Didier Lombard, presidente-executivo da France Télécom
Revista VISÃO - 8 de Outubro de 2009:
As contas dos últimos meses na France Télécom: 24 suicídios e 12 tentativas falhadas. O presidente-executivo Didier Lombard, desprezado por grande parte dos seus empregados, é olhado por muitos como a raiz dos problemas na empresa.
As contas dos últimos meses na France Télécom: 24 suicídios e 12 tentativas falhadas. O presidente-executivo Didier Lombard, desprezado por grande parte dos seus empregados, é olhado por muitos como a raiz dos problemas na empresa.
Gestão Terrorista na France Télécom
A onda de 24 suicídios e 12 tentativas falhadas dos últimos meses na France Télécom veio pôr a nu a existência de um fio comum que liga todas estas mortes: uma «gestão pelo terror», nas palavras de um dos malogrados colaboradores, posta em marcha na telefónica francesa, desde a sua privatização, em 1997.
Anunciada em 1990, a entrada de capital privado na France Télécom e a sua exposição às leis da concorrência resultaram no abandono da cultura de serviço público. Em contrapartida, o culto da máxima rentabilidade sacrificou os recursos humanos da empresa que, desde 2002, se vêem forçados a mudar de posto todos os 27 meses e de local de trabalho de três em três anos. Para se tomar lucrativo, o gigante das telecomunicações teve de reduzir drasticamente a massa salarial, o que só tem vindo a ser alcançado pela saída dos funcionários, pelo seu próprio pé.
Quando as regalias financeiras para quem quisesse abandonar os quadros se revelaram insuficientes, o passo seguinte foi declarar guerra aos assalariados que não estavam a acompanhar a evolução da empresa. Em seminários internos, os gestores foram mobilizados para uma estratégia de vigilância e humilhação constantes sobre os seus subordinados.
Anunciada em 1990, a entrada de capital privado na France Télécom e a sua exposição às leis da concorrência resultaram no abandono da cultura de serviço público. Em contrapartida, o culto da máxima rentabilidade sacrificou os recursos humanos da empresa que, desde 2002, se vêem forçados a mudar de posto todos os 27 meses e de local de trabalho de três em três anos. Para se tomar lucrativo, o gigante das telecomunicações teve de reduzir drasticamente a massa salarial, o que só tem vindo a ser alcançado pela saída dos funcionários, pelo seu próprio pé.
Quando as regalias financeiras para quem quisesse abandonar os quadros se revelaram insuficientes, o passo seguinte foi declarar guerra aos assalariados que não estavam a acompanhar a evolução da empresa. Em seminários internos, os gestores foram mobilizados para uma estratégia de vigilância e humilhação constantes sobre os seus subordinados.
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Mas se, na France Télécom, a fragilidade psicológica dos trabalhadores, face à precariedade, ao assédio e à espiral de sofrimento, os leva, de forma pacata, a colocar termo à vida, na Moviflor portuguesa as coisas não são tão pacíficas:
Viseu - 8 de Abril de 2008
Diário de Notícias e IOL - 08 Abril 2008:
Um homem morreu ontem e duas pessoas ficaram feridas na sequência de um ajuste de contas protagonizado por um antigo funcionário da empresa Moviflor de Viseu. O indivíduo, José Manuel Duarte Silva, de 30 anos, entrou nos escritórios da empresa e disparou à queima-roupa sobre o responsável. De seguida dirigiu-se a uma companhia de seguros onde efectuou mais dois disparos mas sem atingir ninguém devido à reacção de um mediador que, ao aperceber-se do sucedido, conseguiu travar o alegado homicida. Ao final do dia, o agressor ainda se encontrava a monte. A PJ reconhece tratar-se de um "ajuste de contas" relacionado com uma indemnização resultante de um alegado acidente de trabalho na Moviflor.
José Manuel Duarte Silva, de 30 anos é residente em Maçarocas, S. Pedro do Sul, onde é bombeiro, e terá sido o autor dos disparos que vitimaram o gerente da Moviflor, empresa com quem mantinha um diferendo e de onde foi despedido em Março de 2007.
Quando se dirigiu à Moviflor de Viseu, José Silva levava o seu objectivo bem definido: matar José Manuel, 34 anos, o supervisor que o tinha despedido em Março de 2007. Foi directo ao seu gabinete, junto à entrada da loja, onde aguardou que uma funcionária se afastasse. Depois, disparou sobre o responsável um tiro de caçadeira à queima-roupa no lado esquerdo do abdómen.
Depois de efectuar os disparos, o alegado homicida dirigiu-se à seguradora Açoreana, que é responsável pelos seguros da loja da Moviflor, onde efectuou dois disparos sem atingir ninguém devido à intervenção de um mediador de seguros. Este homem, de 62 anos, entrou numa luta com o suspeito e acabou por ficar ferido. Foi a acção do mediador que travou o alegado agressor.
Segundo a PSP, o suspeito «foi funcionário da Moviflor, de onde saiu após um acidente de trabalho», na sequência do qual andava a ser seguido por médicos da Açoreana. «Presume-se que isto (os tiroteios) esteja relacionado com as indemnizações. Parece que foi um ajuste de contas»,
Na origem do homicídio estará um diferendo que José Silva mantinha com a Moviflor, de onde foi despedido. Teresa Albuquerque, da administração da empresa, assegurou ao DN que o suspeito "esteve de baixa de Janeiro de 2006 a Março de 2007 porque teve um acidente, no seu carro, quando regressava a casa. Como tinha uma incapacidade acabou por ser despedido".
Mas no círculo de relacionamentos do alegado homicida corre outra versão. "Ele teve um acidente há dois anos quando saiu do trabalho. Esteve de baixa, foi operado e regressou ao trabalho", revelou Manuel Poças, dirigente do Corpo de Salvação Pública, em São Pedro do Sul, onde o suspeito era bombeiro de segunda classe. Também o comandante dos bombeiros referiu ao DN que "ele mudou o comportamento desde o acidente de viação quando regressava a casa do trabalho na Moviflor". António Almeida referiu que "andava um pouco revoltado, de vez em quando exaltava-se, mas nunca a ponto de fazer isto".
José Manuel Duarte Silva, de 29 anos, foi funcionário de armazém na Moviflor de Viseu até Abril de 2007, altura em foi despedido por faltar muitas vezes sem justificação. O que o levou ao desespero terá sido um grave acidente de viação que sofreu há cerca de dois anos, quando se deslocava, no seu carro, do trabalho para casa, em Novais, S. Pedro do Sul. Desde então, entrou em conflito com a Açoreana, responsável pelos seguros da Moviflor, porque esta não considerou o sinistro um acidente de trabalho. Esteve de baixa vários meses mas, como "os médicos da seguradora não lhe reconheceram incapacidade total, teve de voltar ao trabalho", conta António Almeida, comandante dos Bombeiros de Salvação Pública de S. Pedro do Sul, onde o indivíduo era voluntário. "Como tinha muitas dores e não conseguia fazer tudo, deram-lhe um outro trabalho que ele não aceitou de bom grado e deixou de aparecer no serviço, acabando por ser despedido".
O atirador continuou a reclamar uma indemnização, apesar de ter sido despedido. José Silva estava, por isso, em "guerra" com a companhia de seguros e com o gerente da Moviflor.
No quartel, os bombeiros ficaram incrédulos porque o suspeito era considerado "uma pessoa humilde mas desde que teve o acidente ficou abalado". Uma funcionária da loja afirmou ao DN que "depois do acidente ele ainda veio trabalhar. Mas como não conseguia, faltava muita vez e sempre exigiu a indemnização. O gerente, que tinha um feitio especial, acabou por despedi-lo mas ele nunca deixou de exigir a indemnização".
Todas as estradas da região estão vigiadas mas no fecho desta edição o suspeito dos disparos continuava a monte.
O atirador continuou a reclamar uma indemnização, apesar de ter sido despedido. José Silva estava, por isso, em "guerra" com a companhia de seguros e com o gerente da Moviflor.
No quartel, os bombeiros ficaram incrédulos porque o suspeito era considerado "uma pessoa humilde mas desde que teve o acidente ficou abalado". Uma funcionária da loja afirmou ao DN que "depois do acidente ele ainda veio trabalhar. Mas como não conseguia, faltava muita vez e sempre exigiu a indemnização. O gerente, que tinha um feitio especial, acabou por despedi-lo mas ele nunca deixou de exigir a indemnização".
Todas as estradas da região estão vigiadas mas no fecho desta edição o suspeito dos disparos continuava a monte.
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E no dia seguinte - 9 de Abril de 2008
E no dia seguinte - 9 de Abril de 2008
Correio da Manhã - 09 Abril 2008:
O autor dos disparos na Moviflor – onde matou o supervisor – e na Açoreana em Viseu, morreu na madrugada de ontem, num aparatoso despiste de automóvel, em Belazaima do Chão, Águeda. O Seat Ibiza com que José Silva, de 29 anos, andava fugido da polícia desde o final da manhã de segunda-feira foi encontrado por um automobilista, pelas 03h00, completamente enfaixado num eucalipto, na berma da EN336, que liga o Luso a Águeda.
No início, não havia qualquer indicação quanto à identidade do único ocupante da viatura, cuja frente e lateral esquerda ficaram desfeitas. O condutor, de acordo com o que o CM apurou, já estava morto e o corpo irreconhecível quando os bombeiros chegaram.
Confirmada a morte do autor dos disparos, que na manhã de segunda-feira vitimaram o supervisor da loja Moviflor, resta agora apurar as condições em que o despiste aconteceu, o que está a cargo da PJ e do Núcleo de Investigação Criminal da Brigada de Trânsito de Aveiro. Acidente ou suicídio são duas hipóteses para explicar a morte, uma vez que no local – uma longa recta – não havia qualquer vestígio de travagem. Pelo estado em que ficou a viatura, o condutor iria com velocidade excessiva.
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10 comentários:
Têm vindo a público notícias de suícidios de trabalhadores .
Nos passadoa 4 anos, muitos dos mais antigos e melhores Professores Portugueses, pediram a reforma antecipada, muitos sofrendo penalizações que chegaram aos 45% por não aguentarem a Humilhação pública a que foram sujeitos nem a humilhação diária que o Estatuto do Aluno e o poder de Julgar dado a Encarregados de Educação que não educavam minimamente sob qualquer aspecto os seus educandos de julgarem os Professores dos seus filhos e de os humilharem. Houve 2 casos de suícidio na classe docente a que os meios de comunicação deram muito pouca relevância.
Os números do desemprego aumentam a cada dia. Que mundo permitimos que se estabelecesse? Que mundo continuamos a permitir? Que "civilização" é esta?
As luzes da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, saídas da Revolução francesa estão praticamente apagadas. Que pode cada um de nós fazer para as reacender?
Um bom dia.
Maria João
Diogo,
Há cada vez mais situações destas, infelizmente.
A ESEGUR, empresa de transporte de valores (que conheço bem), é mais uma que está a torcionar os trabalhadores.
Qualquer dia isto rebenta.
A ver vamos.
Abraço,
Zorze
Prefiro morrer do que perder a vida!
Esta é uma sociedade doente em que a humanidade deixou há muito de fazer parte dela.
Maria João - «Que mundo permitimos que se estabelecesse? Que mundo continuamos a permitir? Que "civilização" é esta?» - Excelente pergunta a que já não basta responder com análises sofisticadas, manifestações de rua ou piadas envergonhadas.
Zorze – Que rebente! Tal como um furúnculo em é preferível fazer sair o pus.
Platão – Também eu!
Daniel Santos – A humanidade deve reapoderar-se da sociedade. Dado o controlo da política e dos media pelo Dinheiro (há mais de 200 anos), só vejo uma solução violenta.
Caro Diogo,
como não tenho muito tempo disponível, vou-lhe enviar um pequeno resumo que poderá alongar com alguma investigação.
“Os principais provedores de recursos da revolução (...) eram alguns círculos britânicos e americanos que durante muito tempo prestaram seu apoio à causa revolucionária russa. (...) Em 1917 San Pitesburg estava cheia de ingleses (...)”.
In “Czarismo e Revolução” de general Arséne de Goulevitch
Banqueiro Jacob Schiff -investigue este nome
New York Journal American - Fevereiro de 1949:
Recolheu impressões de John Schiff, neto de Jacob Schiff, o qual afirmava que seu avô havia investido um total de U$20 milhões na revolução bolchevista, em Abril de 1917. John Schiff financiou mais tarde Stalin.
J.P. Morgan e os Rockfeller também financiaram os bolcheviques, assim como sir George Buchnan e lord Alfred Milner (a assinatura deste último encontra-se no tratado de Versalhes). Herbert Hoover, membro do (na altura) recém-criado CFR, realizou doações de alimentos à Rússia. Mais dinheiro veio de banqueiros como Frank Vanderlip (agente de Rockfeller e presidente do First National City Bank). O publicitário Ivy Lee (agente de Rockfeller) desenvolveu uma campanha publicitária explicando que os bolcheviques nada mais eram do que “um punhado de idealistas incompreendidos”.
Os Rockefeller, através da Standard Oil conseguiram assim 50% dos campos petrolíferos russos do Cáucaso, que haviam sido teoricamente nacionalizados.
Em 1927 este clã auxiliou a construír em território russo uma refinaria anunciada como “o primeiro investimento dos EU desde a revolução”, de onde se distribuiu petróleo soviético para a Europa com um empréstimo de U$75 milhões. Este empréstimo foi concedido pelo Chase National Bank dos Rockfeller, que mais tarde iria se fundir com o Manhattan Bank dos Warburg. Foi a mesma entidade que promoveeu o estabelecimento da Câmara Russo-americana, cujo presidente foi Reeve Schley, também vice-presidente do Chase National Bank.
Daqui surgiram a General Electric, a Sinclair Gulf, a Guggenheim Exploration, etc.
O Departamento de estado norte-americano indicava que Kuhn, Loeb & Company também actou como financiador do primeiro plano qüinqüenal e, na verdade, segundo uma informação assinada pelo banqueiro e embaixador americano na Rússia, Averell Harriman em Junho de 1944, o próprio Stalin havia reconhecido que “cerca de dosi terços da grande organização industrial da URSS haviam sido construídos com a ajuda e assistência técnica dos EU”.
“(...) espectacular despedida (...)” do contingente norte-americano da cidade de soviética de Vladivostok que entre 1917 e 1921 proporcionou a ajuda militar necessária para que o regime soviético pudesse “se expandir na Sibéria”.
In New York Times 15 de Fevereiro de 1920
Em 1933 os UA reconhecem a URSS como nação.
O Primeiro financiador da revolução soviética foi Armand Hammer. Albert Gore sênior, pai do vice-presidente de Bill Clinton, trabalhou parte de sua vida para Hammer. Gore Junior, desde que assumiu a Comissão das relações Exteriores no Senado, paralisou várias investigações federais que pretendiam esclarecer todas as relações entre Hammer e o governo soviético.
É só realizar uma pequena investigação e comprovar a relaçõa de nomes que aqui forneço.
A relação destes apoios segue quase em linha reta para dentro do nacional-socialismo e da 2ª Guerra Mundial.
Saúde e Alegria em seus dias.
Daniel Simões,
Estou razoavelmente a par dos nomes e da «revolução bolchevique» na Rússia.
Como dissse ante, é o Dinheiro judeu que está por trás de todos os acontecimentos políticos nos últimos duzentos anos (provavelmente bastante mais).
Abraço
tal e tal..."também financiaram os bolcheviques, assim como sir George Buchnan e lord Alfred Milner (a assinatura deste último encontra-se no tratado de Versalhes"
esta gente não se enxerga! ou senão não leram nada sobre aquilo que copiam
Então se o Tratado de Versalhes foi firmado para sacar à Rússia (e à Alemanha, os 2 paises derrotados de 1914-1918) uma enorme parte do seu território e obrigá-los a pagar indemnizações de guerra, como é que "ajudaram os bolcheviques?
arre prós marretas, não há saco que aguente...
Vcs sabem porventura definir a palavra "bolchevique" e integrá-los na sua época?
duvido
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Daniel simoes,você deve fazer parte daqueles que querem igualar(?) o nazismo(um regime capitalista) ao comunismo,n'é?Faz parte daquela mole de fascistas que têm vergonha de o dizer bem alto e, dos que estão bem com a espoliação.
A Luta de Classes deve ser escondida e,o fenómeno explicado por caprichos.Nada de mais retrogrado,e podre.Dedique-se à astrologia!
Xatoo,
Now, take his Russian line-up first. He says that in the cabinet of Soviet Russia there is only one Jew. But he is Trotsky. There are others in the government, of course, but Mr. Hard is speaking about the cabinet now. He is not speaking about the commissars, who are the real rulers of Russia, nor about the executive troops, who are the real strength of the Trotsky-Lenin régime. No, just the cabinet. Of course, there was only one Jew prominent in Hungary, too, but he was Bela Kun. Mr. Hard does not ask us to believe, however, that it is simply because of Trotsky and Kun that all Europe believes that Bolshevism has a strong Jewish element. Else the stupid credibility of the Gentiles would be more impossible of conception than the idea of a Jewish conspiracy is to Mr. Hard’s mind. Why should it be easier to believe that Gentiles are
dunces than that Jews are clever?
However, it is not too much to say that Trotsky is way up at the top, sharing the utmost summit of Bolshevism with Lenin, and Trotsky is a Jew — nobody ever denied that, not even Mr.
Braunstein himself (the latter being Trotsky’s St. Louis, U.S.A., name).
But then, says Mr. Hard, the Mensheviks are led by Jews, too! That is a fact worth putting down beside the others. Trotsky at the head of the Bolsheviks; at the head of the Mensheviks during
their opposition of the Bolsheviks were Leiber, Martov and Dan — “all Jews,” says Mr. Hard.
There is, however, a middle party between these extremes, the Cadets, which, Mr. Hard says, are or were the strongest bourgeois political party in Russia. “They now have their headquarters
in Paris. Their chairman is Vinaver — a Jew.”
There are the facts as stated by Mr. Hard. He says that Jews, whose names he gives, head the three great divisions of political opinion in Russia.
And then he cries, look how the Jews are divided! How can there be a conspiracy among people who thus fight themselves?
But another, looking at the same situation may say, look how the Jews control every phase of political opinion in Russia! Doesn’t there seem to be some ground for the feeling that they are
desirous of ruling everywhere?
The facts are there. What significance does it bring to the average mind that the three great parties of Russia are led by Jews?
http://radioislam.org/ford/TheInternationalJew.pdf
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