quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Sobre a actual "Crise Financeira" e as consequentes "ajudas" governamentais aos Bancos

Henry Ford

Henry Ford (1863 – 1947) foi o americano fundador da Ford Motor Campany e pai das modernas linhas de montagem e da produção em massa. O seu automóvel, Modelo T, revolucionou o transporte e a indústria americana. Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes. Na qualidade de dono da Companhia Ford tornou-se um dos homens mais ricos e mais conhecidos do mundo.

Em 1918, Ford comprou um pouco conhecido semanário: «The Dearborn Independent». No princípio dos anos 20 este semanário publicou um conjunto de quatro volumes de artigos, cumulativamente intitulados «The International Jew» [O Judeu Internacional]. Segue-se um excerto do primeiro artigo:

[Tradução minha]

Jornal "The Dearborn Independent" - 22 de Maio de 1920:


The International Jew

The Jew in Character and Business

Existe no mundo de hoje, ao que tudo indica, uma força financeira centralizada que está a levar a cabo um jogo gigantesco e secretamente organizado, tendo o mundo como tabuleiro e o controlo universal como aposta. As populações dos países civilizados perderam toda a confiança na explicação de que «as condições económicas» são responsáveis por todas as mudanças que ocorrem. Sob a camuflagem da «lei económica» muitíssimos fenómenos foram justificados, os quais não se deveram a nenhuma lei económica a não ser a do desejo egoísta humano operado por meia dúzia de homens que têm o objectivo e o poder de trabalhar a uma vasta escala com nações como vassalas.

Embora qualquer coisa possa ser nacional, hoje ninguém acredita que a finança seja nacional. Ninguém acredita hoje que a finança internacional esteja em competição. Existem algumas instituições bancárias independentes, mas poucas verdadeiramente autónomas. Os grandes senhores, os poucos cujos espíritos abarcam claramente o plano em toda a sua extensão, controlam numerosos bancos e companhias fiduciárias, e um é usado para isto e outro usado para aquilo, mas não existe antagonismo entre eles, não sancionam os métodos uns dos outros, não há competição nos interesses do mundo dos negócios. Existe tanta concordância nas políticas das principais instituições bancárias de cada país como existe nas várias secções do Serviço Postal dos Estados Unidos – e pela mesma razão, são operadas pelas mesmas fontes e com os mesmos objectivos.

Imediatamente antes da Primeira Grande Guerra, a Alemanha comprou maciçamente algodão na América e grandes quantidades desse produto foram exportadas. Quando a Guerra chegou, a propriedade das enormes quantidades de algodão mudou, de um dia para o outro, de nomes Judeus em Hamburgo para nomes Judeus em Londres. Em pouco tempo o algodão começou a vender-se em Inglaterra a um preço inferior ao que era vendido nos Estados Unidos, o que teve como consequência baixar o preço do algodão na América. Quando os preços desceram o suficiente, o algodão foi todo adquirido por compradores já preparados de antemão, e então os preços subiram novamente para valores elevados. Entretanto, os mesmos poderes que tinham engendrado o, aparentemente sem motivo, fortalecimento e enfraquecimento do mercado do algodão, utilizaram a Alemanha como fonte de mão-de-obra barata. Alguns grupos controlam o algodão, emprestam-no à Alemanha para ser manufacturado, deixam lá uma pequena quantidade como pagamento pelo trabalho utilizado, e depois lucram na totalidade do mundo com a mentira de que o "algodão está escasso". E quando, refazendo o percurso de todos estes métodos anti-sociais e extraordinariamente injustos até à sua fonte, e se chega à conclusão que todas as partes responsáveis têm todas uma característica comum, será de espantar que o aviso vindo do outro lado do mar – "Esperem até a América despertar para a realidade Judia" – tem um novo significado?

Certamente, as razões económicas já não conseguem explicar as condições em que o mundo se encontra hoje em dia. Nem sequer a explicação usual da "crueldade do capital". O capital tem-se esforçado como nunca para ir ao encontro das exigências do trabalho, e o trabalho chegou ao extremo de obrigar o capital a novas concessões – mas qual é a vantagem para cada um deles? O trabalho tem até agora acreditado que o capital era o céu por cima dele, e tem feito o céu recuar, mas vejam, existe um céu ainda mais alto que nem o capital nem o trabalho se deram conta nas suas lutas um com o outro. Esse céu ainda não recuou até agora.

Aquilo a que chamamos capital aqui na América é normalmente dinheiro usado na produção, e referimo-nos de forma errada ao fabricante, ao gerente do trabalho, ao fornecedor de ferramentas e empregos – referimo-nos a ele como o "capitalista". Mas não. Ele não é o capitalista no verdadeiro sentido do termo. Porque, ele próprio tem de ir ao capitalista pedir o dinheiro que precisa para financiar os seus projectos. Existe um poder acima dele – um poder que o trata muito mais duramente e o controla de uma maneira mais implacável que ele alguma vez se atreveria a fazer com o trabalho. Essa, na verdade, é uma das tragédias dos nossos tempos, que o "trabalho" e o "capital" lutem um com o outro, quando as condições contra as quais cada um deles protesta, e com as quais cada um deles sofre, não está ao seu alcance o poder para o remediar, a não ser que arranjassem uma forma de arrancar à força o controlo mundial de um grupo de financeiros internacionais que forjam e controlam estas condições.

Existe um super-capitalismo que é totalmente sustentado pela ficção de que o ouro é riqueza. Existe um super-governo que não é aliado de governo nenhum, que é independente de todos eles, e que, no entanto, tem as suas mãos em todos eles. Existe uma raça, uma parte da humanidade, que ainda nunca foi recebida como uma parte bem-vinda, e que teve sucesso em alcandorar-se a um lugar de poder que a mais orgulhosa raça de gentios nunca reivindicou – nem sequer em Roma nos tempos do seu mais poder orgulhoso. Há uma convicção crescente nos homens de todo o mundo de que a questão laboral, a questão dos salários e a questão da terra não pode ser solucionada antes deste assunto de um governo super-capitalista internacional estar resolvido.

"Os despojos pertencem ao vencedor" diz um velho ditado. E, de certo modo, é verdade que se todo este poder de controlo foi adquirido e mantido por uns poucos homens de raça judia, então ou eles são super-homens contra quem é inútil resistir, ou são homens comuns a quem o resto do mundo tem permitido obter um grau de poder indevido e perigoso. A não ser que os Judeus sejam super-homens, os Gentios devem culpar-se a si mesmos pelo que tem sucedido, e devem procurar uma rectificação com uma análise da situação e um exame justo das experiências de outros países.



******************************

90 anos depois, em plena "Crise Financeira", a força financeira centralizada (como a denominou Ford), continua a levar a cabo o jogo gigantesco e secretamente organizado, tendo o mundo como tabuleiro e o controlo universal como aposta:

Lisboa, 11 fev (Lusa) - Os quatro grandes bancos privados do mercado português BES, BCP, BPI e Santander Totta apresentaram no ano passado lucros de 1,445 mil milhões de euros, mais 13,8 por cento do que no ano anterior, ou seja, quatro milhões de euros por dia.
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19 comentários:

Ana Camarra disse...

Diogo

Viste as declarações do Director do Expresso?

Olha já os anarco sindicalistas diziam que as instituições mais reaccionárias são: a Igreja, o casamento e a Banca, e é claro que isto transcende qualquer fronteira!

Beijo

Carlos disse...

Caro Diogo
“... a força financeira centralizada ...”
Algumas ideologias assentam que nem uma luva.
Quanto a serem só os judeus, faz com que se fique com a ideia de que o autor é um radical, um extremista, e, portanto, a sua teoria/opinião possa perder alguma credibilidade.
Não há dúvida que muitos destes homens super ricos são judeus, ou dizem-se judeus, mas também há os não judeus. Independentemente daquilo que dizem praticar ou não, a única religião que têm/praticam é o poder.
No entanto não são os únicos culpados, pois aqueles que vendem as suas capacidades para os manter e/ou para crescerem, também têm culpa. E nós, que temos o nosso dinheiro nos bancos para pagar luz, etc, pedimos emprestado? Não andamos a colaborar na nossa própria exploração?
Nada é de borla, tudo tem um preço. Que tal começarmos a pagar o preço, ou a assumir a responsabilidade, ou se quiserem ainda, o sacrifício, da nossa liberdade e dos nossos descendentes?
Aqui é que a porca torce o rabo...

Carlos Marques disse...

Somos todos apenas peões no tabuleiro de um jogo que foi combinado à partida.

E nunca vi uma crise financeira tão lucrativa para as instituições bancárias.

Bilder disse...

O pior nem é os bancos nacionais,mas os internacionais(como se pode ver agora no caso da Grécia que foi na cantiga do Goldman Sachs,o qual está ainda no inicio da crise financeira global não esqueçam essa)que estão no topo da piramide e que sacam os grandes dividendos que todo o sistema cria e permite(claro que pelo meio está um grande numero de personagens que lucram com o sistema incluindo os bancos nacionais),e esses sim são os verdadeiros vampiros que nos sugam o sangue.E o que fazem e dizem os nossos politicos??Hummmm...pois é não é?

Diogo disse...

Ana – a Banca não é reaccionária. É a alimária mais chupista do planeta. E está em meia dúzia de mãos.


Carlos – A elite judaica é uma máfia internacional com muitos anos de existência. Os judeus não são um povo nem uma raça. Isso é uma invenção dessa elite mafiosa. Essa máfia tem dominado o mundo e todos os acontecimentos mundiais há bastante mais de duzentos anos.


Carlos Marques – É muito raro encontrar uma percepção tão clara dos acontecimentos mundiais como a de Henry Ford.


Bilder – Os bancos nacionais e internacionais são propriedade de um poder bastante unido e mafioso. Todo o mundo trabalha para eles.

Carlos disse...

Caro Diogo
Tenho aqui 200.000€ para lhe emprestar, com juros muito baixos.
Se o amigo não quiser este dinheiro, tenho forma de o emprestar a si? Não!
Mas, toda as pessoas têm casa própria, porque razão o amigo também não há-de ter uma? Olhe que pelo valor que paga por uma renda, é praticamente o mesmo que pagará pela prestação da casa equivalente que quiser comprar. Sai um bocado mais caro, mas o certo é que a casa é “sua”. … … (casa carro férias télélé etc)
Mas o caro mantêm-se irredutível. Não quero! Pronto lá se foi o meu negócio e o meu possível controle sobre si.
São os nossos instintos e vaidades que nos escravizam. Os outros podem usa-los e usam-nos em proveito próprio.
Os que ganham rios de dinheiro conhecem bem as fraquezas humanas.
Não deve haver uma crítica em relação aos que se deixam levar/usar?

“... a força financeira centralizada ...”
Algumas ideologias assentam que nem uma luva.
Os seus ideólogos eram sustentados por quem?
Quem é que as financia e publicita?
Quem é que vota nesses partidos políticos?

Um lado da barricada tem culpa, não tenho dúvida, mas o outro não sai inocente, por vontade ou por ignorância... etc.

alf disse...

Estou inteiramente de acordo com o Carlos.

Não podemos cair na armadilha de dividirmos os humanos em «maus e bons». Essas divisões, como as rácicas ou as religiosas, só servem para justificar mecanismos de exploração e a falência de regras de equidade.

Eu analiso as coisas na base de que os humanos usam as circunstâncias a seu favor.

O malandro do banqueiro age exactamente como a generalidade de nós agiria se estivesse no lugar dele.

A raiva contra os banqueiros nem sequer advém de nos sentirmos explorados por eles - como diz o Carlos, eles propoem-nos um negócio que nós somos livres de aceitar ou recusar. Advém apenas do incómodo que sentimos de eles serem mais ricos do que nós. Advém apenas da nossa Inveja.

Por outro lado, há problemas que resultam da concentração da riqueza - esta é a morte do sistema capitalista porque bloqueia do fluxo económico. O sistema capitalista não suporta a pobreza. Essa é mesmo a sua grande vantagem.

Por isso, para manter o sistema capitalista a funcionar, é indispensável combater a concentração da riqueza. Não é fácil, evidentemente, porque cada pessoa quer concentrar a máxima riqueza.

Esse é o papel dum governo esclarecido. É isso que o Obama tenta fazer. É por isso que os países mais capitalistas são os primeiros a tomar medidas contra a desigualdade, contra os ordenados excessivos, etc.

Os anglo-saxónicos não andam a baixar ordenados de topo para fazerem «poupanças», eles fazem isso para combater a concentração de riqueza, para aumentar o fluxo económico.

Nesses países, os economistas andam a estudar a teoria de fluxos do Maxwell para saber como optimizar o fluxo financeiro.

Mas em países como o nosso, a correcção dos desequilibrios tem de ser feita com base em raciocínios simplórios porque não há sabedoria suficiente para entender estas coisas.

Assim, força na campanha contra os ricos! Já viram que a CGD quer ficar fora do congelamento salarial? E a TAP? Os que mais ganham são os que querem ainda ganhar mais? Ou há moralidade ou comem todos.

Fim dos prémios de gestão - se o gestor não serve, vai para a rua.

Até o pais sair da crise, imposto de crise sobre os ordenados mais altos (os ordenados dos «boys» - os ordenados dos lugares de chefia subiram injustificadamente desde que estes passaram a ser propriedade dos boys)

Mais sugestões?

Carlos disse...

Caro Alf
Começo um pouco pelo princípio.
Há muitos anos que não se ensina ética às pessoas.
A governação não existe. Consciente e voluntáriamente.
Legisla-se mal e porcamente. Consciente e voluntáriamente.
A justiça anda trôpega. Com cancros injectados, para que não passe disso.
Depois disto, se surge uma oportunidade para as pessoas terem um comportamento menos digno, elas têm-no. Claro que depois lá vêm dizer que têm a consciência tranquila. Que negócios são negócios e que a ética não deve interferir nos negócios. E mais outras tantas barbaridades.
Claro que esta situação, com muitas outras, criam confusão. Mas repare quem dela tira proveito. Lá está, por exemplo, os bancos.

“A raiva contra os banqueiros … … Advém apenas da nossa Inveja.”
Em parte é correcto. A outra parte tem razão de ser. Não fossem eles financiar guerras etc, etc, … e já seria totalmente correcta a sua observação.
Lembra-se de à uns anos os bancos sugerirem às pessoas que queriam comprar casa, de aderirem ao sistema de prestações progressivas? Começavam por uma renda mais baixa e depois iam aumentando. Para justificarem esta falcatrua, diziam às pessoas que os ordenados ao longo dos anos também iam aumentando. O tempo veio demonstrar o quanto errada era esta proposta, e muitas pessoas deixaram de as poder pagar. Mais tarde o governo veio proibir a banca de comprar as casas das pessoas que não as conseguiam pagar...

Não percebi a vantagem e a morte do sistema capitalista.
Não sei o que o Obama quer, para além de implementar na América ainda mais socialismo. O único capitalista torna-se o estado. O que detém praticamente todo o sistema, ou o que controla todo o sistema. Basta então aos super ricos, só, controlar o estado, em vez de todo um leque de capitalistas. É mais fácil controlar um só, do que vários.
O Obama faz parte do sistema doentio, não é parte da solução, mas sim, parte do problema.

“Mas em países como o nosso, ... não há sabedoria suficiente para entender estas coisas.”
Discordo. Olhe que nos outros, nem sempre o que se diz é verdade. Actuam tão mal como no nosso.
Está-se a contradizer. :)

Sugestões. Penso que limitar os lucros ou acabar com os monopólios, acabaria com muitos dos problemas. Esses mesmos lucros também podem de alguma forma ser limitados/reduzidos pela nossa actuação.

Diogo disse...

Carlos das 03:23,

Aqui não concordo consigo. Evidentemente que eu posso alugar uma casa em vez de a comprar (isso não tem acontecido em Portugal por causa do congelamento das rendas em 1974, o que fez desaparecer o mercado de arrendamento).

Quanto ao carro, posso ir poupando dinheiro durante anos até ter o suficiente para comprar o carro em vez de o comprar logo e ficar a pagá-lo com juros durante anos.

Mas imagine que você quer montar um negócio para o qual nunca irá conseguir poupar dinheiro suficiente (supondo que tem um salário de 100). Mas com crédito pode abrir um negócio que lhe rende 300, o que dá para pagar as prestações, os juros e ainda melhorar o seu rendimento mensal.

O crédito tem sido uma das formas mais importantes de evolução da economia, mas também tem sido a maior sanguessuga da humanidade, mas já lá vou.



Alf,

Há seres humanos melhores e piores. Há quem seja capaz de fazer despoletar uma guerra para encher a sua conta bancária e há quem seja capaz de se atirar a um rio para salvar um desconhecido.

Os banqueiros são vigaristas e assassinos de altíssimo calibre. Têm despoletado guerras, têm despoletado genocídios, têm enviado milhões de seres humanos para a miséria apenas para acrescentar mais uns zeros às suas poupanças. Merecem ser exterminados.

Sugestões? Já propus bancos nacionais que não cobram juros e expliquei o seu funcionamento. Quer mais?



Carlos das 18:32,

Agora concordo consigo. Uma grande solução passa por acabar com a banca privada e com os juros. Noventa e tal por cento do dinheiro em circulação é dívida. Que não haja parasitas assassinos a viver disto.

Carlos disse...

Caro Diogo
Concorda com os monopólios?
Concorda com os impérios financeiros?

Bom, parece que aceita que o estado detenha o monopólio do empréstimo.

Atenção que eu sou a favor da iniciativa privada.

“Sugestões? Já propus bancos nacionais que não cobram juros e expliquei o seu funcionamento. Quer mais?”
Também já acusou os governantes de estarem na folha de pagamentos do grande poder económico. O que põe o monopólio do empréstimo estatal, que propõe, indirectamente sob a alçada destes.
Estarei errado neste meu raciocínio?
Como evitar então tal situação?

Se o estado emprestar, não fica com o poder de, ou até, efectivamente controlar as pessoas?

Diogo disse...

Carlos,

Eu defendo monopólios estatais assim como a iniciativa privada. Com o que eu não concordo é com o controlo pela iniciativa privada de monopólios estatais.

Dado o colossal poder de grupos privados que hoje controlam a grande maioria dos estados através de políticos corruptos, media corruptos e magistrados corruptos, só uma enorme revolução poderá modificar este estado de coisas.

Se os cidadãos de um determinado país forçasse um banco estatal a emprestar sem juros, poderia ser um começo, mesmo que se tivesse de empalar várias dúzias de corruptos.

Quanto ao estado, vamos apostar na democracia directa (como na antiga Grécia) via Internet. Não precisamos de representantes eleitos, qual deles o mais vendido.

Carlos disse...

Caro Diogo
“Eu defendo monopólios estatais assim como a iniciativa privada. Com o que eu não concordo é com o controlo pela iniciativa privada de monopólios estatais.”

Monopólios, só estatais, ou também privados?

Já reparou que se ninguém ganhasse o suficiente para poder comprar políticos (e se o risco para os dois, fosse elevadíssimo), não tínhamos este problema?

Quando uma empresa/industria atinge um determinado tamanho, seja privada ou estatal, para chegar aonde chegou, e/ou para continuar a crescer, precisou/precisa de eliminar um vasto numero de concorrentes, e evita que outros surjam, limitando os empregos. Repare no que tem acontecido em Portugal. Os pequenos desaparecem, e os monopólios engordam. Mas são os pequenos que sustêm o estado e criam empregos, não os monopólios.
Quando fecham ou vão à falência, deixam um numero elevado de trabalhadores na rua, que depois o resto da economia tem dificuldade em absorver. Daí os governantes sentirem-se impelidos, por várias razões, a sustenta-los. Com o dinheiro do resto da população claro, incluindo aqueles que foram para a rua.
Temos o exemplo mais recente, a banca estrangeira. A economia depende tanto desses monopólios que teria sido um descalabro.
O Diogo defende monopólios estatais, eu nem vê-los. Sejam eles privados ou não. São um problema muito grande e grave. Sem os monopólios que têm a capacidade de emprestar somas astronómicas (a raia miúda não tem esse capacidade), acha que os americanos tinham invadido o Iraque?
Os americanos tinham era mandado o bush andar à estalada com o saddan.

Filipe disse...

Diogo, o blog é seu, mas porque é que recicla posts, quando tem o ARMANDO VARA e outros trafulhas ansiosos por novos posts?

As questões de fundo e os intervenientes continuam os mesmos, de acordo, mas julgo que temos novo e amplo material para malhar a dobrar nesses pulhas.

Abraço,
Filipe

anad disse...

É sempre bom vir ao seu blogue, aprendo. Aprendemos sempre uns com os outros.
Bom fim de semana
Anad

Diogo disse...

Carlos - Monopólios só estatais – no dinheiro, na energia, na água, etc.

E concordo consigo: sou contra a riqueza material individual. Posso aceitar que A ganhe mais que B porque trabalha mais ou porque executa actividades mais complexas. Mas oponho-me a grandes diferenças de rendimentos. É antinatural, anti-ético e anti-humano.


Filipe – De quando em vez reciclo um post mais antigo mas cujo assunto é intemporal (e porque o considero muito importante). Isto, porque as pessoas que visitam este blog vão mudando (e, para minha satisfação, aumentando) e é meu desejo que eles tenham acesso a esta informação.

Quanto aos pulhas actuais, acho que tenho tido a minha quota parte na malhação.


Anad – Obrigado pelo elogio. Bom fim de semana.

Rick disse...

30 Jan 2010 ... The Illuminati Banksters: JPMorgan vs. Goldman Sachs ... Formerly just an investment bank, in 2008 Goldman magically transformed into a bank ...www.infiniteunknown.net/.../the-illuminati-banksters-jpmorgan-vs-goldman-sachs/ -

Carlos disse...

Caros Diogo e alf
Penso que não me tenho explicado lá muito bem. Pelo facto o meu pedido de desculpas.
Penso que pessoas genuinamente boas ou más, são raras, mas há.
A oportunidade faz o ladrão. Quanto menos princípios (ética) tiverem (para mim o factor principal) e mais impunidade houver, maior o número de pessoas que têm atitudes, acções, etc, menos boas ou más.
O ser humano quando nasce não é, salvo as tais raras excepções, nem mau nem bom. Pode ter esta ou aquela tendência, que pode durante o seu desenvolvimento, ser estimulada ou não.

Não sou contra a criação/obtenção de riqueza material ou outra, se é isso que faz alguém feliz. O que sou contra é que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, para ganhar mais dinheiro, ou com outro qualquer interesse, viole os direitos dos demais.
Anda meio mundo a tentar impor algo ao outro meio mundo, o que julgo ser errado e gerador de conflitos, daí eu sugerir que os ganhos das pessoas e empresas, seja limitado e não um total impedimento, de exercerem esta ou aquela função, ou de terem este ou aquele negócio. Sem dinheiro suficiente e com punições severas para os prevaricadores, é que penso ser possível tentar impedir certas atitudes indignas, desumanas, etc.
Se limitarmos estamos a violar parte do direito de alguém, se impedirmos estamos a violar na totalidade, o direito de alguém. Qual é preferível?
Claro que se o ser humano não fosse humano, nada disto seria necessário ou aconteceria.

Caro alf, já compreendi o que antes não tinha compreendido. É interessante a forma como expôs.
Também deslocamos para terceiros as nossas iras, para não fazermos sofrer os nossos egos...

Diogo disse...

Caro Carlos,

Julgo que, dada a evolução exponencial da técnica e da ciência, estamos a caminhar a passos largos para um mundo faça-você-mesmo num paradigma de alta tecnologia. Ou seja, as máquinas fazem praticamente tudo e você limita-se a servir-se. Como o Adão no Éden.

Politicamente, graças às telecomunicações e à informática, o caminho será a democracia directa.

Zorze disse...

Diogo,

Se bem repararmos, já no início do séc. XX havia visões do que ainda em estado embrionário, vivemos nós em estado maturado.
Discutir a banca portuguesa será peanuts, no mundo em que vivemos. Pois estaremos a discutir subsidiárias que são dependentes daqueles que podem levar ou não um estado soberano à falência.
Veja-se a Islândia ou a Grécia. Mais grave para nós é a questão de Espanha. Que poderá estar à beira do colapso! E isso para Portugal será devastador...

Abraço,
Zorze