo o que diz, mas julgo que neste caso vai além disso: o Japão pode ter sido uma entidade estranha e distante, para nós, mas não foi certamente para os EUA.
Combateram-nos penosamente, ilha a ilha, com a ajuda da Austrália e pouco mais, até recorrerem às bombas atómicas (para show-off à URSS, mas isso é outra história). Os americanos gostam de dizer que "libertaram a Europa", mas sem a URSS, Hitler teria morrido de Parkinson, muito antes de qualquer Dia D. A Alemanha não era uma ameaça DIRECTA aos EUA. O Japão, sim.
Os americanos teriam todos os motivos para demonizar os japoneses, mas jamais publicitaram as suas atrocidades. Pelo menos, nada que se compare aos alemães. Isto seria inexplicável, sem a influência judaica.
Um exemplo recente de Hollywood: os 2 filmes do Eastwood (Flags of our fathers/Letters from Iwo Jima). Os japoneses são adversários tenazes e estóicos, mas no fundo dignos, apenas levados pelas suas convicções.
Em qualquer filme sobre os alemães, nos últimos 20-30 anos (antes ainda mantinham alguma dignidade, mesmo nos filmes mainstream), vemos apenas sádicos, que gostam de torturar e matar inocentes. Sobretudo judeus.
Hoje, se alguém ousar fazer um filme sobre os alemães sem mencionar as câmaras de gás, é logo chamado à atenção: então e o Holocausto? Não mencionaram o Holocausto?! Mas podem fazer-se 50 filmes sobre os japoneses, e ninguém diz: "então e a Unidade 731"? E os milhões que mataram?
Os motivos são óbvios: o Japão é hoje um aliado/fantoche americano, e um dos seus principais credores; a Alemanha é também um fantoche, mas é também o "mau da fita" necessário a Israel, e ao lobby sionista. Demonizar os japoneses, falar das suas atrocidades, simplesmente não funciona.
O que vende, o que suporta a Holoindústria, os museus e os blockbusters e bestsellers, é "denunciar" (uma e outra vez) a "barbárie nazi". E se alguém levanta cabelo - cadeia com ele.
Filipe
Inteiramente de acordo. Tem de haver poderosos interesses por detrás do relevo que se dá ao holocausto. Ou, visto de outro modo, isso reflecte a força dos judeus no mundo.
para mim, a melhor maneira de lidar com ele é enquadrá-lo nos outros «holocaustos» todos, referir os outros em vez de os esquecer.
Já agora, porque será que todos parecem tão interessados em esquecer todos esses «holocaustos»?
alf,
Tal como diz, a razão é óbvia: os judeus não gostam de concorrência. Não querem perder o monopólio do sofrimento do Mundo.
É uma tradição antiga. Já no Talmud, eram referidos massacres e números incríveis.
Tal como boa parte das acusações feitas aos alemães após a II Guerra, já haviam sido feitas 30 anos antes, na I Guerra. Mera propaganda. Só que desta vez, transformou-se em verdade. E os judeus amplificaram-na 1000 vezes, e repetem-na ainda hoje, ad nauseam.
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